Diante da situação econômica do Estado, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que pretende cortar mais despesas e descartou uma redução no número de cargos comissionados e secretarias. De acordo com o socialista serão cortados mais de R$ 600 milhões para possibilitar uma folga no orçamento estadual.
“Precisamos ter ações que envolvam cortes de mais de R$ 600 milhões na parte da despesa e temos que buscar receita na ordem desse montante também”, observou o socialista na noite dessa segunda-feira (2) após a posse do novo desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Sílvio Neves Baptista Filho.
##RECOMENDA##No último sábado (30), quando se reuniu com os secretários para analisar o quadro financeiro estadual, o governo anunciou como medidas alternativas à crise a articulação da venda de ativos; a criação de nova empresa pública que focará na recuperação de débitos e emissão de debêntures; e a alteração da data de pagamento dos cargos comissionados.
Apesar da alteração no pagamento, Paulo Câmara também pontuou que não pretende reduzir o número de comissionados. “A nossa folha de comissionados representa 1% da folha de funcionários. Uma folha insignificativa. Pode ajudar? Pode, mas não é significativo diante dos desafios que a gente tem para fechar o ano”, observou.
A expectativa, no entanto, é de que programas estaduais sejam cortados. “Temos que ter outros cortes, que podem envolver inclusive programas. Vários estão sendo analisados. Vamos fazer o que é possível prejudicando menos a população. Quando não tem dinheiro tem que se ver onde se vai cortar. Eu não posso cortar de imediato folha de pagamento, pagamento de dívida, poderes e repasse a municípios. Tenho que cortar o que posso. Não posso deixar é o Estado se desequilibrar”, alertou.