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As mulheres têm um estilo de vida que as leva, em média, a emitir menos gases de efeito de estufa do que os homens, segundo um artigo de uma economista consultado pela AFP nesta terça-feira (7).

"Embora à primeira vista possa parecer que as mudanças climáticas afetam toda a população da mesma forma, existem estudos que mostram as diferenças de gênero nos comportamentos responsáveis pela origem das emissões de gases de efeito de estufa e nas consequências das mudanças climáticas", explica Oriane Wegner, autora do artigo, que será publicado no site do Banco da França na quarta-feira.

O artigo foi revelado pelo jornal francês Libération.

Especialista em economia climática do Banco da França, Wegner afirma se basear em um estudo sueco de 2021 que diz que as tendências de consumo dos homens "causam em média 16% mais gases de efeito estufa" do que as das mulheres. Os homens comem mais carne do que as mulheres (67% dos franceses vegetarianos são mulheres), usam mais o carro e gastam mais em bens de consumo.

Em 2021, os homens solteiros emitiram, em média, dez toneladas de gases de efeito estufa, contra pouco mais de oito toneladas para as mulheres solteiras, apesar de seu gasto ser "apenas 2%" superior ao dessas mulheres.

Wegner reconhece, porém, que mais do que gênero, é o nível de renda que desempenha "um papel mais importante".

E, ao mesmo tempo, as consequências são desiguais.

Segundo estudos da ONU citados por Wegner, 80% das pessoas que tiveram que deixar suas casas em decorrência de eventos climáticos extremos são mulheres.

"As políticas públicas nacionais e os marcos de atuação internacional seriam mais efetivos se as interações entre gênero e meio ambiente fossem levadas em conta para reforçar sua eficácia", conclui a autora do artigo.

O economista João Frederico Cavalheiro, de 41 anos, tentou fugir de uma ordem da Polícia Militar para que parasse o carro, atropelou um PM e só foi interceptado após ter o carro alvejado por tiros, em Ipanema (zona sul do Rio), na tarde desta terça-feira, 20. Segundo a Polícia Civil, Cavalheiro havia usado cocaína e medicamentos e estava dopado. Ele foi baleado na perna e está internado sob custódia no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon (zona sul).

Segundo a polícia, o economista saiu da Barra da Tijuca (zona oeste) dirigindo o próprio carro e levando um funcionário. Durante o trajeto, correu muito e falou coisas sem nexo, segundo o homem que o acompanhava. Quando pararam na rua Gomes Carneiro, em Ipanema, o carona abriu a porta do carro e disse que sairia. Segundo ele contou à polícia, Cavalheiro pegou o celular do passageiro e tentou impedir que saísse.

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Policiais viram essa confusão e caminharam em direção ao veículo. O funcionário conseguiu sair e o economista decidiu fugir. Sem fechar a porta do carro, engatou marcha à ré, atropelou um policial e tentou ir embora. Foi, porém, baleado.

Dentro do carro, a polícia encontrou e apreendeu remédios - alguns de uso veterinário - e cocaína. Também ferido, o policial militar atropelado foi levado ao mesmo hospital. Estava internado, sem risco de morte, até a publicação desta reportagem.

A reportagem procurou representantes de Cavalheiro para que se pronunciem sobre o episódio, mas não obteve retorno.

Se você pesquisou por viagens aéreas recentemente, provavelmente ficou impressionado com os preços disponíveis, especialmente para trechos domésticos. Nem mesmo o esforço para ser flexível com as datas de viagem e aeroportos de destino têm sido suficientes para garantir um bom negócio, ainda que a escolha seja durante a baixa temporada e na categoria promocional.

Com as tarifas aéreas em gráfico crescente, as companhias aéreas não foram tímidas em dizer aos viajantes que os preços só tendem a ficar mais altos, seja inverno ou verão. Esse problema já dava sinais no início da pandemia, com o grande número de cancelamentos e reagendamentos dos voos nacionais. A demanda diminuiu abruptamente em todo o mundo e companhias tiveram demissões em massa para dar conta de deixar as portas abertas.

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Apesar do retorno gradual das atividades e do turismo, a crise ainda é realidade para o setor. Recentemente, as passagens passaram a ter momentos pontuais de queda, mas é necessário bastante procura e rapidez para encontrar um trecho que se assemelhe aos valores anteriores. Um dos principais motivos para a nova alta é a disputa por combustível de preço competitivo em todo o globo.

O último aumento foi anunciado em março, há menos de um mês, e as empresas foram transparentes ao afirmar que o consumidor pagaria parte da conta. No último dia 18, a Latam comunicou que iria suspender temporariamente, a partir de abril, 21 rotas nacionais por conta do aumento dos combustíveis. O anúncio veio quatro dias após a empresa comunicar, em nota, que o impacto nos custos das companhias em decorrência da guerra na Ucrânia é "inegável" e que a alta do preço do querosene da aviação afetará o valor das passagens.

“A elevação do preço do petróleo e seus derivados, dentre eles o querosene de aviação, tem impactado significativamente nos custos do setor aéreo, a elevação dos custos é repassada para o preço das passagens. Outro fator que tem contribuído para a elevação dos preços são as restrições de ocupação das aeronaves na pandemia; se antes da pandemia um Boeing 737 transportava 149 pessoas, uma restrição de 50% da capacidade derrubaria pela metade a receita com a venda de passagens, ou seja, o mesmo trajeto e custo, porém com 50% da receita, as companhias tiveram que aumentar os preços”, aponta Djalma Guimarães, economista e professor entrevistado pela LeiaJá, como fatores iniciais.

O LeiaJá consultou comparadores e os buscadores de passagens aéreas de diferentes companhias, em plataforma on-line, para acompanhar as alterações de preço. Do início da pandemia até agora, o pior ano para comprar passagem aérea foi o de 2021, com destaque ao período de agosto a dezembro, entrando para janeiro de 2022, considerado mês de alta demanda.

Atualmente, os valores seguem em alta, com baixas pontuais para voos mais longos e em dias comerciais. É possível encontrar passagens de Recife para Salvador com um preço promocional de R$ 636 a R$ 721, para uma pessoa, com ida e volta entre maio e setembro deste ano — antes da pandemia, um trecho considerado promocional para o mesmo trecho seria entre R$ 250-400.

Outro trecho aéreo que chama atenção é o de Recife-Rio de Janeiro, com destino ao RIOgaleão - Aeroporto Internacional Tom Jobim (GIG), que fica um pouco mais distante do centro da capital carioca, mas apresenta chegadas mais baratas. Em 2020, antes da pandemia, era possível pagar R$ 1.006,20, tipo ida e volta, para dois passageiros com assento confortável em um plano acima do básico (equivalente ao plano Topázio) da Azul Linhas Aéreas. Abaixo, é possível conferir um bilhete comprado com um mês e quatro dias de antecedência, para a alta temporada na cidade maravilhosa, em pleno Carnaval.

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O mesmo itinerário escolhido atualmente, com o mesmo período de antecedência e também para duas pessoas está custando R$ 4.111,78. Mas há diferenças: o voo é no plano básico da mesma companhia aérea e para um mês de baixa temporada (maio) e de muitas chuvas no Grande Rio. De acordo com os buscadores, os melhores preços para a capital estão no mês de setembro, com passagens de aproximadamente R$ 1.100 para uma pessoa, ida e volta. Em setembro, mês do Rock in Rio, os preços disparam novamente.

“Não se pode cravar um cenário de redução no curto prazo pois vivemos um momento de incertezas na economia mundial. De um lado, o fim das restrições tenderia a estimular uma redução de preços, mas, por outro lado, a Guerra entre Rússia e Ucrânia tende a elevar o preço do barril de petróleo contribuindo para elevação do valor das passagens. Enquanto não tivermos um horizonte mais previsível sobre a situação da guerra, não se pode vislumbrar redução nos preços”, comenta o economista Djalma Guimarães sobre a variação nos preços.

O especialista explica, também, que essa elevação dos preços das passagens aéreas acompanha um comportamento geral da economia. “O encarecimento das passagens tende a reduzir a procura do setor de turismo, de forma que a recuperação das atividades deste setor no pós-pandemia fica ainda mais comprometida. Sem falar no efeito que a inflação tem provocado na renda do trabalhador, com carne e outros alimentos mais caros, sobra menos dinheiro para turismo e lazer para a população das classes de renda mais baixa”, acrescenta.

Os aumentos pegaram desprevenida a classe média do país, que já vinha sofrendo com a inflação desde 2013. Em 2017, houve uma disparada na utilização do serviço, que junto à hotelaria e ao turismo local, conseguiu um rendimento acima da média. A reversão do cenário hoje se dá não só com o preço alto, mas com a insatisfação dos passageiros com as companhias. O serviço perdeu qualidade e o relacionamento com o cliente tem deixado a desejar, principalmente com o ‘BIG 3’ brasileiro: Gol, Latam e Azul.

