Tópicos | Ricardo Noblat

Neste sábado (28) o Twitter amanheceu movimentado. Com a Tag “Noblat na Cadeia” os seguidores do presidente Jair Bolsonaro pediram a prisão do colunista Ricardo Noblat, que mantém um blog com opiniões pessoais, por um Tweet em sua página na noite da última sexta (27).

Na publicação Noblat escreveu a seguinte frase “Do jeito que vão as coisas, cuide-se Bolsonaro para que não apareça outro louco como o Adélio”. Em resposta ao colunista o Presidente Bolsonaro fez o seguinte tweet “- Que Deus lhe dê em dobro tudo aquilo que deseja para mim. Amém!”. A resposta foi suficiente para a tag ficar entre os assuntos mais comentados da rede social.

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O jornalista Ricardo Noblat, da revista Veja, informou nesta sexta-feira (5) através de seu perfil oficial no Twitter que o site The Intercept tem cerca de dois mil áudios envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

O site começou a fazer divulgações no último dia 9 de junho de troca de mensagens comprometedoras atribuídas a Moro e procuradores da operação Lava Jato, enquanto o ministro ainda era juiz federal.

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“Só áudios são cerca de 2 mil. Essa informação acabo de apurar”, escreveu Ricardo Noblat, que ainda acrescentou que o jornal Folha de S. Paulo deve divulgar neste final de semana novas conversas do ministro.

Após as polêmicas, Sergio Moro já compareceu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e da Câmara Federal para prestar esclarecimentos aos parlamentares e assegurar a normalidade das conversas vazadas.

Em texto publicado no seu blog, o jornalista Ricardo Noblat revela que o presidente da República, Michel Temer, estaria "pronto para anunciar sua renúncia ao cargo e deverá fazê-lo ainda hoje". 

Segundo Noblat, o pronunciamento de Temer, previsto para 16h, será adiado. O presidente teria conversado com alguns ministros e já informado sua decisão ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). 

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O movimento do Governo seria este: baseado na Constituição, convocar o Congresso para que Maia - substituto direto - seja eleito o novo presidente do país até o fim do próximo ano. 

Na próxima quarta-feira (16) e quinta (17), a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC) promove audiências públicas para ouvir depoimentos de sete jornalistas pernambucanos que vivenciaram o período da ditadura no Brasil. A proposta é discutir os fatos importantes ocorridos que mostrem a atuação de cada profissional à época da repressão de 1964 a 1985.

No primeiro dia serão ouvidos o chargista Antônio Clériston de Andrade, além dos jornalistas Jodeval Duarte, Ricardo Leitão e Ricardo Noblat. No segundo dia de audiência serão colhidos os relatos de Helena Beltrão, Ivan Maurício Monteiro e Laílson de Holanda Cavalcanti. Cada jornalista terá a oportunidade de falar durante a sessão pública e, no momento seguinte, responder aos questionamentos dos membros da CEMVDHC.

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Depoimentos de jornalistas que trabalharam durante a ditadura no Brasil

Fundação Joaquim Nabuco (Sala Calouste Gulbenkian - Av. 17 de Agosto, 2187 - Casa Forte)

Quarta-feira (16) e terça-feira (17) | 9h

Acusado pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (TSE) Joaquim Barbosa de ter cometido racismo, difamação e injúria (esta, qualificada pelo uso de elementos referentes à raça) em um artigo publicado em 19 de agosto de 2013, o colunista Ricardo Noblat, do jornal "O Globo", foi considerado inocente pela Justiça Federal.

A denúncia, proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) a partir de uma representação criminal apresentada por Barbosa, foi rejeitada pelo juiz federal Elder Fernandes Luciano, da 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, em decisão tomada no dia 11 de setembro. Ainda cabe recurso, mas o MPF decidiu aceitar a decisão.

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O artigo, intitulado "Quem o ministro Joaquim Barbosa pensa que é?", foi publicado quatro dias depois que Barbosa, durante sessão de julgamento do Mensalão, acusou o colega Ricardo Lewandowski de fazer "chicana".

Noblat escreve: "Que poderes (Barbosa) acredita dispor só por estar sentado na cadeira de presidente do Supremo Tribunal Federal? (...) Ora, se foi honesto e agiu orientado unicamente por sua consciência, nada mais fez do que deveria. A maioria dos brasileiros o admira por isso. Mas é só, ministro".

O colunista afirma que ser admirado "não autoriza ninguém a tratar mal seus semelhantes, a debochar deles, a humilhá-los, a agir como se efêmera superioridade que o cargo lhe confere não fosse de fato efêmera".

Ao citar a autoridade, Noblat escreve: "Joaquim faz questão de exercê-la na fronteira do autoritarismo. E, por causa disso, vez por outra derrapa e ultrapassa a fronteira, provocando barulho. (...) Não é uma questão de maus modos. Ou da educação que o berço lhe negou, pois não lhe negou. No caso dele, tem a ver com o entendimento jurássico de que para fazer justiça não se pode fazer qualquer concessão à afabilidade".

Na sequência, o colunista se refere ao fato de Barbosa ser negro. "Para entender melhor Joaquim acrescenta-se a cor - sua cor. Há negros que padecem do complexo de inferioridade. Outros assumem uma postura radicalmente oposta para enfrentar a discriminação. Joaquim é assim se lhe parece. Sua promoção a ministro do STF em nada serviu para suavizar-lhe a soberba. Pelo contrário. Joaquim foi descoberto por um caça-talentos de Lula incumbido de caçar um jurista talentoso e... negro. (...) Quando Lula bateu o martelo em torno do nome dele, falou meio de brincadeira, meio a sério: Não vá sair por aí dizendo que deve sua promoção aos seus vastos conhecimentos. Você deve à sua cor".

Noblat encerra o texto fazendo uma recomendação ao jurista: "Julgue e deixe os outros julgarem."

Após receber a representação de Barbosa, o MPF, representado pela procuradora da República Lilian Guilhon Dore, apresentou denúncia contra o jornalista. A defesa de Noblat afirmou que o texto não é ofensivo à honra de quem quer que fosse e tampouco indutivo da prática de racismo.

Na sentença, o juiz afirma que "questionar os poderes de uma autoridade pública não deve ser considerado uma afronta. (...) A crítica à autoridade pública (...) tornou-se algo não somente possível, mas necessário. (...) A emitente tarefa de julgar não deve estar desatrelada da atenção e de críticas (construtivas) para o bem desempenho da função. A atenção e a crítica serão maiores se maior for a responsabilidade do detentor do cargo".

A "possibilidade de crítica é uma das facetas da liberdade de expressão, previsto no art. 5º, IX, da Constituição Federal", continua o magistrado. "Da leitura do texto não se pode extrair que, em qualquer momento, o articulista tenha colocado em dúvida a probidade exercida no cargo de ministro do STF. (...) Ainda que o articulista tenha se utilizado de duras palavras, deveria ser punido por justamente retratar uma realidade vista sob a sua ótica? Evidentemente, situação diversa existiria se o articulista tivesse deturpado totalmente a existência dos fatos".

"Barbosa despertou paixões com a mesma velocidade com que despertou ódio. Não há problemas quanto a isso. (...) Mas também não há problema de as pessoas, dentre elas as jornalistas, entenderem se a sua compostura na Suprema Corte era adequada ou não. Alguns o elogiavam, outros o criticavam. Se casos como esse foram reputados como crime, perde a sociedade a oportunidade de formular senso autocrítico", afirma o juiz na sentença.

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