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O primeiro-ministro da Irlanda, Enda Kenny, usou um discurso em rede nacional de televisão neste domingo para pedir aos eleitores que aprovem o pacto fiscal da União Europeia (UE) por larga maioria no referendo que acontecerá na quinta-feira desta semana, ou se arrisquem a mergulhar o país em uma crise parecida a que a Grécia enfrenta.

Pesquisas de opinião publicadas no sábado e neste domingo indicam que os eleitores irlandeses permanecem furiosos e frustrados com cinco anos de austeridade e que existem poucos sinais de que a economia melhorará em breve.

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O desemprego subiu para 14,3% e está nesse patamar desde 2008, quando o governo da Irlanda assumiu dívidas enormes dos bancos para salvar o sistema bancário do colapso.

Mas as pesquisas indicam que o novo tratado tende a ser aprovado pelo eleitorado, o qual teme que sem o apoio do resto da zona do euro a Irlanda possa enfrentar um turbilhão político e econômico na escala que a Grécia sofre no momento.

No discurso, Kenny repetiu o tema martelado durante o último mês: a aprovação do pacto fiscal da UE ajudará a "modesta" recuperação irlandesa da crise da dívida.

Kenny alertou que a rejeição impediria que a Irlanda tivesse acesso a mais empréstimos da zona do euro, se eles forem necessários quando o atual pacote de resgate ao país expirar no próximo ano.

"Na próxima quinta-feira, no referendo sobre o tratado de estabilidade europeu, vocês serão questionados a tomar uma decisão que terá implicações enormes para o futuro do nosso país", disse, instando os eleitores a votarem. O Reino Unido e a República Checa decidiram não aderir ao pacto em dezembro passado. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, disse neste domingo, durante discurso televisionado, que o referendo sobre o tratado de disciplina fiscal da União Europeia é uma grande oportunidade para os irlandeses mostrarem que acreditam no futuro do euro.

"Nesse referendo, temos uma oportunidade brilhante de dizer ao mundo que a Irlanda acredita no futuro do euro, que a Irlanda é crucial para o futuro da zona do euro, que a Irlanda está 100% com a Europa, e que juntos vamos construir um sistema que trará responsabilidade fiscal para governos e países em toda a zona do euro', disse.

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O referendo acontece no dia 31 de maio, mas o programa de austeridade exigido pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional em troca de ajuda à Irlanda pode gerar uma reação negativa na população, já que envolve regras fiscais mais rigorosas, segundo analistas.

Em discursos a membros de seu partido na sexta-feira e no sábado, Kenny detalhou os planos de campanha de seu governo. Um voto pelo sim sustentará a recuperação econômica, eliminará dúvidas quanto ao comprometimento da Irlanda com a zona do euro e ajudará o país a obter acesso novamente aos mercados internacionais de dívida. Um voto negativo, disse, eliminará a garantia de que o país poderá acessar no futuro o fundo permanente de ajuda da zona do euro, em caso de necessidade.

No final de 2010, a Irlanda fechou um acordo para receber 67,5 bilhões de euros em empréstimos internacionais. Mas a queda nos gastos dos consumidores tem pesado sobre a economia, enquanto a crise da dívida na zona do euro tem afetado as várias empresas do país voltadas à exportação. As informações são da Dow Jones.

Duas pesquisas de opinião sugerem que a maioria dos eleitores da Irlanda deve apoiar o tratado fiscal da União Europeia (UE) em referendo a ser realizado neste ano. Uma pesquisa publicada pelo jornal Sunday Independent mostrou que 37% dos eleitores pretendem votar "sim" e 26% devem votar "não", enquanto o restante ainda não tem certeza. Já uma pesquisa do jornal Sunday Business Post apresenta 44% dos votos a favor, 29% contra e o restante de indecisos. Ambas as consultas têm margem de erro de 3 pontos porcentuais.