Os Procons receberam, de janeiro a setembro de 2021, quase 65 mil reclamações relacionadas ao transporte aéreo, 36% a mais do que em igual período de 2020. Os consumidores reclamaram, dentre outras coisas, de dificuldades na remarcação de passagens.

“A classe média brasileira tem vivido um período de redução de seu poder de compra na última década. Desta forma, as viagens a turismo se tornam cada vez menos prioritárias para um grupo que perde poder de compra a partir de uma combinação de inflação alta e queda no rendimento médio. Assim, viajar não se tornou algo indisponível, mas caiu na fila de prioridades da classe média, que precisa pagar por um grupo de serviços que apresentam tendência crescente no seu nível de preços (planos de saúde, escolas, etc.)”, continua o entrevistado.

Dicas para pagar menos

O economista Djalma Guimarães compartilhou com o LeiaJá hábitos de compra que podem ajudar a aliviar o preço da passagem aérea para quem tem procurado o serviço.

1. O uso consciente do cartão de crédito pode auxiliar o consumidor a acumular milhas que podem ser utilizadas para aquisição de passagens aéreas.

2. Comprar com bastante antecedência: esta é talvez uma das dicas mais importantes. Comprar a passagem com meses de antecedência reduz significativamente o valor.

3. Utilizar sites e apps que monitoram promoções no preço de passagens e aproveitar tais possibilidades.

Toda companhia aérea possui um plano próprio de “benefícios” ou “recompensas”, como costumam chamar. Bancos também possuem a própria plataforma de utilização de pontos e podem ser vantajosos. É importante estar sempre a par dos próprios benefícios e entender as vantagens oferecidas por cada plano pago, pois elas têm tempo para expirar e não podem ser recuperadas.

Outra dica é fazer um bom uso dos buscadores on-line. O Google e demais sites de uso cotidiano possuem uma política de cookies e captação de dados intensa, então pode ser mais interessante usar a aba anônima, para não permitir que informações de pesquisas anteriores atrapalhem a busca pelo melhor preço.

O Skyscanner, por exemplo, é uma ferramenta que compara os preços de diversas companhias aéreas para determinado trecho. O Google Flights faz o mesmo tipo de serviço, ainda mostrando no calendário os preços mais interessantes por dia. Ambos são gratuitos.

O Decolar e a 123 Milhas são sites que trabalham exclusivamente com preços promocionais. O Hotel Urbano (Hurb) também oferece suporte na área, tendo foco em pacotes com os preços mais baixos do mercado atualmente, porém, a plataforma é de viagens com datas flexíveis. Ou seja, o comprador escolhe o período no qual quer viajar (ex.: 2023-2024 ou janeiro a abril de 2023) e em até 90 dias antes, o Hurb envia a data escolhida para a viagem. O cancelamento é gratuito.

Em todos os casos, é preciso realizar bastante pesquisa e ter paciência, pois não é o melhor momento para viajar. É indicado fazer a compra somente após ter comparado com todas as opções possíveis, considerando também gastos com assento, bagagem e a distância entre o aeroporto de desembarque e o destino.

--> LeiaJá também: Quais são as vantagens de optar por pacotes de viagens? 

Na madrugada desta quarta-feira (9), Pocah, Gilberto e Carla Diaz protagonizaram um encontro de ex-BBB’s. A cantora divulgou o momento em seu Instagram e fez a alegria dos fãs.

A publicação chegou rapidamente a 500 mil curtidas e em pouco tempo, milhares de comentários apoiando o trio já estampava a fotografia. “Lindos”, “trio de peso”, “incríveis”, são exemplos. Muitos também sentiram falta de outros participantes do reality, como Juliette, Arthur e Camilla de Lucas.

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Nessa terça (8), Gil e Pocah regravaram, em forma de brincadeira, a briga deles que viralizou na época do BBB por conta da palavra “basculho”, utilizada pelo pernambucano.

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Gilberto Nogueira não conquistou a premiação máxima do Big Brother Brasil, mas é dono do posto de maior apoiador da educação brasileira entre os participantes do programa. Gil do Vigor, assim chamado carinhosamente pelos fãs, é formado em economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e, durante o BBB21, exaltou o valor dos pesquisadores e estudantes brasileiros.

"Ser pesquisador no Brasil, com 2 mil e pouco, que não é muito, é muito difícil. Eu vim da pesquisa, do doutorado, sei como é difícil. Muitas pessoas fazem ser valorizado. A pesquisa é válida, honrada, e a pesquisa merece", declarou Gil, em um dos trechos do programa.

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Nesta terça-feira (4), em entrevista ao jornalista Pedro Lins, no NE1 da Globo, o economista criticou a desigualdade que há no trajeto educacional dos brasileiros. Gil mencionou, por exemplo, a dificuldade que muitos estudantes enfrentam ao utilizar o transporte público para se dirigirem às aulas nas escolas e universidades.

“Sei a importância do estudo, eu brinco porque é a única forma que o pobre tem de lidar com as dificuldades, é sorrindo, é brincando, porque, se não, fica mais difícil do que já é. Porque se for levar a sério mesmo, a gente não dá dois passos. Tu sai – em ônibus lotado - da tua casa, vai chegar na universidade cansado, estressado, às vezes machucado, atrasado. Acaba se tornando uma competição um pouco desleal, sabe? Porque só quem passa pelo que passei e muitos brasileiros passam, sabe como é”, disse Gilberto, ao NE1.

O economista continuou: “Você já entra na sala de aula com um desgaste mental tão grande, que a absorção do assunto vai ser menor, que a tua capacidade de querer se dedicar vai ser menor. A gente precisa deixar as pessoas com condições iguais, para renderem melhor, para aprenderem mais, para poderem absorver o ensino”.

Gil do Vigor ainda reiterou o seu discurso que coloca a educação como o principal pilar de ascensão social. “Porque a educação é a única forma que o brasileiro pobre tem de tentar mudar de vida, porque as chances são mínimas”, finalizou o semifinalista do BBB21.

Um grupo de quase 200, entre os mais renomados economistas do País, assinam uma carta aberta em que pedem medidas efetivas de combate à pandemia da Covid-19. Entre eles, os ex-ministros da Fazenda Pedro Malan, Marcílio Marques Moreira, Maílson da Nóbrega e Ruben Ricupero, os ex-presidentes do Banco Central Armínio Fraga, Gustavo Loyola, Pérsio Arida, Ilan Goldfajn e Affonso Celso Pastore e ligados ao mercado financeiro, como o presidente do Credit Suisse, José Olympio Pereira, e o conselheiro do Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles.

O manifesto será enviado na próxima semana aos líderes dos três poderes: o presidente da República, Jair Bolsonaro, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e o da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

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Ao chamar a situação social de "desoladora", os especialistas detalham perspectivas de agravamento das condições econômicas do País. Dizem que a piora da perspectiva não se dá por ausência de recursos, mas pela falta de prioridade à vacinação. Pedem e detalham alternativas a quatro pontos: aceleração do ritmo de vacinação; incentivo ao uso e distribuição de máscaras; implementação de medidas de distanciamento social locais, com coordenação nacional; e criação de mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional.

Entre outros alertas, ele dizem que, com 40% da força de trabalho do País ganhando a vida de maneira informal e sem qualquer proteção contra o desemprego, é preciso ação imediata. Pedem também a retomada urgente de medidas de apoio a pequena e médias empresas. Propõe ainda o andamento em paralelo "de uma reforma no sistema de proteção social, visando aprimorar a atual rede de assistência social e prover seguro aos informais."

Leia a carta na íntegra:

O País Exige Respeito; a Vida Necessita da Ciência e do Bom Governo

Carta Aberta à Sociedade Referente a Medidas de Combate à Pandemia

O Brasil é hoje o epicentro mundial da Covid-191, com a maior média móvel de novos casos.

Enquanto caminhamos para atingir a marca tétrica de 3 mil mortes por dia e um total de mortes acumuladas de 300 mil ainda esse mês, o quadro fica ainda mais alarmante com o esgotamento dos recursos de saúde na grande maioria de estados, com insuficiente número de leitos de UTI, respiradores e profissionais de saúde. Essa situação tem levado a mortes de pacientes na espera pelo atendimento, contribuindo para uma maior letalidade da doença.

A situação econômica e social é desoladora. O PIB encolheu 4,1% em 2020 e provavelmente observaremos uma contração no nível de atividade no primeiro trimestre deste ano?. A taxa de desemprego, por volta de 14%, é a mais elevada da série histórica, e subestima o aumento do desemprego, pois a pandemia fez com que muitos trabalhadores deixassem de procurar emprego, levando a uma queda da força de trabalho entre fevereiro e dezembro de 5,5 milhões de pessoas.

A contração da economia afetou desproporcionalmente trabalhadores mais pobres e vulneráveis, com uma queda de 10,5% no número de trabalhadores informais empregados, aproximadamente duas vezes a queda proporcional no número de trabalhadores formais empregados?.

