A manifestação dos funcionários da Petroquímica (PQS), iniciada no começo da manhã desta segunda (12), na PE-09, Avenida Portuária, em Ipojuca, se encerrou após confronto com a Polícia Militar. De acordo com o Tenente Cleiton Miguel da Silva, oficial responsável pela intervenção no local, os trabalhadores incendiaram três ônibus e a PM precisou intervir com bombas de efeito moral e balas de borracha.
Após o confronto, o trecho foi liberado e o trânsito, que estava completamente travado, começou a normalizar. Por falta de pagamento de funcionários demitidos e atuantes da empresa Emtep, o grupo decidiu se rebelar e exigia o pagamento imediato dos salários atrasados. “Representantes da Petroquímica vieram negociar, mas os manifestantes só entravam em acordo se o dinheiro chegasse na hora, em mãos, na própria via. Como não houve acordo, precisamos intervir”, afirmou o Tenente.
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Segundo o membro do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral de Pernambuco (Sintepav-PE), Rogério Rocha, a falta de pagamento tem sido comum nas empresas atuantes no Complexo de Suape. “A Emtep diz que a Petroquímica não está passando dinheiro e não tem como pagar os trabalhadores. Por outro lado, a Petroquímica diz não ter dinheiro. Fica nesse jogo de empurra”, afirmou Rocha. Este é o segundo protesto realizado pelos trabalhadores.
Apesar de acompanhar o andamento das mobilizações, o Sintepav esclareceu, em nota, que a manifestação foi realizada de forma independente pelos trabalhadores, sem orientação do Sindicato. No texto, o Sintepav afirma que está "tomando as providências necessárias junto ao Ministério Público do Trabalho e ao Poder Judiciário para assegurar que os trabalhadores da Emtep tenham os seus direitos respeitados".
A Polícia não soube informar se houve feridos durante o confronto. O Corpo de Bombeiros continua no local para finalizar o trabalho de contenção do fogo nos ônibus incendiados.