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Após o incêndio que destruiu a comunidade do Beco do Sururu, no Pina, Zona Sul do Recife, nessa sexta-feira (6), o projeto Mãos Solidárias lançou uma campanha de arrecadação de alimentos. A iniciativa também convocou voluntários para ajudar os desabrigados. 

Os alimentos não perecíveis que forem doados serão preparados diariamente pela Cozinha Popular Solidária para oferecer refeições aos ex-moradores das palafitas. O Armazém do Campo, na Avenida Martins de Barros, 395, bairro de Santo Antônio, área Central da capital, foi designado como ponto de arrecadação.

"É importante também se mobilizar enquanto sociedade civil, junto aos movimentos sociais, para reivindicar medidas cabíveis do poder público. Essas famílias precisam de moradia digna!", reforçou o projeto em um comunicado nas redes sociais.

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Com informações de Luan Amaral

Um incêndio que aconteceu na tarde desta sexta-feira (6) destruiu boa parte das palafitas do Beco do Sururu, comunidade localizada na Zona Sul do Recife. Moradores relatam ter vivido cenas de “filme de terror”. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio já foi confinado e não tem como se propagar mais. Até o momento, não houve nenhuma vítima fatal. 

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Dona Vilma, de 58 anos, é doméstica e catadora de sururu. Ela mora na comunidade há muitos anos e já perdeu o barraco duas vezes, sendo a primeira para a Maré e agora no fogo. “Só deu tempo de salvar meus netos”, relatou. “Eu perdi tudo. Geladeira, fogão, mesa, panela, até os documentos eu perdi. Não vi quando começou o fogo porque eu tava catando sururu, só vi meu filho gritando ‘mainha, tá pegando fogo’, e corri pra pegar os meus netos”, disse a doméstica.

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“Agora só a graça de Deus para ajudar e dar força a construir tudo de novo”, afirmou. Questionada se voltaria a morar na comunidade, ela disse, Vilma lamentou: “Volto, porque eu não tenho para onde ir”.

Ela disse, ainda, que não quer que “olhem pra ela”. “Quero que olhem para as crianças, são elas que precisam. A minha criança perdeu material escolar, sandália, roupa, tudo. E aí?”, questionou. “Lula é o único que vai tomar atitude pelos pobres. Ele olha para os pobres. Se ele tivesse no poder, eu e nem ninguém tava aqui, não”, completou. 

Filho de Dona Vilma, Jackson Queiroz, de 26 anos, é pescador, e contou que estava dormindo quando ouviu os estalos do fio. “Eu tava dormindo, quando ouvi os estalos do fio e acordei na hora. Quando olhei, era fogo. O fogo tava muito grande, não dá para saber de onde veio”. 

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O comandante do Corpo de Bombeiro, Cristiano Corrêa, explicou que a ação rápida dos Bombeiros impediu que o fogo se alastrasse ainda mais, podendo causar mais desastres. “A nossa equipe chegou com muita brevidade no local e proporcionou que o incêndio não se alastrasse. Incêndios em edificações subnormais tendem a ser muito agressivos, principalmente porque são feitas basicamente por madeira e papelão, materiais extremamente combustíveis e sem nenhum espaço entre as edificações, que se propaga com muita força”. 

“A nossa equipe chegou com muita brevidade no local e proporcionou que o incêndio não se alastrasse. Incêndios em edificações subnormais tendem a ser muito agressivos, principalmente porque são feitas basicamente por madeira e papelão, materiais extremamente combustíveis e sem nenhum espaço entre as edificações, que se propaga com muita força”, disse o comandante. 

De acordo com ele, foi feito um processo de evacuação das pessoas que moravam e/ou transitavam no local. “Apenas duas pessoas apresentaram sintomas de intoxicação respiratória leve e foram conduzidas ao hospital por uma questão de previdência, profilaxia, mas não temos mais relatos de feridos graves. Até o momento, sem informes de queimaduras”.

Corrêa falou que o momento é precipitado para falar da motivação do incêndio, “a nossa maior preocupação é fazer a extinção e guarnecer a seguridade das pessoas. A investigação chegará no seu tempo”. “O incêndio encontra-se confinado, ele não tem propensão de se propagar ao perímetro que está. Estamos no processo de extinção dos últimos focos e, na sequência, iremos iniciar o processo de rescaldo, que é a remoção dos entulhos para evitar um foco secundário”, afirmou. 

O coronel da Defesa Civil, Cássio Sinomar, ressaltou que um plano de contingência foi montado para dar o suporte necessário às vítimas, que precisam ser identificadas e ao Corpo de Bombeiros. “Foi montada, por determinação do prefeito João Campos (PSB), uma sala de situação onde vários secretários estão reunidos recebendo as informações necessárias de campo para dar um suporte às vítimas que estamos atendendo. O nosso papel agora é identificar cada uma dessas pessoas e saber o que cada um precisa, desde abrigo, deslocamento, a colchão e cesta básica”. 

A população da comunidade que tiver interesse poderá ficar no Abrigo Noturno Irmã Dulce dos Pobres, localizado no bairro de São José, próximo à praça Sérgio Lorêto. “A prefeitura do Recife é uma das poucas que disponibiliza abrigo para essas situações. O abrigo Irmã Dulce, comandado pela Secretaria de Direitos Humanos, já está pronto para receber as pessoas que desejam ir para esse abrigo. Caso não seja necessário, vamos dar conta de fazer o deslocamento dessas pessoas”.

A pré-candidata a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), visitou, neste sábado (23), a comunidade do Bode, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife. Após a passagem pelo local, Raquel disse que é preciso romper ciclos da pobreza no Estado.

“Não podemos admitir que em pleno século XXI vejamos realidades que repetem ciclos de pobreza. Não podemos normalizar essa situação. É preciso fazer que histórias como as que vi aqui sejam páginas viradas na história de Pernambuco” afirmou.