Esta recessão, assim como suas consequências sociais nefastas, foi causada pela pandemia e não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do governo federal. Este subutiliza ou utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia. Sabemos que a saída definitiva da crise requer a vacinação em massa da população. Infelizmente, estamos atrasados. Em torno de 5% da população recebeu ao menos uma dose de vacina, o que nos coloca na 45ª posição no ranking mundial de doses aplicadas por habitante.

O ritmo de vacinação no país é insuficiente para vacinar os grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI) no 1º semestre de 2021, o que amplia o horizonte de vacinação para toda a população para meados de 2022.

As consequências são inomináveis. No momento, o Brasil passa por escassez de doses de vacina, com recorrentes atrasos no calendário de entregas e revisões para baixo na previsão de disponibilidade de doses a cada mês. Na semana iniciada em 8 de março foram aplicadas, em média, apenas 177 mil doses por dia.

No ritmo atual, levaríamos mais de 3 anos para vacinar toda a população. O surgimento de novas cepas no país (em especial a P.1) comprovadamente mais transmissíveis e potencialmente mais agressivas, torna a vacinação ainda mais urgente. A disseminação em larga escala do vírus, além de magnificar o número de doentes e mortos, aumenta a probabilidade de surgirem novas variantes com potencial de diminuir a eficácia das vacinas atuais.

Vacinas são relativamente baratas face ao custo que a pandemia impõe à sociedade. Os recursos federais para compra de vacinas somam R$ 22 bilhões, uma pequena fração dos R$ 327 bilhões desembolsados nos programas de auxílio emergencial e manutenção do emprego no ano de 2020.

Vacinas têm um benefício privado e social elevado, e um custo total comparativamente baixo. Poderíamos estar em melhor situação, o Brasil tem infraestrutura para isso. Em 1992, conseguimos vacinar 48 milhões de crianças contra o sarampo em apenas um mês.

Na campanha contra a Covid-19, se estivéssemos vacinando tão rápido quanto a Turquia, teríamos alcançado uma proporção da população duas vezes maior, e se tanto quanto o Chile, dez vezes maior. A falta de vacinas é o principal gargalo. Impressiona a negligência com as aquisições, dado que, desde o início da pandemia, foram desembolsados R$ 528,3 bilhões em medidas de combate à pandemia, incluindo os custos adicionais de saúde e gastos para mitigação da deteriorada situação econômica. A redução do nível da atividade nos custou uma perda de arrecadação tributária apenas no âmbito federal de 6,9%, aproximadamente R$ 58 bilhões, e o atraso na vacinação irá custar em termos de produto ou renda não gerada nada menos do que estimados R$ 131,4 bilhões em 2021, supondo uma recuperação retardatária em 2 trimestres.

Nesta perspectiva, a relação benefício custo da vacina é da ordem de seis vezes para cada real gasto na sua aquisição e aplicação. A insuficiente oferta de vacinas no país não se deve ao seu elevado custo, nem à falta de recursos orçamentários, mas à falta de prioridade atribuída à vacinação.

O quadro atual ainda poderá deteriorar-se muito se não houver esforços efetivos de coordenação nacional no apoio a governadores e prefeitos para limitação de mobilidade. Enquanto se busca encurtar os tempos e aumentar o número de doses de vacina disponíveis, é urgente o reforço de medidas de distanciamento social.

Da mesma forma é essencial a introdução de incentivos e políticas públicas para uso de máscaras mais eficientes, em linha com os esforços observados na União Europeia e nos Estados Unidos.

A controvérsia em torno dos impactos econômicos do distanciamento social reflete o falso dilema entre salvar vidas e garantir o sustento da população vulnerável. Na realidade, dados preliminares de óbitos e desempenho econômico sugerem que os países com pior desempenho econômico tiveram mais óbitos de Covid-19. A experiência mostrou que mesmo países que optaram inicialmente por evitar o lockdown terminaram por adotá-lo, em formas variadas, diante do agravamento da pandemia - é o caso do Reino Unido, por exemplo. Estudos mostraram que diante da aceleração de novos casos, a população responde ficando mais avessa ao risco sanitário, aumentando o isolamento voluntário e levando à queda no consumo das famílias mesmo antes ou sem que medidas restritivas formais sejam adotadas.15 A recuperação econômica, por sua vez, é lenta e depende da retomada de confiança e maior previsibilidade da situação de saúde no país.

Logo, não é razoável esperar a recuperação da atividade econômica em uma epidemia descontrolada.

O efeito devastador da pandemia sobre a economia tornou evidente a precariedade do nosso sistema de proteção social. Em particular, os trabalhadores informais, que constituem mais de 40% da força de trabalho, não têm proteção contra o desemprego. No ano passado, o auxílio emergencial foi fundamental para assistir esses trabalhadores mais vulneráveis que perderam seus empregos, e levou a uma redução da pobreza, evidenciando a necessidade de melhoria do nosso sistema de proteção social. Enquanto a pandemia perdurar, medidas que apoiem os mais vulneráveis, como o auxílio emergencial, se fazem necessárias. Em paralelo, não devemos adiar mais o encaminhamento de uma reforma no sistema de proteção social, visando aprimorar a atual rede de assistência social e prover seguro aos informais. Uma proposta nesses moldes é o programa de Responsabilidade Social, patrocinado pelo Centro de Debate de Políticas Públicas, encaminhado para o Congresso no final do ano passado.

Outras medidas de apoio às pequenas e médias empresas também se fazem necessárias. A experiência internacional com programas de aval público para financiamento privado voltado para pequenos empreendedores durante um choque negativo foi bem-sucedida na manutenção de emprego, gerando um benefício líquido positivo à sociedade.

O aumento em 34,7% do endividamento dos pequenos negócios durante a pandemia amplifica essa necessidade. A retomada de linhas avalizadas pelo Fundo Garantidor para Investimentos e Fundo de Garantia de Operações é uma medida importante de transição entre a segunda onda e o pós-crise.

Estamos no limiar de uma fase explosiva da pandemia e é fundamental que a partir de agora as políticas públicas sejam alicerçadas em dados, informações confiáveis e evidência científica. Não há mais tempo para perder em debates estéreis e notícias falsas. Precisamos nos guiar pelas experiências bem-sucedidas, por ações de baixo custo e alto impacto, por iniciativas que possam reverter de fato a situação sem precedentes que o país vive.

Medidas indispensáveis de combate à pandemia: a vacinação em massa é condição sine qua non para a recuperação econômica e redução dos óbitos.

1. Acelerar o ritmo da vacinação.

O maior gargalo para aumentar o ritmo da vacinação é a escassez de vacinas disponíveis. Deve-se, portanto, aumentar a oferta de vacinas de forma urgente. A estratégia de depender da capacidade de produção local limitou a disponibilidade de doses ante a alternativa de pré-contratar doses prontas, como fizeram o Chile e outros países. Perdeu-se um tempo precioso e a assinatura de novos contratos agora não garante oferta de vacinas em prazo curto. É imperativo negociar com todos os laboratórios que dispõem de vacinas já aprovadas por agências de vigilância internacionais relevantes e buscar antecipação de entrega do maior número possível de doses. Tendo em vista a escassez de oferta no mercado internacional, é fundamental usar a política externa - desidratada de ideologia ou alinhamentos automáticos - para apoiar a obtenção de vacinas, seja nos grandes países produtores seja nos países que têm ou terão excedentes em breve.

A vacinação é uma corrida contra o surgimento de novas variantes que podem escapar da imunidade de infecções passadas e de vacinas antigas. As novas variantes surgidas no Brasil tornam o controle da pandemia mais desafiador, dada a maior transmissibilidade.

Com o descontrole da pandemia é questão de tempo até emergirem novas variantes. O Brasil precisa ampliar suas capacidades de sequenciamento genômico em tempo real, de compartilhar dados com a comunidade internacional e de testar a eficácia das vacinas contra outras variantes com máxima agilidade. Falhas e atrasos nesse processo podem colocar em risco toda a população brasileira, e também de outros países.

2. Incentivar o uso de máscaras tanto com distribuição gratuita quanto com orientação educativa.

Economistas estimaram que se os Estados Unidos tivessem adotado regras de uso de máscaras no início da pandemia poderiam ter reduzido de forma expressiva o número de óbitos. Mesmo se um usuário de máscara for infectado pelo vírus, a máscara pode reduzir a gravidade dos sintomas, pois reduz a carga viral inicial que o usuário é exposto. Países da União Europeia e os Estados Unidos passaram a recomendar o uso de máscaras mais eficientes - máscaras cirúrgicas e padrão PFF2/N95 - como resposta às novas variantes. O Brasil poderia fazer o mesmo, distribuindo máscaras melhores à população de baixa renda, explicando a importância do seu uso na prevenção da transmissão da Covid.

