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Uma pesquisa realizada na Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, apontou que uma substância previne a morte das células cerebrais causada por doenças priônicas, ou seja, patologias que afetam as estruturas cerebrais ou outros tecidos neurais, que não possuem cura e são sempre fatais. A descoberta precisa ser mais estudada, para que se desenvolva uma droga que possa ser usada por doentes. Mas os cientistas contam que o medicamento poderia tratar doenças como o Parkinson e Huntington.

Quando um vírus atinge uma célula do cérebro, o resultado é um acúmulo de proteínas virais. As células reagem fechando toda a produção de proteínas, a fim de interromper a disseminação do vírus. Entretanto, várias doenças neurodegenerativas, produzem um tipo de proteína defeituosa, que ativam o mesmo tipo de defesa, causando consequências mais agravantes, resultando em um desligamento total da produção de proteínas pelas células do cérebro. 

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O processo acontece repetidamente em todos os neurônios, chega a destruir o movimento ou a memória, ou até mesmo matar, dependendo da doença. Em entrevista a BBC a coordenadora da pesquisa Giovanna Mallucci, afirmou que é a primeira vez que um composto impede completamente a degeneração dos neurônios. "O que é realmente animador é que pela primeira vez um composto impediu completamente a degeneração dos neurônios. Este não é o composto que você usaria em pessoas, mas isso significa que podemos fazê-lo, e já é um começo”, pontuou. 

Os cientistas também estão testando o composto em outras formas de neurodegeneração em camundongos, mas os resultados ainda não foram publicados. Contudo, os efeitos colaterais ainda são um problema. O composto também atingiu o pâncreas, ou seja, os camundongos desenvolveram uma forma leve de diabetes e perda de peso.

Pasta de amendoim para detectar Alzheimer

Uma pesquisa feita pela Universidade da Flórida e que será publicada no Journal of the Neurological Sciences, afirma que pacientes que estão na fase inicial do Alzheimer, têm mais dificuldade em identificar certos tipos de odores quando respiram somente com a narina esquerda. Este fenômeno é explicado pelo fato de que a habilidade de sentir cheiros está associada a um nervo localizado em uma das primeiras partes do cérebro que é afetada pela doença.

A pesquisa começou quando, decidiu criar um teste de olfato para pessoas com Alzheimer. Orientada por Kenneth Heilman, professor de neurologia da Universidade da Flórida, Jennifer chegou à conclusão de que a pasta de amendoim era uma boa opção para isso, pois tem, segundo ela, um “odor puro”. Além disso, o alimento é bastante comum nos Estados Unidos e poderia ser reconhecido facilmente pelos pacientes.

O teste criado pela pesquisadora do Centro para Olfato e Paladar do Instituto do Cérebro da universidade Jennifer Stamps, foi ser realizado com 94 pacientes que, pelos sintomas, poderiam ter algum tipo de demência, incluindo o Alzheimer, ou comprometimento cognitivo leve. Nenhum deles, porém, havia recebido um diagnóstico até então. O teste foi feito da seguinte forma: os médicos que atenderam cada indivíduo possuíam 14 gramas de pasta de amendoim (o equivalente a uma colher de sopa) e uma régua métrica. 

Os pacientes, então, com uma das narinas, boca e olhos fechados, foram orientados a tentar detectar o cheiro da pasta de amendoim. O médico aproximava o alimento do paciente em um centímetro a cada vez que ele não conseguia adivinhar o cheiro. Para isso, contou com a ajuda da régua. Depois, o mesmo procedimento foi feito com o mesmo indivíduo, mas dessa vez com a outra narina tampada. Os médicos que realizaram o teste não sabiam do diagnóstico dos pacientes, que, de maneira geral, foi confirmado algumas semanas após esse exame.

Apesar dos resultados, os pesquisadores acreditam que mais estudos são necessários para compreender melhor de que forma o olfato prejudicado pode indicar a presença do Alzheimer. Segundo Jennifer, o teste pode ser usado, por enquanto, para confirmar diagnósticos, e não como único método para identificar a doença. 

O Hospital das Clínicas da UFPE está oferecendo cirurgias de alta complexidade para tratamento de dor e doença de Parkinson. Conforme a unidade de saúde, os resultados conquistados nos dois procedimentos foram excelentes.

Até o momento, já foram feitas seis cirurgias de dor e três de Parkinson. As cirurgias possuem procedimentos distintos. Na de Parkinson é feita uma estimulação cerebral e a operação dura de três a quatro horas. Já na outra é feito um estímulo na medula espinhal e o procedimento tem duração de cerca de uma hora e meia. 

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“Os pacientes que podem se submeter à cirurgia de Parkinson são aqueles que têm efeitos secundários aos medicamentos, que são geralmente movimentos anormais, distonias e contrações dolorosas”, explicou o chefe do Serviço de Neurocirurgia do HC, responsável pelos procedimentos, Antônio Marco de Albuquerque.