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“Aqui eu venho mais para ouvir do que para falar. É inadmissível que a gente tenha tanta miséria no Recife. Esse é o Pernambuco real, não o da propaganda do PSB. Precisamos de políticas sociais voltadas para as pessoas", emendou a postulante.

Segundo Raquel, um levantamento divulgado pelo Boletim Desigualdade das Metrópoles aponta que a renda média da população que vive no Grande Recife é a terceira pior entre as metrópoles brasileiras. “A pesquisa escancara o que vemos nas ruas das nossas cidades, a fragilidade das políticas públicas estaduais, tanto na geração de oportunidades pela via da economia quanto da rede de proteção social”, frisou a presidente do PSDB Pernambuco.

A deputada estadual Priscila Krause e o vereador Alcides Cardoso também acompanharam a agenda no Recife. Além deles, participaram da agenda também o prefeito de Caruaru Rodrigo Pinheiro e o ex-deputado Eduíno Brito.

 

A Polícia Federal (PF) divulgou, neste domingo (20), a prisão de um homem de 31 anos com 134 kg de maconha no Recife. O flagrante ocorreu na última quinta-feira (17).

Segundo a PF, uma equipe policial abordou um carro transportando caixas de isopor contendo 107 kg de maconha. As investigações prosseguiram e identificaram o imóvel que servia de depósito da droga. No local, foram encontrados mais 27 kg de maconha.

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O suspeito, que é residente do bairro do Pina, Zona Sul do Recife, foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal, na capital. Ele foi autuado por tráfico de drogas.

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Recife, conhecida como a capital da folia, se vê sem festas de Carnaval oficiais pelo segundo ano consecutivo. Um ponto que já é comum para a época, se torna ainda mais procurado quando as demais opções estão limitadas: as praias da Região Metropolitana da cidade amanheceram lotadas nesta terça-feira (1º) de folia. O LeiaJá esteve nas praias do Pina e Boa Viagem, duas das mais movimentadas do Grande Recife, e conversou com comerciantes e banhistas sobre mais este Carnaval sem festa. 

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Para o comércio, o movimento está em alta desde o sábado (26), um dia após as restrições temporárias para o Carnaval terem sido anunciadas em todo o território de Pernambuco. Há 23 anos trabalhando como comerciante ambulante na praia do ‘Buraco da Véia', dona Andreia Florentino de Santos Souza, 44 anos, diz que, para o setor, o Carnaval na praia trouxe lucro e alívio. 

“O nosso carnaval sem carnaval na praia é top [sic.], porque não têm tantas opções de divertimento e pro pessoal que tem menor poder aquisitivo, eles com certeza invadem as praias. Para a gente que é comerciante, é muito bom; para outras pessoas que precisam, como orquestras e quem trabalha na área do carnaval, a gente fica triste, pois não ganham como a gente tá ganhando. O carnaval tá excelente. Desde sábado já está sendo, até amanhã, quarta de Cinzas, a praia vai lotar. A expectativa era de menos pessoas, ano passado também, porque estava no pico da pandemia, mas o pessoal veio de todo jeito”, afirma Dona Andreia, proprietária da tradicional Barraca do Reggae. 

A autônoma afirma ter passado por dificuldades durante a pandemia e chegou a abrir mão de sua barraca, tendo feito dívidas e vendido itens pessoais. “Eu tive que vender a minha barraca, mas Deus me colocou aqui novamente. Parece que eu saio da praia, mas a praia não sai de mim. Tive que reiniciar do zero, pois vendi tudo, passei muita dificuldade. Amigos e clientes me deram uma mão, trouxeram cestas básicas. Me endividei muito, por isso precisei me desfazer do que era meu”, completa Andreia. 

Diante da praia lotada, ela admite que os banhistas têm relaxado e não é comum ver as pessoas fazendo uso de máscaras: “O pessoal já tomou a segunda dose, alguns já tomaram a terceira, e se acham imunes. A gente oferece álcool, às vezes nem querem usar. Mas a fiscalização está sendo efetiva”. 

Emanuelle Maria de Andrade, de 29 anos, é outra comerciante no litoral urbano da Zona Sul. Há cerca de sete meses trabalhando em Boa Viagem, diz estar animada com o movimento e, assim como a colega da praia do Pina, afirma que tem sido assim desde o fim de semana. 

“O movimento está bem melhor. Como não teve o Galo, não teve Carnaval, o povo desceu para a praia. A gente lota todos os dias, de segunda até a quarta-feira [de carnaval] vai ser a praia cheia. No sábado de Carnaval não foi muito bom, não, mas no domingo, lotou. Do domingo até agora, está bem melhor. Mas se tivesse Carnaval, a praia estaria mais lotada, por causa dos blocos que passam aqui pela avenida”, disse. 

Segundo a trabalhadora, é difícil aplicar as medidas de proteção contra a Covid-19. “A Prefeitura passa para a gente que devemos deixar nas mesas 3-4 pessoas. Se passar muito disso, eles já reclamam. Mas confesso que a gente não segue muito o padrão, não, para agradar o cliente mesmo”, completa. 

Clientela estranha cidade sem Carnaval 

“É estranho. Recife é uma cidade tradicional no carnaval. Estava conversando com a minha esposa sobre não ter acontecido o Galo [da madrugada], mas a gente viu que estão rolando muitas festas aí, privadas, nesta pandemia, o que é errado. Mas pra mim, ainda é estranho, porque caso fosse a data correta do carnaval, isso aqui estaria lotado de foliões”, disse Charliton Batista da Silva, de 41 anos, ao LeiaJá

O segurança estava consumindo em uma barraca do Pina quando foi abordado pela reportagem. Estava acompanhado da família, que no momento, estava tomando banho de mar. O pai afirmou que se preocupa com as aglomerações e só remove a máscara entre a família e em locais abertos.  

“As aglomerações me preocupam porque a pandemia ainda está aí. A gente tem a conscientização; agora, estamos sem máscaras porque estamos em família, mas caso chegue aí um pessoal, gere aglomeração, a gente vai diretamente para casa. Escolhemos um lugar mais isolado por isso”, disse o cliente, na altura do dique no Buraco da Véia. 

A professora municipal Claudia Ribeiro, de 50 anos, é moradora da comunidade e também recorreu à praia para aliviar a falta que sente do Carnaval. O cancelamento das festas, para ela, é "emocionalmente ruim”. “É uma festa que faz parte da nossa cultura, do nosso cotidiano, há toda uma preparação”, diz. 

A educadora se opõe às restrições atuais; as considera importantes, mas acredita que o formato segrega e não faz sentido com as aglomerações que têm sido vistas durante o Carnaval e prévias da festa. 

“Eu moro aqui no bairro, então é mais tranquilo, mas acho que esse formato [de celebração] é uma hipocrisia do Governo do Estado. Porque existe a pandemia e a necessidade de não ter a festa no calendário oficial, mas não se garantiu às pessoas subsídio. Quem pôde pagar, continuou tendo Carnaval de modo privado. As pessoas que vivem dessa estrutura, mesmo de forma precarizada, não conseguiram garantir o seu sustento. A minha condição é outra, eu tenho condições de me proteger um pouco mais, mas essa não é a realidade dos outros”, afirmou. 

E continuou: “Os ônibus continuam funcionando superlotados e as pessoas não têm a menor segurança. Isso aqui é o momento de lazer das pessoas, é o mínimo que elas podem ter, em uma situação como essa, na qual elas estão expostas todos os dias. Eles continuam pegando ônibus superlotados, o transporte do Recife é super precário, insuficiente. Então não é aqui na praia que elas estarão mais expostas a isso, até porque é um local aberto”.

Na madrugada deste domingo (30), grupos sociais da comunidade do Bode, no Pina, Zona Sul do Recife, ocuparam o antigo Centro Social Urbano (CSU) do bairro. A ocupação seguiu com o intuito de revitalizar o espaço, que segue sem uso e em condições precárias.

A reivindicação dos integrantes da ocupação é a criação do Centro Cultural do Bode, a fim de que o local volte a ser espaço que atenda aos interesses da comunidade. Os participantes da ação pedem alimentos e materiais de construção para dar seguimento à reforma do local.

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Foto: Cortesia

Segundo a advogada Jéssica Jansen, integrante da ocupação, policiais chegaram ao local, mas não houve conflito. “Nesta semana, teremos uma negociação com o Governo em busca desse espaço cultural que tínhamos antes e foi sucateado”, disse.

Ainda segundo Jéssica, ainda está sendo programado um cronograma para que, nesta semana, sejam desenvolvidas atividades artísticas e culturais, como oficinas, no espaço.

A ocupação é assinada pelos seguintes movimentos sociais: Coletivo Pão e Tinta, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Coletivo Novo Pina, Palaffit Aceleradora Social, Coletiva Cabras e Comissão de Advocacia Popular da OAB (CAP).

O corpo de um homem não identificado foi encontrado boiando na praia do Pina, Zona Sul do Recife, neste domingo (9). Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima foi encontrada por pescadores que estavam no local, por volta das 10h25. Ainda não se sabe a causa da morte. 

Os bombeiros informaram que o corpo estava boiando nas imediações do núcleo da Polícia Militar que fica na Praia do Pina. Os pescadores que encontraram o homem acionaram os  guarda-vidas que trabalhavam no local, achando tratar-se de caso de afogamento. 

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O corpo foi arrastado até a areia e os guarda-vidas ainda tentaram fazer os primeiros socorros, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi acionado e foi ao local, mas o homem já estava morto. A vítima aparentava ter pouco maisde 20 anos e não foi identificada. 

O cadáver foi recolhido e encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, região central do Recife. Uma perícia do Instituto de Criminalística deve ser feita para apurar a causa da morte. Também procurada pelo LeiaJá, a Polícia Civil informou que suas equipes estão em diligência para apurar esta ocorrência.

Um menino de seis anos foi salvo por policiais militares, após a mãe acionar os agentes ao perceber que a criança passava por convulsões ocasionadas por um engasgo. O caso aconteceu nessa quinta-feira (6), em uma residência no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife. A equipe do 19º BPM realizava rondas com abordagens na rua da casa da família. 

De acordo com a PM, o garoto foi encontrado imóvel e não respondia aos estímulos de primeiros socorros. A corporação informou que o menino apresentava quadro de hipóxia, quando há ausência ou diminuição de oxigênio nos tecidos para que os órgãos funcionem normalmente. Os policiais adotaram a Manobra de Heimlich, que é uma técnica de primeiros socorros, utilizada em casos de emergência por obstrução respiratória. Após várias tentativas, a criança expeliu um pedaço de alimento que estava a impossibilitando de respirar. 

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Após o sucesso dos procedimentos iniciais, os PMs levaram a criança para o Hospital Boa Viagem, para prosseguir com o atendimento de primeiros socorros. Em seguida, o menino foi encaminhado ao Imip para exames complementares, sendo realizado um protocolo para assegurar que ele não teve sequelas como consequência do longo tempo sem respirar. 

Casos frequentes 

Pelo menos três casos de engasgos com crianças foram atendidos pela Polícia Militar de Pernambuco em menos de duas semanas. No último dia 28 de dezembro, policiais militares salvaram um bebê em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. A criança estava engasgada e foi encontrada desmaiada no momento do socorro. À ocasião, a manobra de Heimlich não funcionou e a criança quase foi a óbito. 

O segundo caso é mais recente, ocorrido no último domingo (2), em Olinda. Uma recém-nascida foi salva por militares após se engasgar com o leite materno. Segundo a assessoria da PM, os agentes estavam fazendo uma ronda no Alto da Sé, quando foram acionados por uma senhora que pedia socorro por sua neta. 

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A Prefeitura do Recife anunciou que irá iniciar a recuperação dos 60 quiosques dispostos nas orlas de Boa Viagem e do Pina, na Zona Sul da capital pernambucana. A gestão municipal assume o comando dos trabalhos após encerrar o termo de cooperação firmado em julho de 2020 com a Associação dos Barraqueiros de Coco do Recife (ABCR), e que previa que os próprios comerciantes seriam responsáveis pela requalificação dos quiosques, captando recursos junto a empresas privadas. Por considerar a intervenção urgente, a prefeitura afirmou que, em comum acordo com a categoria, decidiu assumir as revitalizações.

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A requalificação das orlas deve acontecer a partir de fevereiro de 2022, com o prazo de execução, para todos os equipamentos, de 15 meses - logo, a obra deverá ter seu fim entre maio e junho de 2023, sem contar com atrasos que eventualmente podem vir a acontecer. A licitação deve ser publicada no Diário Oficial do Município ainda nesta sexta-feira (12), de acordo com o prefeito João Campos (PSB). O investimento será de R$ 10,2 milhões e será 100% arcado pelo Tesouro Municipal.

“Os quiosques serão completamente móveis, então vai ser outra estrutura, outro layout, e foi feito conversando com os quiosqueiros, com especialistas que participaram da concepção. Então ele tem uma maior área de cobertura, e uma maior área interna. Essa coluna central, que é muito criticada pelos quiosqueiros, vai ser retirada. Então é um novo projeto, vai ser maior, com uma estrutura muito mais moderna. Todos os 60 quiosques serão repaginados”, disse Campos.

Os serviços serão realizados em 10 lotes de seis quiosques cada. O valor do projeto representa 50,54% a menos que os R$ 20,7 milhões previstos no estudo promovido pela Associação dos Barraqueiros de Coco do Recife. As obras dos novos quiosques da orla serão executadas pelo Gabinete de Projetos Especiais e contam com a parceria da Secretaria de Políticas Urbanas e Licenciamento.

Identidade recifense nos quiosques

Os quiosques terão tamanho padrão de 39,8 metros quadrados de área coberta, sendo 12,14 metros quadrados de área interna - maiores que as estruturas atuais. A ideia do projeto é realizar a transição entre o ambiente natural da praia e o construído - calçadão e avenida - mantendo aspectos de segurança, durabilidade, manutenção, funcionalidade e acessibilidade.

De acordo com o comunicado, o sistema de lajes de concreto de alto desempenho vai garantir segurança e durabilidade aos quiosques, além de facilitar a manutenção. Com isso serão evitados os arrombamentos que viraram constantes na orla. A PCR garantiu que a acessibilidade está contemplada no projeto - os equipamentos têm previsão de balcão acessível para atendimento de cadeirantes. O projeto terá identidade recifense, com a preservação da herança arquitetônica, da memória urbana e da cultura popular da cidade. A laje plana projetada dialoga com a linha do horizonte da praia.

O concreto pigmentado na cor areia confere originalidade e contemporaneidade ao conjunto dos quiosques, como encontrado no Museu Cais do Sertão em Recife, no Paço das Artes em São Paulo, no Museu Casa Paula Rego em Portugal, ou mesmo, no Museu Iberê Camargo em Porto Alegre com o concreto branco estrutural.

O painel de azulejaria de tradição portuguesa e largamente utilizado na arquitetura moderna brasileira e pernambucana - a exemplo dos encontrados no Edifício Acaiaca em Boa Viagem, Edifício Barão de Rio Branco na Boa Vista, do arquiteto Delfim Amorim e nos volumes das cascas de cobertas pré-moldadas de Armando de Holanda no Parque dos Guararapes - foi incorporado ao projeto, com um redesenho das antigas velas e ondas das calçadas da Avenida Boa Viagem, se transformando num momento de resgate da memória urbana do Recife.

Os azulejos revestirão os depósitos que irão auxiliar na organização do novo layout interno. Os beirais amplos dos quiosques trarão sombras mais  generosas, dando o conforto ambiental tão necessário nas cidades tropicais.

“Os quiosques foram pensados de acordo com quatro pilares que são a historiocultura do Recife, a segurança, a funcionalidade e a durabilidade, e a acessibilidade. Em relação a historiocultura, a arquitetura foi pensada para ter revestimentos cerâmicos remetendo a azulejaria tradicional dos portugueses e terão desenhos conforme os calçadões antigos de Boa Viagem com velas e barcos”, comentou a chefe do Gabinete de Projetos Especiais Cinthia Mello.

Na manhã desta sexta-feira (10), uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) bateu de frente em um poste e congestionou a Avenida Antônio de Góes, no Pina, Zona Sul do Recife. Quatro ocupantes ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital da Restauração e uma unidade particular, na área Central da capital.

O veículo integra a frota de socorro de Jaboatão dos Guararapes e, conforme a Prefeitura, transportava um paciente e um acompanhante no momento da colisão. O motorista sofreu um traumatismo craniano leve e um técnico de enfermagem teve leves escoriações. Todos foram socorridos em estado estável, informa.

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A seguradora foi chamada para remover a ambulância e a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) foi acionada por volta das 6h42 para orientar motoristas e destravar o trânsito que se estendeu até o bairro de Boa Viagem. As faixas do lado direito da via foram interditadas para a remoção do veículo.

Um turista do Rio de Janeiro foi esfaqueado no rosto na noite dessa segunda-feira (23), durante um assalto no Pina, na Zona Sul do Recife. O homem, de 44 anos, se recusou a entregar o celular ao criminoso, que desferiu os golpes e conseguiu fugir com o aparelho.

A vítima passava em frente a um estabelecimento comercial na Rua Atlântico, quando foi abordada pelo desconhecido, que desferiu os golpes após a recusa. Populares pediram ajuda a uma viatura do 19º Batalhão da Polícia Militar, que realizou buscas na área, mas não conseguiu localizar o suspeito.

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Devido aos ferimentos, o turista foi encaminhado ao Hospital da Restauração, na área Central da capital, onde recebeu atendimento médico. A Polícia Civil abriu inquérito e deve contar com o auxílio de imagens de câmeras de monitoramento de imóveis da região.

Outro crime na Zona Sul

Ainda na madrugada desta terça (24), um homicídio foi registrado pela Polícia Civil na Avenida Antônio Torres Galvão, em Boa Viagem. A vítima não identificada foi executada a tiros por volta das 00h55.

Segundo testemunhas, ela estava na avenida quando desconhecidos chegaram e realizaram os disparos de armas de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou a ser acionado, mas a vítima morreu antes da chegada do socorro.

Na tarde desta quinta-feira (29), ocorreu uma explosão em uma subestação de força localizada no estacionamento do DNIT/PRF, na avenida Antônio de Góis, bairro do Pina, zona sul do Recife.

Dois funcionários de uma empresa terceirizada que presta serviço para a PRF ficaram feridos, mas, de acordo com a PRF, eles estavam conscientes quando foram socorridos. Um deles teve queimaduras de 1º grau em pescoço, antebraço e mão direita, e foi levado para o Hospital da Restauração pelo Corpo de Bombeiros. O outro foi atendido no local pelo SAMU.

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Segundo a Polícia Rodoviária Federal, não há mais fogo na estrutura, mas o Corpo de Bombeiros e a Celpe estão no local. Após uma avaliação da Defesa Civil do Recife, foi descartado qualquer dano na estrutura.

Nesta quinta-feira (6), três empresas de crédito foram interditadas pelo Procon Pernambuco, por estarem funcionando de forma ilegal, oferecendo empréstimos e ficando com o dinheiro solicitado pelos clientes, o que garantia rendimentos fora da realidade. 

As empresas interditadas foram a GT Clássica, em Boa Viagem; a Única localizada na Dantas Barreto, e a Diamond, no bairro do Pina. De acordo com a gerente de fiscalização do Procon, Danyelle Sena, todas elas trabalhavam de uma forma bem parecida. “Primeiro iam em busca dos clientes oferecendo empréstimos falando que a pessoa podia investir o valor retirado na empresa. Que o dinheiro iria render entre 10% e 25%, ao mês”, explica.

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Em alguns casos a empresa ainda prometia pagar as parcelas do empréstimo. Todos os empréstimos eram feitos de forma consignada, ou seja, a parcela era descontada diretamente do salário do consumidor.

O Procon aponta que a GT Clássica atuava em Recife desde novembro de 2020. Só esta empresa conseguiu fechar cerca de 15 contratos. Em um deles, uma aposentada fez um empréstimo de R$ 111 mil e transferiu todo o valor para a empresa, tendo que pagar 96 parcelas de R$ 3.860. 

“No documento a empresa informa que irá pagar as parcelas, além de ter a permissão para baixar o aplicativo do banco do consumidor, com poderes de mexer na conta, além de cópia do cartão”, explica a gerente. Os contratos de todos os clientes foram copiados e eles serão convocados pela Depatri para prestar esclarecimentos.

Um funcionário explicou ao Procon que a GT captava clientes através de dois sistemas que fornecem diversos dados do consumidor, entre eles CPF, endereço, telefone, telefone e se é aposentado ou pensionista - além de informar se a pessoa tem margem para empréstimo e até o salário que recebe.

Dependendo do caso, a GT ia até a residência do possível 'cliente' para fechar o negócio. A empresa foi interditada por fazer esse tipo de negócio e não possuir CNPJ; para fazer empréstimos, a empresa quarteirizou o serviço. 

A Única já tinha um procedimento administrativo no Procon, que a impedia de fazer novos contratos, mas que não estava sendo cumprido. Todas as empresas terão o prazo de 10 dias para apresentar defesa.

Os consumidores que fizeram esse tipo de empréstimo devem procurar a sede do Procon Pernambuco, na Rua Floriano Peixoto, 141, bairro de São José, ou a Delegacia de Estelionato, localizada na Rua São Miguel, 268, no bairro de Afogados. 

Um homem foi preso após assaltar o mercado MGraças, na comunidade do Bode, no Pina, Zona Sul do Recife. Após a captura, o homem confessou o crime aos policiais militares do 19º BPM e admitiu que contou com a ajuda do próprio filho.

Após o roubo, ocorrido na última sexta-feira (5), os acusados fugiram do local; o pai foi encontrado pela polícia enquanto se escondia na Rua Padre Diogo, na localidade de Pantanal, UR-3, e não resistiu à prisão. Na abordagem, o suspeito informou aos agentes que o parceiro de crime tratava-se de seu filho, mas não deu informações sobre o paradeiro dele.

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Segundo os policiais, o homem foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil de Boa Viagem, também na Zona Sul, e foi reconhecido pelo proprietário do estabelecimento.

De portas fechadas no primeiro fim de semana do decreto estadual que restringe o acesso às praias de Pernambuco, comerciantes e pescadores de Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife, criticaram a nova medida. Com 11.119 mortes e ocupação de leitos de UTI superior a 94%, o Governo do Estado enrijeceu a regras contra a pandemia até o dia 17 de março.