Máscaras com filtragem adequada têm preços a partir de R$ 3 a unidade. A distribuição gratuita direcionada para pessoas sem condições de comprá-las, acompanhada de instrução correta de reuso, teria um baixo custo frente aos benefícios de contenção da Covid-1923. Considerando o público do auxílio emergencial, de 68 milhões de pessoas, por exemplo, e cinco reusos da máscara, tal como recomenda o Center for Disease Control do EUA, chegaríamos a um custo mensal de R$ 1 bilhão. Isto é, 2% do gasto estimado mensal com o auxílio emergencial. Embora leis de uso de máscara ajudem, informar corretamente a população e as lideranças darem o exemplo também é importante, e tem impacto na trajetória da epidemia. Inversamente, estudos mostram que mensagens contrárias às medidas de prevenção afetam a sua adoção pela população, levando ao aumento do contágio.

3. Implementar medidas de distanciamento social no âmbito local com coordenação nacional.

O termo "distanciamento social" abriga uma série de medidas distintas, que incluem a proibição de aglomeração em locais públicos, o estímulo ao trabalho a distância, o fechamento de estabelecimentos comerciais, esportivos, entre outros, e - no limite - escolas e creches. Cada uma dessas medidas tem impactos sociais e setoriais distintos. A melhor combinação é aquela que maximize os benefícios em termos de redução da transmissão do vírus e minimize seus efeitos econômicos, e depende das características da geografia e da economia de cada região ou cidade. Isso sugere que as decisões quanto a essas medidas devem ser de responsabilidade das autoridades locais.

Com o agravamento da pandemia e esgotamento dos recursos de saúde, muitos estados não tiveram alternativa senão adotar medidas mais drásticas, como fechamento de todas as atividades não-essenciais e o toque de recolher à noite. Os gestores estaduais e municipais têm enfrentado campanhas contrárias por parte do governo federal e dos seus apoiadores. Para maximizar a efetividade das medidas tomadas, é indispensável que elas sejam apoiadas, em especial pelos órgãos federais. Em particular, é imprescindível uma coordenação em âmbito nacional que permita a adoção de medidas de caráter nacional, regional ou estadual, caso se avalie que é necessário cercear a mobilidade entre as cidades e/ou estados ou mesmo a entrada de estrangeiros no país. A necessidade de adotar um lockdown nacional ou regional deveria ser avaliado. É urgente que os diferentes níveis de governo estejam preparados para implementar um lockdown emergencial, definindo critérios para a sua adoção em termos de escopo, abrangência das atividades cobertas, cronograma de implementação e duração.

Ademais, é necessário levar em consideração que o acréscimo de adesão ao distanciamento social entre os mais vulneráveis depende crucialmente do auxílio emergencial. Há sólida evidência de que programas de amparo socioeconômico durante a pandemia aumentaram o respeito às regras de isolamento social dos beneficiários. É, portanto, não só mais justo como mais eficiente focalizar a assistência nas populações de baixa renda, que são mais expostas nas suas atividades de trabalho e mais vulneráveis financeiramente.

Dentre a combinação de medidas possíveis, a questão do funcionamento das escolas merece atenção especial. Há estudos mostrando que não há correlação entre aumento de casos de infecção e reabertura de escolas no mundo. Há também informações sobre o nível relativamente reduzido de contágio nas escolas de São Paulo após sua abertura.

As funções da escola, principalmente nos anos do ensino fundamental, vão além da transmissão do conhecimento, incluindo cuidados e acesso à alimentação de crianças, liberando os pais - principalmente as mães - para o trabalho. O fechamento de escolas no Brasil atingiu de forma mais dura as crianças mais pobres e suas mães. A evidência mostra que alunos de baixa renda, com menor acesso às ferramentas digitais, enfrentam maiores dificuldade de completar as atividades educativas, ampliando a desigualdade da formação de capital humano entre os estudantes. Portanto, as escolas devem ser as últimas a fechar e as primeiras a reabrir em um esquema de distanciamento social. Há aqui um papel fundamental para o Ministério da Educação em cooperação com o Ministério da Saúde na definição e comunicação de procedimentos que contribuam para a minimização dos riscos de contágio nas escolas, além do uso de ferramentas comportamentais para retenção da evasão escolar, como o uso de mensagens de celular como estímulo para motivar os estudantes, conforme adotado em São Paulo e Goiás.

4. Criar mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional -

Preferencialmente pelo Ministério da Saúde e, na sua ausência, por consórcio de governadores - orientada por uma comissão de cientistas e especialistas, se tornou urgente. Diretrizes nacionais são ainda mais necessárias com a escassez de vacinas e logo a necessidade de definição de grupos prioritários; com as tentativas e erros no distanciamento social; a limitada compreensão por muitos dos pilares da prevenção,

particularmente da importância do uso de máscara, e outras medidas no âmbito do relacionamento social. Na ausência de coordenação federal, é essencial a concertação entre os entes subnacionais, consórcio para a compra de vacinas e para a adoção de medidas de supressão.

O papel de liderança: Apesar do negacionismo de alguns poucos, praticamente todos os líderes da comunidade internacional tomaram a frente no combate ao Covid-19 desde março de 2020, quando a OMS declarou o caráter pandêmico da crise sanitária. Informando, notando a gravidade de uma crise sem precedentes em 100 anos, guiando a ação dos indivíduos e influenciado o comportamento social.

Líderes políticos, com acesso à mídia e às redes, recursos de Estado, e comandando atenção, fazem a diferença: para o bem e para o mal. O desdenho à ciência, o apelo a tratamentos sem evidência de eficácia, o estímulo à aglomeração, e o flerte com o movimento antivacina, caracterizou a liderança política maior no país. Essa postura reforça normas antissociais, dificulta a adesão da população a comportamentos responsáveis, amplia o número de infectados e de óbitos, aumenta custos que o país incorre.

O país pode se sair melhor se perseguimos uma agenda responsável. O país tem pressa; o país quer seriedade com a coisa pública; o país está cansado de ideias fora do lugar, palavras inconsequentes, ações erradas ou tardias. O Brasil exige respeito.

 

Assinam a carta:

