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Os servidores do Banco Central farão nesta quinta-feira, 11, uma greve de 24 horas, pela qual preveem um possível "apagão" nos serviços do BC. "Antecipa-se que essa ação pode resultar em interrupções operacionais, um verdadeiro 'apagão', em todos os serviços do Banco Central do Brasil. Isso impactará negativamente o atendimento ao mercado e ao público, incluindo cancelamento de reuniões, manutenção em sistemas e atraso na divulgação de informações", afirmou em nota o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), confirmando o movimento que foi aprovado em assembleia geral no dia 28 de dezembro.

A estimativa de dirigentes do Sinal é de que mais de 70% dos servidores irão aderir à paralisação. "A decisão de realizar a greve decorre da insatisfação dos servidores em relação ao tratamento dispensado às suas demandas, em meio a concessões assimétricas oferecidas a outras categorias típicas de Estado", disse a entidade, segundo quem, adicionalmente, foi iniciado o processo de entrega de funções comissionadas. "Os servidores assumindo essas funções comprometem-se a entregá-las caso as negociações com o governo não avancem, com a entrega efetiva prevista para a primeira quinzena de fevereiro", afirmou.

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As operações compromissadas e a rolagem de swap cambial estão mantidas, conforme comunicados publicados na noite desta quarta-feira.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), para a categoria, o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) tem tratado a pauta de reivindicações dos funcionários com "descaso". Ao mesmo tempo, alegam os trabalhadores do BC, a Pasta tem feito concessões assimétricas a outras categorias, citando especificamente os policiais federais e auditores da Receita Federal.

Na nota divulgada nesta quarta-feira, 10, o Sinal ainda cita uma "preocupação" com a "falta de diálogo" e o "alegado açodamento autoritário" do presidente do BC, Roberto Campos Neto, na abordagem de questões como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Independência da autarquia.

O presidente do BC não está em Brasília e, desde segunda-feira, 8, despacha de Miami (EUA), de onde participa da reunião bimestral do Banco de Compensações Internacionais (BIS). Amanhã, o diretor de Administração, Rodrigo Alves Teixeira, responsável pelo diálogo com os servidores, estará na capital federal. Sua agenda prevê apenas despachos internos.

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro fechou o mês de outubro em 47,6%, menor do que em setembro (47,7%). O recorde da série histórica do Banco Central ocorreu em julho de 2022 (50,1%). Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,2% no décimo mês de 2023, mesma taxa de setembro.

Outubro foi o quarto mês de operação do programa federal de renegociação de dívidas Desenrola. Na fase do programa iniciada no dia 17 de julho foi possível renegociar dívidas bancárias de consumidores que ganham até R$ 20 mil mensais, sem garantia do Tesouro Nacional. Além disso, o nome de pessoas que tinham dívidas de até R$ 100 nos bancos foi "desnegativado" automaticamente, sem o perdão dos compromissos. A segunda fase, para quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.640,00), começou no fim de setembro e tem garantia do Tesouro.

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Segundo os dados do BC para o mês de outubro, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) terminou o mês em 27,2%. Em setembro, o porcentual era de 27,3%. O recorde da série foi registrado em junho de 2023, com 28,4%. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda passou de 25,2% no nono mês do ano para 25,1% em outubro.

Os novos diretores do Banco Central, Rodrigo Alves Teixeira e Paulo Picchetti, foram nomeados nesta quarta-feira, 27, em decretos publicados no Diário Oficial da União, com mandatos até 31 de dezembro de 2027. Os dois tiveram as indicações aprovadas pelo Senado Federal em 12 de dezembro.

Rodrigo Teixeira irá exercer o cargo de diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, na vaga decorrente do término do mandato de Maurício Moura.

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Já Picchetti será diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, ocupando o lugar de Fernanda Guardado que também encerra seu mandato.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixou a sede da Pasta no período da tarde desta terça-feira para uma visita de cortesia ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Ele disse que estava "devendo" uma visita ao chefe da autoridade monetária e destacou que o encontro dos dois não possui uma pauta específica, mas que debaterão temas da agenda de 2024, sem entrar em detalhes.

Haddad foi questionado sobre a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com prazo para o empenho de emendas impositivas, que somam cerca de R$ 37,5 bilhões.

