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A seleção brasileira olímpica vai "seguir os passos" da equipe principal na busca pela inédita medalha de ouro dentro de dois anos nos Jogos do Rio. O time, que terá o comando de Alexandre Gallo, terá a programação de seus amistosos paralelamente à agenda da equipe principal, que será dirigida por Dunga.

"Pode não ser exatamente nas mesmas datas e sim um ou dois dias antes ou depois. Mas está definido que a seleção olímpica disputará o mesmo número de amistosos marcados para a seleção principal. Estamos já em busca de adversários", disse Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções da CBF.

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A seleção principal volta a jogar, após o fracasso da Copa do Mundo, no próximo mês. No dia 5 de setembro, em Miami, o adversário será a Colômbia; no dia 9, em Nova Jersey, será a vez de enfrentar o Equador. A seleção olímpica será convocada no mesmo dia da principal e usará o mesmo período para seus jogos de preparação.

A proximidade das datas pode causar problemas na convocação dos treinadores. Jogadores da principal que tenham idade olímpica (até 23 anos em 2016) não poderão ser convocados por Alexandre Gallo se estiverem na lista de Dunga.

EXPERIÊNCIA - Dunga e Gilmar Rinaldi disputaram a Olimpíada de 1984, em Los Angeles, e conquistaram a medalha de prata. Naquela oportunidade, o time brasileiro usou como base o time do Internacional. "Para ter-se uma ideia, treinamos somente 15 dias para aquelas Olimpíadas. Agora, vamos começar a preparação com grande antecedência". Na decisão há 30 anos, o Brasil perdeu para a França por 2 a 0.

O Brasil ficou perto do ouro por mais três vezes. Em 1988, o Brasil, com Romário no ataque, voltou a chegar à final, mas, desta vez, caiu para a União Soviética por 2 a 1. Em Atlanta/1996, com Ronaldo Fenômeno, a equipe olímpica foi eliminada pela Nigéria na semifinal, com direito a prorrogação e gol na morte súbita. Em Londres/2012, em nova decisão, a seleção brasileira, dirigida por Mano Menezes, foi derrotada pelo México, pelo mesmo placar de 2 a 1.

Mais da metade dos ingressos para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, custarão menos de US$ 30 (R$ 68) e os organizadores planejam colocar os primeiros lotes à venda no início de 2015. Haverá sete milhões de entradas para o público, das quais 3,8 milhões serão vendidas por valores inferiores a US$ 30. A meta é transformar o evento nos Jogos "mais acessíveis" em anos. Além dos preços populares, o COI (Comitê Olímpico Internacional) garante que vai respeitar a lei brasileira que exige a cobrança de meia-entrada para certos grupos.

Em setembro, a entidade e o Comitê Rio/2016 vão revelar todos os detalhes dos preços de cada modalidade, da abertura, do encerramento, do torneio de futebol e de dias como o da final dos 100 metros no atletismo, um dos pontos mais esperados do evento.

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"Nosso compromisso é ter um evento com ingressos acessíveis, justo e seguro", declarou Donovan Ferreti, diretor de ingressos dos Jogos de 2016. "Alguns dos ingressos que serão colocados à venda custarão menos que uma entrada para o cinema". Serão concedidos descontos para uma parcela da população que esteja inscrita em algum dos programas sociais do governo - como o Bolsa Família, por exemplo.

O Comitê Rio/2016 também vai seguir o exemplo da Copa do Mundo e realizar uma parte substancial das vendas pela internet. O número de ingressos, porém, será duas vezes superior ao que existia para o Mundial. Na Copa foram vendidos 3,1 milhões de entradas. Mas 11 milhões de pessoas fizeram seus pedidos. Segundo Ferreti, também haverá sorteio para os Jogos Olímpicos. Para a Parolimpíada, serão mais 1,8 milhão de entradas.

Perto dos dias de competições pontos de vendas serão instalados para oferecer ingressos durante o próprio evento.

LUGARES VAZIOS - A dificuldade para o COB e o COI, porém, será preencher as vagas e arquibancadas para esportes sem grande repercussão no Brasil. E o problema não seria inédito. Em Atenas/2004, na Grécia, os organizadores foram convocados pelo COI para tentar lidar com as imagens de arquibancadas vazias durante algumas competições.

Para 2016, o número de ingressos à venda será quase 2 milhões inferior ao de Londres, em 2012. Naquele ano, 8,8 milhões de entradas foram oferecidas ao público e os preços variavam entre R$ 76 (20 libras esterlinas) e R$ 7,6 mil (2 mil libras esterlinas). A final dos 100 metros do atletismo, vencida pelo jamaicano Usain Bolt, chegou a custar R$ 2,7 mil.

Em Londres, o governo inglês foi obrigado a enviar soldados que estavam de folga para completar os lugares em eventos durante os Jogos Olímpicos e 125 mil entradas foram distribuídos em escolas.

O Brasil deve voltar a ter um laboratório para a realização de exames antidoping a partir do próximo mês. Agora chamado de Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), o antigo Ladetec, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), será reinaugurado em setembro. O espaço foi ampliado para poder receber todos os exames antidoping dos Jogos Olímpicos e também dos Paraolímpicos, segundo Luís Fernandes, secretário executivo do Ministério do Esporte.

"O LDBC terá suas instalações completas já no mês que vem, para ser equipado e para dar início ao processo de recredenciamento do laboratório", afirmou Fernandes, durante o seminário que marcou os dois anos para o início da Olimpíada do Rio.

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De acordo com o secretário, o término das obras é um dos pontos de destaque da preparação do Brasil para os Jogos que serão realizados em 2016. O governo federal entregou cerca de R$ 15 milhões à UFRJ para a reforma do espaço.

O início da operação nas novas instalações era condição determinante para o Brasil poder abrir o processo de recredenciamento do laboratório pela Agência Mundial Antidoping (Wada). O Ladetec perdeu o aval da entidade para realizar exames em agosto de 2013, após errar o resultado de testes periódicos.

O governo brasileiro e a Wada negociaram, no ano passado, que o processo de nova credencial do laboratório do Rio será feito pela "fast track", ou seja, por uma via rápida, procedimento que agiliza o processo habitual. Segundo o Ministério do Esporte, o tempo normal de análise da Wada pode chegar a 24 meses, mas o prazo deve cair pela metade no caso do LBCD.

O descredenciamento do laboratório no Brasil obrigou a organização de torneios internacionais no País a executar malabarismos logísticos. No Mundial de Judô disputado no Rio no ano passado, as amostras foram enviadas para o Canadá. Já os testes da Copa do Mundo foram realizados em Lausanne, na Suíça. A Fifa acabou assumindo os custos extras de transporte e só em passagens aéreas excedentes gastou mais de R$ 500 mil.

O Brasil também assinou um acordo de cooperação com os responsáveis pela Agência Antidoping do Reino Unido. Os britânicos, que passaram pela experiência dos Jogos Olímpicos em 2012, vão auxiliar os brasileiros no processo de adequação do novo LBCD. "Estamos contando com a consultoria da equipe que operou o laboratório de Londres, e ela nos ajudará na gestão dessa estrutura física. A partir de setembro nos encontraremos em situação mais avançada do que os ingleses para os Jogos de 2012", comparou Fernandes.

FORMAÇÃO - Em junho, a Agência Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) começou a abrir cursos de formação para profissionais na área de controle de doping. Mais de mil pessoas devem ser selecionadas para trabalhar nos Jogos do Rio. Segundo Marco Aurélio Klein, diretor executivo da ABCD, é preciso capacitar oficiais de controle, de coleta de sangue, escoltas e operadores de estações de controle.