Os levantamentos divulgados neste domingo são os primeiros desde que a Irlanda anunciou, na semana passada, que vai realizar um referendo para ratificar o pacto que visa a impor novas regras e limites de gastos públicos para países membros da zona do euro. A Irlanda é o único membro entre os 17 da zona do euro que está submetendo o tratado ao voto popular. O país ainda não anunciou a data do referendo. As informações são da Associated Press.

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O partido húngaro de extrema direita Jobbik defendeu hoje um referendo sobre a saída do país na União Europeia (UE). Durante discurso para membros da legenda, o presidente do partido, Gabor Vona, afirmou que a "Hungria tem que sair dessa união". O evento terminou com a queima de bandeiras da UE.

A União Europeia está ameaçando tomar medidas legais contra a Hungria por causa de uma série de novas leis - aprovadas pela maioria de dois terços do partido Fidesz, do primeiro-ministro Viktor Orban - que ameaça a independência do banco central húngaro, e a autoridade nacional judiciária e de proteção de dados.

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Vona disse a um público de cerca de 3 mil partidários que o Jobbik não concorda com as leis aprovadas pelo Fidesz e que a posição da UE era equivalente a uma "declaração de guerra" contra a Hungria. As informações são da Associated Press.

A Grécia não vai seguir adiante com o referendo sobre um segundo plano de ajuda financeira ao país, disse o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, enquanto o governo buscava trabalhar com o principal partido de oposição antes do voto de confiança marcado para hoje no Parlamento.

Em comunicado do Ministério das Finanças, Venizelos disse que informou ao chefe do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, ao comissário para Assuntos Econômicos e Monetários da União Europeia, Olli Rehn, e ao ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, sobre as mudanças políticas que ocorrem na Grécia.

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"Em vista do voto de confiança desta noite, Venizelos destacou que o objetivo é que o governo continue não só com o suporte dos deputados do Pasok (Partido Socialista), mas também tentar conseguir uma cooperação mais ampla, para o bem do país e para formar um governo com estas linhas", disse.

Ele acrescentou que a Grécia planeja apresentar sua política em uma reunião do Eurogrupo marcada para a próxima segunda-feira, necessária para garantir o desembolso da sexta parcela de ajuda de 8 bilhões de euros. As informações são da Dow Jones.

Surtiu efeito a pressão pública do presidente da França, Nicolas Sarkozy, e da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, às margens da cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo). Em pronunciamento feito ao Parlamento ontem, em Atenas, o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, anunciou um acordo de princípio para abandonar o referendo sobre o pacote de socorro de 130 bilhões de euros, aprovado em Bruxelas em 27 de outubro. Em lugar da consulta popular, uma votação no Legislativo vai confirmar o auxílio.

A decisão foi o apogeu de um novo dia de tensão entre líderes da União Europeia, reunidos em Cannes, e a administração grega. A insatisfação havia aumentado ao longo da madrugada, após o pronunciamento feito em Cannes por Sarkozy e Merkel, no qual deram um ultimato à Grécia: aceitar o pacote e ficar, ou abandonar a zona do euro.

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Nas primeiras horas da manhã, Papandreou enfrentou a rebelião dos principais nomes de seu gabinete, entre os quais o ministro da Economia, Evangelos Venizelos, contrários ao referendo. Ao mesmo tempo, surgiu a informação de que o Movimento Socialista Pan-helênico (Pasok) teria perdido a maioria, inviabilizando seu governo. A bancada estaria com menos de 152 parlamentares - do total de 300. A crise política provocou então uma reunião de urgência do gabinete.

Horas de costuras políticas se seguiram até que um acordo foi anunciado com o partido de centro-direita Nova Democracia para a aprovação do pacote de socorro em uma sessão de hoje do Parlamento. Em tese, 180 dos 300 deputados estariam dispostos a endossar o pacote.

