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Na próxima quarta-feira (20), os prefeitos das capitais brasileiras têm encontro marcado no Congresso Nacional. Eles serão recebidos pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para mais discussões sobre o pacto federativo. O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), já confirmou a presença na reunião. 

O pacto federativo foi o foco das discussões na semana passada com 23 governadores. Assim como os chefes estaduais do Executivo, os prefeitos deverão apresentar quatro principais pontos que, na ótica deles, precisam ser avaliados pelos parlamentares. 

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Para Henrique Alves, a reformulação do pacto federativo é prioridade, já que o acordo atual não atende mais a realidade dos estados e municípios. "O cidadão não mora em um País abstrato chamado Brasil. As suas realidades estão lá no município, na saúde, na educação, na segurança, na infraestrutura, no esporte, no lazer, em tudo. É obrigação desta Casa discutir esse novo pacto federativo, dialogando com o Poder Executivo para que a gente possa encontrar a solução que o povo brasileiro está reclamando em favor de seu município, de seu estado”, frisou o presidente da Câmara. 

Além de Geraldo Julio, estão certas as participações dos prefeitos de Natal, Teresina, Aracaju, São Paulo, Porto Alegre, Vitória, Rio de Janeiro e Palmas.

Diminuição de juros, menor comprometimento para as receitas dos estados, aumento na base de cálculo do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e redução à zero da alíquota do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Esses foram os quatro pedidos feitos pelos governadores aos parlamentares, em reunião, nesta quarta-feira (13), no Congresso Nacional, em Brasília. Senadores e deputados se comprometeram a avaliar as propostas.

Para o presidente do Senado, Renan Calheiros, as propostas representam um rumo para a discussão sobre o novo pacto federativo. "A reunião foi muito importante. As intervenções dos governadores foram objetivas. Acho que, do ponto de vista da Câmara e do Senado, temos agora um rumo para pautar as prioridades da Federação", comentou Calheiros, logo após o fim da reunião. 

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O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, também avaliou de forma positiva o resultado da reunião. "Nos próximos dias, vossas excelências serão informadas sobre as nossas atitudes e do roteiro de discussões daqui para frente. A nossa responsabilidade está assumida", informou.

Ao todo, estivam presentes nesta quarta-feira os governadores de 22 estados e do Distrito Federal. As ausências foram dos chefes do Executivo do Piauí, Maranhão, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Próximo passo
Na próxima quarta-feira (13), os prefeitos das capitais brasileiras serão recebidos pelos parlamentares, para apresentarem as demandas específicas dos municípios.

Segundo o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, será formado um grupo de trabalho para avaliar quais das propostas já tramitam formalmente. Também será formada uma comissão mista para acompanhar o trâmite dessas matérias na Câmara e no Senado. Renan Calheiros também anunciou a criação de um foro permanente no Senado para ouvir os governadores sobre as medidas necessárias para equilibrar a federação.

O governo federal antecipou-se e lançou uma contraofensiva para tentar esvaziar a agenda e o discurso dos potenciais candidatos à Presidência Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Os dois insistem na pauta da distribuição mais igualitária da arrecadação federal. Ontem, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), se reuniu com líderes dos partidos aliados que definiram como prioridade quatro projetos que alteram o pacto federativo.

A ministra pediu a votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que muda a cobrança do ICMS no comércio eletrônico, um projeto de resolução que unifica as alíquotas do ICMS, a medida provisória que cria os fundos de compensação para as mudanças que ocorrerão com alteração do ICMS e o projeto de lei sobre o endividamento dos Estados, que poderá estabelecer um novo indexador.

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O governo articula, ainda, uma reunião dos relatores dos quatro temas no Congresso com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na próxima semana.

A reunião com líderes ocorreu um dia antes do encontro de governadores com os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para discutir a questão federativa. Eduardo Campos, por exemplo, já havia acertado uma reunião com governadores do PSB e as bancadas do partido para discutir uma estratégia comum em relação a temas referentes à relação entre Estados e União. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os presidentes da Câmara e do Senado se reúnem na quarta-feira (13) com governadores e líderes partidários para discutir a elaboração de projetos que estabeleçam um novo pacto federativo entre União, Estados e municípios. As informações são dos sites da Câmara e da Senado.

Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara, considera que o atual modelo de repartição de direitos, deveres, orçamento e administração "está falido". "Eu sou de um tempo em que os municípios eram pobres, hoje eles estão paupérrimos, falidos. E os estados também começam a perder autonomia, perder renda, orçamento. Isso precisa ser rediscutido entre União, estados e municípios", disse.

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A pauta conjunta inclui temas como a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); compensação a estados; fundo de desenvolvimento regional; repactuação de dívidas com a União; solução para a 'guerra' fiscal; e novo rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE), de acordo com a Agência Senado.

O acordo prevê que os governadores definirão as prioridades e os presidentes das duas Casas colocarão os projetos em votação.

Durante a recepção de 669 médicos especialistas para a rede estadual de Saúde, o governador Eduardo Campos (PSB) frisou a necessidade de reforçar o debate de financiamento da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). No evento que ocorreu na manhã desta sexta-feira (01), no Centro de Convenções em Olinda, o socialista anunciou que os investimentos na área de saúde no Estado aumentaram para R$ 44 milhões anualmente, enquanto, em 2007, eram R$ 22,6 milhões.

Os novos residentes ampliarão os atendimentos nos hospitais e unidades médicas credenciadas ao SUS em Pernambuco, e atuarão em 22 instituições. As unidades com maior quantidade de vagas são os hospitais Getúlio Vargas (115), Barão de Lucena (108) e Restauração (100). Do total de vagas ofertadas, 447 são para médicos. Além da ampliação, serão implantados sete novos programas em nove instituições, sendo quatro deles inéditos em Pernambuco (neurologia pediátrica, medicina nuclear, patologia e medicina paliativa). Ao todo, a rede de saúde pública passa a oferecer 40 especialidades e 23 áreas de atuação (sub-especialidades).

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Após dar as boas vindas aos novos médicos, o governador sublinhou a necessidade de reforçar o debate de financiamento da tabela do SUS, em um novo pacto federativo pela saúde pública, criticando os recursos enviados atualmente. “Há um subfinanciamento do SUS. A situação de muitos municípios chegou a um limite. Fico à vontade para falar em estipular um teto mínimo para investimentos em saúde, porque Pernambuco ultrapassa e muito os 12% que determina a Emenda 29. Estamos colocando entre 17% e 19%”, argumentou.

De acordo com o governador, Pernambuco possui a terceira maior quantidade de residentes do Brasil. “Ampliamos exatamente o número de residência onde tínhamos maior carência e crise de mão de obra. Depois dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, temos a maior quantidade de residência do País. Há também uma expansão na direção do Interior este ano”, pontuou o gestor.

O programa de residência ainda abre 222 vagas para enfermeiros, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, farmacêuticos, fonoaudiólogos, biomédicos, além de biólogos, assistentes sociais, educadores físicos, nutricionistas e veterinários. A bolsa de auxílio aos estudos para os residentes é de R$ 2.384,82, de acordo com o estabelecido pelo Ministério da Educação para todo o Brasil. As residências podem durar até cinco anos.

O secretário estadual de Saúde, Antônio Figueira, pediu que os novos residentes tenham um gestão de gratidão com o povo. “Vocês fazem parte de 5% da população brasileira com o privilégio de ter formação superior. Então, tenham um gesto de gratidão com o povo brasileiro e façam desse conhecimento um ato de sensibilidade”, solicitou Figueira.

 

O senador de Pernambuco, Humberto Costa (PT), enviou nesta terça-feira (26) requerimento solicitando uma Audiência Pública com o ministro da Fazenda, Guido Mantega na intenção de discutir o pacto federativo e uma nova redistribuição dos recursos arrecadados. “Temos hoje um debate aberto em todo o país, já de certa forma antecipando a campanha presidencial, que diz respeito à distribuição dos recursos arrecadados no Brasil e ao pacto federativo”, comentou Humberto.

Outro tema que deverá ser discutido diz respeito às medidas relacionadas à redução e unificação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS). “Seria muito bom ouvir do ministro da Fazenda e saber como o governo encara principalmente essa que é, sem dúvida, uma das maiores medidas que o país pode tomar a unificação do ICMS, e o fim da guerra fiscal”, destacou.