A exatos dois anos da cerimônia de abertura, a cara da delegação brasileira para os Jogos Olímpicos de 2016 tomará forma nos próximos três semestres. Os principais Mundiais de esportes coletivos serão disputados em 2014 e, no ano que vem, todas as modalidades individuais terão os grandes campeonatos antes dos Jogos. O ano de 2015 marca também a realização dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, outro ponto importante de avaliação para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A entidade tem monitorado a participação dos atletas nacionais em todas as competições de alto nível. A dois anos do início da Olimpíada do Rio, o COB garante estar acompanhando um grupo de 196 atletas de modalidades individuais, além das equipes de esportes coletivos. O Brasil tem 300 vagas garantidas para os Jogos, mas poderá contar com até 400 competidores. Por ora o País não deve garantir a participação da equipe de hóquei sobre grama feminino, já que o esporte tem participação incipiente por aqui.

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No ano passado, o Brasil conquistou 27 medalhas em Campeonatos Mundiais, a melhor marca em um ano pós-olímpico. O número manteve a confiança do COB de que o Brasil poderá, pela primeira vez, aparecer entre os 10 melhores países de uma edição olímpica. Para isso, estimam que a delegação precisará, pelo menos, repetir essa quantidade de pódios. Em Londres/2012, o Brasil conquistou 17 medalhas.

"A meta do COB é ficar entre os 10 primeiros países no quadro total de medalhas. É uma meta ousada, porém factível, dentro da realidade que podemos atingir. Para isso estamos trabalhando intensamente com as Confederações para proporcionar aos atletas e equipes todas as condições de preparação e treinamento", garantiu o presidente Carlos Arthur Nuzman.

Esportes que não contribuíram na última campanha estão, assim, "intimados" a melhorar a sua participação.

Zerado em Londres, o atletismo diz que o COB espera que a modalidade contribua com "duas ou três medalhas" no Rio, segundo Antônio Carlos Gomes, superintendente de alto rendimento da Confederação Brasileira (CBAt). Vôlei, judô, vela, natação e futebol são algumas modalidades em que o Brasil têm garantido, nas últimas edições, um lugar no pódio.

NOVA GERAÇÃO - O COB também conta com uma boa participação da equipe que disputará os Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim (China). A delegação embarcou para o período de aclimatação no Japão e em Macau na madrugada desta segunda. A segunda edição do torneio que reúne atletas entre 15 e 18 anos é responsável por colocar em nível competitivo "novos" olímpicos. E o COB já espera ter muitos deles em 2016.

Entre os 97 atletas que competem entre os dias 16 e 28, estão nomes como o nadador Matheus Santana, recordista mundial júnior dos 100 metros livre. A ginástica artística terá Flávia Saraiva, uma das apostas da modalidade para 2016. E o vôlei de praia terá a dupla Arthur e George, que no último domingo conquistou o título mundial sub-19.

PRESSÃO - A Copa do Mundo mostrou que, no âmbito esportivo, o país anfitrião de um grande evento não colhe apenas benefícios, como o apoio dos torcedores. A pressão exercida sobre os atletas da casa e a maneira de lidar com ela são fatores que serão contemplados na preparação psicológica brasileira.

Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo de Esportes do COB, salienta que o Brasil terá facilidades para colocar os psicólogos em contato com os atletas - 14 ou 15 deverão trabalhar nos Jogos. Esses profissionais não vão depender de credenciais para não-atletas, cujo número é limitado, o que restringia o alcance do apoio psicológico em edições anteriores dos Jogos Olímpicos.

Alguns atletas brasileiros, mesmo os mais calejados em grandes competições, já se preocupam com a atmosfera que irão encontrar durante os Jogos. É o caso de Arthur Zanetti, campeão olímpico nas argolas na Olimpíada de Londres. Na opinião do ginasta, a participação prévia em competições de alto nível em casa pode contribuir para uma adaptação mais rápida. "Muitos atletas brasileiros não estão habituados a competir em casa. Esse é um fator que acaba interferindo bastante. Isso me deixa um pouco ansioso. A Confederação Brasileira de Ginástica vai tentar trazer etapas da Copa do Mundo para o Brasil e acho que isso pode nos ajudar a nos acostumar com a pressão".

