Tópicos | Responsabilidade Social

O termo Responsabilidade Social tem sido bastante utilizado nos últimos anos. Mais que isso, o atual cenário mundial traz inúmeras transformações de ordem econômica, política, cultural e social e é devido a essas mudanças que as relações entre as empresas e o mercado – ou a sociedade – precisam estar sempre em adaptação.

Apesar de ter seus primeiros registros na década de 50, foi apenas na década de 70 que o assunto passou a ser estudado pela American Accouting Association e American Institute of Certified Public Accountants. Ademais, foi a partir deste marco que a Responsabilidade Social passou a ser decisiva para o desenvolvimento das empresas. Podemos afirmar – sem dúvidas – que a junção dos esforços de empresas e sociedade passou a ser resultante no desenvolvimento social e na contribuição para uma sociedade mais justa.

Para as empresas, as ações de Responsabilidade Social estão diretamente ligadas à retribuição a sociedade daquilo que tem sido obtido pela mesma. Neste caso, a Responsabilidade Social Empresarial é a forma de gestão ética e transparente que as organizações têm com o seu coletivo, de modo a minimizar os possíveis impactos negativos no meio ambiente e na comunidade. Essa retribuição é feita, na grande maioria das vezes, através de ações que beneficiam a sociedade nos âmbitos da educação, meio-ambiente, saúde e projetos sociais.

Atuar com Responsabilidade Social ainda é um desafio para muitas empresas. Contudo, esse desafio torna-se muito simples quando existe o conhecimento da realidade que cerca a empresa. O conhecimento da comunidade, das dificuldades vividas pelos moradores da região e das necessidades da população. Através dessas informações é possível assegurar a inserção social e a melhoria da qualidade de vida das pessoas, sempre respeitando a diversidade que faz parte de qualquer país.

Faz-se necessário compreender que a responsabilidade social não deve ser encarada como uma estratégia de divulgação para as empresas. Ter responsabilidade social, através de projetos que incentivam a geração de renda e oportunidade de trabalho, é trazer benefícios mútuos entre a empresa e a comunidade, melhorando tanto a qualidade de vida dos funcionários, quanto a atuação da empresa e da própria população.

Portanto, prezados leitores, quando uma empresa dá especial atenção à educação para a qualificação profissional ou para a garantia dos direitos da criança e do adolescente, está fazendo sua parte como contribuição para o desenvolvimento do nosso país. E o reconhecimento pelas boas práticas de responsabilidade social, além da sustentabilidade econômico-financeira e ambiental, é fundamental para toda e qualquer empresa.

Encerrando os eventos em comemoração aos 700 dias para a Copa do Mundo no Brasil, a Secretaria Extraordinária da Copa em Pernambuco (Secopa-PE) realizou uma palestra com o tema "Futebol e Responsabilidade Social". O evento ocorreu na noite desta quinta-feira (12), em um hotel no bairro de Boa Viagem, e contou com a presença de especialistas em esportes e ações no terceiro setor.

Os palestrantes do evento foram o argentino Andrés Thompson, diretor executivo da Street Football World Brazil; e Vilde Menezes - coordenador do curso de educação física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e presidente da Associação Brasileira de Gestão do Esporte (ABraGEsp). Estiveram presentes também o diretor-fundador da Love.fútbol, Manoel Silva, além do Secretário-Executivo de Relações Institucionais da Secopa-PE, Gilberto Pimentel.

##RECOMENDA##

Relacionando a Copa com o tema em questão, Vilde fez uma análise sobre as dificuldades enfrentadas para incentivar a responsabilidade social, reforçando em seguida que os projetos voltados para esta área são fundamentais. “Acredito que o mundial pode ser uma estratégia de desenvolvimento social e econômico. Estamos no caminho certo, mas precisamos ser mais rápidos”, comentou. “Uma iniciativa interessante seria a requalificação de espaços e prédios públicos que estão subutilizados. Penso que seria importante o esforço do governo para explorar essas possibilidades”, complementou.

Andrés Thompson lembrou a Copa da África e projetou um futuro diferente para o Brasil. “O legado do Mundial da África foi muito pequeno. É interessante o trabalho para que aqui o investimento social seja maior. Acreditamos que a Copa e os jogos do Rio são uma grande oportunidade de avançar no campo do direito ao esporte”, disse.

Sobre a participação dos clubes de futebol nesse campo, Andrés afirmou que existe uma carência e citou exemplos europeus. “Existe um espaço enorme nos clubes para construir programas sociais. É possível listar como referência o Barcelona, da Espanha, e o Chelsea, da Inglaterra, que tem ótimas iniciativas”, explicou. Sobre a Lei de Incentivo ao Esporte, Thompson também comentou que é necessário ampliar o debate. “A Lei está se limitando à questão financeira, do financiamento, mas tem muitas fatores além disso. É preciso que ela seja rediscutida e a oportunidade é agora com esses eventos: Copa das Confederações, Mundial e Olimpíadas. É importante utilizá-la como ferramenta”, analisou.

Ao final do evento, Gilberto Pimentel avaliou a palestra. “Acredito que foi super positiva. Conseguimos puxar uma discussão que ainda não tinha corpo, consequentemente ampliando os horizontes, o foco”. O gestor fez um paralelo entre a região da Arena Pernambuco, que será a primeira cidade inteligente do Brasil, com o debate desta sexta-feira. “É possível relacionar a responsabilidade social com a cidade da Copa. Não queremos apenas que o local seja um ponto de convergência, mas sim que tudo que ele ofereça seja aplicado em outras localidades, sirva de exemplo. Costumo dizer que cidade inteligente só existe quando as pessoas sabem usar tudo o que ela oferece”, pontuou.

Nem só de busca por lucro vive o mundo empresarial. As empresas estão cada vez mais preocupadas em desenvolver projetos de responsabilidade social e empenhadas em estimular funcionários e fornecedores para participar das ações.

É o caso da Central de Óculos, no Recife, que promove o projeto Olhos do Futuro, em parceria com a Fundação Altino Ventura e o Instituto Varilux da Visão. O programa prevê a doação de um óculos (armação e lentes) por dia. A escolha do beneficiado é feita pela equipe do Altino Ventura, que faz o atendimento oftalmológico e seleciona a criança de baixa renda. A doação do material fica por conta das outras duas entidades envolvidas. “Não estamos preocupados só com o lucro. Fazemos o possível para firmar parcerias e realizar essa ação. Claro que  o trabalho traz credibilidade para a marca, faz com que a sociedade respeite a empresa, mas isso não é o mais importante, não é o que nos move”, diz o proprietário Laércio Gomes de Lima.

O projeto foi iniciado em agosto de 2003 e já atendeu quase três mil crianças nesse período. O programa também envolve os funcionários. “Fazemos um trabalho de conscientização com os profissionais da empresa e os fornecedores, para que eles participem dessa obra e possam fazer a diferença também n a cidade”, conta.

Já a GG Delícias da Terra, em Paulista, faz a festa da garotada todos os sábados, com lanches para cerca de 40 crianças do bairro de Jardim Velho. “Elas participam de atividades artísticas e esportivas e, no final, entregamos o lanche. Não importa se o negócio é pequeno. Cada um pode fazer a sua parte e promover o bem para a sociedade”, declara Maria Antônia da Silva.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando