Tópicos | Jean-Marc Ayrault

O governo da França continuará a vender participações em companhias apoiadas pelo Estado e pretende usar o dinheiro para financiar investimentos que ajudem a modernizar a economia e tornar as empresas francesas mais competitivas, disse neste domingo o primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault.

"Não é um assunto tabu. Em certos números de companhias públicas onde o Estado detém grandes participações, vamos reduzi-las, parcialmente, para financiar investimentos e não para consolidar o orçamento", disse. De acordo com Ayrault, um exemplo dos investimentos produtivos planejados é um programa de € 20 bilhões (US$ 26 bilhões) para estender serviços de internet de alta velocidade a partes do país que ainda não usufruem dessas atividades. O governo também pretende gastar outros € 20 bilhões para melhorar a competitividade das empresas francesas.

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A administração do país tem participações majoritárias em diversas companhias, como o grupo de tecnologia nuclear Areva, e detém 85% da empresa elétrica Électricité de France, além de ter participações minoritárias na Renault, France Telecom e Air France. As informações são da Dow Jones.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, concedeu cidadania russa ao ator francês Gérard Depardieu, envolvido em uma disputa sobre impostos com o governo francês, informou o Kremlin nesta quinta-feira. Um comunicado publicado no site do governo afirmou que Putin assinou um decreto em resposta a "um pedido de cidadania da Federação Russa" em nome de "Depardieu Gérard Xavier, nascido na França em 1948". Depardieu mantém uma disputa com o governo francês por causa das tentativas do presidente François Hollande de aumentar os impostos para os cidadãos que ganham mais de € 1 milhão por ano. O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, disse que Depardieu é "patético".

Em 29 de dezembro, a Suprema Corte da França derrubou o aumento de impostos para quem ganha acima de € 1 milhão, mas Depardieu disse então que a decisão não "mudava nada" o que pode indicar que o ator deseja realmente deixar a França. Depardieu atuou em mais de 150 filmes e foi nomeado para um Oscar, por seu papel em Cyrano de Bergerac, no filme de 1990 de mesmo nome.

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O ator de 64 anos, segundo o jornal Le Monde, é popular na Rússia. Depardieu já fez comerciais de uma marca de ketchup e do cartão de crédito do banco Sovietsky para a televisão russa e além disso visitou a Chechênia, onde discursou a favor do presidente regional, Ramzan Kadyrov, o qual possui um histórico duvidoso no respeito aos direitos humanos. "Glória à Chechênia, glória a Kadyrov", disse um Depardieu exaltado durante um discurso em Grozny no ano passado, para deleite de Kadyrov.

Depardieu respondeu ontem mesmo a Ayrault, em carta aberta. "Eu nunca matei ninguém, não penso que fui um sujeito sem valor, eu paguei 145 milhões de euros em impostos durante 45 anos", afirmou. "Eu não vou reclamar, mas não aceito ser chamado de 'patético'", afirmou. Depardieu disse que entregará ao governo francês seu passaporte e também sua carteira de seguridade social. Em outubro, o prefeito de uma pequena cidade belga anunciou que Depardieu comprou uma casa perto da fronteira francesa e pretendia residir na Bélgica. Nesta quinta-feira, o governo belga disse que se Depardieu pedir a cidadania belga, poderão existir dificuldades para a aprovação, uma vez que o ator francês já obteve a russa.

"Você precisa entender que Depardieu é um astro na Rússia", disse Vladimir Fedorovski, escritor russo que vive em Paris, à rádio Europe 1. "Além disso, ele é um símbolo da França. Ele é um enorme embaixador da cultura francesa".

Já o representante do presidente russo, Dmitry Peskov, disse que o ator fez o requerimento, que foi aprovado com base na sua "influência no âmbito cultural" e seus "papéis significativos em filmes sobre a história russa e personagens históricos". Em 2011, Depardieu interpretou Grigori Rasputin em um filme francês para a televisão sobre a vida do controverso e influente místico russo.

Em dezembro, Putin ofereceu publicamente a Depardieu, a quem chamou de "amigo", a cidadania russa, caso Depardieu fizesse um requerimento. A oferta foi feita após uma notícia do Le Monde ter informado que o ator havia dito a amigos que estava considerando a possibilidade de se mudar para a Bélgica ou a Rússia para fugir do novo regime fiscal da França.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O governo do presidente socialista francês François Hollande renunciou formalmente nesta segunda-feira após a divulgação do resultado da eleição legislativa, uma tradição que abre caminho para um governo de esquerda mais forte para aprovar mudanças como o aumento dos impostos para grandes empresas e a contratação de mais professores.

Os novos deputados tomarão posse no dia 26 de junho na XIV legislatura da Assembleia Nacional, na qual os socialistas obtiveram maioria considerável, informou nesta segunda-feira o jornal Libération. Segundo o jornal, a Assembleia Nacional, que deverá entrar em recesso em julho, terá que se reunir em caráter extraordinário até 3 de agosto, quando deverá aprovar as medidas de Hollande para a economia e para o governo.

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Hollande imediatamente renomeou Jean-Marc Ayrault como seu primeiro-ministro e pediu a ele que forme um novo governo, que deve ser quase idêntico ao que renunciou. Uma porta-voz do governo disse que a nova formação deve ser anunciada na quinta-feira, depois que Hollande retornar das cúpulas realizadas no México e no Brasil.

Os socialistas conquistaram a maioria das 557 cadeiras na Assembleia Nacional na eleição de domingo. Isso dá a Hollande - que foi eleito no mês passado - o apoio necessário para aprovar seu programa de reforma de esquerda. Resultados finais divulgados nesta segunda-feira mostram que o Partido Socialista conquistou 280 assentos e os dois partidos aliados obtiveram 34 cadeiras, o que dá ao bloco socialista um total de 314 assentos.

As informações são da Associated Press e do jornal Libération.

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