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A Fifa vai dar cerca de US$ 100 milhões para projetos de desenvolvimento do futebol no Brasil. Esse pacote será canalizado pela CBF justamente para as federações estaduais que não receberam jogos da Copa do Mundo. Os recursos serão usados para construir campos de futebol, doar equipamentos esportivos e mesmo para questões médicas.

Um valor exato, proveniente das receitas do Mundial no Brasil, ainda não é conhecido. Mas, em 2013, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, avaliou que o pacote seria de R$ 220 milhões, um valor similar ao que a África do Sul recebeu após a Copa de 2010.

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A CBF já decidiu que o dinheiro irá para os Estados que não receberam jogos da Copa. No dia 6 de julho, por exemplo, o primeiro projeto será inaugurado com um campo em Belém, cidade que ficou de fora da programação do Mundial.

O presidente da CBF, José Maria Marin, rejeitou que a distribuição do dinheiro tenha qualquer conotação política. Mas, durante a coletiva de imprensa nesta quarta-feira no Maracanã, ele foi bombardeado por questões da imprensa estrangeira e nacional sobre gastos excessivos e suspeitas de corrupção no futebol brasileiro.

O cartola foi questionado sobre o motivo pelo qual a CBF, apesar de milionária, jamais investiu no desenvolvimento do futebol de base em zonas pobres do País. Ele preferiu defender a construção de uma nova sede da CBF no Rio, que custou R$ 80 milhões, e insistiu que os gastos são para garantir que seus funcionários tenham "as melhores condições de trabalho".

Ele também justificou os gastos da CBF na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), apontando para o "conforto" que o local oferece para os jornalistas. "Sem dúvida, foi uma belíssima aplicação de investimento", explicou. "Nunca houve condições de trabalho como nesta Copa. Posso garantir isso."

Questionado sobre o que tem feito pelo desenvolvimento do futebol brasileiro, Marin listou as conquistas da sua administração. "Em dois anos, inauguramos a Granja, o novo prédio da CBF, ganhamos a Copa das Confederações e se alguém tiver alguma denúncia, vamos apurar com todo o rigor", disse.

Quando perguntado sobre o motivo pelo qual a CBF não usou seu próprio dinheiro para desenvolver a estrutura do futebol pelo País, Marin citou o investimento que faz nas séries C e D do Campeonato Brasileiro e respondeu ao repórter que "agradecia" a sugestão e que iria "considerar" a proposta. "As séries C e D são totalmente subsidiadas. Pagamos transporte, hotel e bolas", contou.

Marin foi até mesmo obrigado a sair em defesa de seu antecessor, Ricardo Teixeira. "Nunca teci comentários sobre outro cidadão e não cabe a mim julgar. O doutor Ricardo Teixeira foi um vencedor, conquistou títulos para o Brasil e analiso sua conduta apenas como dirigente", respondeu.

CONTROLE - Apesar de o dinheiro ser destinado a locais indicados pela CBF, a Fifa garante que a entidade brasileira não terá um cheque em branco. Uma auditoria internacional será realizada e a decisão da liberação do dinheiro será tomada em Zurique.

Isso seria resultado da experiência da Fifa com o fundo que criou para a África do Sul e que foi alvo de sérias polêmicas. Uma das denúncias é de que parte do dinheiro foi usado para comprar carros para os cartolas locais.

Thierry Regenass, responsável da Fifa pelo fundo, admitiu que a estrutura do novo fundo será "diferente" no caso do Brasil. "Vamos acompanhar de perto", avisou. Segundo ele, os projetos serão implementados pela CBF, mas com controle da Fifa e com a fiscalização da KPMG. Os recursos ficarão depositados em uma conta e liberados dependendo do projeto.

Por enquanto, US$ 20 milhões já foram enviados ao Brasil e a Fifa ainda espera que o dinheiro seja usado para torneios locais e o desenvolvimento do futebol feminino.

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, disse nesta terça-feira que saiu otimista da reunião que teve no Palácio do Planalto com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, para tratar do aumento de 2 pontos porcentuais na fatia da arrecadação destinada ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Segundo Ziulkoski, no entanto, o governo não se comprometeu com nenhum porcentual, mas manteve as portas abertas para o diálogo - uma nova reunião deverá ocorrer na próxima semana.

"Não houve compromisso nenhum em porcentual em valores, continuam os nossos estudos para ver o impacto (disso), mas o processo está andando e estou muito confiante", disse Ziulkoski a jornalistas, após a reunião. "Ainda há possibilidade de se conseguir alguns patamares, mas não houve compromisso do governo."

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Na quinta-feira, 15, a presidente Dilma Rousseff recebeu cinco prefeitos e o presidente da CNM, que pediram um aumento de 2 pontos porcentuais na arrecadação destinada ao FPM. A CNM também pede a redistribuição dos royalties do petróleo, a compensação e reposição das perdas por desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o reajuste dos valores destinados a programas federais, como a manutenção de creches e o pagamento de profissionais de saúde.