"Eu tô revoltado igual a todos os comerciantes daqui. A gente vive disso aqui e perdemos dois dias de grande movimento", declarou o proprietário do Rosbife da Vera, Gil Souza (foto abaixo). Sem permissão para receber clientes aos fins de semana, ele aproveitou para realizar reparos em seu bar e crítica a gestão pelo fechamento, mesmo após ter adotado o plano convivência para o setor.

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Comerciante Gil Souza, insatisfeito com restrições em Pernambuco

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

O comerciante diz que entende a gravidade do Covid-19, porém a perda de receita ao longo da Pandemia ainda não foi superada. "O nosso movimento é o do final de semana. De sexta a domingo, o pessoal fica, toma uma cerveja, um petisco e passa mais tempo aqui no bar [...] Estamos perdendo basicamente 50% do faturamento com esses dois dias fechado", aponta.

Pescadores

No Parque das Esculturas, pescadores esportivos mantiveram a rotina habitual com a autorização do Governo para atividades individuais.

Já o pescador profissional Arnaldo Lima, não pôde pôr o barco no mar e relata ter identificado uma queda considerável de pedidos, sobretudo dos bares e barraqueiros locais.

Para ter comida na mesa e retomar seu ofício com segurança, ele fez um apelo por prevenção. "A população precisa se ajudar. Ninguém tá ajudando a si próprio. Festa, metrô cheio, ônibus cheio, vai fazer o que? Se piorar vai fechar tudo, o mesmo processo da primeira vez", concluiu.

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Após comer o peixe da espécie arabaiana, também conhecido como "olho de boi", duas irmãs foram socorridas apresentando mal-estar, dores, cãibra dos pés até a cabeça e sem conseguirem andar. Elas estão internadas no Hospital Português, localizado na área central do Recife.

Os familiares disseram ao G1 que os médicos diagnosticaram a Síndrome de Haff, conhecida como a "doença da urina preta" - toxina contida no peixe pode ter provocado a enfermidade. Flávia Andrade, 36 anos, e a sua irmã, Pryscila Andrade, 31 anos, estão desde o dia 16 de fevereiro.

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O peixe Arabaiana havia sido comprado no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, e comido pelas irmãs, o filho da Flávia, que tem 4 anos, e duas secretárias da família. Betânia Andrade, mãe das pacientes, explica que quatro horas depois de comerem o peixe, Pryscila enrijeceu toda e teve cãibra dos pés até a cabeça, além de não conseguir andar.

Meu neto, de madrugada, teve dores abdominais e diarreia, e as duas secretárias sentiram dores nas costas", disse Betânia ao site. O hospital informou sobre a doença de Haff no sábado (20), quatro dias depois que as irmãs deram entrada na unidade de saúde.

Pryscila foi a que comeu uma maior porção da arabaiana e, por conta disso, está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com as taxas altas, fígado comprometido, rins paralisados e com água no pulmão. Já Flávia está no quarto, já que não quis ir para a UTI; foi informado que as suas taxas baixaram. 

O Hospital Português, onde as irmãs estão internadas, informa que não tem autorização dos familiares para enviar boletim médico sobre a atual situação do estado de saúde das pacientes.

Neste sábado (9), a Prefeitura do Recife irá reforçar o trabalho de conscientização e orientação em toda a orla da cidade, em relação ao cumprimento das medidas de protocolos contra o novo coronavírus.

A ação começa a partir das 10h nas orlas de Boa Viagem, Pina e Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife. Além de contar com arte-educadores e orientadores, na ação quatro mil máscaras serão distribuídas juntamente com material informativo - via QR Code - para evitar o contato físico da panfletagem.

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O trabalho de conscientização é realizado por profissionais da Vigilância Sanitária (Visa) da Secretaria de Saúde; das Secretarias de Turismo e Lazer; Política Urbana e Licenciamento; Governo; além do Gabinete de Comunicação, Guarda Municipal e Polícia Militar de Pernambuco.

Eles atuarão em quatro trechos distintos definidos pela Diretoria de Controle Urbano (Dircon) e circularão tanto pelo calçadão como pela faixa de areia, orientando os banhistas e os cerca de dois mil trabalhadores da praia cadastrados na Dircon.

Durante a ação, os inspetores sanitários vão observar, por exemplo, os cuidados com os alimentos que estão sendo vendidos e também o uso de máscara pelos comerciantes; se cada barraca está com a quantidade exata de cadeiras permitida; se há distanciamento adequado; entre outras medidas. 

Já os profissionais da Secretaria de Turismo e Lazer farão distribuição de máscaras, para incentivar o uso da proteção das pessoas.

No último final de semana do ano, que coincidiu com o primeiro dia oficial do verão, data em que tradicionalmente muitas pessoas decidem ir às praias, a pandemia não impediu que o litoral do Recife fosse tomado pela população que anseia por sol, mar e calor antes de dar adeus a 2020. Infelizmente, apesar dos constantes alertas das autoridades de saúde a respeito da segunda onda de Covid-19, que está fazendo subir os números de casos e mortes no Brasil (já são 190,5 mil mortos e 7.447.625 infectados até a última sexta), o que se vê é desrespeito aos protocolos de segurança. 

Em Boa Viagem, havia uma grande quantidade de pessoas, mas a praia não chegava a estar lotada. Flagramos barracas com um distanciamento menor que o recomendado, além de barraqueiros, ambulantes e banhistas desrespeitando o uso correto da máscara. 

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A recepcionista Nágila Marques, de 26 anos, foi à praia com seus amigos para aproveitar que está de folga e contou que achou o número de pessoas menor do que em outros dias. No que diz respeito ao cumprimento dos protocolos de segurança, ela afirma que “90% não segue e é isso. "Não [me sinto segura], mas ao mesmo tempo você não quer abdicar de certas coisas para fazer, deixar de viver, mas fazer o possível para fazer o que o governo recomenda e estar perto das pessoas com quem você já convive”. 