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Ele não comentou o tema, especificamente, e se limitou a falar que o acreditava que o nível de emendas continuava constante, em relação a outros orçamentos.

O ministro também foi questionado se havia algum avanço na proposta alternativa da desoneração da folha de pagamento, especificamente sobre a possibilidade de judicialização do tema. Ele disse que não há atualizações sobre o assunto.

O Senado aprovou nesta terça-feira, 12, as indicações de Rodrigo Teixeira e Paulo Picchetti para diretorias do Banco Central. Os dois foram indicados pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no fim de outubro e foram aprovados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no fim de novembro.

Os dois substituirão diretores que têm mandato até 31 de dezembro deste ano.

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Ambos contaram com apoio expressivo no plenário do Senado:

Picchetti foi aprovado por 53 votos a 4 e Teixeira, por 50 votos a 3.

O primeiro será o próximo diretor do órgão na vaga aberta com o término do mandato de Fernanda Guardado, que chefia a Diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos.

O segundo será o diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, na vaga que hoje é ocupada por Maurício Moura.

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen, disse na manhã desta sexta-feira, 1, que, após o pico na metade de 2022, a inflação brasileira vem caindo desde então, mas segue acima do centro da meta inflação.

"A alimentação no domicílio surpreendeu bastante, está com deflação em 12 meses. Já a inflação de serviços segue resiliente, relacionada ao consumo e a medidas contracíclicas ainda em vigência", afirmou, em palestra no evento Barclays Day, na capital paulista.

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Diogo Abry Guillen lembrou, ainda, que as expectativas mais longas do mercado para a inflação estão estáveis, mas ainda permanecem acima da meta: em 3,5% para 2025, 2026 e 2027, ante um objetivo contínuo de 3,0%.

Indicados para a diretoria do Banco Central, os economistas Rodrigo Alves Teixeira e Paulo Picchetti tiveram os nomes aprovados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta terça-feira (28). Agora as indicações serão analisadas pelo Plenário. A comissão também aprovou, entre outras propostas, a Política Nacional da População de Rua (PL 2.245/2023).

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*Da Agência Senado

O cenário esperado para o câmbio brasileiro neste e no próximo ano não sofreu alteração no Relatório de Mercado Focus desta semana. A estimativa para o câmbio no fim de 2023 seguiu em R$ 5,00, ante os mesmos R$ 5,00 de um mês antes. Para 2024, a mediana continuou em R$ 5,05 também igual a quatro semanas antes.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

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O Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do primeiro semestre de 2023, divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Banco Central, avalia que o sistema bancário permanece com liquidez confortável para manter a estabilidade financeira, sem alterações relevantes em relação ao documento anterior, referente a dezembro do ano passado.

"Nas captações, persistiram as tendências de aumento de instrumentos com isenção tributária, de convergência das taxas praticadas entre os segmentos bancários e de ganho de participação das IFs de menor porte. Estas duas últimas são parcialmente explicadas pelas captações intermediadas, por meio de clientes de plataformas de investimento", destacou o BC.

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O REF considera ainda que a base de capital do sistema financeiro permanece sólida. De acordo com a autoridade monetária, a estrutura de capital também está mais homogênea entre os segmentos de bancos e a margem de capital regulatório não é uma restrição para a expansão da oferta de crédito de forma sustentável.

"Ao longo dos últimos anos, os bancos públicos reduziram Capital de Nível II, devido ao menor reconhecimento de instrumentos emitidos antes da implantação de Basileia III e de recursos captados de fundos constitucionais, e aumentaram consideravelmente Capital Principal (CP), considerado de melhor qualidade. Essa alteração deixou a estrutura de capital dos bancos públicos semelhante à dos seus pares privados, tanto em termos de CP quanto em termos de Índice de Basileia (IB)", detalhou o Banco Central.

Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nessa quarta-feira (1º), novo corte de 0,5 ponto porcentual para a Selic, que passou de 12,75% para 12,25%, no momento em que o governo discute a revisão da meta de déficit zero para as contas públicas em 2024. Foi o terceiro corte consecutivo.

Em comunicado divulgado após a reunião, o colegiado repetiu a defesa da "firme persecução" das "metas fiscais já estabelecidas" para a redução das expectativas de inflação. "Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas", diz o texto.

