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O Banco Mundial lançou um programa de ação voltado para os países atualmente afetados por conflitos e violência, particularmente na África, Oriente Médio e Norte da África, que se tornaram o foco de uma extrema pobreza desenfreada.

Há uma necessidade urgente de agir, observa a instituição, no relatório "Estratégia para a Fragilidade, Conflito e Violência (FCV)", publicado nesta quinta-feira (27).

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Segundo o informe, décadas de avanço na luta contra a pobreza se encontram agora ameaçadas nesses países, cujo êxodo populacional também está enfraquecendo os países vizinhos.

"Nossa mensagem é clara: a pobreza está aumentando nesses países. Traremos mais financiamento, mas também aumentaremos nossa eficiência no terreno e tentaremos ter uma abordagem mais sutil e mais apropriada, de acordo com os tipos de fragilidade específicos de cada país", disse à AFP o diretor desse programa estratégico, Franck Bousquet.

"A estratégia possibilita a criação de um programa de ação que visa a aumentar nossa eficiência no campo, por meio de quatro componentes diferentes" - em particular, colocando mais funcionários no campo, continuou Bousquet.

Esse plano quinquenal acompanha "um aumento significativo do nosso financiamento (dedicado a essa questão de fragilidade, conflito e violência) da ordem de cerca de US$ 18,7 bilhões, o que representa um aumento de 30% nesses países", relatou.

Nas últimas três décadas, os conflitos violentos aumentaram a ponto de drenar 80% das necessidades humanitárias, observa o Banco Mundial.

Mais de 70 milhões de pessoas foram deslocadas, elevando o número de refugiados para quase 26 milhões, informou a instituição.

Se nada for feito, até 2030, pelo menos dois terços das pessoas extremamente pobres do mundo viverão em países frágeis e afetados por conflitos.

É essa tendência que a estratégia quer reverter.

Este programa visa não apenas aos países de baixa renda, mas também os de renda média.

"As situações frágeis e afetadas por conflitos pesam muito sobre o capital humano, criando ciclos viciosos que reduzem a produtividade e a renda das pessoas", afirmam os autores do relatório.

Uma em cada cinco pessoas nesses países é privada de dinheiro, educação e infraestrutura básica, simultaneamente.

E o Banco acrescenta que deseja continuar fornecendo recursos, inclusive durante o decorrer do conflito.

Um dos desafios para o Banco Mundial é intervir o mais rápido possível, e "não quando houver um acordo de paz, ou de reconstrução", comentou Franck Bousquet.

"Também estamos trabalhando na prevenção de conflitos violentos, ajudando os Estados, porque sabemos que 1 dólar investido em prevenção economiza 16 dólares depois", conclui.

Um meteorito marciano de 2,1 bilhões de anos, descoberto recentemente no norte da África, difere de todos os encontrados até agora, por ser rico em água e se assemelhar a rochas analisadas pelas sondas da Nasa em Marte, segundo um estudo publicado esta quinta-feira.

"A rocha basáltica - de origem vulcânica - contida neste meteorito é similar à composição da crosta marciana ou da parte superior do manto de Marte", explicou Carl Agee, da Universidade de Novo México (sudoeste dos Estados Unidos), um dos principais co-autores desta pesquisa publicada na edição de sexta-feira da revista científica Science.

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"Nossas análises dos isótopos do oxigênio mostram que este meteorito, denominado NWA (noroeste da África) 7034, é diferente de todos os demais, visto que sua formação química corresponde à formação do solo de Marte e às interações com a atmosfera do planeta vermelho", acrescentou.

Segundo este cientista, a abundância de moléculas de água neste meteorito (com cerca de 600 partes por milhão ou dez vezes mais do que em outros meteoritos marcianos conhecidos) faz pensar que estava na superfície de Marte há 2,1 bilhões de anos.

A água poderia provir de uma fonte vulcânica de um aquífero próximo à superfície, o que faz pensar que uma atividade aquosa persistiu na superfície marciana durante o começo da era Sideriana (amazoniana).

"Nossas análises de carbono mostram igualmente que o meteorito sofreu uma segunda transformação na superfície de Marte, que explica a presença de macro-moléculas de carbono orgânico", revelou Andrew Steee, do Instituto Canergie e um dos co-autores do estudo.

Para este cientista, "trata-se do meteorito marciano mais rico geoquimicamente já encontrado e as análises que foram realizadas provavelmente vão revelar outras surpresas".

No total foi encontrada até agora uma centena de meteoritos de origem marciana.

Os meteoritos de origem marciana ou lunar são raros. A maioria provém do cinturão de asteroides, uma região do sistema solar situada entre Marte e Júpiter.

Em 2012 foram registrados mais de 42 mil meteoritos, um número que aumenta em cerca de 1.500 ao ano, segundo dados da Meteoritical Society.

A Curiosity, sonda mais sofisticada enviada a outro planeta pela Nasa, está desde o começo de agosto na cratera Gale, no equador marciano, para determinar se o planeta vermelho foi propício para a vida microbiana.

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