Ele acrescentou que os pacientes com dor são aqueles que possuem uma dor crônica, resistindo ao tratamento com morfínicos, antidepressivos, anticonvulsivantes, fisioterapia e hidroterapia.

Com informações da assessoria 

O curso de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) irá promover nesta quinta-feira (11), o evento gratuito Parkinson: Ciência e Cultura, no auditório Jorge Lobo, das 8h às 18h. Ação é promovida pela Associação de Parkinson de Pernambuco (ASP-PE), com programação destinada ao desenvolvimento de atividades culturais e de saúde direcionado aos pacientes com doença de Parkinson e seus cuidadores.

Confira aqui a programação do evento:

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8h – 8h20 - Abertura

Apresentação da ASP

8h20 – 8h40 - Apresentação do Programa Pró-Parkinson

8h40 – 9h10 - Pró-Parkinson: Medicina

9h10 – 9h30 - Intervalo

9h30 – 10h - Pró-Parkinson: Fisioterapia

10h – 10h30 - Pró-Parkinson: Odontologia

10h30 – 11h10 - Oficina Contação de Histórias

11h10 – 11h40 - Pró-Parkinson: Terapia Ocupacional

11h40 – 12h10 - Pró-Parkinson: Fonoaudiologia

12h10 – 13h10 - Almoço

13h10 – 13h30 - Intervalo

13h30 – 14h - Atuação da Terapia Ocupacional na Doença de Parkinson

14h – 14h30 - Atuação Fonoaudiólogica na Doença de Parkinson

14h30 – 15h - Incidência das quedas na Doença de Parkinson

15h – 15h20 - Intervalo

15h20 – 16h40 - Aspectos clínicos e cirúrgicos na Doença de Parkinson

16h20 – 16h40 - Perguntas do público

16h40 – 17h40 - O corpo em movimento

17h40 - Encerramento com o bloco do treme-treme

O Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz(Farmanguinhos/Fiocruz) vai iniciar a distribuição de medicamento para tratamento da doença de Parkinson, o dicloridrato de pramipexol. O acordo com o laboratório Boehringer Ingelheim prevê a transferência de tecnologia em cinco anos e permitirá a economia de R$ 90 milhões nesse período. A estimativa é de que 20 mil pessoas estejam em tratamento para Parkinson em instituições públicas.

"Hoje os Estados fazem a compra do pramipexol, por licitação. O Ministério da Saúde centralizará a aquisição desses medicamentos e passará a comprá-los de Farmanguinhos", explicou Hayne Felipe da Silva, diretor executivo de Farmanguinhos. "A transferência de tecnologia reduz custos e amplia a oferta de medicamento, desse produto ou de outro item".

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Nos primeiros três anos da transferência de tecnologia, o remédio será produzido na Alemanha, com acompanhamento de técnicos de Farmanguinhos, e embalado no Brasil. Nos dois anos seguintes, representantes do laboratório vão ao Rio de Janeiro para supervisionar a fabricação do medicamento. Nesse período, metade da demanda nacional será produzida por Farmanguinhos. O restante continuará sendo importado. A partir de então, o pramipexol será produzido integralmente no Brasil.

Hayne ressalta que a produção nacional tem importância do ponto de vista da inovação tecnológica - a partir do que for aprendido na fabricação do pramipexol, pode-se chegar ao desenvolvimento de outras substâncias. "Outro aspecto importante é aumentar a soberania. Não sofre, por exemplo, com interrupção da produção caso a empresa desista de fabricar o medicamento", disse. É o que está acontecendo com o quimioterápico L-asparginase, indicado para leucemia aguda. "A empresa anunciou que não produzirá mais o medicamento a partir do segundo semestre e o Ministério da Saúde está trabalhando parcerias para evitar o desabastecimento".

Esse é o 14º convênio de transferência de tecnologia assinado por Farmanguinhos. O instituo firmou parcerias para a produção nacional de antirretrovirais, imunossupressores, indicados para evitar rejeição de órgãos transplantados, asma, doenças do sistema nervoso central e tuberculose.

O Estado da Paraíba investe, anualmente, cerca de R$ 65 mil no Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcional (Cedmex) em medicamentos de diferentes doses para o tratamento do Parkinson. Aproximadamente 1.043 usuários cadastrados recebem a medicação gratuita pelo Sistema Público de Saúde (SUS). 

O mal de Parkinson, que tem seu dia nacional neste 4 de abril, é uma doença neurológica que atinge principalmente pessoas com mais de 60 anos. Ela é caracterizada por ser uma doeça degenerativa do sistema nervoso central, e causa uma desfunção dos neurônios que compromete os comandos entre o cérebro e os músculos do corpo.

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Para terem acesso aos medicamentos, o usuário deve procurar o Cedmex, que fica localizado na Rua Jesus de Nazaré, s/n, no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa, munido de documentos necessários como carteira de identidade; CPF; comprovante de residência; diagnóstico clínico e cartão do SUS.

Para mais informações: 83 3218-5900 (Secretaria de Saúde da Paraíba)

*Por Evelyne Cavalcanti

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