Ela, no entanto, não usava máscara sob o guarda-sol num momento em que não estava comendo ou bebendo, o que contraria as regras definidas pelo Governo Estadual. Questionada sobre os meses de verão diante do aumento de casos e mortes no final do ano, Nágila afirmou que não sabe o que fará no ano que vem e acha que a situação da pandemia vai piorar independente de vacinação. “Eu acredito que no final do ano vai ter festa porque muita gente não tá [sic] nem aí. Sempre continua com aglomeração e com certeza ano que vem, se esse ano teve tantas mortes e não deixou de ter aglomeração, ano que vem vai ter [praia lotada] também”, disse a recepcionista. 

Eduardo Moura tem 54 anos, é consultor de vendas e costuma ir à praia todos os finais de semana com a esposa. Neste sábado, ele achou que tem muita gente. “Tem esse problema aí da pandemia, né? Tô [sic] até errado, que era para estar usando a máscara tanto eu quanto ela, mas a gente tá aqui um pouco distante [das outras pessoas]”, disse ele. Perguntado sobre o distanciamento entre as barracas e cumprimentos dos protocolos por barraqueiros e vendedores ambulantes, ele afirma que “De jeito nenhum, não está sendo seguida a distância que o governo determina, a praia tá assim, esse tumulto de gente. Estão respeitando não”. Apesar de estar na praia, Eduardo afirmou categoricamente que não se sente seguro de não ser contaminado e acredita que com o aumento dos casos de Covid-19 novas medidas restritivas podem ser tomadas em relação às praias, atitude que ele vê com bons olhos diante da situação atual. 

A cantora Elis Viana, de 32 anos, foi à praia de Boa Viagem com amigas de infância com as quais tem a tradição de “tirar as mazelas do ano” no último final de semana com um banho de mar (ou de água do mar em uma piscina de plástico). Para ela, a praia estava tranquila. 

“Estou me sentindo segura. Acho que algumas pessoas não estão seguindo as restrições, mas outras estão saindo com máscara, usando álcool, seguindo as recomendações”. Questionada sobre sua expectativa para o verão de 2021 em meio à pandemia, ela afirma que se a população seguir corretamente as normas de segurança, “dá pra gente curtir tranquilo”. 

Elton França é formado em contabilidade, veio passar o final de semana no Recife com amigos e decidiu pegar uma praia neste sábado. Ele conta que já veio outras vezes à praia durante a pandemia e achou que neste último final de semana do ano há menos pessoas que em outros dias e que na barraca em que ele estava, que fica nas proximidades do Hotel Jangadeiro, o distanciamento estava sendo bem respeitado. Já no que diz respeito ao uso da máscara, a resposta mudou para “às vezes”. 

A expectativa dele para o verão em 2021, em meio à pandemia com uma segunda onda, é que fique difícil de aproveitar a estação com a doença se espalhando até que chegue a vacina. “Várias festas estão sendo canceladas, o Carnaval já foi cancelado em vários lugares, não sei se o São João vai ser cancelado, mas está complicado para todo mundo, Espero que a vacina chegue rápido. Eu acredito que se agravar mais do que está agravando, acho que vai ser bloqueada a utilização das praias. Como o Brasil não tem uma estrutura frente a outros países que já estão tendo as vacinas, eu acredito que é o jeito. Não é uma questão de ser favorável ou não, é a única medida que o Brasil tem a aplicar”, disse ele.

Pina 

No Pina, em uma área popularmente conhecida como “Buraco da Velha”, a situação que a equipe do LeiaJá encontrou era bem diferente (e mais preocupante) que em Boa Viagem. Sem nenhum distanciamento, havia inúmeras barracas na estreita faixa de areia, todas amontoadas, coladas umas às outras. Máscara de proteção individual era item raríssimo que não era visto em banhistas, barraqueiros nem vendedores. 

A manicure Marcia Bernardo, de 49 anos, era uma das banhistas que estava no local e, mesmo sem estar na água, bebendo ou se alimentando no momento da entrevista, não usava a proteção facial. Ela contou que foi à praia que teve uma folga e resolveu ir à praia para “encerrar o Natal e aproveitar o sol”. 

Perguntada sobre como ela avaliava a situação naquele momento, ela afirmou que “aqui tá uma maravilha curtindo o sol, se precavendo dessa pandemia. Quero que acabe tudo isso para a gente voltar tudo ao normal. Do lado de cá está maravilhoso, lá para dentro está mais cheio, aqui a gente está mais distanciado. A gente está tentando resolver a situação, tá tudo tranquilo por aqui, a gente sempre se distanciando”. 

Sobre as regras que cabem a barraqueiros e ambulantes, ela afirmou que alguns estão cumprindo as determinações e outros não, e que é mais difícil de seguir as normas naquela área pois se trata de uma praias com faixa de areia muito pequena. “O Pina é mais distante, dá para distanciar, mas aqui é mais apertadinho, tem muita gente, tá muito cheio. A gente tá com medo que feche tudo, porque tá tendo aglomeração. A gente vem mas sabe que não está muito certo mas se não sair um pouquinho fica com depressão. Tá todo mundo apreensivo”, disse ela. 

Confira, a seguir, o protocolo completo com as regras contra a Covid-19 nas praias: 

Regras para permissionários

A ocupação deverá respeitar o distanciamento, devendo os permissionários dimensionar para cada grupo um box com área mínima de 4m x 4m;

A quantidade total de guarda-sol (ou ombrelone) e cadeiras por permissionário fi cará limitada à quantidade de boxes de 4m x 4m que couber na área total de ocupação autorizada pelas prefeituras a cada permissionário, nas seguintes proporções: um guarda-sol (ou ombrelone) por box; quatro cadeiras e uma mesa por box.

