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O boxe do Brasil conseguiu mais uma vaga para a Olimpíada de Londres. Na disputa do Pré-Olímpico das Américas, que está sendo realizado no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio, o pugilista brasileiro Myke Carvalho venceu nesta quarta-feira o canadense Clayton Custio por 12 a 9, nas quartas de final da categoria meio-médio-ligeiro (até 69 kg), e já garantiu a sua classificação olímpica.

Antes de Myke Carvalho, o Brasil já tinha garantido duas vagas olímpicas durante a competição que acontece no Rio: Yamaguchi Florentino (até 81kg) e Robenilson Jesus (até 56kg). E outros três pugilistas brasileiros estavam previamente classificados, por conta dos resultados no Mundial do ano passado, no Azerbaijão: Esquiva Falcão (até 75kg), Everton Lopes (até 64kg) e Róbson Conceição (até 60kg).

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Outra vitória brasileira nesta quarta-feira no Pré-Olímpico foi conseguida por Julião Neto, que derrotou o venezuelano Yefferson Perez por 17 a 9 e também passou para a semifinal. Na categoria dele (até 52kg), porém, apenas os dois primeiros colocados da competição garantem a vaga olímpica. Assim, o pugilista do Brasil terá que ganhar mais uma luta para garantir sua presença nos Jogos de Londres.

A 79 dias para o início dos Jogos Olímpicos, o Comitê Organizador Local (COL) garantiu nesta quarta-feira que a cidade já está com as sedes de competições prontas e preparadas para o evento, depois que os eventos-teste foram realizados sem maiores problemas.

"Estamos em grande forma e encaminhados para realizar o evento esportivo mais grandioso do mundo", declarou o presidente do comitê, Sebastian Coe. "Aprendemos algumas lições em cada evento, mas não tivemos que fazer alterações nas sedes ou nos nossos planos", completou.

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No total, foram realizados 42 eventos-teste em 28 sedes de competições no último ano, incluindo cinco eventos no Parque Olímpico na semana passada. Mais de oito mil atletas já competiram nas sedes, que recebeu cerca de 350 mil espectadores para estas atividades.

"Tentamos organizar eventos que testassem nossas sedes, os campos de disputas esportivas e nossa força-tarefa, ao mesmo tempo permitindo que membros do público se divertissem nas instalações olímpicas", disse Coe. A Olimpíada de Londres acontecerá de 27 de julho a 12 de agosto.

O teste final do acendimento da tocha olímpica foi realizado nesta quarta-feira sem nenhum incidente em Olímpia, o berço dos Jogos Olímpicos da antiguidade. De frente para o antigo Templo de Hera, uma mulher vestida como uma sacerdotisa usou um espelho côncavo para utilizar a luz solar para acender a tocha.

Essa chama vai servir como reserva no caso de as nuvens bloquearem a luz solar na cerimônia oficial, marcada para quinta-feira. Isso aconteceu apenas uma vez na história recente dos Jogos, em 2000, para os Jogos de Sydney. Porém, as condições climáticas causaram problemas em três das últimas quatro cerimônias para a Olimpíada de Inverno.

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O teste aconteceu com a presença de centenas de visitantes do sítio arqueológico, mas o acesso será limitado na cerimônia de quinta-feira, com forte esquema de segurança. No teste, 13 jovens realizaram poses aludindo aos esportes olímpicos.

O primeiro responsável por carregar a tocha será o nadador Spyros Gianniotis, de 32 anos, que nasceu em Liverpool, ganhou uma medalha de prata para a Grécia na maratona aquática de 5 quilômetros na Olimpíada de Pequim e participará pela quarta vez dos Jogos. Ele a passará por Alex Loukos, de 19 anos, que nasceu e foi criado no bairro londrino de Newham, onde está o Parque Olímpico de Londres.

Após uma viagem de 2.800 quilômetros pela Grécia nas mãos de 490 pessoas, a chama será entregue aos organizadores dos Jogos de Londres em 17 de maio no Estádio Panathinaiko, onde os primeiros Jogos Olímpicos modernos foram realizados em 1896. Ao contrário de edições anteriores da Olimpíada, em que a chama viajou pelo planeta, desta vez ela só sairá uma vez do Reino Unido, em 6 de junho, para passar por Dublin. Os Jogos Olímpicos serão disputados entre 27 de julho 12 de agosto.