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Como o Estadão informou, o valor da nova meta fiscal vai depender de uma definição mais clara de quanto o governo conseguirá obter de aumento de receitas com as medidas já apresentadas ao Congresso. Para atingir a atual meta, a equipe econômica teria de buscar R$ 168,5 bilhões em receitas extras.

O BC afirmou que o novo corte da taxa básica de juros foi "compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e o de 2025".

O Copom indicou ainda que, mantidas as condições atuais, a Selic poderá ser reduzida "na mesma magnitude" (em 0,5 ponto) nas próximas reuniões. O colegiado volta a se reunir no início de dezembro. "Em se confirmando o cenário esperado, os membros do comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", diz o comunicado do Copom.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com 153,4 milhões de usuários e sucessivos recordes de transações diárias, o Pix, sistema de transferências instantâneas do Banco Central (BC), receberá um prêmio de inovação financeira. O Council of the Americas (COA) entregará o prêmio Bravo Beacon of Innovation ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, no próximo dia 20 em Miami, nos Estados Unidos.

Organização internacional que representa diversos setores, como instituições financeiras, serviços de consultoria, consumo, setor manufatureiro, transporte, mídia, tecnologia, minas e energia, o COA premia iniciativas de excelência e de liderança nos negócios e na política no mundo ocidental.

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Em nota, a entidade norte-americana destacou que o Pix foi uma iniciativa pioneira que se tornou um modelo de sucesso de inclusão financeira e de bancarização. O COA destacou que outros Bancos Centrais estão procurando reproduzir, em seus países, o sistema de transferências instantâneas que funciona 24 horas por dia. 

“Desde o seu lançamento, há menos de três anos, o Pix tem tido um tremendo sucesso, sendo agora usado por mais de 700 instituições financeiras e por 80% dos brasileiros adultos, promovendo inclusão financeira no Brasil sem precedentes”, considerou o COA, na descrição dos motivos da premiação ao Pix.

Segundo a entidade, o Pix tem transformado os serviços financeiros no Brasil, ao liderar os pagamentos no varejo e reduzir os desafios e os custos associados à transferência de dinheiro.

O Banco Central destacou outros prêmios recebidos por causa do Pix. No 1º Congresso IBGP de Inovação Pública com foco no Cidadão, BC foi considerado o órgão mais inovador do Brasil em 2023 e também ficou em primeiro lugar na categoria Ministério e Órgãos Federais.

Transações

Com 650,7 milhões de chaves registradas por 153,4 milhões de usuários, o Pix bateu um novo recorde de volume de transações realizadas em apenas um dia. Segundo informações do BC, apenas na última sexta-feira (6), foram registradas 163 milhões de transações, superando a marca de 160 milhões em 24 horas pela primeira vez.

O recorde anterior havia sido registrado em 6 de setembro, com 152,7 milhões de transações. Em agosto, conforme os dados mais recentes do BC, o sistema superou a marca de R$ 1,53 trilhão movimentados por mês.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (9) que o Pix, ferramenta de pagamentos instantâneos, acaba de bater o recorde de 168 milhões de transações em um único dia. "O Pix teve uma adesão muito mais rápida do que a gente imaginava", disse ele, durante o XXXIII Encontro de Lisboa entre os bancos centrais dos países de língua portuguesa.

Segundo Campos Neto, o Pix tem uma barreira de entrada baixa, porque qualquer instituição financeira pode oferecê-lo e é igual para todos. "Ele gera competição", observou.

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O Pix também trouxe uma ferramenta de menores custos e propiciou a criação de um novo modelo de negócios, disse. Conforme Campos Neto, o sistema é "muito barato" porque as pessoas físicas não pagam e, no caso das empresas, o valor é menor quando comparado a outras ferramentas existentes.

O presidente do BC brasileiro voltou a dizer que, ao contrário do que se imaginava, os bancos não perderiam em dinheiro com o Pix. Poderiam ter redução de receita em um primeiro momento, à medida que deixavam de cobrar por transferência, mas como a ferramenta aumenta a bancarização e gera novos negócios, também proporciona mais ganhos. "Tivemos 9 milhões de novas contas", disse.

Ao fim de agosto, o Pix bateu a marca recorde de mais de 650 milhões de chaves. Em termos de usuários, são mais de 153 milhões. Já a quantidade de transações atingiu R$ 3,7 bilhões em agosto, também recorde, considerando o histórico mensal da ferramenta.

