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Mesmo com os cortes nas projeções de crescimento e investimentos previstos no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta segunda-feira, 29, o Banco Central (BC) se mantém "relativamente otimista" em relação a economistas de mercado na avaliação de José Márcio Camargo, economista-chefe da Opus Gestão de Recursos e professor da PUC-RJ.

Segundo ele, no entanto, o documento não trouxe surpresas. "Veio bem dentro do esperado. Em certo sentido, até similar ao anterior", afirmou o especialista ao comentar as revisões de projeções anunciadas pela autoridade monetária. Entre outros pontos, o RTI trouxe a revisão 1,6% para 0,7% no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014, e o corte de -2,4% para -6,5% na estimativa da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) neste ano.

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Camargo destacou que, apesar de ser um pouco mais realista que o anterior, o Banco Central deve fazer novos cortes em suas projeções sobre o desempenho da economia neste ano. "As previsões terão de ser reduzidas ainda mais no último relatório deste ano", pontuou.

A tendência da taxa de desemprego, com ajustes sazonais, é chegar em dezembro no mesmo nível ou pouco acima do registrado em agosto, na avaliação de José Márcio Camargo, economista-chefe da Opus Gestão de Recursos e professor da PUC-RJ. A taxa ficou em 5,0% em agosto, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 25.

Para o primeiro semestre de 2015, Camargo diz que a taxa de desemprego deve subir, com ou sem ajuste macroeconômico pelo presidente da República eleito. Um fator que contribuirá de forma expressiva para isso é a forte desaceleração do nível de atividade neste ano. Ele prevê que o PIB deve apresentar um resultado nulo em 2014.

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Camargo destacou que a taxa de desemprego em agosto foi alcançada pela combinação de alguns fatores. Em relação ao mesmo mês de 2013, a população ocupada caiu 0,4%, mas a desocupada baixou 5,8%. Além disso, a população economicamente ativa apresentou redução de 0,7%, embora a não economicamente ativa subiu 3,7%. "O desemprego continua baixo, mas um dos elementos que colaboram para isso é que há um número considerável de pessoas que não buscam ocupação por vários motivos. Há ainda registro de aumento da renda real, embora a velocidade está diminuindo", destacou.

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