Na opinião do presidente da CBF, José Maria Marin, Ronaldinho Gaúcho não deveria entrar na seleção que vai disputar os Jogos Olímpicos de Londres, em julho. A convocação da seleção brasileira para os amistosos que servirão para definir a composição final da lista da Olimpíada ocorre na sexta-feira. E o dirigente já deixou claro que pretende ver quem são os escolhidos nesta quarta, 48 horas antes de serem anunciados ao público.

O cartola afirma que é de sua responsabilidade ainda evitar que o evento seja usado por empresários de jogadores para promover seus atletas e insiste que o objetivo terá de ser o de formar uma equipe com "espírito olímpico". Marin garante que não quer ter acesso antecipado à lista de jogadores para incluir eventuais protegidos seus na seleção de Mano Menezes. Mas ele acredita que ajudaria a evitar "elementos estranhos no grupo".

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Em março, Mano Menezes anunciou uma lista de 52 jogadores que potencialmente poderiam ir a Londres, uma exigência do Comitê Olímpico Internacional (COI). E Ronaldinho Gaúcho estava nesse grupo. Assim como para qualquer outro caso que pareça fora de contexto, Marin insiste que a comissão técnica terá de dar explicações para justificar se o astro do Flamengo aparecer na convocação olímpica. Mas deixa claro que, por ele, o jogador "não iria".

Marin explica que tentará evitar que surpresas acabem ocorrendo, com a inclusão de jogadores desconhecidos e que seriam alvo de pressão de empresários, na esperança de promover certos atletas. "Todos sabem quem são os melhores", indicou o presidente da CBF, apontando para exemplos como Lucas, do São Paulo, e Leandro Damião, do Inter. "Já vimos listas que eu mesmo tinha dificuldade para saber quem era um determinado jogador", lembrou. "A diferença é que eu sou do meio. Conheço todos os detalhes. Não adianta me dizer que tal ou tal jogador está estourando num campeonato totalmente desconhecido. Conheço todos os truques."

A próxima convocação promete ser uma das mais importantes na era Mano Menezes, pelo menos desde a Copa América. Isso porque o treinador terá, a partir do final de maio, um bom tempo com a equipe. No próximo dia 26, em Hamburgo, o Brasil enfrenta a Dinamarca em amistoso. Logo depois, viaja para encarar os Estados Unidos, no dia 30. Quatro dias depois, ainda joga contra o México e no dia 9 contra a Argentina.

Marin insiste que a convocação terá um "caráter olímpico". Ou seja, a lista que o público conhecerá na sexta-feira vai ser formada por jogadores que serão testados para serem usados nos Jogos de Londres. O presidente indicou que quer dos atletas "quase um espírito amador". "Não adianta ter só prestígio", declarou o cartola.

Marin rejeita a tese de que está mudando a forma pela qual a lista é divulgada e insinua que os demais presidentes da CBF também já tinham acesso aos nomes dos convocados antes do publicação. A diferença, segundo ele, é que nunca admitiram.

SEM COMENTÁRIOS - Mano Menezes não quis comentar sobre a opinião de Marin, que admitiu que não gostaria de ver Ronaldinho Gaúcho nos Jogos de Londres. "Tenho relação direta com o presidente da CBF e com o diretor de seleções (Andrés Sanchez). Não ouvi o teor da entrevista do presidente e, portanto, não vou fazer nenhum comentário", disse o técnico.

O treinador resolveu apostar em Ronaldinho Gaúcho após o fracasso do Brasil na Copa América da Argentina, em junho do ano passado. O jogador do Flamengo vivia uma boa fase no Campeonato Brasileiro e tinha preferência nas enquetes com torcedores para voltar à seleção. Chamado para amistosos no segundo semestre, o craque convenceu Mano Menezes de que poderia ser referência do time e anteparo à nova geração. Depois, caiu de rendimento no clube carioca e sua presença na seleção virou alvo de críticas e rejeição.

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Londres minimizaram nesta segunda-feira a notícia, publicada pelo jornal britânico The Sun no domingo, de que um funcionário teria conseguido entrar no Estádio Olímpico com uma bomba falsa.

Segundo a publicação, o funcionário não teria enfrentado resistência na entrada, sem ser barrado por revistas ou detectores de metal. Ele estava portando uma vasilha plástica, com baterias, um telefone e uma quantidade de massa modeladora utilizada em explosivos.