Nova fase

Segundo Campos Neto, o Pix entra agora em uma nova fase, na qual será possível programar pagamentos. Na sua visão, a ferramenta deve quebrar mais fronteiras e substituir outras modalidades como, por exemplo, o cartão de crédito, ponderando que as bandeiras já se preparam para o futuro.

"Eu acho que o Pix em algum momento substitui o cartão de crédito, porque você vai conseguir fazer isso de uma forma muito mais barata, os bancos vão ter mais visibilidade no Pix e não vão precisar tanto do sistema que existe hoje, mas as bandeiras também estão inovando, inclusive estão ajudando no processo", concluiu Campos Neto.

O Banco Central informou nesta quarta-feira, 4, que o cronograma de lançamento do Pix Automático - que permite pagamentos recorrentes no instrumento sem a necessidade de autorizar cada operação - foi alterado de abril para outubro do próximo ano. "A estimativa foi ajustada por conta da complexidade do produto, do tempo necessário para o desenvolvimento dos múltiplos atores, do andamento da definição das estratégias comerciais pelas instituições participantes do Pix e de questões organizacionais do BC", explicou a autoridade monetária.

Com o Pix Automático, os usuários poderão autorizar o pagamento automatizado de faturas recorrentes como contas de água, energia e telefone; assinaturas de internet, streaming, notícias; mensalidades de escolas, clubes, condomínios, planos de saúde; e serviços financeiros como seguros, empréstimos e consórcios.

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"Para que o produto atenda às necessidades da sociedade, estamos desenhando um produto bastante flexível, de forma a atender empresas de todos os setores e portes, negócios físicos ou digitais, com múltiplas jornadas de ativação por parte dos pagadores, conforme a necessidade da empresa", afirmou o chefe da Gerência de Gestão e Operação do Pix, Carlos Eduardo Brandt.

O novo cronograma prevê a publicação de todo o arcabouço do Pix Automático já em dezembro deste ano. As instituições financeiras terão de janeiro a agosto de 2024 para desenvolverem seus sistemas, antes dos testes homologatórios previstos para agosto e setembro do próximo ano.

"Após o lançamento do Pix Automático, em outubro de 2024, o BC já possui uma agenda de estudos e aperfeiçoamentos do produto prevista para releases futuras, que poderão incluir outras funcionalidades no serviço como, por exemplo, a possibilidade de portabilidade das autorizações para usar a conta de outra instituição, a definição de priorização de pagamentos programados para o mesmo dia, entre outros", acrescentou a autarquia.

Segurança

Na 20ª reunião plenária do Fórum Pix, realizada na terça-feira, as instituições participantes também debateram a criação de canais de denúncia de suspeitas de fraude nos próprios aplicativos do instrumento.

Alguns bancos já oferecem essa funcionalidade, e a proposta é que em um primeiro momento isso seja uma recomendação, podendo no futuro se tornar obrigatório.

"A ideia é tornar mais célere o processo de denúncia, maximizando as chances de recuperação de valores em eventuais fraudes", explicou a assessora sênior no Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do BC, Mayara Yano. "Algumas instituições já ofertam tal funcionalidade, mas queremos que seja implementado de forma mais ampla e com uma jornada minimamente padronizada, uma vez que canais digitais ofertam uma jornada mais conveniente aos usuários que as centrais de atendimento telefônico", completou.

O Fórum Pix também debateu o aperfeiçoamento do procedimento operacional para comunicação aos titulares de dados pessoais em casos de vazamento, a definição de critérios objetivos sobre a responsabilidade dos participantes no gerenciamento do risco de fraude, a possibilidade de cadastro obrigatório de dispositivo para a realização das transações Pix, entre outros.

A reunião de análise de conjuntura do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que havia começado às 10h09, terminou às 11h18 desta quarta-feira, 20. Nessa primeira fase da reunião do Copom, que começou na terça-feira, 19, o colegiado revisita temas importantes para a tomada de decisão da taxa Selic.

Nesta quarta à tarde ainda ocorre a segunda parte do encontro do Copom, na qual o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os oito diretores da instituição definem o nível da Selic, que será anunciado a partir de 18h30, já no período da noite.