1 - Affonso Celso Pastore

2 - Alexandre Lowenkron

3 - Alexandre Rands

4 - Alexandre Schwartsman

5 - Álvaro de Souza

6 - Amanda de Albuquerque

7 - Ana Carla Abrão

8 - André de Castro Silva

9 - André Luis Squarize Chagas

10 - André Magalhães

11 - André Portela

12 - Andrea Lucchesi

13 - Angélica Maria de Queiroz

14 - Aod Cunha

15 - Armínio Fraga

16 - Beny Parnes

17 - Bernard Appy

18 - Bráulio Borges

19 - Braz Camargo

20 - Carlos Alberto Manso

21 - Carlos Ari

22 - Carlos Brunet Martins Filho

23 - Carlos Góes

24 - Carolina Grottera

25 - Cassiana Fernandez

26 - Christiano Penna

27 - Claudia Sussekind Bird

28 - Claudio Considera

29 - Cláudio Frischtak

30 - Claudio Ribeiro de Lucinda

31 - Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt

32 - Daniel Cerqueira

33 - Daniel Gleizer

34 - Danielle Carusi Machado

35 - Danilo Camargo Igliori

36 - Demósthenes Madureira de Pinho Neto

37 - Dimitri Szerman

38 - Edmar Bacha

39 - Eduardo Amaral Haddad

40 - Eduardo Augusto Guimarães

41 - Eduardo Mazzilli de Vassimon

42 - Eduardo Pontual

43 - Eduardo Souza-Rodrigues

44 - Eduardo Zilberman

45 - Eduardo Zylberstajn

46 - Eleazar de Carvalho

47 - Elena Landau

48 - Fabiana Rocha

49 - Fábio Barbosa

50 - Fabio Giambiagi

51 - Felipe Salto

52 - Fernando Genta

53 - Fernando Postali

54 - Fernando Veloso

55 - Flávio Ataliba

56 - Francisco Ramos

57 - Francisco Soares de Lima

58 - Gabriella Seiler

59 - Genaro Lins

60 - Giovanna Ribeiro

61 - Guilherme Irffi

62 - Guilherme Tinoco

63 - Guilherme Valle Moura

64 - Gustavo Gonzaga

65 - Gustavo Loyola

66 - Helcio Tokeshi

67 - Helena Arruda Freire

68 - Henrique Félix

69 - Horácio Lafer Piva

70 - Humberto Moreira

71 - Ilan Goldfajn

72 - Isacson Casiuch

73 - Joana C.M. Monteiro

74 - Joana Naritomi

75 - João Mário de França

76 - José Augusto Fernandes

77 - José Monforte

78 - José Olympio Pereira

79 - José Roberto Mendonça de Barros

80 - José Tavares de Araujo

81 - Josué Alfredo Pellegrini

82 - Juliana Camargo

83 - Juliano Assunção

84 - Laísa Rachter

85 - Laura de Carvalho Schiavon

86 - Laura Karpuska

87 - Leandro Piquet Carneiro

88 - Leane Naidin

89 - Leany Barreiro Lemos

90 - Leonardo Monteiro Monasterio

91 - Leonardo Rezende

92 - Lucas M. Novaes

93 - Lucia Hauptmann

94 - Luciano Losekann

95 - Luciene Pereira

96 - Luís Meloni

97 - Luis Terepins

98 - Maílson da Nóbrega

99 - Manoel Pires

100 - Manuel Thedim

101 - Marcela Carvalho Ferreira de Mello

102 - Marcelo André Steuer

103 - Marcelo Barbará

104 - Marcelo Cunha Medeiros

105 - Marcelo de Paiva Abreu

106 - Marcelo F. L. Castro

107 - Marcelo Fernandes

108 - Marcelo Justus

109 - Marcelo Kfoury

110 - Marcelo Leite de Moura e Silva

111 - Marcelo Pereira Lopes de Medeiros

112 - Marcelo Trindade

113 - Marcílio Marques Moreira

114 - Márcio Garcia

115 - Márcio Holland

116 - Márcio Issao Nakane

117 - Marco Bonomo

118 - Marcos Lederman

119 - Marcos Ross Fernandes

120 - Maria Alice Moz-Christofoletti

121 - Maria Cristina Pinotti

122 - Maria Dolores Montoya Diaz

123 - Mário Ramos Ribeiro

124 - Marisa Moreira Salles

125 - Maurício Canêdo Pinheiro

126 - Mauro Rodrigues

127 - Miguel Nathan Foguel

128 - Mônica Viegas Andrade

129 - Naercio Menezes Filho

130 - Natália Nunes Ferreira-Batista

131 - Nilson Teixeira

132 - Octavio de Barros

133 - Otaviano Canuto

134 - Patrícia Franco Ravaioli

135 - Paula Carvalho Pereda

136 - Paula Magalhães

137 - Paulo Hartung

138 - Paulo Hermanny

139 - Paulo Ribeiro

140 - Paulo Tafner

141 - Pedro Bodin de Moraes

142 - Pedro Cavalcanti Ferreira

143 - Pedro Henrique Thibes Forquesato

144 - Pedro Malan

145 - Pedro Moreira Salles

146 - Persio Arida

147 - Priscilla Albuquerque Tavares

148 - Rafael B. Barbosa

149 - Rafael Dix-Carneiro

150 - Regina Madalozzo

151 - Renato Fragelli

152 - Renê Garcia Jr.

153 - Ricardo de Abreu Madeira

154 - Ricardo Markwald

155 - Roberto Bielawski

156 - Roberto Iglesias

157 - Roberto Olinto

158 - Rodrigo Menon S. Moita

159 - Rogério Furquim Werneck

160 - Ruben Ricupero

161 - Ruy Ribeiro

162 - Sabino da Silva Porto Júnior

163 - Samira Schatzmann

164 - Samuel Pessoa

165 - Sandra Rios

166 - Sérgio Besserman Vianna

167 - Sergio Margulis

168 - Silvia Matos

169 - Solange Srour

170 - Stephanie Kestelman

171 - Synthia Santana

172 - Thomas Conti

173 - Tiago Cavalcanti

174 - Tomás Urani

175 - Vagner Ardeo

176 - Vilma da Conceição Pinto

177 - Vinicius Carrasco

178 - Vinícius de Oliveira Botelho

179 - Vitor Pereira

180 - Walter Novaes

181 - Wilfredo Leiva Maldonado

O economista Dario Teixeira Alves Júnior acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta, 19, contra o ex-juiz Sérgio Moro, que o condenou em primeira instância a nove anos e dez meses de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa na Lava Jato. Em aditamento a um habeas corpus ajuizado no final do ano passado, a defesa pede que sejam considerados diálogos de Moro com o procurador Deltan Dallagnol, obtidos por hackers presos na Operação Spoofing.

A conversa citada pela defesa, liderada pelo criminalista Átila Machado, é um questionamento de Moro a um recurso movido pela Lava Jato na ação penal envolvendo Alves Júnior. O então juiz questiona Deltan as razões pelas quais a Procuradoria está recorrendo no caso (veja abaixo). Para Machado, a conversa demonstra 'atuação pouco republicana' de Moro e evidencia 'troca de informações entre juiz e órgãos de acusação'.

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"A partir dessas mensagens específicas com relação ao feito em que o paciente foi condenado e dos demais diálogos periciados, os quais demonstram uma atuação pouco republicana - para se dizer o mínimo - por parte dos integrantes do consórcio de Curitiba, fica evidente as trocas de informações e estratégias entre juiz e órgão de acusação, a comprovar a quebra de imparcialidade do então magistrado federal", afirmou a defesa de Alves Júnior.

O novo pedido de suspeição de Moro ocorre na esteira de sucessivas derrotas ao ex-juiz e à Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. No último dia 9, a Segunda Turma do tribunal retomou a discussão sobre suposta quebra de parcialidade do então juiz no caso do triplex do Guarujá, que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A discussão foi suspensa por pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques e o placar, no momento, está empatado em 2 a 2 pela suspeição de Moro. Na semana passada, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) também questionou suposta quebra de parcialidade de Moro.

Moro e os procuradores da Lava Jato negam irregularidades nos diálogos e frisam que as conversas não foram periciadas e nem tiveram a veracidade comprovada.

Dario Teixeira Alves Júnior foi alvo da 10ª fase da Lava Jato ('Que País é Esse?') que mirou o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque. O economista foi condenado junto do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e teve a pena fixada por Moro em nove anos e dez meses de prisão por ter atuado como operador no esquema da Petrobrás.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), no entanto, absolveu Vaccari e reduziu a pena a Alves Júnior para seis anos e nove meses de prisão.

No ano passado, a defesa apresentou um habeas corpus ao Supremo para anular o processo sob acusação de que Moro colheu, de ofício, uma prova que teria sido usada para condenar o economista. O laudo pericial teria sido produzido em um procedimento que não citava ou envolvia Alves Júnior.

O relator da Lava Jato no TRF-4, desembargador João Pedro Gebran Neto, votou para anular a prova, mas foi voto vencido na Oitava Turma. O pedido também foi negado no Superior Tribunal de Justiça.

Todo ano, no primeiro semestre, milhões de brasileiros precisam declarar o Imposto de Renda (IR). Em 2021 a estimativa da Receita Federal é de que sejam entregues 32.619.749 declarações. Atualmente o Leão é o tributo federal de maior arrecadação no país, seu valor é pago de acordo com os rendimentos declarados pelos cidadãos e empresas.

O IR é um tributo federal que recai sobre a renda recebida pelo indivíduo ou empresa no ano anterior, se ajustando a sua evolução patrimonial. “A renda geralmente é tributada no momento do seu recebimento e no ano seguinte, a Receita avalia se o que ele cobrou de você é o que você realmente precisaria pagar conforme o tamanho dos seus ganhos – podendo gerar restituição, se houve cobranças maiores, ou ajustes, se o informado por você não condiz com a realidade (malha fina)”, explica o economista Tiago Monteiro.

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Onde é investido?

De acordo com o Ministério da Fazenda, parte da arrecadação do imposto é destinada à saúde, educação e programas de transferência de renda, como “Fome Zero” e “Bolsa Família”. Outra parte é distribuída em programas de geração de empregos e inclusão social, infraestrutura, segurança pública, cultura, esporte, defesa do meio ambiente e estímulo ao desenvolvimento da ciência e tecnologia.

“[O IR] é uma arrecadação voltada para melhorar o crescimento e desenvolvimento do país, até por que, segundo o Ministério da Fazenda, boa parte desse imposto é fragmentada para diversas áreas [da sociedade]... toda a arrecadação é fragmentada em diversos locais de interesse público. A arrecadação é importantíssima justamente para manter e/ou melhorar o padrão das áreas que são sensíveis para o nosso país”, declarou o economista.

Há uma variação no valor de contribuição de acordo com a alíquota estabelecida. O percentual é variável com o total recebido no ano; são isentos de declarar o Leão quem teve arrecadamento de até R$ 22.847,76 em 2020.

Para Monteiro, a variação da alíquota é necessária. “É importante para tentar equalizar a arrecadação de acordo com os ganhos, ou seja, se você ganha acima de uma quantidade x você paga uma alíquota cheia 27,5%, se você ganha abaixo de um percentual você é isento, e entre os dois valores a alíquota varia de acordo com o crescimento da renda, por isso é importante à variação da alíquota. Existe inclusive um desejo do governo federal de aumentar essa faixa de isenção do imposto de renda”.

O imposto pode ser declarado através do programa ou aplicativo disponibilizados pela Receita Federal; o prazo para o envio começou na última segunda-feira (1°) e segue até 30 de abril. As declarações que não forem realizadas nesse período terão que arcar com multa de 1% sobre o imposto devido ao mês, com valor mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20%.

Como o IR surgiu?

Em 1922, no Brasil, ainda conhecido como República dos Estados Unidos do Brasil, criou-se a Lei 4.625 que instituiu a arrecadação do Imposto de Renda no país. O IR foi o primeiro imposto direto cobrado pelo poder central, pois até então as tarifas cobradas que iam para os cofres federais eram as aplicadas a produtos importados, essas eram arrecadadas pelos estados.