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Ainda de acordo com a publicação, o funcionário foi barrado na primeira tentativa, mas conseguiu entrar no estádio com a bomba falsa logo na sequência, sem dificuldades. Para o jornal, a falha de segurança é grave e poderia comprometer a realização da Olimpíada.

O Comitê Organizador, contudo, minimizou a notícia. "Com certeza, uma vasilha de plástico contendo baterias, um celular e alguns fios soltos não configuram uma ameaça", registrou o Comitê em nota. "No entanto, vamos averiguar as alegações para nos certificar de que nosso programa de segurança é tão robusto quanto necessitamos".

A questão da segurança tem sido uma das maiores preocupações do Comitê Olímpico desde que Londres ganhou o direito de sediar os Jogos. Ao todo, os organizadores já gastaram cerca de 1 bilhão de libras (aproximadamente R$ 3 bilhões) para montar o esquema de segurança da Olimpíada.

Classificado para nadar quatro provas individuais nos Jogos de Londres, Thiago Pereira abriu mão de participar das disputas dos 100 e 200 metros costas, priorizando os 200m e 400m medley. A decisão do nadador foi anunciada nesta quinta-feira pela Confederação Brasileira de Natação (CBDA), que, entretanto, vai garantir ao atleta do Corinthians a prioridade em nadar o revezamento 4x100m medley caso nenhum outro brasileiro obtenha tempo melhor do que o dele nos 100m costas na Tentativa Olímpica, torneio que será realizado de 9 a 12 de maio no Parque Aquático Maria Lenk.

A decisão de Thiago Pereira abrir mão dos 200m costas já era certa, uma vez que esta prova será realizada, em Londres, no mesmo dia que os 200m medley, prova na qual tem esperança de ser medalhista olímpico. Já os 100m costas ele queria nadar para garantir presença no revezamento brasileiro, caso este se classifique para a Olimpíada.

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Por enquanto, Thiago tem o melhor tempo brasileiro nos 100m costas, com 53s86. Outro brasileiro com índice na prova é Daniel Orzechowskii, com 54s20. Desta forma, uma vaga está aberta e outros nadadores vão tentar alcançá-la na Tentativa Olímpica. Thiago Pereira, porém, tentará se manter como o mais rápido na prova para abrir o revezamento brasileiro em Londres.

Nesta quinta-feira, a CBDA também anunciou o programa da Tentativa Olímpica, com duas chances para cada nadador por prova - uma pela manhã, a partir das 10h, outra à tarde, a partir das 17h.

A única prova que já tem dois classificados para Londres e mesmo assim será disputada no Rio será os 100m livre masculino, uma vez que é necessário definir os outros dois componentes do time dos 4x100m livre. Cesar Cielo e Nicolas Oliveira já estão garantidos.

Os torcedores que não conseguiram comprar ingressos para a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de 2012 terão uma opção para acompanhar o evento. Nesta terça-feira, foi revelado os detalhes de um concerto que marcará o início da competição, que será realizado no Hyde Park.

O público poderá acompanhar a abertura da Olimpíada, marcada para o dia 27 de julho, através de telões. Além disso, as pessoas poderão assistir show de quatro bandas, que representam os países que compõem a Grã-Bretanha - Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales. Os ingressos para o "BT London Live" começarão a ser vendidos nesta sexta-feira.

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Os shows no Hyde Park serão das bandas Duran Duran, Snow Patrol, Stereophonics e Paolo Nutini. "Será um dos grandes momentos da década para nós", disse Simon Le Bon, vocalista do Duran Duran, grupo que fez grande sucesso na década de 1980, quando gravou hits como "Rio" e "The Rolex".

Com o fim do prazo de obtenção de índices para a maratona, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou nesta segunda-feira os quatro atletas convocados para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres. São três no masculino - Marilson Gomes dos Santos, Paulo Roberto de Almeida Paula e Franck Caldeira - e Adriana Aparecida da Silva como única brasileira na maratona feminina.

Da equipe, aquele que tem mais chances de medalha é Marilson, que já estava pré-convocado por ter terminado entre os 30 melhores do mundo no ranking mundial de 2011 - o melhor não africano. Neste ano, o atleta da BM&FBovespa foi o oitavo colocado da Maratona de Londres, com 2h08min03s, o que faz dele o sétimo melhor do mundo quando excluídos os quenianos e etíopes.