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Após o início do afrouxamento monetário, em agosto, os juros básicos da economia brasileira estão em 13,25% ao ano, de 13,75% antes.

É unânime no mercado financeiro a aposta em nova redução de 0,50 ponto porcentual, para 12,75% ao ano, conforme amplamente sinalizado pelo Banco Central.

Em agosto, o Copom afirmou que seus membros, unanimemente, anteviam redução da mesma magnitude nas reuniões seguintes. Desde lá, em participações em eventos públicos, os diretores do BC têm repetido que a "barra" é alta para acelerar o passo.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai manter o ritmo de cortes da taxa Selic na reunião da semana que vem, com mais uma redução de 0,50 ponto porcentual (para 12,75% ao ano), e vai sinalizar a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário. "Mais do que reduzir meio ponto, indicando que vai [continuar a] cair. Isso é fundamental", afirmou, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews.

Alckmin criticou o Banco Central por ter mantido a taxa Selic em 13,75% ao ano durante um ano.

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"Em 2020, a inflação era, que nem hoje, 4%, e os juros eram 2%. Era negativo 2%. E o problema não é ter levado a 13,75%, é manter um ano a 13,75%. É um verdadeiro milagre da economia brasileira conseguir crescer", disse o vice-presidente.

Para Alckmin, o nível restritivo da taxa Selic inibe investimentos. "Quem precisa tomar empréstimo, não toma, porque tem dificuldade, e quem poderia investir também não investe, é desestimulado para ficar na ciranda financeira."

Ainda sob efeito da surpresa com o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre (0,9%), o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central trouxe novo avanço da projeção de crescimento econômico para este ano.

A mediana para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 passou de 2,56% para 2,64%, contra 2,29% há um mês. Considerando apenas as 54 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 passou de 2,66% para 2,96%.

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Para 2024, o Relatório Focus também mostrou melhora na estimativa de crescimento do PIB, de 1,32% para 1,47%, ante 1,30% de um mês atrás. Considerando apenas as 51 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 passou de 1,44% para 1,60%.

Em relação a 2025, a mediana aumentou de 1,90% para 2,00%, ante 1,90% de quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2026, que se manteve em 2,00%, mesma mediana de um mês atrás.

Após o PIB do segundo trimestre, o ministro Fernando Haddad, indicou que a projeção oficial para este ano deve subir de 2,5% para algo próximo a 3,0%, mas que a Secretaria de Política Econômica (SPE) vai divulgar o novo número de forma ordenada.

No Banco Central, a estimativa atual é de 2,0%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, mas o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que o mercado deve revisar o número para entre 2,5% e 3,0%.

O Pix bateu novo recorde diário de transações na quarta-feira (6). Foram 152,7 milhões de operações, que movimentaram R$ 76,102 bilhões, segundo o Banco Central (BC).

O resultado supera em 10 milhões de operações o recorde anterior, de 142,4 milhões, no dia 4 de agosto.

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"Os números reforçam a forte adesão de pessoas e empresas ao Pix, meio de pagamento lançado pelo BC em novembro de 2020", destacou o Banco Central.

Questionado sobre a eventual possibilidade de se criar um imposto sobre as transações realizadas pelo Pix, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central (BC), Renato Dias de Brito Gomes, avaliou nesta segunda-feira, 4, que taxar o uso do instrumento seria "uma loucura".

"Espero que não. Não é assunto do BC, mas seria uma loucura", afirmou Gomes, na live semanal da instituição.

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O diretor repetiu que o Pix Internacional é uma das prioridades em desenvolvimento pelo BC e negou que o instrumento tenha o objetivo de substituir o uso dos cartões de crédito, como aventou o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, na semana passada. "O grande impacto do Pix é substituir dinheiro, que vai sempre existir, mas é um meio de pagamento ineficiente, Quanto mais houve migração de dinheiro para meios digitais, sobretudo o Pix, melhor. A preocupação do Pix não é substituir cartão de crédito, que oferece também outros serviços. Mas o crédito é uma grande avenida de desenvolvimento para o Pix", completou.

Gomes ainda apoiou o movimento dos servidores do BC pela reestruturação da carreira do órgão. "A equipe que trabalha no Pix entregou muito, e um dos grandes desafios para seguir na agenda evolutiva é a moral da equipe, devido à avaliação de que a carreira do BC não é devidamente valorizada", concluiu.

