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puerpério é o período de 40 dias que a mulher deve ter de resguardo após o parto. Este momento de recuperação é marcado por uma série de sentimentos e emoções e é a fase para que a nova mãe possa se adaptar às demandas da vida materna. Mas, em meio à quarentena por conta da pandemia de coronavírus, os desafios desse momento tornam-se ainda mais persistentes.

"As alterações hormonais comuns dessa fase podem intensificar ainda mais todos os sentimentos vividos no pós-parto, como a tristeza materna, conhecida como babyblues, que geralmente não é bem compreendida, visto que a sociedade implica que a mãe deve se sentir feliz com a vinda do bebê", comenta a psicóloga e sexóloga Valquíria de Oliveira.

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A professora Maíra Frazão Guimarães, 39 anos, enfrentou este momento no início da pandemia, com o nascimento da filha Laura, em março deste ano. "No primeiro mês foi super difícil. Achei que os números de mortes fossem cair, mas é uma loucura a cabeça no puerpério. É cada sentimento confuso. E esse foi mais ainda, porque tive o bebê por cesárea, sendo que já tinha tido um por parto normal. De primeira, fiquei muito deprimida", conta.

Na recuperação, Maíra não recebeu visitas. Os primeiros dias pós-parto, em casa, foram marcados pela alternância de sentimentos. "A mudança de humor é constante. A tristeza e alegria são antagônicas e irmãs siamesas. Vivem alimentando uma a outra diariamente. Estava feliz pela saúde do bebê, pela alegria der vê-la crescer. Porém, o fim da barriga, o exaustivo cuidado com a criança e a morte de minhas vontades individuais martelavam minha cabeça, porque tudo fica em segundo plano", lembra Maíra.

A psicóloga Valquíria afirma que o apoio e a compreensão do companheiro ou de familiares pode ajudar na organização mental dessa mistura de sensações, que são normais e passageiras, permitindo que essa fase seja enfrentada com facilidade. "Com as limitações do momento, as amigas são pessoas cruciais. Invista em ligações de vídeo, se disponibilizando a ouvir suas queixas e oferecendo sugestões para ajudá-la com suas dúvidas", orienta. "O puerpério é um período de grandes transformações, mas como qualquer outro momento, é passageiro, por isso é imprescindível que o casal não se cobre tanto", finaliza.

 

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Uma candidata foi fazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com seu filho de apenas 23 dias de vida. Gleise Ricaline, de 26 anos, levou nos braços o bebê Anthoni Ricaline, porque não tinha com quem deixar o garotinho. A estudante faz as provas na manhã deste sábado (26), na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no Centro do Recife.

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“Estou de resguardo e não tinha ninguém para ficar com ele. Minha mãe veio comigo e vai me ajudar enquanto faço a prova. Já sou estudante de educação física, mas, quero agora passar no mesmo curso em uma universidade pública”, disse Gleise.

De acordo com a ela, o fato de ter o filho ao lado na hora das provas não atrapalha em nada. “Não vai me atrapalhar. Tenho certeza”. O bebê, enquanto a mãe se apressava para fazer as provas, dormia tranquilamente.

 

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