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Você sabe o que é Bitcoin? Para muitos, o termo estrangeiro não remete a nenhum significado. Para outros, a palavra é sinônimo de investimento e logo será usada com frequência por grande parte dos internautas. Sem central de gerenciamento e versões físicas, a moeda, considerada a mais valiosa do mundo, permite a realização de compras e transações virtuais em diversos estabelecimentos. Para se ter uma ideia, um Bitcoin (฿) está valendo cerca de R$ 1,4 mil, de acordo com cotação verificada até o fechamento desta matéria. Em Pernambuco, sua aceitação é bastante tímida, mas os que já utilizam tem uma opinião unanime: a Bitcoin veio para ficar.

O gerente da Ótica Econômica, localizada na Rua do Giriquiti, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife, é um deles. Felipe McMont conta que implantou o uso da moeda virtual em outubro do ano passado e, seis meses depois, o estabelecimento ainda é o único do Estado a aceitar pagamentos Bitcoins. “Apenas uma pessoa utilizou a moeda até agora. O cliente comprou o equivalente a R$ 250, o que deu ฿ 0,131 na época”, conta.

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McMont frisa que apesar da baixa aceitação, a moeda é uma tendência. “Eu não tenho dúvidas de que a moeda virtual vai substituir o dinheiro em alguns anos. Para mim, só existem vantagens no seu uso, já que ela preza pelo livre mercado, onde não existem taxamentos excessivos”, complementa.

Outro pernambucano já de olho na moeda virtual é o CEO do PagCoin, João Paulo Oliveira, de 27 anos. Enquanto estudava na Singularity University, no Vale do Silício, o jovem empreendedor teve seu primeiro contato com a Bitcoin. Hoje, ele gerencia a plataforma de pagamentos que recebe as transações da moeda virtual e converte para reais, facilitando a adesão de empresas de e-commerce.

“As pessoas compram em Bitcoin e a gente converte isso para as empresas em reais. É simples”, conta João Paulo. Segundo ele, aceitar pagamentos em Bitcoin corta custos em transações. Enquanto que uma compra usando cartões de crédito consome até 5% em taxas, a PagCoin pedirá apenas 1% do dinheiro pago à empresa vendedora.

Ao escolher o pagamento de um produto em Bitcoin, o usuário recebe uma espécie de boleto que deverá ser pago virtualmente em apenas 15 minutos, o que “assegura” as empresas da oscilação constante da moeda. “O processo de compra e venda de bitcoins não é familiar para o dono de uma loja eletrônica. Então, nós assumimos esse espaço”, afirma.

Oliveira é otimista quanto à aceitação da moeda. “A Bitcoin possui uma estrutura bem consolidada e oferece muitas oportunidades. Minha expectativa é que até o final deste ano, pelo menos mil lojas virtuais comecem a aceitá-la no Brasil. No mundo físico, no entanto, a aceitação está longe de acontecer”, complementa.

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