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Com o segundo melhor tempo entre os brasileiros que vão a Londres, Paulo Roberto de Almeida, de 33 anos, atleta do Cruzeiro, disputará sua primeira Olimpíada. Já Franck Caldeira, de 29, da equipe Orcampi, vai para a sua segunda maratona olímpica. Ambos bateram seus recordes pessoais este ano e devem evoluir até os Jogos de Londres.

No feminino, Adriana Aparecida da Silva será a única representante brasileira na maratona. A atleta do Pinheiros, de 30 anos, deve treinar na altitude, tanto na Colômbia quanto na Suíça, antes de viajar a Londres.

O sorteio dos grupos do torneio de basquete dos Jogos Olímpicos de Londres colocou a seleção brasileira feminina no mesmo grupo da Austrália, uma das favoritas à briga por medalha. Ambas as equipes estarão na chave B da competição, ao lado de Rússia, Grã-Bretanha e outros dois adversários ainda a serem definidos. A estreia do Brasil será diante do quinto classificado vindo do Pré-Olímpico Mundial.

O evento desta segunda-feira aconteceu no Rio de Janeiro, na sede do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Estiveram presentes nomes como Hortência Accari, ex-jogadora e atual diretora de seleções, Paula e Janeth, ex-jogadoras, e a pivô Érika, uma das principais atletas da atual seleção.

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No outro grupo estão as principais favoritas do torneio, as norte-americanas, que terão como adversárias China e Angola. Outras três seleções, que serão definidas no Pré-Olímpico, ainda integrarão a chave.

Com cinco vagas ainda em aberto, 12 equipes brigarão no Pré-Olímpico pelo direito de estar na Olimpíada. São elas: Croácia, Rep. Tcheca, França, Turquia, Argentina, Canadá, Porto Rico, Japão, Coreia do Sul, Mali, Moçambique e Nova Zelândia. As seleções europeias, mais a Coreia, aparecem como as principais favoritas.

Para fugir de um confronto diante dos Estados Unidos já nas quartas de final, o Brasil precisa de uma boa campanha na primeira fase, já que o primeiro colocado de um grupo pegará o quarto de outro, enquanto o segundo enfrentará o terceiro. A seleção tenta voltar a ser uma das potências do esporte e repetir os resultados de Atlanta, em 1996, e Sydney, quatro anos mais tarde, quando conquistou as medalhas de prata e bronze, respectivamente.

A seleção brasileira feminina de futebol já conhece os seus primeiros adversários na luta pela inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres. Sorteio realizado nesta terça-feira definiu que a equipe liderada pela craque Marta vai disputar o Grupo E do torneio contra as seleções da Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Camarões.

Sem ser cabeça de chave na Olimpíada, a seleção brasileira corria o risco de cair no mesmo grupo do Japão, atual campeão mundial, mas teve sorte na definição dos grupos ao entrar na mesma chave da anfitriã Grã-Bretanha e de outras equipes sem tradição no futebol feminino.

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A estreia do Brasil no torneio olímpico feminino de futebol será em 25 de julho, em Cardiff, contra a seleção de Camarões. A equipe volta a jogar na cidade galesa no dia 28, contra a Nova Zelândia. A seleção brasileira encerra a sua participação na fase de grupos em 31 de julho, no Estádio de Wembley, em Londres, contra a Grã-Bretanha.

Os dois primeiros colocados de cada um dos três grupos e dois melhores terceiros lugares se classificam para as quartas de final do torneio olímpico de futebol feminino. Caso avance na liderança, o Brasil vai enfrentar no primeiro mata-mata um dos melhores terceiros colocados. Se a equipe se classificar na segunda posição, duelará com o segundo colocado do Grupo F, que conta com Japão, Canadá, Suécia e África do Sul.

A medalha de ouro será disputada no dia 9 de agosto, no Estádio de Wembley. O torneio olímpico de futebol feminino é disputado desde os Jogos de Atlanta. Após ficar em quarto lugar nas edições de 1996 e 2000, o Brasil foi vice-campeão em 2004 e 2008. Nas duas finais, a equipe foi derrotada pelos Estados Unidos, que estão no Grupo G, ao lado de França, Colômbia e Coreia do Norte.