“Art.31. Fica instituído o imposto geral sobre a renda, que será devido, anualmente, por toda a pessoa physica ou jurídica, residente no território do paiz, e incidirá, em cada caso, sobre o conjunto liquido dos rendimentos de qualquer origem”, Lei nº 4.625 / 1922.

Segundo a Receita Federal, de início, a participação do Imposto de Renda na receita tributária da União somava 3%, com o tempo, a arrecadação foi aumentando em termos nominais e reais. Contudo, a segunda guerra mundial foi decisiva para estabelecer o IR como um dos impostos mais importantes do país, pois a queda do comércio internacional durante o período de guerra prejudicou as arrecadações do país, isso fez com que o governo federal aumentasse a arrecadação do IR e melhorasse o aparelho administrativo. 

Em cinco anos, o Imposto de Renda passou de 10% para 28% do total da receita tributária federal e em 1943 se estabeleceu no primeiro lugar em arrecadações.

Por que “Leão”?

A associação do animal ao imposto surgiu após uma campanha publicitária lançada pela Receita Federal na TV em 1980, associando o IR a um leão, com o objetivo de popularizar o imposto. As características de lealdade e justiça do animal foram decisivas para a sua escolha como “mascote” do imposto.

Por causa da publicidade, alguns dicionários, como o "Houaiss", acrescentaram “o órgão responsável pela arrecadação do imposto de renda” como uma das definições de “Leão”.  Atualmente o leão não é mais usado nas campanhas publicitárias da Receita Federal, mas ainda é bastante relacionado ao Imposto de Renda.

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Como parte do início de ano, a chegada das tradicionais dívidas tira o sono de muitos contribuintes, que geralmente não se planejam e se desdobram de última hora para arcar com as despesas. Para evitar a dor de cabeça, o LeiaJá conversou com um especialista em finanças, que deu dicas para controlar os gastos e, por que não, dar início a uma vida como investidor.

“O início de ano demanda muitos custos. Eu tenho matrículas escolares de duas filhas, material escolar, emplacamento e IPVA de dois veículos, entre outras”, relata o corretor imobiliário Bruno Morais. Ele conta que até costuma reservar parte do salário para possíveis emergências, mas neste ano "o material e livro escolar está pesando muito neste início e o IPVA está muito caro”.

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O corretor Bruno Morais, acompanhado da esposa Silvana e das filhas Clara e Lara/ Arquivo Pessoal

Em um ano desafiador, Bruno comenta que o setor de imóveis gerou bons negócios e, por isso, não precisou do auxílio emergencial. “Temos uma renda informal, né? E cabe a nós buscar o resultado”, acrescenta o corretor, que repassou sua própria estratégia de saúde financeira. “Minha dica é nunca gastar mais do que você ganhar e sempre reservar, no mínimo, 10% da sua receita mensal. Este é meu segredo”, concluiu.

Procurado pelo LeiaJá, o economista Tiago Monteiro também destacou a importância do controle de gastos. “Para isso, uma planilha de Excel, um aplicativo e até o velho e bom lápis e papel podem auxiliar a identificar supérfluos e o que pode ser ajustado para garantir uma vida sem riscos, mas também com alguns prazeres", indicou ao ressaltar, "equilíbrio é a base de tudo”.

Com o 13º em mãos, o especialista recomenda realizar a anamnese financeira para verificar os reajustes necessários e onde dá para poupar. Para isso, basta mapear as despesas e dividi-las em obrigatórias - como água, luz, escola, telefone, internet - e supérfluos – como Netflix, planos de jogos, e etc, que seriam contas desnecessárias. Depois, analisar todos os recebíveis como salários, possíveis bônus para que sua realidade econômica venha à tona.

A projeção de gastos e receitas futuras são fundamentais para evitar cair na tentação dos cartões de crédito, cheques especiais e empréstimos, e assim fugir de possíveis novas dívidas. Com o planejamento bem estruturado e o reajuste de gastos definido com o corte dos supérfluos, Tiago garante que sempre sobra um dinheirinho no fim do mês.

Após se livrar de contas atrasadas e conseguir acumular recursos, ele sugere o início de uma vida de investimentos, sempre apoiada por um profissional para evitar grandes perdas. Dessa forma, o dinheiro pode "trabalhar" em seu benefício, afirma.

Nesta terça-feira (29), o prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), anunciou a economista Maíra Fischer para assumir a Secretaria de Finanças durante sua gestão. Desde 2011 no Governo do Estado, ela integrava a equipe de Planejamento, Orçamento e Gestão.

Nas redes sociais, o futuro prefeito fez um breve resumo da carreira da sua indicada. "Formada em Ciências Econômicas pela UFPE, com especialização em Gestão pela UAB Portugal e mestranda em Gestão pela UAB Portugal, ela é servidora pública da carreira de Gestor Governamental de Planejamento, Orçamento e Gestão do estado de Pernambuco desde 2011", listou.

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João ressalta que Maíra já contribui na transição de governos e demonstra "muito compromisso e capacidade de liderar um dos setores mais complexos e desafiadores de uma gestão". Ele também apresenta as competências da secretária e espera apoio na "pavimentação das ações que queremos, com a ajuda do nosso povo, construir para alcançar o objetivo de termos uma cidade cada vez melhor”, concluiu.

Enquanto os mercados globais despencam diante do avanço do coronavírus, o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros se mantém calmo. Com base em crises anteriores, afirma que o governo chinês entrará com medidas pesadas para estimular a economia e que elas ajudarão também a economia brasileira.

Para o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o pânico no mercado reflete um momento de incerteza, mas deve passar em algumas semanas.

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"A situação está se normalizando na China. Vai ter uma desaceleração no Brasil, mas, no terceiro e no quarto trimestres, o PIB brasileiro vai receber um impacto (positivo decorrente dos estímulos chineses)." A seguir, os principais trechos da entrevista.

A semana que passou foi turbulenta internacionalmente, com o coronavírus, e internamente, com o presidente Jair Bolsonaro divulgando um protesto contra o Congresso. Como esse cenário afeta a economia?

Temos de separar as coisas. Primeiro, o vírus. É um caso de "cisne negro", uma crise que acontece por um fato que ninguém imaginava e que pega todos desprevenidos. Um cisne negro é um evento de difícil mensuração, porque não existe uma base de dados, há apenas coisas semelhantes. Lembro de três cisnes negros recentes. A Sars, aquele vírus da gripe na China (em 2002), a tragédia na usina nuclear japonesa de Fukushima (em 2011) e a crise do mercado imobiliário americano (em 2008), que também foi algo que nunca havia acontecido daquela forma. E, agora, o coronavírus. No caso da Sars, sabemos que houve um medo grande e depois desapareceu, sem nenhuma consequência maior de fundamentos.

Teve impacto no PIB chinês.

Teve impactos econômicos de curto prazo, mas nada mudou depois. Se você olhar, por exemplo, Fukushima. A Bolsa de Nova York caiu, em dois meses, 20%. Depois voltou. É nesses momentos que o especulador aparece. Mas saiu uma notícia que a rede Starbucks já está com 85% das lojas funcionando normalmente na China. Essa crise vai passar. Vai demorar mais umas semanas e vai ter efeito sobre a economia chinesa, principalmente. Mas a situação está se normalizando na China. A estimativa que se fala lá é que o PIB recue, no máximo, um ponto porcentual. Em vez de 6%, vai ser 5% por causa dessa paralisia, não porque a economia depois não volta a funcionar. Em 2010, quando a crise americana chegou à China, o PIB teve uma queda brutal. Mas, aí, o governo chinês adotou uma reação fortíssima de estímulo à economia. É o que vai ocorrer agora. No Brasil, o PIB caiu em 2010, junto com a China, e depois, com o estímulo chinês, voltou. Outra coisa que já está nos jornais americanos: eles estão esperando que o Federal Reserve (o Fed, o banco central americano) reduza os juros três vezes neste ano, porque também nos EUA essa confusão paralisou um pouco a economia.

A redução do PIB chinês em um ponto não desacelera o Brasil também?

Se seguir o padrão de 2010, isto é, um estímulo forte do governo chinês, isso repercute no Brasil, porque aumenta a demanda de tudo. Então, temos uma perda de velocidade agora, mas, quando o estímulo vier, ele chega aqui também.

Essa recuperação viria em 2021?

Ainda em 2020, (o Brasil) já recebe o impacto. O governo chinês só vai esperar ter uma visão mais clara de que a economia voltou a funcionar (para estimulá-la mais).

Mas o sr. espera que o PIB brasileiro cresça menos em 2020 por causa do vírus?

Vai ter uma desaceleração. Tanto que estava todo mundo falando de 2,5% e, hoje, o número realista é 2%. O próprio governo está revendo o crescimento. Agora, se eu estiver certo, já no terceiro e no quarto trimestres o PIB brasileiro vai receber um impacto (positivo). Se é verdade que o Fed vai reduzir os juros três vezes neste ano, isso também resolve outro problema brasileiro, que é o juro muito baixo e, por isso, o dólar se valorizando.

