Tópicos | ônibus lotado

Gilberto Nogueira não conquistou a premiação máxima do Big Brother Brasil, mas é dono do posto de maior apoiador da educação brasileira entre os participantes do programa. Gil do Vigor, assim chamado carinhosamente pelos fãs, é formado em economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e, durante o BBB21, exaltou o valor dos pesquisadores e estudantes brasileiros.

"Ser pesquisador no Brasil, com 2 mil e pouco, que não é muito, é muito difícil. Eu vim da pesquisa, do doutorado, sei como é difícil. Muitas pessoas fazem ser valorizado. A pesquisa é válida, honrada, e a pesquisa merece", declarou Gil, em um dos trechos do programa.

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Nesta terça-feira (4), em entrevista ao jornalista Pedro Lins, no NE1 da Globo, o economista criticou a desigualdade que há no trajeto educacional dos brasileiros. Gil mencionou, por exemplo, a dificuldade que muitos estudantes enfrentam ao utilizar o transporte público para se dirigirem às aulas nas escolas e universidades.

“Sei a importância do estudo, eu brinco porque é a única forma que o pobre tem de lidar com as dificuldades, é sorrindo, é brincando, porque, se não, fica mais difícil do que já é. Porque se for levar a sério mesmo, a gente não dá dois passos. Tu sai – em ônibus lotado - da tua casa, vai chegar na universidade cansado, estressado, às vezes machucado, atrasado. Acaba se tornando uma competição um pouco desleal, sabe? Porque só quem passa pelo que passei e muitos brasileiros passam, sabe como é”, disse Gilberto, ao NE1.

O economista continuou: “Você já entra na sala de aula com um desgaste mental tão grande, que a absorção do assunto vai ser menor, que a tua capacidade de querer se dedicar vai ser menor. A gente precisa deixar as pessoas com condições iguais, para renderem melhor, para aprenderem mais, para poderem absorver o ensino”.

Gil do Vigor ainda reiterou o seu discurso que coloca a educação como o principal pilar de ascensão social. “Porque a educação é a única forma que o brasileiro pobre tem de tentar mudar de vida, porque as chances são mínimas”, finalizou o semifinalista do BBB21.

Quase cinco mil pessoas passam diariamente pelas estações Bus Rapid Transit (BRT), que funciona no Corredor Leste-Oeste, na capital pernambucana. Em operação desde o dia 7 de junho deste ano mesmo com obras inacabadas, os passageiros usufruem de 22 coletivos em operação do sistema Via Livre. Em horários de pico, quem transita pelo Derby, área central do Recife encontra dificuldades como lotação de ônibus e estação.

Os passageiros pedem mais coletivos para que os ônibus comecem a chegar mais vazios no local. A artesã Ângela Alves sofre diariamente com o problema.“Sempre pego aqui nessa estação e tem muita gente. Além disso, as pessoas precisam aprender a respeitar quando entram no ônibus e também quando saem. Esse tumulto é frequente por aqui”, contou.

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O estudante do Ensino Médio Kaio Victor disse que, se pegar nas estações que vem da Boa Vista, consegue ir para casa sentado. “Se eu vir de lá, não tem problema nenhum. Mas ultimamente, tenho que vir para o Derby e está bem lotado. Todo mundo vem pegar ônibus aqui para se livrar do engarrafamento, já que o BRT passa pela via única", afirmou o estudante.

A espera, de acordo com a população, dura em média de 10 a 15 minutos. "Se tivesse mais linhas talvez esse tumulto nos ônibus e nas estações fossem amenizados", contou Alcione Oliveira, auxiliar de Departamento Pessoal. Dona Maria José, revendedora de cosméticos também se queixou da demora. "Você pensa que é pouco, mas é só nesse curto prazo que a estação lota".

Solução - O Grande Recife Consórcio de Transportes informou que uma nova linha será criada para que os problemas de lotação tanto de ônibus, quanto de estação sejam amenizados. A linha que vai começar a operar ainda não foi decidida pelo órgão, mas o Consórcio prometeu que até a semana que vem, a divulgação será realizada.

Ainda segundo o Consórcio, três pessoas capacitadas da empresa MobiBrasil, responsável pelos BRT's auxiliam os passageiros na hora da compra e de chegada e saída dos coletivos. O Grande Recife ainda informou que o intervalo dos BRT's são de cinco em cinco minutos.

A atriz Lucélia Santos foi vista, em pé, dentro de um ônibus lotado no Rio de Janeiro e teve sua imagem publicada por uma pessoa no facebook. Reconhecida pelo papel de escrava Isaura, ela usou sua conta no twitter para reclamar da baixa qualidade do transporte público. 

“O Brasil é o único país onde andar de ônibus é politicamente incorreto”, escreveu Lucélia em resposta às criticas que ela havia recebido, nas redes sociais, por ser vista num transporte público. 

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Lucélia continuou: “Isso porque os ônibus aqui e transportes coletivos, de um modo geral, são precários e ordinários, o que mostra total desrespeito à população!”, postou. Revoltada, a atriz alfinetou a gestão pública. “Os governos deveriam investir em transportes decentes para a população, com conforto e dignidade, e depois pretender fazer discursos de um mundo”.

Lucélia continuou a escrever no twitter, dessa vez com mensagens aos jornalistas: “A imprensa deveria usar sua inteligência para divulgar campanhas para os transportes públicos coletivos de primeira grandeza”. Ela finalizou postando: “o Brasil deveria ler mais, se instruir mais, desejar mais e sair da burrice de consumo idiota e descartável que lhe dá carros!”. 

A repecussão é grande por causa do desabafo de Lucélia. Nas redes sociais, internautas apoiam a atitude dela. O internauta Jurandir Costa, por exemplo, respondeu a atriz: “@luceliaoficial tudo em nome de uma cadeia produtiva, na verdade é uma cadeia destrutiva. #menoscarros + mobilidade urbana”. Um comentário a favor da posição de Lucélia foi o de José Roberto Veiga, que postou: “@luceliaoficial Estou contigo, país rico não é onde pobre tem carro, mas onde os ricos andam no transporte público, pela qualidade”.

 

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