Confira os grupos do torneio olímpico de futebol feminino:

Grupo E

Grã-Bretanha

Nova Zelândia

Camarões

Brasil

Grupo F

Japão

Canadá

Suécia

África do Sul

Grupo G

Estados Unidos

França

Colômbia

Coreia do Norte

A seleção brasileira será cabeça de chave no sorteio dos grupos do futebol masculino dos Jogos Olímpicos de Londres, que acontecerá nesta terça-feira pela manhã. A equipe do técnico Mano Menezes estará no Grupo C da competição, enquanto Grã Bretanha, México e Espanha, outros cabeças de chave, ficarão nos grupos A, B e D, respectivamente.

Desta forma, o Brasil não enfrentará britânicos, mexicanos ou espanhóis na primeira fase do torneio, que reunirá 16 seleções. O último participante ainda será definido nesta segunda-feira, com o confronto entre Senegal e Omã, pela repescagem. Quem vencer estará nos Jogos.

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Campeã das duas últimas edições da competição, a Argentina não se classificou para a Olimpíada deste ano e, com isso, abriu uma vaga como cabeça de chave que provavelmente seria dela. Assim, Brasil e México, que nunca venceram o torneio, herdaram o posto. Espanha (1992) e Grã-Bretanha (1900, 1908 e 1912) já foram campeãs.

A delegação olímpica brasileira ganhou mais um componente neste domingo. Isso porque o meio-fundista Diomar Noêmio de Souza, da equipe BM&FBovespa, fez o índice B para os Jogos de Londres nos 800m ao vencer competição realizada em Porto Alegre com o tempo de 1min45s62. A marca é a segunda melhor do mundo na temporada recém-iniciada (a quinta se forem considerados também os resultados em provas indoor).

A participação de Diomar em Londres, porém, depende de nenhum outro brasileiro fazer um tempo melhor até o fim do período de classificação. Seu concorrente direto é Kleberson Davide, do Pinheiros, que estreou na temporada 2012 com a medalha de prata na Sogipa, neste domingo. O tempo dele foi 1min46S03, seis décimos acima do índice B de 1min45s92.

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Para o Brasil ir à Olimpíada com mais de um (no máximo três) atleta nos 800 metros, eles precisam correr abaixo de 1min45s60 até o dia 1.º de julho. Nos últimos três anos Kleberson Davide sempre conseguiu correr abaixo disso. Em 2011, ele foi o 13.º do ranking mundial. Diomar sequer apareceu entre os 100 melhores nos últimos dois anos.

A brasileira Marily dos Santos viveu neste domingo um misto de felicidade e frustração. Ela venceu a Maratona de Pádua, na Itália, com o tempo 2h31min55s, baixando quase quatro minutos a melhor marca da sua carreira. Ela, porém, ficou a 1min55s do índice olímpico e não tem mais chances de ir à Olimpíada de Londres.

Outras brasileiras que competiram em Pádua sonhando com índice olímpico ficaram ainda mais longe da marca. Caso, por exemplo, de Michele Chagas, quarta colocada, com 2min42s55. As demais inscritas (Pinheiros e Cruzeiro levaram equipe) não chegaram entre as 20 primeiras.

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O prazo para obtenção do índice olímpico para a maratona vai apenas até o fim do mês e como praticamente todas as principais atletas do País competiram neste fim de semana ou no anterior, a tendência é que a única maratonista brasileira nos Jogos de Londres seja mesmo Adriana Aparecida da Silva, que conquistou o índice na Maratona de Tóquio, com 2h29min17. Em Pequim, Marily representou o Brasil, terminando em 51.º.

Entre os homens, um bom resultado em Pádua. Paulo Roberto de Almeida Paula, do Cruzeiro, chegou em terceiro lugar na Itália, com o tempo de 2h10min23 e, mais uma vez, correu abaixo do índice de 2h18min. A marca é a melhor da carreira do atleta, que havia atingido 2h11min51 em Barcelona, no mês passado. Outro brasileiro que ficou entre os primeiros colocados em Pádua foi Elson Alex Gracioli, com o tempo de 2min20s56, no oitavo lugar.

LONDRES - Na Maratona de Londres, Solonei Rocha vencedor dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, voltou a correr abaixo do índice olímpico, com 2h14min57, mas a marca não foi suficiente para colocá-lo nos Jogos de Londres, porque ficou acima dos 2h12min03 de Frank Caldeira, atual ocupante da terceira vaga olímpica brasileira (Marílson já está garantido, Paulo Roberto é o segundo do ranking).