Não é de se esperar que o Brasil também corte a taxa de juros?

Acho que o Banco Central não vai fazer isso. Eu não faria, porque hoje, mais importante do que reduzir juros, é estabilizar a taxa de câmbio.

O sr. acha, então, que a reação que vimos no mercado na última semana foi exagerada?

Exagerada não é a palavra correta. Ela reflete este momento de insegurança.

E qual o impacto da nova crise política na economia?

Essa crise parece ocorrer em função da natureza do governo Bolsonaro. O presidente fala para os 35% que lhe apoiam e acha que, com 35%, está no segundo turno de 2022. Acho que é um erro exagerar nessa postura agressiva e ir contra 65% da opinião pública. O que vai acontecer é que o jeito dele poderá fortalecer o aparecimento de uma figura de centro na eleição de 2022.

Mas o sr. vê algum impacto dessa crise na economia? O Congresso pode travar as reformas?

Não. Acho que ele (Bolsonaro) está forçando o Congresso a caminhar para o centro. O próprio centro hoje não tem interesse em criar uma crise para atrapalhar a economia de novo. Esse negócio de impeachment não tem o menor sentido hoje. Estamos vivendo o começo de um rearranjo político para 2022 provocado por ele (o presidente). A oposição, que hoje é de centro, vai dizer: ‘Vamos trabalhar com os 65%’. E essa oposição não vai usar a economia como instrumento de luta política porque a economia está muito frágil.

O sr. não acredita, então, numa pauta-bomba, como se comentou na última semana?

Isso não vai acontecer. Tem inteligência política no Congresso hoje.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A economista e advogada Elena Landau criticou neste domingo, 16, através de redes sociais a postura do governo do presidente Jair Bolsonaro no episódio que provocou o pedido de demissão de Joaquim Levy da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo ela, Levy jamais teria anunciado a admissão de um diretor sem que o nome tivesse passado pela aprovação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

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"BNDES não tem essa independência. Todos os diretores passam pelo crivo do ministro. Deveriam ter demitido logo Levy, mas esperaram essa historinha sem sentido para ter apoio da malta das redes", escreveu Elena Landau em seu perfil no Twitter.

Elena foi diretora do BNDES durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Hoje ela presidente o movimento Livres, que defende o liberalismo econômico.

Em outra postagem, a economista sugeriu que Paulo Guedes estava insatisfeito com a devolução de recursos do BNDES ao Tesouro.

"Guedes prometeu zerar déficit e acabou precisando de crédito complementar. Tava de olho no pagamento dos empréstimos do BNDES. Não veio o que ele esperava. Fez maior arruaça com os míseros 6bi da Caixa. E vocês acham que foi Bolsonaro sozinho que tirou Levy?", escreveu Elena.

Segundo ela, independentemente de quem for contratado como substituto na liderança do banco de fomento, toda a diretoria deverá ser trocada, "para mostrar que não está nas mãos dos funcionários, como disseram sobre Levy".

"Não tem nenhum sentido Levy, que trabalhou no governo PT, ser demitido porque chamou um técnico que trabalhou no governo PT. Isso tudo foi desculpa e deram um jeito, Bolsonaro e Guedes juntos, de tirar o cara. Guedes toda hora reclamava do Levy. Tudo ensaiado", criticou ela.

O governo federal divulgou no Diário Oficial da União desta sexta-feira (18) a anulação da nomeação do economista Murilo Resende Ferreira de um cargo de direção do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Murilo ocuparia a vaga de diretor de Avaliação da Educação Básica do órgão, sendo responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que em 2018 teve mais de 5,1 milhões de inscritos e hoje funciona como uma das principais formas de entrada em universidades públicas do Brasil.

O processo de transição do Inep, que teve a presidente Maria Inês Fini exonerada na última semana, após três anos no posto, fez com que a tradicional coletiva de imprensa após a divulgação da nota do Enem não fosse realizada neste ano. Mais de 4 milhões de alunos já podem conferir o seu desempenho individual na página do participante. Os treineiros só poderão ver as notas no mês de março.

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O economista Mauro Benevides Filho, assessor econômico do candidato Ciro Gomes (PDT), se esquivou na tarde desta quarta-feira, 5, de comentar recentes declarações favoráveis à privatização. Durante o Fórum Exame, na segunda-feira, 3, Benevides declarou que 77 estatais poderiam ser privatizadas em um eventual governo de Ciro.

Na terça, durante sabatina Estadão-Faap, o candidato à Presidência se mostrou contrário à fala do economista e disse que iria avaliar o tema com ele.

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"Eu disse 'poderiam' ser privatizadas", ressaltou Benevides Filho, evocando a experiência no Ceará, onde foi secretário de Fazenda. "O que nós fizemos lá foi sanear as empresas. Primeiro, exaurir tudo que é possível. Aí, se não for possível, paciência."

O economista Paulo Guedes confirmou nesta terça-feira, 30, que tem mantido encontros regulares com o deputado Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência da República, e disse ter uma "boa impressão" das conversas com o parlamentar.

Durante seminário do Credit Suisse na zona sul da capital paulista, Guedes manifestou disposição em colaborar com Bolsonaro na elaboração de um programa liberal-democrata, com reformas política e econômica. "Eu me disponho a ajudar, não vejo problema nisso", afirmou. O economista defendeu ainda durante o evento a "despolitização" e a independência do Banco Central.

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Segundo Guedes, se Bolsonaro demonstrar inclinação à volta do regime militar, haverá debandada na campanha do deputado à sucessão presidencial. "Sairiam voando da campanha dele".

Ele revelou que foi consultado pelo capitão da reserva antes de Bolsonaro anunciar, em fórum realizado em novembro pela revista Veja, o que chamou de "namoro" para que Guedes seja o ministro da Fazenda caso sua campanha saia vitoriosa das eleições de outubro. Negou, contudo, que tenha batido o martelo sobre ser ministro de Bolsonaro. "Estou no mesmo lugar em que sempre estive, observando a tragédia brasileira", declarou.

"Ele Bolsonaro reconheceu que não entendia nada de economia e decidiu que procuraria alguém, mas não alguém que já tivesse passado pelo governo. Queria um cara que estivesse 'na lua' e eu, por acaso, estava na lua", acrescentou Guedes.

Segundo o economista, quando a política tradicional perde a decência, a renovação vem pelas urnas. Ao defender a reforma política, que, segundo ele, deve ser tema das próximas eleições, apontou que a sustentação parlamentar de um governo se dá no Brasil sob um sistema degenerado de compra para "todos os lados". "Temos democracia corrompida e estagnamos a economia", declarou o economista, que é sócio da Bozano Investimentos.

Mas, embora tenha confirmado conversas com Bolsonaro - nas reuniões em que, como repetiu, a "ordem se encontrou com o progresso" -, Guedes manifestou opinião diferente da do presidenciável em relação à reforma da Previdência. Enquanto Bolsonaro adianta que não votará a favor da proposta de emenda constitucional, Guedes avalia que a reforma das aposentadorias "grita" por aprovação num País em que, conforme comentou, o sistema previdenciário está quebrando antes de sua população envelhecer.

A ceia deste Natal dos brasileiros vai ser mais farta e mais em conta, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Pesquisa divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV revela que os itens que compõem a ceia de Natal ficaram 7,68% mais baratos do que no ano passado, e abaixo da inflação média registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor-10 da FGV no acumulado de janeiro a dezembro deste ano (3,24%).

O economista do Ibre e coordenador do IPC da FGV, André Braz, confirmou que a cesta de alimentos recuou tanto porque 2017 foi um ano bom para a agricultura, teve oferta grande de alimentos. “Com a oferta garantida, o preço não sobe muito. Então, devolveu parte daqueles aumentos acumulados em 2016, onde a mesma cesta subiu mais de 10%. Este ano, foi a vez da devolução e boa parte dela veio nesse resultado, com essa queda de mais de 7%”, observou Braz.

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Segundo o economista, não vai haver muita dificuldade para as famílias comprarem produtos para a ceia. Destacou, entretanto, que para as pessoas que perderam o emprego e estão vivendo o drama da recessão, não adianta os preços ficarem mais baixos, porque não têm como comprar.

Entre os itens natalinos que apresentaram maiores quedas de preço, o levantamento da FGV salienta as frutas, com menos 13,86%; farinha de trigo (-12,83%); bacalhau (-12,31%); arroz (-11,25%); batata-inglesa (-9,32%). Em contrapartida, os maiores aumentos foram apurados em lombo suíno (+6,58%), cebola (+5,60%) e vinho (+5,11%).

Presentes

A cesta de presentes mais comuns no período natalino subiu somente 0,67%, o que pode estimular mais compras por parte dos consumidores. “Subiu pouco, perdeu para a inflação e isso, para quem fez economia para comprar presentes, é o melhor negócio. É uma fase em que as pessoas consomem um pouco mais, tem o décimo terceiro”.

