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O governo do presidente socialista francês François Hollande renunciou formalmente nesta segunda-feira após a divulgação do resultado da eleição legislativa, uma tradição que abre caminho para um governo de esquerda mais forte para aprovar mudanças como o aumento dos impostos para grandes empresas e a contratação de mais professores.

Os novos deputados tomarão posse no dia 26 de junho na XIV legislatura da Assembleia Nacional, na qual os socialistas obtiveram maioria considerável, informou nesta segunda-feira o jornal Libération. Segundo o jornal, a Assembleia Nacional, que deverá entrar em recesso em julho, terá que se reunir em caráter extraordinário até 3 de agosto, quando deverá aprovar as medidas de Hollande para a economia e para o governo.

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Hollande imediatamente renomeou Jean-Marc Ayrault como seu primeiro-ministro e pediu a ele que forme um novo governo, que deve ser quase idêntico ao que renunciou. Uma porta-voz do governo disse que a nova formação deve ser anunciada na quinta-feira, depois que Hollande retornar das cúpulas realizadas no México e no Brasil.

Os socialistas conquistaram a maioria das 557 cadeiras na Assembleia Nacional na eleição de domingo. Isso dá a Hollande - que foi eleito no mês passado - o apoio necessário para aprovar seu programa de reforma de esquerda. Resultados finais divulgados nesta segunda-feira mostram que o Partido Socialista conquistou 280 assentos e os dois partidos aliados obtiveram 34 cadeiras, o que dá ao bloco socialista um total de 314 assentos.

As informações são da Associated Press e do jornal Libération.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, perdeu terreno para seu rival do Partido Socialista, François Hollande, apenas alguns dias antes do primeiro turno da eleição, dia 22 de abril. A pesquisa, feita pela CSA em 16 e 17 de abril, mostrou que Hollande está com 29% da intenção de voto, enquanto Sarkozy está com 24%. O candidato socialista ganhou dois pontos porcentuais desde a última pesquisa, feita em 10 e 11 de abril, enquanto Sarkozy perdeu dois pontos. Na pesquisa anterior, os dois candidatos estavam quase em empate técnico.

A sondagem também mostrou que Hollande ampliou sua vantagem sobre Sarkozy em um eventual segundo turno, que deverá ocorrer em 6 de maio. Hollande teria 58% dos votos no segundo turno, enquanto Sarkozy, candidato da União por um Movimento Popular (UMP), de centro-direita, teria 42%. A margem de diferença entre os dois candidatos ampliou-se em dois pontos a favor de Hollande para o segundo turno, em comparação à última pesquisa. A sondagem da CSA entrevistou 886 eleitores registrados. A pesquisa não informou qual é a margem de erro.

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A pesquisa sugere que os esforços de Sarkozy nos últimos dias, para convencer os eleitores franceses de que ele é mais qualificado que Hollande para liderar a economia francesa, não estão dando certo. Sarkozy também tem dito que o Banco Central Europeu (BCE) precisa ter seu papel ampliado para fomentar o crescimento econômico e não apenas controlar a inflação. No ano passado, Sarkozy comprometeu-se com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, a não fazer comentários sobre a política econômica do BCE, informa o Wall Street Journal.

Sarkozy minimizou os resultados da pesquisa da CSA em uma entrevista nesta quarta-feira. "Temos três dias para esperar, vamos esperar pacificamente", afirmou.

As informações são da Dow Jones.

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