O índice olímpico para Ronald Julião parecia apenas questão de tempo diante da evolução do paulista na temporada. E a marca veio na noite deste sábado, quando o brasileiro obteve 63,01m no lançamento de disco, superou um centímetro o índice exigido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e se garantiu nos Jogos de Londres.

A marca veio no Long Beach Invitational, na Califórnia. Ronald, atleta da BM&FBovespa, está fazendo camping nos Estados Unidos e já havia ficado muito perto do índice olímpico na quinta-feira, em Chula Vista, San Diego, quando lançou o disco a 62,97m. Ele ainda disputará outras três competições em solo norte-americano nos próximos dias.

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"Foi uma experiência muito boa porque aqui estão vários dos melhores lançadores do mundo. Tem sido importante ver como eles treinam, que não é tão diferente de nós e que podemos chegar lá", comentou Ronald, de 27 anos, que vai para sua primeira olimpíada.

Em Long Beach, Ronald está acompanhado do seu técnico, João Paulo, do ex-atleta Leonardo Johnson, e também do campeão olímpico Joaquim Cruz, ambos radicados em San Diego, onde está acontecendo o treinamento do lançador. "O apoio do João Paulo (seu treinador) foi fundamental para conseguir o índice na minha última tentativa. Ele sempre acreditou e eu fui lá", destacou Julião.

Ronald é o 13.º brasileiro a garantir o índice olímpico no atletismo, o primeiro em provas de campo. De resto, são dois velocistas, seis saltadores e cinco maratonistas. Julião é o 21.º colocado do ranking mundial no disco

OUTROS RESULTADOS - Geisa Coutinho é outra atleta brasileira que está treinando e competindo nos Estados Unidos. Nos 400m, prova que é sua especialidade, ela conquistou um quarto lugar em Walnut, com 52s72 e venceu em Claremont, com 52s71. A atleta está longe do índice olímpico brasileiro para a prova, que é de 51s17.

Nos 100m, Geisa também ficou em quarto em Walnut (11s51) e venceu em Claremont (11s81), acima do índice olímpico de 11s22. Ela também obteve um sétimo lugar nos 200m em Walnut.

No Brasil, a competição mais importante do fim de semana aconteceu no Ibirapuera. Ali, Augusto Dutra Oliveira saltou 5,45 no salto com vara, bateu seu recorde pessoal, e ficou a 17cm do índice olímpico. No arremesso de peso, Geisa Arcanjo não repetiu os bons resultados recentes e marcou 17,46m, ficando a mais de um metro do índice.

Conforme já esperava a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), o Brasil não conseguiu a classificação olímpica por equipes no nado sincronizado. Neste sábado, após a apresentação da rotina livre, o conjunto brasileiro fechou o Pré-Olímpico de Londres no nono lugar. Apenas os três primeiros, porém, se garantiam na Olimpíada.

No dueto, para o qual o Brasil conquistou a vaga olímpica na sexta-feira, serão 24 países competindo nos Jogos de Londres. No conjunto, porém, são apenas oito equipes, e três delas saiam do pré-olímpico. Tais vagas ficaram com Rússia, Espanha e Japão.

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Neste sábado, o time brasileiro recebeu 85.790 pontos em sua rotina livre. Na quinta-feira, na rotina técnica, a equipe havia tido nota 86.500. A soma de 172.290 deixou o Brasil em nono, pouco atrás da Grã-Bretanha, que estará na Olimpíada por ser dona da casa.

O desempenho da equipe foi melhor do que no Mundial de Xangai, no ano passado, quando o Brasil somou 170.760. Na ocasião, o time brasileiro terminou em 12.º nas duas rotinas.

A cem dias do início dos Jogos Olímpicos, Thiago Pereira por enquanto não aparece como um dos favoritos a uma medalha na sua principal prova, os 200m medley. O nadador do Corinthians sonha com um pódio inédito, mas garante não se importar em aparecer apenas como o sétimo do ranking mundial na prova no momento. Seu foco está apenas em chegar a Londres em condições de disputar uma medalha contra os norte-americanos Michael Phelps e Ryan Lochte e o húngaro Laszlo Cseh

"Estou treinando para ganhar deles. Minha meta é uma medalha e estou fazendo o meu melhor para conquistá-la. Espero encontrá-los na final, como tem sido nas duas últimas Olimpíadas, mas dessa vez espero que o resultado seja diferente", afirma o atleta do Corinthians, que ficou em quarto nesta prova tanto em Atenas quanto em Pequim, atrás exatamente de Phelps, Lochte e Cseh.

