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Comissão de Finanças da Alepe encerrou, nesta segunda (4), a tramitação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024. Na versão final da proposta, o texto aprovado pelo colegiado fez uma reestimativa de receitas que acrescentou R$ 1,1 bilhão ao orçamento proposto pelo Governo. 

Com a aprovação do parecer final, o projeto da LOA 2024 já pode ser votado no Plenário. O mesmo ocorre com a proposta de Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, que também teve seu parecer final acatado hoje. As versões finais da LOA e do PPA foram aprovadas por unanimidade na Comissão. 

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O parecer final do Orçamento de 2024 foi apresentado pela presidente da Comissão de Finanças, deputada Débora Almeida (PSDB). Ela explicou que o valor acrescido ao orçamento foi baseado em números estimados pela Secretaria do Tesouro Nacional em relação ao Fundo de Participação dos Estados (FPE), conforme apresentado num dos relatórios parciais apresentados na semana passada. “Esse valor foi distribuído para ações fundamentais do Estado, como a questão de segurança, saúde, educação e também ao sistema de ressocialização de Pernambuco”, ressaltou a parlamentar. 

Do total de R$ 1,1 bilhão, R$ 808,7 milhões foram divididos, em partes iguais, para as áreas de educação, saúde e segurança pública, o que significou um incremento de cerca de R$ 270 milhões para cada área. O valor restante, próximo de R$ 297 milhões, foi  dividido entre Poder Judiciário, TCE, Ministério Público, Defensoria Pública e Poder Legislativo.

Setores beneficiados

Parlamentares presentes na reunião destacaram as mudanças feitas no orçamento pelo Legislativo. Delegada Gleide Ângelo (PSB), por exemplo, destacou as emendas que vão permitir a contração de mais policiais penais. “A LOA enviada previa recursos para criação de vagas em presídios e estrutura, mas não tinha recursos para contratar mais pessoas. Não temos como criar presídios sem ter mais pessoal neles”, discursou a deputada, dirigindo-se a concursados aprovados para a Polícia Penal, presentes na reunião. “Eu incluí emendas para adicionar cerca de R$ 80 milhões ao orçamento e contratar 996 policiais penais. Essas emendas foram acatadas no relatório parcial e estão agora no relatório final”, informou. 

Joel da Harpa (PL) afirmou que os recursos adicionados ao orçamento permitem que a governadora Raquel Lyra acabe com a divisão por faixas salariais para policiais e bombeiros militares com as mesmas patentes. “A governadora anunciou que as faixas iriam acabar até 2026. Mas a categoria quer o fim imediato, pois essas faixas são inconstitucionais”, considerou o deputado. O apelo pelo fim das faixas salariais também foi reforçado por Coronel Alberto Feitosa (PL). 

Debate

Na avaliação de Sileno Guedes (PSB), “a Alepe fez um esforço para ter um orçamento mais próximo da realidade, e não uma peça de ficção, apontando saídas para o Governo executar o seu papel”. 

Já Socorro Pimentel (União) salientou que a proposta orçamentária inclui “a marca do governo de Raquel Lyra”, como o Pernambuco sem Fome, Mães de Pernambuco, Programa de Aquisição de Alimentos, Juntos Pela Educação, a expansão do Chapéu de Palha e o Orçamento da Criança. “O resultado final será sentido por cada pernambucano, nos quatro cantos do Estado”, garantiu.

Rodrigo Farias (PSB), da oposição, retrucou, cobrando que os recursos orçamentários sejam utilizados para solucionar os problemas de Pernambuco. “O que a gente espera é que com o orçamento aprovado o Governo finalmente comece a governar e tirar do papel as políticas públicas prometidas em campanha, o que não vimos em 2023”, avaliou.

*Da Alepe

 

Após a entrega dos metadados da Prestação de Contas de candidatos e partidos que concorreram nas Eleições 2020, o Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral identificou o total de 221.355 casos de indícios de irregularidades. Somados, os recursos financeiros chegam a R$ 954.728.601,57.

Desde o início da campanha até o final das eleições, foram realizadas nove rodadas de identificação de indícios de irregularidades, realizado pelo Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral, que envolve, além do TSE, outros seis órgãos federais – Receita Federal, Coaf, Ministério Público Eleitoral, Defensoria Pública Federal Departamento de Polícia Federal , Tribunal de Contas da União e Ministério da Cidadania.

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Dos tipos de irregularidades identificadas, a que aparece com maior frequência é a de pessoas que doaram para candidatos, mas estão inscritos em programas como Bolsa Família ou Auxílio Emergencial do Governo Federal. Foram identificadas 91.500 casos desse tipo, representando um valor de R$ 77.553.362,17.

Em segundo lugar no número de ocorrências, estão 45.780 fornecedores com sócios ou representantes e familiares que também recebem Bolsa Família. Esse tipo de indício de irregularidade representou a maior concentração de valores: R$ 612.613.438,38.

Em terceiro lugar aparecem 27.576 casos de doadores concentrados em uma mesma empresa e doando para determinado candidato específico. A soma desse tipo de irregularidade é de R$ 37.074.549,75.

A determinação do levantamento de possível irregularidade nas contas de uma campanha política faz parte da Instrução Normativa TSE nº 18/2016, para fins de exame das prestações de contas, bem como para a atuação do Ministério Público Eleitoral, nos termos do rito previsto no artigo 91 da Resolução TSE nº 23.607/2019.