Humberto também questionou o discurso oposicionista. “Como dizia e diz o ex-presidente Lula, há muitos palpiteiros de plantão, tanto para defender o bom andamento das contas públicas quanto para pregar o caos que estaria prestes a ocorrer na economia brasileira. Nada melhor que o ministro da Fazenda para trazer sua avaliação e ser questionado por nós”, Humberto.

Os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal deverão se reunir em Brasília no próximo dia 13 de março com os presidentes da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para discutirem as propostas relacionadas ao pacto federativo. Atualmente, diversos projetos sobre o tema tramitam nas duas Casas, entre eles alguns importantes, como o que trata do novo cálculo da divisão do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

“O parlamento quer ser protagonista nesta discussão”, disse Henrique Alves. “É uma reunião para que possamos discutir uma pauta mínima do interesse dos estados em relação ao pacto federativo. Que seja, portanto, reformado, atualizado, modernizado”.

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Além dos presidentes das duas Casas, líderes partidários também devem ir ao encontro para ouvir as demandas em relação aos projetos que mexem no pacto federativo. A expectativa é que os governadores compareçam à reunião com uma pauta de prioridades definida.“Eles ficaram de estabelecer uma agenda mínima e o compromisso do Henrique [Alves] e meu é no sentido de que possamos rapidamente votar nas duas Casas”, disse Renan Calheiros.

Entre os principais projetos relacionados ao pacto federativo estão pontos da reforma tributária que devem mexer na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), os que tratam de royalties como os do petróleo e da mineração, e o do FPE. Este último precisa ser analisado com urgência, pois o Supremo Tribunal Federal deu prazo até o fim do ano passado para que uma nova lei sobre a divisão do fundo fosse aprovada pelo Congresso.

Em janeiro deste ano, o ministro do STF Ricardo Lewandowski concedeu liminar para que o cálculo atual seja mantido por 150 dias para garantir a distribuição das cotas dos estados e para que o Congresso tenha tempo de aprovar a nova legislação sobre o assunto.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou nesta segunda-feira que o Congresso vai realizar, no dia 13 de março, uma reunião com os governadores de Estado para discutir uma agenda de propostas que alteram o pacto federativo. Na saída de um encontro no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em que se discutiu a possibilidade apreciação do orçamento pelos deputados e senadores, Alves disse que os governadores já estão confirmando a presença no encontro.

Segundo Renan Calheiros, caberá aos governadores apresentar uma "agenda mínima" de votação. Na entrevista, entretanto, o presidente do Senado não detalhou quais temas poderiam entrar em discussão.

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Durante solenidade de abertura do Ano Legislativo, no dia 4 de fevereiro, o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, defendeu a aprovação de reformas para que o País se torne "insubstituível" como destino dos investidores internacionais. Na ocasião, ele citou a votação da mudança do indexador das dívidas dos Estados e dos municípios e das novas regras de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal como matérias importantes a serem apreciadas este ano.

O peemedebista também destacou que, para o País ter "assento entre as grandes nações", é preciso aprovar as reformas tributárias e política.

O pacto federativo será um dos assuntos a serem tratados na reunião do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), com os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal.

Segundo ele, o atual modelo de repartição de direitos, deveres, orçamento e administração “está falido” e precisa ser revisto. “Eu sou de um tempo em que os municípios eram pobres, hoje eles estão paupérrimos, falidos. E os estados também começam a perder autonomia, perder renda, orçamento. Isso precisa ser rediscutido entre União, estados e municípios”, disse.

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A reformulação do pacto federativo foi um dos assuntos mais comentados nesta semana, durante os discursos de posse no Congresso Nacional.

Pernambuco foi o estado escolhido para sediar a 17º Conferência Nacional dos Legisladores entre os dias 21 e 24 do mês de maio de 2013 e um dos temas que entraram em discussão é o pacto federativo. Para o evento mais de 500 deputados estaduais de todo o Brasil já confirmaram presença e o governador Eduardo Campos (PSB) foi convocado para abrir o debate.