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O melhor do mundo nos 200m medley, como de praxe, é Michael Phelps. Laszlo Cseh é apenas o 11.º do ranking mundial, dois postos acima de Lochte. À frente de Thiago estão dois japoneses, dois britânicos e um australiano, atletas que já nadaram a seletiva nacional de seus países (prova que tende a ser a mais rápida de cada nadador antes da Olimpíada).

"Eles nadaram a seletiva deles, não tiveram confrontos diretos com os norte-americanos, que também devem estar mostrando seu potencial agora, depois de todo um processo de treinamento. Ainda tem muita prova até julho e eu espero chegar em Londres na minha melhor forma", comenta Thiago Pereira.

O brasileiro volta a competir entre os dias 24 e 28 de abril, no Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Ali, ele irá nadar apenas os 200m e 400m medley, 200m costas (provas que já têm índice olímpico) e os 10mm costas, além dos revezamentos. Thiago Pereira também já está garantido em Londres nos 200m peito. Todos os índices foram atingidos no Maria Lenk do ano que passado.

Dono de três medalhas de ouro olímpicas, Usain Bolt vai participar da prova dos 200 metros na etapa de Mônaco da Diamond League, marcada para o dia 20 de julho. Esta competição será a última do velocista jamaicano antes da realização dos Jogos de Londres, entre 27 de julho e 12 de agosto.

Bolt é favorito a manter os seus títulos olímpicos nas provas dos 100 e 200 metros, embora deva enfrentar forte concorrência, principalmente de Yohan Blake. Seu compatriota registrou em setembro de 2011, na cidade de Bruxelas, o segundo melhor tempo da história dos 200 metros, com 19s26, apenas 7 centésimos de segundo mais lento do que o recorde de Bolt.

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A prova dos 200 metros é a preferida de Bolt, que no ano passado conseguiu defender o seu título mundial na Coreia do Sul. Em Daegu, porém, ele perdeu o seu título dos 100 metros, que foi conquistado por Blake, após o campeão olímpico ser desclassificado em razão de uma largada falsa.

Além da etapa de Mônaco da Diamond League, Bolt também vai competir na cidade de Roma, em 31 de maio, e em Oslo, na Noruega, em 7 de junho.

Está cada vez mais clara a obrigação do técnico Mano Menezes de conquistar a medalha de ouro na Olimpíada de Londres para se manter no cargo até o Mundial de 2014. O título na edição deste ano dos Jogos passou a ser prioridade na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Isso foi destacado nesta segunda-feira pelo presidente da entidade, José Maria Marin. Ele deu ênfase à necessidade de o time masculino do Brasil voltar da Inglaterra com o ouro inédito. Depois, pareceu evasivo ao falar da permanência de Mano na seleção. "O futuro a Deus pertence; Mano até agora está dentro da expectativa."

Marin ressaltou que a CBF está oferecendo todo suporte para as duas seleções - ele não cobrou o título da equipe feminina. "Não meço esforços, o futebol brasileiro na Olimpíada de Londres vai ter todas as condições, toda a infraestrutura."

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Mano Menezes "perdeu" o padrinho na CBF com a renúncia no início de março do presidente Ricardo Teixeira. Mesmo com o fiasco na Copa América de 2011 e repetidos fracassos em jogos contra seleções tradicionais, o técnico se manteve firme no posto. Para Teixeira, importante era montar um time renovado para 2014. No final do ano passado, Mano disse que fundamental no primeiro semestre deste ano seria o trabalho pela medalha em Londres.

Recentemente, porém, teve de ouvir em silêncio declaração firme do diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez, de que deveria se voltar para a formação de um time que chegasse à Copa do Mundo como favorito ao título. Sanchez minimizava assim o papel do futebol do País nos Jogos de Londres e seguia o raciocínio de Ricardo Teixeira.

Nesta segunda-feira, em entrevista coletiva na sede da CBF, José Marin deu outra determinação: ele quer a medalha, agora a de ouro. O futebol masculino do Brasil obteve até 2008 duas de prata (1984 e 1988) e duas de bronze (1996 e 2008) em olimpíadas.