O guarda-sol (ou ombrelone) não pode ser removido de um box para outro em nenhum caso será permitido um máximo de 10 pessoas, de um mesmo grupo, por box

Distanciamento social

Fica proibida a realização de eventos públicos tipo shows, apresentações e similares, que possam gerar aglomeração de pessoas nas praias

Respeitar o distanciamento mínimo de 1,5m entre as pessoas de boxes diferentes

Respeitar o distanciamento mínimo de 4m entre as hastes dos guarda-sóis (ou ombrelones), devendo este estar no centro do box

Higiene

Todos os funcionários, prestadores de serviço e clientes, deverão utilizar máscaras

Apenas poderão acessar o serviço os clientes que estiverem fazendo uso de máscaras

Para o cliente, o uso de máscara será obrigatório, exceto quando os clientes estiverem se alimentando ou ingerindo líquidos, após a ingestão retornar ao uso de máscaras

Organizar os cardápios de forma a serem plastificados ou impressos em material que possibilite a higienização após cada novo atendimento

Quando oferecer temperos como sal e pimenta, além de itens como palitos de dente e adoçantes, priorizar o formato de sachês individuais

Reforçar a limpeza e desinfecção das superfícies mais tocadas (cadeiras, mesas/apoio, guarda-sol e bandejas) e qualquer outro material de trabalho, após o uso de cada cliente. Desinfetar com produtos à base de cloro, álcool, fenóis, quartenário de amônia, álcool a 70% líquido

Deve ser disponibilizado a funcionários e clientes, álcool 70% líquido ou gel para higienização das mãos

Reforçar boas práticas no lugar onde os alimentos serão preparados e reservar espaço para a higienização dos alimentos de acordo com o Programa Alimento Seguro (PAS) ou outro protocolo similar

Devem ser oferecidos talheres, pratos, copos e utensílios devidamente higienizados e preferencialmente em embalagens individuais (ou descartáveis)

Comunicação e monitoramento

Utilizar intensivamente os meios de comunicação disponíveis para informar aos clientes sobre as medidas adotadas de higiene e precaução

Utilizar todos os meios de mídia interna, assim como, as redes sociais, para divulgar as campanhas e informações sobre a prevenção do contágio e sobre as atitudes individuais necessárias neste momento

Acompanhar diariamente o estado de saúde dos seus funcionários e afastá-los por dez dias, quando apresentarem qualquer sintoma sugestivo de Covid-19. Mediante resultado negativo de teste apropriado, voltar de imediato ao trabalho

Orientar os trabalhadores que apresentarem sintomas gripais, e os seus contatos domiciliares, a acessarem o aplicativo Atende em Casa. Durante o acesso, serão orientados sobre como proceder com os cuidados, inclusive sobre a necessidade de procurar um serviço de saúde

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Desta segunda (5) até a próxima quinta-feira (8), é realizado o 'Projeto Praia Saudável' nas praias do Pina e Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Nas ações, 440 donos de barracas, de quiosques e comerciantes circulantes recebem instruções e capacitação sobre a retomada segura das atividades, visando evitar a disseminação do novo coronavírus (Covid-19).

O projeto também aborda os impactos ligados ao custos e aos investimentos que os barraqueiros precisarão fazer em seus empreendimentos. A capacitação é realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em Pernambuco, em parceria com a Prefeitura do Recife e instituições privadas.

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Durante a semana, das 9h às 12h e das 14h às 17h, a ação ofertará capacitações como a 'Oficina Retomada Segura' e a oficina de 'Aumento na Lucratividade no Comércio de Praia'. Além disso, serão promovidos atendimentos individuais sobre crédito com a Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE) e o Banco do Nordeste, das 9h às 12h e das 13h às 17h.

A Prefeitura do Recife, que disponibilizará máscaras para os participantes, é a responsável pela mobilização do público alvo e por liberar a utilização do espaço na orla dessas praias. Profissionais qualificados serão disponibilizados também por outros parceiros, como Banco do Nordeste, AGE, Mercado Pago, Prestige e TIM, para realizarem atendimentos individuais no decorrer de toda a ação.

Serviço

O que: Projeto Praia Saudável

Quando: de 5 a 8 de outubro

Horário: 9h às 17h

Onde: Avenida Boa Viagem, em frente ao número 2294

Informações: 0800 570 0800 (Central de Atendimento Sebrae) 

Sábado ensolarado é sempre um convite para o recifense ir à praia e este não foi diferente. Dezenas de pessoas saíram de casa para esticar as pernas no sol das orlas de Boa Viagem e Pina, na Zona Sul do Recife. Ao contrário de fins de semana anteriores, a maioria dos frequentadores foi flagrado usando máscaras de proteção item que, segundo especialistas, tem sido o principal elemento de combate à disseminação do coronavírus.  

Porém, se por um lado quem caminha pela areia parece tentar se proteger do vírus, por outro o mar de guarda-sóis indica que ainda é preciso estreitar o olhar para outra medida de segurança: o distanciamento. Barracas coladas, com distâncias muito menores de 1,5 metro, acabam criando aglomerações. 

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Enquanto bares e restaurantes precisam adaptar a distância entre mesas e cadeiras em áreas internas e externas de seus estabelecimentos, comerciantes donos dos coloridos e tradicionais kits de mesa e cadeiras na areia parecem sentir que são uma exceção.

As maiores concentrações ficam nas areias da praia de Boa Viagem, em que chega a ser difícil passar por entre os grupos de amigos ou enxergar além do colorido dos sombreiros. No Pina, é possível ver áreas com maior espaço entre as pessoas, o jeito mais seguro de curtir o dia de sol. Apesar da reportagem do LeiaJá ter visto patrulhas em ambos os locais, nada foi feito para assegurar o distanciamento correto entre as barracas e, consequentemente, entre as pessoas. 

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