De acordo com o governador de Pernambuco é uma felicidade sediar a reunião da Unale no momento e especial para se discutir um tema bastante importante para todos os estados. Com o aumento de seu capital político nas eleições municipais deste ano, Eduardo é cotado para disputar a presidência da república em 2014 e vem montando um discurso que defende um novo Pacto Federativo como forma de alavancar o desenvolvimento dos estados. 

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O convite surgiu nesta segunda-feira (17) durante um encontro da União nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) com Eduardo que aconteceu na sede provisória do governo de Pernambuco no centro de convenções. A comitiva era liderada pelo presidente da Unale e deputado estadual Joares Ponticelli (PP-SC). O socialista também recebeu ofícios anunciando que as Assembleias dos estados de Alagoas, Piauí, Goiás e Sergipe, lhe agraciam com o titulo de cidadão dos respectivos estados.

A semana no Senado Federal começou com novidades. Na última terça-feira (30) a comissão de especialistas instituída para propor mudanças na legislação sobre o pacto federativo, entregou o relatório final ao presidente José Sarney, com diversas sugestões de alterações. O assunto também é acompanhado pelos deputados e prefeitos pernambucanos que se mostram favoráveis as propostas.

No documento, os integrantes da comissão que tem como líder o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim e como relator o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, apresentam possibilidades de redução do desequilíbrio entre as unidades da federação, com prioridade para quatro temas: Fundo de Participação dos Estados (FPE), distribuição dos royalties do petróleo, guerra fiscal e dívidas dos estados. As propostas foram resumidas em nove anteprojetos de lei e duas sugestões de matérias que já tramitam no Congresso Nacional.

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Segundo o deputado federal, Paulo Rubem (PDT-PE) a Constituição Federal tem 24 anos e até o momento não há uma república federativa porque não há arrecadação igualitária entre os Estados e municípios. “A arrecadação é concentrada no cofre da União e não é dividida. Quando a União arrecada ela aplica sem respeitar o princípio de Regionalização do Orçamento Federal. Se você pega os créditos do Banco do Brasil de outros bancos e do Governo Federal, você vai ver um desequilíbrio federativo muito maior beneficiando o Sul e o Sudeste” frisou o deputado.

Paulo Rubem também manifestou que apoia as mudanças. “Na divisão das receitas tem que fazer um pacto federativo para dar autonomia aos entes dos estados e municípios e reparar as dívidas que o Brasil tem com a União. A União tira dos estados e dos municípios, tira dos mais pobres e dá aos mais ricos. Por isso, sou favorável à reforma tributária, orçamentária e financeira e sou contra que o governo federal tenha direito de mexer nas receitas dos municípios”, expõe Rubem, que também fez uma crítica ao prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). ”Após ser eleito o petista foi conversar com Dilma para renegociar a dívida de São Paulo. Mas porque só a cidade de São Paulo vai negociar e não todos os Estados?” questiona o parlamentar.

Para o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB-PE), o pacto federativo é fundamental e a divisão dos recursos deve ocorrer. “Precisamos fazer uma divisão mais justa proveniente dos impostos. Além disso, defendo que sejam igualitárias também as arrecadações municipais. Exemplo disso temos Ipojuca com uma arrecadação semelhante à Suíça, enquanto cidades como Barreiros, têm uma estrutura sucateada sem recursos, então, o bolo é menor para alguns”, critica o tucano.

Daniel Coelho também disse ser a favor da divisão dos recursos do royalties do petróleo, porém, que sejam considerandos os municípios mais necessitados. “O petróleo é uma atividade econômica federal, que por mais que funcione em um estado, arrecadou recursos do Brasil inteiro. Sendo assim, não é justo que eles fiquem com toda a receita. Temos que analisar cada local para termos uma situação de igualdade”, pontuou o tucano.

Quem também é a favor do pacto, é o deputado federal, Mendonça Filho (DEM-PE) que disse que é necessário discutir o assunto. “É preciso uma discussão mais profunda do pacto federativo, porque o bolo da arrecadação tributária é muito grande. E creio que o nosso Estado será beneficiado e poderá reverter esses recursos em saneamento, política social, saúde e educação”, opinou Mendonça.