O desfecho da 158.ª edição da Boat Race, regata entre as faculdades de Oxford e Cambridge, neste sábado, levantou mais dúvidas com relação à segurança dos Jogos Olímpicos de Londres. Isso porque um ativista pulou no rio Tâmisa, nadou até a raia, entrou deliberadamente na rota dos remadores, e paralisou um dos eventos esportivos mais tradicionais do mundo.

A preocupação maior se dá porque o protesto não foi algo orquestrado. Ao que tudo indica, um cidadão britânico, Trenton Oldfield, de 35 anos, decidiu sozinho protestar contra o elitismo e se jogou no rio para atrapalhar a competição. Com isso, crescem os temores que as milhões de pessoas que acompanharão as provas olímpicas em Londres tomem individualmente atitudes semelhantes.

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O presidente do Comitê Olímpico Britânico e membro do comitê organizador dos Jogos de Londres, Colin Moynihan, classificou de "idiota" a atitude de Oldfield, mas revelou preocupação com outros "idiotas" durante a Olimpíada. Aproveitou também para justificar os estratosféricos gastos com segurança.

"É o por isso que todas as medidas de segurança precisam ser implementadas, para minimizar a chance de isso acontecer. Você nunca pode removê-la completamente, mas pode fazer todo o possível para proteger os atletas, minimizando as chances", disse Moynihan.

O temor maior da organização dos jogos é nas provas abertas, casos do remo, da maratona aquática, da maratona e do ciclismo de estrada. Uma invasão já marcou o fim dos Jogos de Atenas, em 2004, quando o maratonista brasileiro Vanderlei Cordeiro da Silva, que liderava a prova, foi agarrado pelo padre irlandês Cornelius Horan, que furou a barreira policial sem dificuldades e se jogou sobre o corredor. O brasileiro perdeu tempo, foi ultrapassado, e acabou com o bronze olímpico.

A pernambucana Keila Costa conquistou, neste sábado, o índice olímpico do salto triplo para os Jogos Olímpicos de Londres. A atleta da equipe BM&F Bovespa alcançou a marca de 14,20m para vencer o Torneio FPA Juvenil e Adulto, no estádio do Ibirapuera, em São Paulo.

A marca é cinco centímetros a mais do que o índice olímpico estipulado pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Há uma semana, também no torneio organizado pela Federação Paulista de Atletismo (FPA), Jonathan Henrique Silva conseguiu o mesmo feito no salto triplo.

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"É uma alegria total bater esse índice. Agora tenho uma tranquilidade maior para a temporada e não vou precisar quebrar o ritmo de treinamentos para atingir o índice em outro campeonato. Posso me concentrar para a preparação especifica para Londres", comemorou Keila.

O planejamento da saltadora e do técnico Neilton Moura era atingir a marca ainda no primeiro semestre, mas em uma competição sul-americana no Chile. "Eu só vim competir aqui no Ibirapuera porque pedi ao Neilton para entrar em um torneio para ganhar ritmo competição. O resultado surpreendeu. Hoje (sábado), eu estava bem confiante, mas o índice não era o principal objetivo. Os saltos foram tranquilos, não queimei nenhum. Foi importante provar que eu posso controlar a corrida", resume.

A Olimpíada de Londres será a terceira da carreira de Keila, a primeira dela no salto triplo. A atleta de 29 anos participou do salto em distância em Atenas e em Pequim, ficando em 14.º na Grécia e em 11.º na China. O resultado mais importante da carreira da brasileira foi o bronze no Mundial Indoor de 2010, no Catar, também no salto em distância. No triplo, ela ficou em 12.º no Mundial de Daegu, ano passado.

Pelas contas do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a classificação de Keila aumenta para 167 o número de brasileiros garantidos em Londres. No atletismo, são outros dez: sendo cinco nas provas de salto.

POR POUCO - Uma semana após se garantir em Londres no salto triplo, Jonathan Henrique Silva, de apenas 20 anos, atleta da Orcampi, de Campinas, ficou a apenas sete centímetros do índice no salto em distância. Ele venceu no Ibirapuera com 8,03m, mas precisava de 8,10m. "Foi muito bom. Melhorei minha marca em relação aos treinamentos apesar do cansaço. Passei a semana com uma virose, tive febre e estava muito debilitado", comentou.

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