Fabiana Murer, que teve a experiência de disputar - e vencer - o Pan de 2007, no Rio, destaca que a torcida a ajudou. "Existia a minha vontade de querer vencer e eu estava bem nervosa. A torcida me ajudou muito, e eu estava bem preparada".

Os bons resultados apresentados com audiência e arrecadação na Copa do Mundo não só animaram a Fifa e o Comitê Organizador Local (COL), mas também os organizadores da Olimpíada de 2016. Para o Comitê Rio, a esperança é de que a boa impressão deixada pelo Mundial se reflita nos patrocínios para os Jogos Olímpicos.

"Só falta vender 30% dos patrocínios. Estamos bem tranquilos quanto a isso e com um pouco mais de otimismo depois da Copa", revelou Mario Andrada, diretor de Comunicação do Comitê. "Vimos que o Mundial mudou o humor do País em relação aos grandes eventos. Temos até a véspera dos Jogos para fechar os patrocínios, mas quanto mais rápido resolvermos, melhor", considerou.

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Em entrevista, o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), general Fernando Azevedo e Silva, adotou um tom diferente e admitiu que os organizadores dos Jogos estavam com dificuldades para atrair patrocinadores.

As estimativas apontam para um déficit ainda de 30% entre o que era a meta de arrecadação e o que já foi obtido. "Realmente, antes da Copa, eles estavam com dificuldades", disse o general, em relação ao Comitê Rio 2016. "Eles têm a esperança de que, com o sucesso da Copa, os patrocinadores comecem a olhar para a Olimpíada", declarou.

Dinheiro Público - Por enquanto, a União não aportou nem serviços e nem recursos. Mas ele admite que poderá gastar até R$ 2 bilhões em recursos públicos com o Jogos, uma conta que seria dividida ainda com Estado e município. "Mas vão ter de justificar o motivo", declarou. O general garante que não necessariamente os R$ 2 bilhões serão usados. "A Rio 2016 pode pensar em contar com isso, ou para aliviar ou honrar compromissos", explicou.

Segundo o Comitê Rio 2016, aproximadamente 40% das obras para a Olimpíada estão concluídas. A expectativa é de que todas estejam prontas a tempo de receber os eventos teste. Serão 48 no total, sendo que o primeiro será realizado em agosto, com o objetivo de avaliar as raias e a qualidade da água na Baía da Guanabara, local que receberá as provas de vela.

A Copa do Mundo acabou, mas não a pressão sobre o Brasil. Em pouco mais de dois anos, começa a Olimpíada no Rio de Janeiro e o Comitê Olímpico Internacional (COI) quer aproveitar o evento que terminou neste domingo (13), no estádio do Maracanã, para evitar que os mesmos erros sejam cometidos até 2016.

A partir de setembro, o COI vai praticamente se mudar para a cidade brasileira e sabe que todos os olhos estarão voltados para o próximo evento. Entre os dirigentes olímpicos, não são poucos os que ironizam que o COI, no fundo, se beneficiou de um grande "evento-teste": a Copa. Mas os desafios são significativos: as obras estão atrasadas, nem mesmo se conhece o orçamento de metade delas, há um buraco nas contas e alguns dos projetos mais fundamentais nem sequer começaram.

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Não existe ainda uma avaliação dos custos de 28 das 54 obras para a Rio-2016 e algumas promessas já foram abandonadas, entre elas a despoluição da Baía de Guanabara. Existe ainda o sério risco de que o dinheiro público acabe tendo de assumir parte do projeto olímpico por falta de parceiros privados.