Reflexo Municipal - O prefeito reeleito de Petrolina, Julio Lossio (PMDB) comentou o pacto federativo e os reflexos dele para os municípios. Lossio disse que o pacto brasileiro é baseado no americano e este último no suíço. Porém, diferente dos países do exterior, no Brasil não há equilíbrio. “Temos uma distorção tanto da arrecadação quanto dos recursos que não são equilibrados como nos países de fora. Lá isso ocorre de forma diferenciada, numa distribuição voltada mais para a renda per capita dos municípios”, analisou Lossio que em seguida soltou uma crítica. “Os municípios são as grandes atividades executoras, mas os prefeitos são dependentes do governo federal. No caso do IPI, por exemplo, as prefeituras deveriam ser recompensadas, porque não adianta dar emprego à indústria automotiva, porque acertam um lado e erram em outro”, alfinetou o peemedebista.

Lossio também avaliou a divisão dos recursos do petróleo. “É algo que pertence a todos nós brasileiros, independente de onde está instalado. Sabemos que na cidade onde está deverá ter um recurso maior devido às despesas ambientas e outras, mas precisa ser dividido. Se o local da fonte tivesse que ser beneficiado totalmente eu poderia cobrar uma taxa para as cidades que recebem água do Rio São Francisco, mas não podemos pensar dessa forma”, cravou o prefeito.

Pacto federativo em Pernambuco - De acordo com o cientista político, Adriano Oliveira, numa análise estadual, a proposta do pacto federativo apresentada pelo governador Eduardo Campos (PSB) tem como objetivo uma discussão política e econômica do Brasil. “A política de Dilma e Lula estão baseadas na diminuição de impostos, o que não está errado. Entretanto, quando você reduz os Impostos Sobre Produtos Industrializados (IPI), você também retira receitas dos municípios e eles perdem capacidade de investimento e quem sofre é a sociedade”, explica Oliveira.

Além de avaliar a situação do IPI, Adriano Oliveira também comentou a divisão dos recursos do royalties do petróleo. “Eduardo Campos defende que os estados possam dividir através do pré-sal, os recursos adquiridos com todos os estados brasileiros. Isso sim será um novo pacto federativo, porque seria distribuído o recurso federal. No entanto, eu defendo ainda que essa repartição seja meritória, ou seja, merecedora”, opina o cientista político que sugere também uma criação de lei. “Deveria ser instituída uma lei de investimentos dos municípios que avaliassem os indicadores positivos dos gestores, para que, não só recebam os recursos, mas que tenham responsabilidade onde irão investir”, recomenda Oliveira.

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Com a proximidade do fim do pleito municipal, os deputados de Pernambuco iniciaram o debate sobre a revisão do Pacto Federativo, que tem sido motivo de preocupação, especialmente, dos novos prefeitos eleitos. Durante a reunião plenária desta quarta-feira (24), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), os deputados estaduais Silvio Costa Filho (PTB) e Antônio Moraes (PSDB) saíram na defesa desta pauta ser debatida após o segundo turno das eleições com deputados federais e senadores. 

Na avaliação dos parlamentares pernambucanos, a crise econômica e a política de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis e eletrodomésticos da linha branca contribuíram para o corte dos recursos. Outro ponto levantado pelos deputados é o aumento das despesas. 

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“Repassados pelo Governo Federal, os recursos do IPI são compartilhados com estados e municípios. Não sou contrário às isenções fiscais, mas discordo dos cortes nos tributos que são compartilhados. O Governo Federal deveria reduzir também as taxas do PIS/Pasep e Cofins, que cresceram muito mais, nos últimos 15 anos, e são utilizados com exclusividade pela União”, argumentou o deputado tucano. 

Antônio Moraes ainda afirmou que deve ser cobrado dos deputados federais a votação do projeto de lei que tramita no Congresso Nacional sobre o equilíbrio econômico de todas as regiões do País. “O Governo Federal deve se sensibilizar e cabe à Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) cobrar uma solução”, ponderou. 

Aliado do governo estadual e da nova gestão municipal do Recife, o deputado petebista, disse que seria um benefício para os gestores a reformulação do Pacto Federativo, mencionando que o assunto tem sido comentado pelo governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) em diversas circunstâncias. “Há grande concentração financeira na esfera federal. Percentuais menores ficam com Estados e cidades. Quem convive com os prefeitos percebe o drama. O Governo Federal deve efetivar melhorias salariais, desonerar encargos trabalhistas e conceder incentivos, mas os municípios precisam de atenção especial”, enfatizou.