Às 16h (13h em Brasília), Papandreou se dirigiu aos deputados, classificando a situação como "pesadelo". "Eu disse aos meus parceiros que, se nós tivermos um consenso político, se pudermos votar o programa de resgate, não serão necessárias outras soluções", afirmou o premiê. "Tínhamos um dilema: consenso ou referendo. Um fracasso no apoio ao pacote significaria o início de nossa partida do euro. Mas se há consenso, não precisamos de referendo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As bolsas europeias operam com leve alta na manhã de hoje, animadas pela decisão do primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, de desistir de um referendo sobre o pacote de resgate financeiro oferecido ao país. No entanto, ainda existe cautela entre os investidores, já que o premiê grego enfrentará hoje a votação de uma moção de confiança. Perto das 8 horas (horário de Brasília), Londres subia 0,66%, Paris avançava 0,23%, Frankfurt perdia 0,18% e Madrid tinha alta de 0,52%.

O otimismo também vai sendo contido pela espera dos resultados da cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), que termina hoje em Cannes, na França. Além disso, os investidores ficarão de olho no relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA.

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Ontem, após rumores de que renunciaria ao cargo, Papandreou decidiu descartar os planos para um referendo no fim deste ano. "As consequências da saga sobre o referendo grego aumentaram dramaticamente as chances de Papandreou não ganhar um voto de confiança hoje", afirmaram analistas do ING.

Já os indicadores divulgados no começo do dia não foram animadores. O índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro caiu para 46,5 em outubro, de 49,1 em setembro, abaixo da estimativa de 47,2. O resultado indica que a atividade no bloco monetário mergulhou ainda mais na recessão no mês passado. As informações são da Dow Jones.

O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, disse ser contra o polêmico plano do primeiro-ministro, George Papandreou, de realizar um referendo para decidir se o país deve continuar a fazer parte da zona do euro. "O lugar da Grécia no euro é uma conquista histórica do povo grego que não pode ser colocada em questão", afirmou Venizelos em um comunicado, depois de voltar da reunião G-20 (grupo das 20 maiores economias), em Cannes. "Isso não pode ser colocado na dependência de um referendo."

O comunicado representa mais um golpe para Papandreou, que enfrenta uma crescente revolta dentro do Partido Socialista por causa da proposta de referendo e será submetido amanhã a um voto de confiança no Parlamento. O combalido premiê surpreendeu seus próprios parlamentares nesta semana com a inesperada convocação de um referendo sobre o último pacote de ajuda ao país, de 130 bilhões de euros, acordado por líderes europeus em Bruxelas na semana passada.

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A movimentação é considerada uma aposta de alto risco destinada a reprimir as críticas da opinião pública contra a política de austeridade, mas corre o risco de comprometer os planos para a solução da crise da dívida da zona do euro.

Paciência

Reunidos em Cannes, na França, na noite de ontem, os líderes europeus deixaram claro que perderam a paciência com a Grécia, exigindo que o país declare se quer permanecer na união monetária ou se arriscar em uma secessão. Depois de uma tensa reunião com Papandreou, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, alertou que a Grécia não receberá nenhuma ajuda adicional até que a questão seja resolvida, ressoando a opinião da chanceler alemã, Angela Merkel, que também estava presente. "A Grécia quer continuar parte da zona do euro ou não?", disse Merkel. "Essa é a questão que o povo grego deve responder agora."

Na segunda-feira, um parlamentar socialista saiu do partido, dizendo que o referendo põe em risco a sobrevivência econômica da Grécia e levantando a preocupação de que Papandreou seja obrigado a convocar eleições antecipadas. Pelo menos cinco deputados, que permanecem no partido, manifestaram sua oposição ao referendo. O Partido Socialista grego (Pasok) tem 152 assentos no Parlamento e precisa de uma maioria de 151 para sobreviver ao voto de confiança ou aprovar o referendo.

Segundo analistas, o governo pode sobreviver ao voto de confiança, mas a dissidência no partido significa que ele pode não ter votos suficientes para realizar o referendo. As informações são da Dow Jones.

Na véspera da abertura da reunião de cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), a Europa deu ontem um ultimato à Grécia. Dois dias depois de o primeiro-ministro do país, George Papandreou, anunciar de forma surpreendente um referendo sobre a adoção do plano de socorro negociado em Bruxelas, líderes europeus impuseram três condições para aceitar a medida: a obtenção de um voto de confiança do Parlamento de Atenas amanhã, a realização da consulta popular no menor prazo possível e a adoção de uma questão direta sobre se a população quer ou não seguir integrando a zona do euro.