O BC publicou nesta segunda-feira o "Relatório de Gestão do Pix - Concepção e primeiros anos de funcionamento 2020-2022", com as principais estatísticas do instrumento até o ano passado.

O documento mostra, por exemplo, que a maior transação já realizada pelo Pix teve o valor de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022.

O Banco Central publicou nesta segunda-feira, 4, o "Relatório de Gestão do Pix - Concepção e primeiros anos de funcionamento 2020-2022", com as principais estatísticas do instrumento até o ano passado.

O documento mostra, por exemplo, que a maior transação já realizada pelo Pix teve o valor de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022. O valor médio das operações naquele mês, porém, foi de R$ 257.

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Considerando ainda esses números com mais de nove meses de defasagem, o BC afirma que o valor médio das operações de pessoas físicas desde o lançamento do Pix é de R$ 200.

Os dados publicados nesta segunda-feira se referem ao fim do ano passado, quando 133 milhões de pessoas físicas e 11,9 milhões em empresas usavam o instrumento.

Na comparação com dezembro de 2021, o valor transacionado na plataforma de pagamentos em tempo real saltou de R$ 718 bilhões para R$ 1,2 trilhão.

"Mesmo que o uso do Pix já esteja consolidado pela população enquanto instrumento de transferência entre contas, e que sua infraestrutura já permita diversas outras inovações, ainda falta superar alguns obstáculos. Parte dessas barreiras está relacionada aos hábitos de uso dos pagadores já acostumados a escolher outros instrumentos de pagamento no seu dia a dia, principalmente para o pagamento de contas e para a realização de compras", completou o BC, no documento.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, elevou o tom contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e criticou a falta de diálogo com o presidente da instituição. Chamando-o de "cidadão", Lula sugeriu que Campos Neto mantém contato com "quem o indicou", em referência ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

"O presidente do Banco Central não foi indicado por nós, foi indicado pelo governo anterior e o Banco Central, agora, é autônomo, não tem mais interferência da presidência da República que podia chamá-lo para conversar", disse Lula. "Esse cidadão, se ele conversa com alguém, não conversa comigo. Ele deve conversar com quem o indicou e, quem o indicou, não fez coisas boas neste país", acrescentou.

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As declarações ocorreram durante a cerimônia comemorativa de 18 anos de criação do Programa Agroamigo, nesta sexta-feira, 1º, em Fortaleza, no Ceará.

Nas falas, o chefe do Executivo voltou a criticar a taxa básica de juros, a Selic, a 13,25%, após um corte do Comitê de Política Monetária (Copom) no início de agosto. Desde então, Lula ainda não havia comentado sobre a queda da Selic.

"O cidadão ao Banco Central precisa saber que ele é presidente do Banco Central do Brasil, e não do Banco Central de um país que não seja o Brasil", comentou, pedindo queda na taxa básica de juros.

Mencionando seu antecessor e principal adversário político, Bolsonaro, o presidente voltou a dizer que "o mandato para quem está no governo passa muito rápido, mas para quem está na oposição esperando, a vaga demora muito". "O Bolsonaro deve estar coçando as unhas e mordendo porque vai demorar para ele. Vai demorar e, certamente, ele não voltará", declarou.

Oferecimento de crédito

Lula disse que o governo precisa encontrar dinheiro para oferecer crédito a quem quer trabalhar e produzir, inclusive quando a demanda pelos empréstimos é maior que o orçamento original dos programas.

O presidente também se referiu aos programas Agroamigo e Crediamigo, do Banco do Nordeste. "Os juros estão altos, porque 2,16% ao mês é muita coisa", declarou. Segundo Lula, "precisamos baixar mais ainda", mas sem quebrar o banco.

De acordo com o presidente, a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) "só têm sentido de existir se for para fazer as coisas diferentes do que fazem os bancos privados".

Em sua avaliação, o BNDES precisa de muito dinheiro, mas não lhe é oferece a quantidade necessária. "Precisamos de dinheiro para investir a juros baratos", afirmou.

Na esteira do oferecimento de crédito, Lula pontuou que os grandes produtores rurais são muito importantes, mas que são os pequenos que produzem mais alimentos.

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