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Pernambuco será reintegrado ao projeto da Transnordestina, com o ramal ferroviário entre Salgueiro, no Sertão, e o Porto de Suape, na Região Metropolitana do Recife. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (19), após uma ampla articulação da governadora Raquel Lyra com o governo federal, deputados federais e estaduais.

“Essa é uma excelente notícia para Pernambuco. A ferrovia Transnordestina é uma infraestrutura fundamental para a integração e o desenvolvimento do Nordeste, pois integrará nossa região aos quatro cantos do Brasil, intensificando a produção e a competitividade da nossa economia”, destacou a governadora ao comemorar a decisão. 

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O ministro dos Transportes, Renan Filho, garantiu a reintegração da Transnordestina a Pernambuco durante reunião de trabalho com a governadora, a vice-governadora Priscila Krause e dez secretários estaduais, no Palácio do Campo das Princesas. A extensão da obra no trecho de Pernambuco é de 206 quilômetros. O Governo Federal assegurou que vai entrar em tratativas com a concessionária responsável pelo projeto da Transnordestina para captar investidores privados para o ramal em Pernambuco.

“Vamos seguir em busca de investimentos privados. Mas, se não tiver, o presidente Lula já tomou a decisão de incluir o trecho de Salgueiro até Suape no plano de investimentos federais para garantir que a obra ande com recursos públicos. Isso permite que Pernambuco seja inserido na estratégia de desenvolvimento do Nordeste”, ressaltou o ministro.

Outras obras - Durante o encontro também foram abordadas outras obras estruturadoras para Pernambuco, como a duplicação da BR-423, entre os municípios de São Caitano e Garanhuns, no Agreste, e a manutenção da BR-232 e da BR-104, principal eixo viário de escoamento do Polo de Confecções do Agreste, com fluxo médio de 17 mil veículos por dia. O Arco Metropolitano, corredor rodoviário que vai conectar a BR-408 à BR-101, também foi discutido na reunião.

“Com esse pacote de investimentos, acredito que Pernambuco vai avançar ainda mais, em parceria com o governo federal. Todo mundo fazendo a sua parte, a gente constrói um Brasil melhor”, finalizou Renan Filho.

Os secretários estaduais que participaram do encontro foram Túlio Vilaça (Casa Civil), Evandro Avelar (Mobilidade e Infraestrutura), José Wilson de Paula (Fazenda), Fabrício Marques (Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional), Diogo Bezerra (Projetos Estratégicos), Érika Lacet (Controladoria-Geral), Bianca Teixeira (Procuradoria-Geral), Guilherme Cavalcanti (Desenvolvimento Econômico), Rodolfo Costa Pinto (Comunicação) e Fernando Holanda (Assessoria Especial). O presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Rivaldo Filho; o presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), José de Anchieta dos Santos; o diretor de Infraestrutura Rodoviária do DNIT, Euclides Bandeira; e o superintendente regional do DNIT, Leandro Teixeira; também estiveram presentes. 

 

A concessionária Aeroportos Brasil, que assume nesta quarta-feira (14) a administração do Aeroporto Internacional de Viracopos por 30 anos, negocia com os governos federal e estadual a extensão de ramal ferroviário que transforme o aeroporto em ponto de passagem na rota São Paulo-Campinas, dentro dos dois maiores projetos do setor em andamento no Estado: o trem de alta velocidade (TAV) e o trem expresso paulista.

O projeto de integração ferroviária faz parte das obras de ampliação de Viracopos, que será o maior aeroporto do País, com capacidade para 80 milhões de passageiros por ano, ao fim da concessão. Sob o conceito de cidade aeroportuária - com hotéis, shopping e centro de convenções -, a primeira etapa da obra deve ser entregue até a Copa de 2014 e vai ampliar sua capacidade dos atuais 7,5 milhões de passageiros ao ano para 14 milhões de passageiros ao ano.

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"Tratamos as possibilidades de interligação com os dois maiores projetos ferroviários do Estado. Na rota de São Paulo a Jundiaí, o natural para atingir Campinas é seguir Jundiaí, Louveira e chegar a Campinas. Queremos construir um ramal que faça Jundiaí a Viracopos e Viracopos a Campinas ou Viracopos a Jundiaí. Queremos que essa seja a rota, seja recebendo e distribuindo para o trem de alta velocidade, seja recebendo e distribuindo para os trens regionais", afirmou o presidente da concessionária, João Santana.

Uma das propostas da concessionária é usar a Estação Cultura (antiga estação da Mogiana) - um dos pontos possíveis de chegada do TAV - como conexão direta para os passageiros.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pelo TAV na esfera federal, diz que a estação em Viracopos é certa. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos informa que o governo do Estado negocia com o federal o compartilhamento dos trilhos do TAV com o projeto do trem regional que ligará São Paulo a Campinas. A localização das estações, no entanto, ainda não está definida.

Prioridades

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Santana afirmou que, além do projeto do modal ferroviário, são prioridades para a concessionária a ampliação da pista auxiliar de Viracopos - para evitar que o aeroporto fique fechado em caso de acidente na pista principal, como aconteceu em outubro quando um cargueiro quebrou -, o término de construção da pista de taxiamento, a compra do equipamento para resgate de aeronaves quebradas, a aceleração das obras de construção do novo terminal e a criação de um duto ligando o aeroporto à Refinaria de Paulínia (Replan) para abastecer aviões.

A primeira etapa da obra está orçada em R$ 1,4 bilhão. Ao todo, serão investidos R$ 8,4 bilhões nas cinco fases de expansão. O novo terminal terá 110 mil metros quadrados de área total, edifício-garagem com três pisos e capacidade para 4,5 mil veículos (o atual suporta 2,1 mil) e 28 posições para estacionamento de aeronaves com pontes de embarque e desembarque (fingers), o que não existe hoje, além de sete posições remotas (com acesso aos aviões por ônibus). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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