"Queremos a atualização (dos repasses do governo) pela inflação dos anos em que os programas foram criados. Por exemplo, pega o programa Saúde da Família, que tem 34 mil equipes no Brasil hoje, a média que é repassada é de R$ 7 mil a R$ 10 mil por mês, mas o programa custa R$ 40 mil por mês. O município tem de tirar R$ 32 mil para complementar", observou Ziulkoski. "Por isso que os programas não andam às vezes."

O município de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, será beneficiado com R$ 4,6 milhões através do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), anunciado pelo governador Eduardo Campos, em Surubim (PE).

A verba deve ser utilizada para pavimentação de vias urbanas, reforma e ampliação de praças, calçamento, saneamento ambiental e drenagem. A prefeitura informou que, neste segunda etapa, serão contemplados os bairros Luiz Gonzaga, José Carlos de Oliveira, Antônio Liberato e Maria Auxiliadora.

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A cidade já recebeu a primeira etapa do FEM, também no valor de R$ 4,6 milhões. De acordo com a assessoria, o dinheiro foi utilizado para obras nas zona urbana:

Binários da Av. Manoel de Abreu e Rua Major João Coelho (Rendeiras); Reforma e ampliação das Praças Pedro de Souza e Praça do Convento; Calçamento em ruas dos bairros São João da Escócia, Pinheirópolis, Divinópolis, Cidade Jardim, Parque Real, Universitário, Salgado, Vila Kennedy, Maria Auxiliadora e Santa Rosa; Saneamento ambiental no bairro Maria Auxiliadora e Serviço de drenagem no Parque do São Francisco.

Brasília - O Ministério da Educação (MEC) divulgou hoje (23) os valores que serão repassados em 2014 para manutenção de unidades públicas de educação infantil que ficaram fora do censo escolar e que, por isso, ainda não podem, legalmente, receber os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Os valores estão definidos na portaria publicada hoje (23) no Diário Oficial da União. O valor anual a ser repassado a municípios e ao Distrito Federal passa a ser de R$ 2.629,27 por aluno de creche pública em período integral; R$ 1.618,01 por aluno de creche pública em período parcial; R$ 2.629,27 por aluno de pré-escola pública em período integral e R$ 2.022,51 por aluno de pré-escola pública em período parcial.

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Antes de abril de 2013, até que as escolas fossem incluídas no censo tinham de usar recursos próprios para manutenção de novas turmas. A iniciativa é consequência do lançamento do Programa Brasil Carinhoso, que integra o Plano Brasil sem Miséria, com meta de beneficiar 2 milhões de famílias com crianças até 6 anos.

Segundo o MEC, com o repasse, os municípios e o Distrito Federal terão condições de iniciar as atividades com recursos recebidos diretamente do governo federal para pagar salários e atender a outras despesas, até que passem a ser contemplados pelo Fundeb.

 

Nesta terça-feira (1º), estão disponíveis nas contas correntes das cidades, estados e do Distrito Federal, a quantia de R$ 364,3 milhões. O valor é referente ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e ao Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate). De acordo com o Ministério da Educação (MEC), na última sexta-feira (27), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) depositou R$ 320 milhões para a alimentação escolar de alunos da rede pública e R$ 44,32 milhões para o transporte de estudantes residentes em áreas rurais.

O orçamento do Pnae para este ano é de R$ 3,5 bilhões, que vão veneficiar 44 milhões de estudantes da educação básica. Por meio de 10 parcelas mensais o montante é repassado, atendendo 200 dias letivos do ano. Segundo o MEC, o recurso deve ser utilizado na compra de alimentos para a merenda escolar.

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Já o repasse do Pnate é diferente. Ele é realizado em nove parcelas, entre os meses de março e novembro. Estados e cidades com estudantes da educação básica residentes na zona rural recebem a quantia, por meio de uma transferência automática, sem a necessidade de convênio. De acordo com o MEC, o montante é utilizado no custeio de despesas diversas, tais como consertos mecânicos, compra de combustível ou terceirização do serviço de transporte escolar. Ainda segundo o Ministério, R$ 644 milhões é o orçamento para este ano.

O repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) referente ao 1º decêndio do mês foi repassado nessa segunda-feira (10), aos Municípios brasileiros. O valor já descontado a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) foi de R$ 2.493.364.308,26. Em valores brutos, incluindo a retenção do Fundeb, o montante corresponde a R$3.116.705.385,33.

Segundo o levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), os valores repassados desta vez 11% maior do que o mesmo mês de 2012, em valores deflacionados.

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Com esse resultado, o Fundo acumula no ano praticamente o mesmo valor, em termos reais, que o registrado em igual período do ano passado

A Prefeitura do Rio de Janeiro voltou atrás e decidiu manter o repasse de R$ 8 milhões à Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira, 2, no gabinete do prefeito Eduardo Paes, com a presença do superintendente da OSB, Ricardo Levisky, e outros dois conselheiros, ficou acertado que a parceria entre a prefeitura e a Sinfônica, que já durava 20 anos, será mantida. Durante a reunião, ficou acertado também que o secretário municipal de Cultura, Sérgio Sá Leitão, passa a integrar o conselho da OSB.