André Braz advertiu, porém, que, para aqueles que não se prepararam ou que têm outras prioridades para presente, é momento de se provisionar um pouco, porque ainda que os indicadores mostrem que a economia está se aquecendo, o crescimento é lento e o desemprego ainda está elevado. “É melhor fazer uma garantia e gastar pouco com presentes para driblar melhor esse período de recuperação da atividade econômica”, recomendou.

Apesar de alguns artigos eletroeletrônicos e eletrodomésticos, como aparelho celular, forno elétrico e de micro-ondas, terem apresentado quedas expressivas de preços (6,57% e 4,16%, respectivamente), Braz destacou que as pessoas não devem ir com muita ânsia às compras. “O momento não é muito convidativo e a gente ainda tem um período longo de recuperação, que deve durar em torno de um ano e meio a dois anos”, ponderou.

Para quem se preparou e está pensando em presentear alguém com um item novo, o economista avaliou que está tudo bem; faz parte do movimento do Natal. Mas sublinhou que preços promocionais ocorrem toda hora. O mais interessante para ele, no momento, é a pessoa provisionar algum dinheiro para momentos difíceis. “Enquanto a economia está retomando, ainda há risco de alguns brasileiros sofrerem com desemprego ou prolongarem a situação de desempregados. Então, é bom ter uma reserva para driblar esses momentos”.

De acordo com o levantamento do Ibre-FGV, vestuário subiu 0,66%, com destaque para calçados infantis (alta de 5,67%). Já a variação de acessórios do vestuário foi positiva em 3,82%, destacando bijuterias em geral, que subiram 7,07% este ano. O item livros, artigos esportivos e jogos teve alta de 1,09%. Nesse item, a maior variação positiva foi encontrada em jogos para recreação (4,29%), enquanto a maior deflação foi encontrada em bonecas (-3,91%).

Segundo publicação do blog de Noelia Brito, o economista Bruno D´Carli, acusado de tentar agredir fisicamente o candidato à Prefeitura do Recife João Paulo (PT), é sócio do doleiro Jordão Emerenciano, suspeito de participar de esquema de corrupção em Pernambuco. 

Em sua página, Brito, que é candidata a vereadora pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), diz que Emerenciano é “conhecido por ter participado ativamente de esquemas para fraudar licitações no governo do Estado de Pernambuco, durante o governo Eduardo Campos, juntamente com o ex-presidente da CEASA, Romero Pontual."

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O PMN, partido pelo qual Noelia Brito disputará uma vaga na câmara de vereadores, está coligado com o Democratas (DEM), de Priscila Krause, inclusive tendo indicado o empresário Alcides Cardoso para a vaga de vice na chapa.

Confira a matéria completa AQUI

 

Chamada pública realizada pelo Banco do Nordeste (BNB) promete contratar um profissional para o cargo de economista-chefe. O destaque do processo seletivo é a remuneração salarial para o aprovado, que receberá R$ 29 mil mensais para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.

De acordo com a instituição financeira, o selecionado deverá assessorar a presidência e a alta administração do Banco. O objetivo é ajudar na tomada das decisões do campo econômico e social, com reflexos sobre a área de atuação. O aprovado residirá em Fortaleza e será contratado para cargo comissionado, com a necessidade de exclusiva dedicação ao BNB.

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Entre as exigências do processo seletivo estão ter doutorado ou PhD em economia, experiência profissional de, no mínimo, cinco anos, fluência em português e inglês, capacidade de liderança, entre outras características. Os currículos dos candidatos devem ser enviados em formato PDF, até o dia 29 deste mês, para o email economistachefe@bnb.gov.br. O edital da chamada pública pode ser encontrado no site do Banco do Nordeste.   

 

Crítico da política econômica dos governos petistas, o economista Fábio Giambiagi tem uma simpatia especial pelo atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy. "Um luxo em matéria de competência", disse, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Apesar do apreço por Levy, Giambiagi acredita que a chave para a recuperação da economia depende menos do ministro e mais de um acerto político entre os poderes Executivo e Legislativo.

Em respostas bem-humoradas, o economista contou como tem encarado a atual conjuntura, negou que o Brasil passe por um processo de dominância fiscal e apostou em uma retomada do crescimento em 2017.

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O Brasil caminha para ter recessão em 2015 e em 2016. Quando a economia voltará a crescer na sua avaliação? E por quê?

Minha opinião é que a partir de 2017 haveria condições de a economia retomar o crescimento, uma vez que o ajuste do mercado de trabalho e do setor externo estiverem maduros, melhorando os números da inflação e do setor externo. Se isso será suficiente ou não para alavancar a economia, porém, vai depender da política. Enquanto continuarmos neste ambiente de convulsão em que Executivo e Congresso atuam como uma espécie de luta de extermínio entre Assad e o Estado Islâmico sem sangue, é evidente que qualquer empresário com pelo menos dois neurônios vai pensar 50 vezes antes de lançar um investimento de maior porte.

O senhor acredita que devemos ter uma melhora do ambiente econômico já em 2016, uma vez que as empresas parecem estar absorvendo a crise em 2015?

Se "em 2016" significa na comparação anual de 2016 contra 2015, a resposta é um sonoro "não". Porém, se entendermos a expressão como estando associada ao que poderá ocorrer ao longo do ano, a resposta deve ser "talvez": em algum momento de 2016 as coisas podem começar a melhorar, se houver sinais de paz vindos da política.

Na sua avaliação, o Brasil passa por um processo de dominância fiscal?

Não tenho essa leitura. Entendo que o Banco Central opera sim com mais restrições do que há alguns anos, mas não vislumbro um processo como o que vivemos nos anos 80. O que acho que acontecerá é que, sim, teremos inflação maior do que a meta em 2016 e a dívida pública continuará aumentando.

O governo deveria adotar um choque de juros para atrair capital externo ou o melhor caminho é manter os juros onde estão para não aprofundar a recessão?

Nas atuais circunstâncias, depois do Banco Central ter tido tantas idas e vindas no seu discurso, acho que o melhor é manter os juros no nível atual e reduzir em 2016 quando e se o cumprimento da meta de 4,5 % em 2017 estiver no horizonte. Tenho a impressão de que teremos uma Selic estável por um longo período.

Em seu último livro, "Capitalismo: Modo de Usar", o senhor diz que a Venezuela caminha para uma "economia de escassez", como uma forma de alertar para a situação do Brasil. Também estamos caminhando nessa direção, embora em um ritmo mais lento?

O Tom Jobim dizia que "o Brasil não é para principiantes". E somos o país de Macunaíma. Tudo é complexo aqui. Temos um ministro da Fazenda, que é um técnico e é um luxo em matéria de competência, tratado como inimigo pelo partido da presidente da República. O País correria riscos se a turma bolivariana que vive falando maravilhas da Venezuela desse as cartas, mas tudo indica que eles estão vivendo em fase crepuscular.

O economista Thiago de Osti Cardoso Lopes, de 28 anos, morreu após ser atingido por um tiro durante uma tentativa de assalto, na noite de anteontem, na frente da sua casa, na Vila Prudente, zona leste da capital paulista.

O jovem estava acompanhado pela mãe e dirigia um veículo modelo Fiat Punto quando chegava a sua residência, na Rua César Cantu, por volta das 23 horas. Ele estava de casamento marcado para o ano que vem e voltava de uma degustação de doces e salgados que seriam servidos no evento. Neste momento, três assaltantes se aproximaram do automóvel.

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De acordo com testemunhas, um dos assaltantes estava armado e ambos aparentavam ser menores de idade. Eles tentaram tomar o veículo e renderam Lopes com a arma nas suas costas no instante em que houve o disparo.

Ainda segundo relatos, o criminoso teria dado o tiro depois que a mãe da vítima fez um movimento brusco, despertando a atenção dos assaltantes. Apesar de a chave ter sido levada, o veículo não foi roubado. Os homens fugiram e, até as 20 horas de ontem, a polícia desconhecia a identidade dos suspeitos.

Lopes trabalhava como gerente de logística em uma multinacional. O caso foi registrado no 57.º Distrito Policial (Parque Mooca) e deve ser investigado com auxílio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil paulista. Na manhã de ontem, a polícia já havia começado a ouvir testemunhas do crime, mas não haviam sido encontradas imagens de câmeras de segurança para auxiliar nas investigações.

A página de Lopes no Facebook ficou cheia de mensagens em referência à morte. As pessoas postaram frases como: "estou chocada com o que ocorreu" e "meus sentimentos à família e à noiva".

O número de latrocínios (roubo seguido de morte) chegou a 95 neste ano até agosto na capital paulista. As estatísticas da Secretaria da Segurança Pública (SSP), divulgadas no fim de setembro, apontaram ainda que os casos de roubo de veículos apresentaram redução de 12% na cidade em agosto deste ano, em comparação com o mesmo mês de 2013.

Já a estatística de roubos em geral subiu 13,6% no mesmo período. É o 15.º mês seguido de aumento do crime. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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