O ultimato foi feito na noite de ontem, em Cannes, durante uma reunião pré-cúpula do G-20. Estavam presentes a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e os presideGréntes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, Herman Van Rompuy e José Manuel Durão Barroso, além de Papandreou.

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Em outras palavras, os representantes europeus advertiram Papandreou que ou a Grécia diz "sim" à permanência na zona do euro e adota o plano de socorro aprovado por 17 países, ou diz "não" e abandona a moeda única por livre vontade.

Corte da dívida

O programa de auxílio negociado na madrugada de 27 de outubro prevê um novo programa de financiamento de 145 bilhões de euros e o corte da dívida da Grécia em 50% - equivalente a cerca de 100 bilhões de euros, segundo dados de Bruxelas. O desconto, que teria a anuência do Instituto Internacional de Finanças (IIF), órgão que representa 400 bancos, seguradoras e fundos de investimentos, reduziria a dívida do país de 160% para 120% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Essas medidas foram aprovadas por Papandreou na reunião da semana passada, antes que o premiê mudasse de ideia e decidisse convocar o referendo.

Nos corredores do Palácio dos Festivais, onde o G-20 será realizado a partir de hoje, a reportagem apurou que a reunião entre os líderes europeus e Papandreou tinha como objetivo impor a questão que será avaliada pelos gregos. "A ideia é colocar a Grécia frente às suas responsabilidades", disse um diplomata da França, que pediu para não ser identificado. Nesse caso, uma vitória do "não" no referendo representaria o abandono da moeda única. "Se houver uma saída da zona do euro, é preciso que seja voluntária. A comunidade internacional não deve entender a decisão como uma exclusão." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O porta-voz do primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, disse que ele contou aos países da União Europeia sua intenção de realizar um referendo sobre a aceitação do segundo pacote de resgate internacional. "Ele os informou sobre suas intenções", disse Ilias Mossialis em uma entrevista para a rádio Vima, embora tenha admitido que Papandreou não estabeleceu uma data para o anúncio do referendo, alegando que isso era confidencial. Diversos líderes europeus criticaram a Grécia por não terem sido informados antes do plano sobre o referendo. As informações são da Dow Jones.

O euro ampliou as perdas registradas ontem e atingiu mínima na sessão ante o dólar, à medida que os participantes do mercado reagem negativamente à notícia de um referendo surpresa na Grécia sobre o segundo pacote de socorro ao país, poucos dias após os líderes da zona do euro fecharem um acordo para lidar com a crise da dívida da região.

Algumas autoridades gregas acreditam que uma derrota no referendo poderia enviar o país para fora da zona euro. Mais cedo, o euro caiu para uma mínima de US$ 1,3649 e para 0,8565 libra, após os investidores retirarem suas apostas arriscadas.

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As moedas emergentes da Europa foram ainda mais atingidas, com o Zloty polonês entrando no território de intervenção (o euro atingiu a cotação de 4,45 Zlotys. Já o Florim húngaro caiu em torno de 1% em relação à moeda comum.

Sinais sobre uma desaceleração do crescimento econômico na China somaram-se ao cenário negativo. O índice dos Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) oficial da China caiu para 50,4 em outubro, comparado aos 51,2 em setembro, segundo a Federação de Logística e Compra da China (CFLP, na sigla em inglês).

O Banco Central da Austrália também cortou a taxa de juros, provocando queda do dólar australiano. Às 10h20 (pelo horário de Brasília), o euro operava em US$ 1,3686, de US$ 1,3858 de ontem no final do dia em Nova York. O dólar era negociado a 78,20 ienes, de 78,17 ienes. O euro estava em 107 ienes, de 108,34 ienes. A libra operava em US$ 1,5928, de US$ 1,6082. As informações são da Dow Jones.

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