O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada, afirmou neste sábado (9) que o varejo deve fazer repasses da desoneração da cesta básica aos produtos. Segundo ele, o porcentual das reduções de preços irá depender da metodologia de cada agente. "Com certeza, haverá repasses", disse em entrevista ao Broadcast. "Com a decisão, a pressão sobre os preços deve diminuir."

Yamada contou que a desoneração e a ampliação dos produtos da cesta básica, anunciadas na sexta-feira à noite pela presidente Dilma Rousseff, já tinham sido solicitadas ao governo pelo setor há mais de um ano. O segmento enxergava a necessidade de baratear produtos com índice de penetração de mais de 90% no consumo das famílias, o que também inclui itens de higiene pessoal, que passaram a fazer parte da cesta.

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Dessa forma, o anúncio atende ao pedido dos varejistas, que veem a possibilidade de crescimento nas vendas. O presidente da Abras acredita que o fim da taxação permitirá o aumento no consumo ou a sobra de mais recursos nas mãos das famílias.

Conforme Yamada, as projeções sobre o impacto na receita do setor ainda estão sendo feitas e devem ficar prontas entre segunda e terça-feira.

Yamada se reunirá com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta segunda-feira (11), às 16h, em Brasília. O encontro havia sido marcado, primeiramente, para a sexta-feira (8/3), dia do anúncio da desoneração da cesta básica feito pela presidente Dilma Roussef. Mas, acabou remarcado para o início da semana.

Além da Abras, comparecerão representantes da Associação Paulista de Supermercados (Apas) e das grandes redes que operam no Brasil, como Pão de Açúcar, Carrefour e WalMart, pelo lado do varejo.

Representantes dos frigoríficos também devem participar do encontro. Conforme Yamada, a carne era um item que estava muito onerado e, por isso, registrava queda nas vendas.

O governo federal vai manter o repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) neste ano e, na quinta-feira (10), deve entregar quase R$ 4 bilhões aos 26 Estados e ao Distrito Federal (DF), seguindo as regras julgadas ilegais pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Já havia no governo a definição de que os repasses deveriam ser feitos, como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, mas apenas nesta segunda-feira a queda de braço com o STF foi vencida.

Nesta segunda-feira, o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, e o advogado-geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, se reuniram com o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, para defender que os repasses neste ano devem continuar. Segundo o STF, os critérios de repartição do FPE são inconstitucionais. A rigor, o FPE teve suas regras extintas em 31 de dezembro de 2012, segundo o STF, mas a União se baseia em parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) para continuar transferindo o dinheiro.

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Segundo o TCU, os critérios permanecem os mesmos até que o Congresso Nacional defina novas regras. Os parlamentares tiveram 35 meses, entre a decisão do STF (em fevereiro de 2010) e o fim do prazo dado pela Corte, para criar novas regras para o FPE, e nada fizeram. O confronto entre o Supremo e o Congresso se acirrou com a entrada do governo federal.

Nesta segunda, em reunião de apenas 35 minutos no gabinete de Joaquim Barbosa no STF, os integrantes do governo defenderam as transferências aos Estados neste ano. Foram apresentados dois motivos. O primeiro, mais imediato, aponta que este primeiro pagamento, que será feito na quinta-feira, refere-se ao dinheiro arrecadado ainda em 2012, quando as regras do FPE ainda eram legais, segundo o entendimento do STF. O fundo é formado com 21,5% dos recursos arrecadados com o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Em segundo lugar, Nelson Barbosa e Luís Inácio Adams afirmaram que o prognóstico do TCU, assinado pelo ministro Walton Rodrigues em novembro do ano passado, não foi contestado judicialmente e, portanto, pode ser usado pela União para justificar os repasses a partir de fevereiro.

"Nossa vinda aqui foi apenas para trazer a ele o conhecimento da realidade econômico-fiscal desses Estados e a nossa preocupação sobre o tema. Não foi nenhum pedido de flexibilização. Não fizemos nenhum pedido porque a decisão já foi tomada e transitou em julgado", disse Adams, referindo-se a uma decisão de 2010 do STF que determinou mudanças nos critérios de rateio. "Do ponto de vista do Supremo, o assunto está de fato encerrado."

O ministro interino da Fazenda destacou o fato de que vários Estados têm no FPE uma parcela importante de sua receita e a relevância econômica do problema. "Esse assunto está na lista de prioridades do governo para a pauta legislativa de 2013 e esperamos que essa nova proposta seja aprovada ao longo do primeiro trimestre junto com as demais iniciativas federativas que o governo submeteu ao Congresso, que incluem uma reforma do ICMS e uma redução da dívida dos Estados e municípios", afirmou.

O FPE é repartido pelo Tesouro aos Estados anualmente desde 1966, e, no ano passado, atingiu quase R$ 47 bilhões. Desde então, 85% do dinheiro fica com Norte, Nordeste e Centro-Oeste e o restante com Sul e Sudeste. Os recursos são repartidos seguindo o tamanho territorial e a população. Para seis Estados (Acre, Amapá, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins), o FPE representa quase 70% de todo o orçamento anual, e para outros quatro (Maranhão, Pará, Paraíba e Sergipe), o dinheiro do fundo atinge quase metade de todas as receitas.

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