Silvio Costa Filho propôs uma audiência pública, em novembro, para debater o tema. 

Um dia depois do governador de Pernambuco sair na defesa do Pacto Federativo, o deputado estadual socialista, Aloísio Lessa, subiu à tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na manhã desta terça-feira (9) para debater o assunto. 

Em apoio à política de redistribuição de renda para os municípios brasileiros, Lessa argumentou que a maioria das prefeituras pernambucanas dispõe do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) como única receita garantida. 

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O deputado ressalta que outras fontes de renda como o ICMS e o IPTU representam uma pequena fatia na arrecadação total da gestão e pouco contribuem para os cofres públicos. Ele ainda avalia que os estados e municípios não podem continuar “reféns” da vontade do Governo Federal e defende que as decisões dos Tribunais de Contas do Estado passem a ter valor de lei e deixem de ser apenas opinativas. 

O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), disse hoje (10) que, ao contrário do que foi anunciado pela ministra de Relações Institucionais Ideli Salvatti, não será possível votar juntos os três projetos relacionados ao Pacto Federativo.

Na última quinta-feira (5), a ministra declarou à imprensa que o governo fecharia acordo com os líderes partidários da base aliada, no Senado, para por em votação conjunta o Projeto de Resolução 72, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre comércio eletrônico e o projeto de lei que mudará o indexador da dívida dos estados.

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Hoje, no entanto, Braga disse que não há acordo sobre as duas últimas matérias e será necessário negociar mais com os senadores a fim de chegar a percentuais que agradem a todos. “Dizer que vamos votar o indexador da dívida e o ICMS sobre comércio eletrônico sem acordo é uma falácia”, disse o líder. Braga explicou que, no que se refere à PEC do comércio eletrônico, o governo irá apoiar a proposta do senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Ela estabelece que 40% do imposto ficarão para o estado que vendeu o produto e 60% para o estado para onde o produto foi destinado. Na opinião do líder governista, a proposta é uma forma de promover um equilíbrio compensatório. “Porque 100% do dinheiro irá circular no estado de origem, então você oferece um percentual maior do imposto para o estado de destino para ter uma compensação”, explicou.

O líder disse, no entanto, que ainda não há um consenso sobre o percentual, uma vez que existem outras propostas de divisões. Segundo ele, será necessário definir isso antes de colocar a chamada PEC do E-Comerce em votação.

Problema parecido impede a votação mais rápida do projeto de lei que irá definir um novo indexador para a dívida dos estados. Segundo Braga, os líderes queriam que a correção fosse feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 2%, mas não há acordo com o governo sobre isso. Para ele, a proposta anunciada pela ministra Ideli de indexar a dívida à taxa Selic é boa, mas ainda não é possível dizer se será aceita por todos.

“A taxa Selic é neutra com relação às dívidas. Por quê? Porque é a mesma taxa que remunera a dívida federal. Portanto, se nós trouxermos a taxa Selic para os estados, nós estaremos tendo um redutor em média, de mais de 6 pontos percentuais por ano nos juros da dívida de 1998, que é a dívida consolidada na Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse o líder governista. Na avaliação de Braga, o projeto que trata da Resolução 72 é o que está mais adiantado.

Segundo ele, a votação sobre a constitucionalidade da matéria “com certeza” ocorrerá amanhã (11) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Entretanto, de acordo com o líder, não é possível saber se ele poderá ser votado no plenário nesta quarta-feira. De acordo com Braga, o texto precisa passar ainda pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) onde será concedida vista coletiva.

“Na tarde haverá, com certeza, um pedido de vista que pode ser de cinco dias ou uma hora. Nós não sabemos se poderemos votar a Resolução 72 amanhã à tarde na CAE”, explicou. Ainda segundo o líder governista, a expectativa entre os senadores é que acordadas com o governo as condições para a votação da PEC do E-Comerce e do projeto sobre dívida dos estados, o mesmo acordo seja cumprido na Câmara dos Deputados.

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