A partir do levantamento, os juízes eleitorais podem determinar diligências para comprovar a procedência do indício de irregularidade e utilizar essas informações para fins de exame e julgamento da prestação de contas de campanha eleitoral.

Os indícios de irregularidades também foram encaminhados à Procuradoria-Geral da República para compartilhamento dessas informações com as promotorias estaduais para fins de apuração e – se procedente o indício – apresentação de representação judicial.

*Do site do TSE

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou, nesta quinta-feira (16), que em 2015 o estado terá um investimento três vezes menor que nos últimos anos. Segundo ele, no ano passado o montante chegou a R$ 3 bilhões, desta vez o número vai ficar na casa de R$ 1 bilhão. A constatação de Paulo Câmara foi feita durante uma entrevista à imprensa, após o lançamento do edital do 1º Prêmio Pelópidas Silveira em Planejamento e Gestão Urbana e Regional, quando o gestor detalhava os assuntos tratados durante o encontro dos governadores do Nordeste com as bancadas federais que aconteceu nessa quarta (15), em Brasília. 

Segundo o socialista, os projetos que ou aumentam despesas ou diminuem receitas dos estados foram postos à mesa com os parlamentares. Apesar de não ter sido foco principal do encontro, as matérias que regem sobre ajustes fiscais também foram mencionadas. De acordo com Câmara, foi pedido celeridade no aprimoramento desses projetos que devem mexer ainda mais com a economia do país.  

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“É importante termos já uma sinalização da aprovação do ajuste e da forma como ele será aprovado, para que possamos saber o que vai acontecer e quais vão ser os montantes desse corte”, observou. Sobre os possíveis cortes em Pernambuco, Câmara detalhou que estão pactuando com as secretarias onde eles devem acontecer. “Estamos trabalhando no cenário mais conservador possível. Vamos ter no máximo o investimento de R$1 bilhão esse ano, três vezes menor do que nos últimos anos”, cravou.

Tentando minimizar o impacto dos cortes, o governador esclareceu que devem permanecer como prioridade da gestão as obras em andamento, como as de mobilidade. Além de outras que devem ser tiradas do papel como a questão das estradas e dos recursos hídricos. “É preciso uma dosagem bem feita e um ponto de equilíbrio para haja um pacote que seja em favor do Brasil e não prejudique as pessoas de maneira unilateral”, observou.

Pouco antes da conversa com os jornalistas, durante o discurso no ato da assinatura do edital da premiação, Paulo Câmara afirmou ter feito uma reflexão sobre o encontro e a atual conjuntura econômica e política nacional. “É uma crise federativa, política, econômica e crise ética. Tantas questões desafiadoras”, cravou. “Pernambuco vai mostrar mais uma vez para o Brasil como enfrentar os desafios (...) não podemos sair deste caminho, desta escola que tanto bem fez ao estado”, finalizou.

A Comissão de Valores Mobiliários vai analisar a "put" (opção de venda) de US$ 1 bilhão da OGX. De acordo com informações do site da autarquia, um processo foi aberto nesta segunda-feira, 1, pela Superintendência de Relações com Empresas da CVM.

O andamento do caso aponta que a xerife do mercado de capitais fará uma "análise relativa à operação anunciada no fato relevante de 24.10.2012", justamente o que comunicou ao mercado que Eike Batista, controlador da petroleira, ofereceu o direito da OGX de exigir a subscrição de até US$ 1 bilhão em novas ações ordinárias, a R$ 6,30 por papel.

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O assunto do processo é classificado como "análise de transações com partes relacionadas", por envolver a empresa e seu controlador. A CVM não comenta casos específicos em andamento.

O exercício da "put" por Eike é hoje uma das maiores incógnitas no mercado. Na prática, a transação foi uma forma de o controlador prometer aos acionistas que injetaria recursos na OGX. A opção, segundo o fato relevante, poderá ser exercida a qualquer momento até 30 de abril de 2014 e está condicionada "à necessidade de capital social adicional da companhia e à ausência de alternativas mais favoráveis".

As condições para a concretização da operação, segundo o fato relevante, deveriam ser determinadas pela maioria dos membros independentes do Conselho de Administração da companhia.

Na semana retrasada, no momento em que a empresa dá todos os sinais de que necessita de mais recursos, três desses membros deixaram o conselho: os ex-ministros Pedro Malan, Rodolpho Tourinho e Ellen Gracie.

A análise pela autarquia pode estar ligada à mudança repentina no conselho. A saída dos conselheiros torna mais improvável a injeção de recursos do controlador para ajudar a tirar a empresa da profunda crise financeira em que se encontra. Os três eram conselheiros independentes.

Com a saída, apenas dois integrantes mantêm a condição. Até abril deste ano, quando o consultor Claudio Sonder também deixou o grupo, eram seis os membros independentes do conselho.

Os dois remanescentes - Luiz do Amaral de França Pereira e Samir Zraick -, que participam dos conselhos de LLX, MMX, MPX, OSX e CCX, teriam ambos de exigir o exercício da "put" (opção de venda) prometida por Eike. Os conselheiros devem levar em conta "a necessidade de capital social adicional da companhia e ausência de alternativas mais favoráveis".

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