A reportagem apurou que o COI saiu do Rio com uma lição da Copa do Mundo: os atrasos não poderão se repetir. Ao contrário do que fez a Fifa, a entidade olímpica optou por intervir nos Jogos de 2016 e conduzir um acompanhamento diário das obras. Outra lição é de que o governo deve estar implicado no evento desde o primeiro dia, algo que não aconteceu na Copa até 2012.

"Estamos muito felizes que as preocupações que existiam antes da Copa não se transformaram em realidade", declarou Thomas Bach, presidente do COI. "Ao mesmo tempo, precisamos nos manter vigilantes. Não há tempo a perder", alertou. O alemão deixou claro, em reunião na semana passada, em Lausanne, na Suíça, que o atraso nas obras é mesmo sua maior preocupação. "Esse é o maior problema com o qual temos de lidar", disse.

No geral, a capital fluminense funcionou bem durante a Copa do Mundo. Mas, para o prefeito da cidade, Eduardo Paes, a Olimpíada vai exigir ainda mais do que o Mundial de futebol. "São eventos muito diferentes. Em 2016, receberemos 15 mil atletas na cidade, enquanto que, na Copa, foram 700 espalhados pelo País", destacou. "Mas estamos otimistas. Já tivemos a Rio +20, a Jornada Mundial da Juventude e a Copa do Mundo e todos esses eventos nos trouxeram aprendizado".

Mobilidade - Considerado antes da Copa um dos possíveis problemas a serem enfrentados durante o Mundial, a mobilidade urbana acabou acontecendo sem maiores sobressaltos. Para isso, dois fatores ajudaram: o deslocamento dos torcedores via metrô até o Maracanã e a decretação de feriados nos dias de jogos na cidade.

Para a Olimpíada, porém, o plano precisará ser revisto. "É impossível ter feriados em 20 dias. Com certeza, vai haver restrições em alguns bairros próximos aos locais de provas e trabalharemos também com horários (alternativos)", disse Eduardo Paes.

As linhas de metrô também não atingem todas as regiões onde serão realizadas as diversas modalidades esportivas. "As obras de mobilidade estão ficando prontas. Ainda vamos precisar planejar isso", informou o prefeito, referindo-se aos corredores do BRT e à Linha 4 do metrô, esta de alçada do Estado.

Essa linha irá ligar o bairro de Ipanema, na zona sul, à Barra da Tijuca, na zona oeste. Será um meio importante de deslocamento para os cariocas e para os turistas que vierem assistir aos Jogos, uma vez que a distância é longa e o trajeto pelas avenidas que ligam os dois pontos da cidade costuma ser bastante congestionado. Mas o ritmo de construção já preocupa as autoridades. "É uma obra que está com a flexibilidade pequena", admitiu o general Fernando Azevedo e Silva, presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO).

Hospedagem - Uma surpresa durante a Copa foi a vinda de muitos turistas sul-americanos ao País em motorhomes e trailers. No Rio, a prefeitura conseguiu alojar boa parte deles no Sambódromo e no Terreirão do Samba, um espaço público para shows. Eduardo Paes se animou com a possibilidade de repetição dessa iniciativa para 2016. "Adoraria ver essa invasão de sul-americanos de novo, mas temos de nos preparar para ela. Não esperávamos que fosse assim na Copa", admitiu. "Acabamos reagindo bem, mesmo no improviso. Vamos ter de fazer pontos para motor homes. É algo que vamos estruturar".

A ideia também agrada o governo federal. "Nós queremos abrigar aqui, de maneira muito forte, torcedores, turistas de toda a América Latina e ofereceremos estrutura convidativa", assegurou Luis Fernandes, secretário executivo do Ministério do Esporte. "Nossa leitura é muito positiva", disse, referindo-se à presença dos motorhomes na cidade.

Uma das razões do apoio à iniciativa é a resolução, em parte, do problema da falta de leitos nos hotéis da cidade. A prefeitura já havia anunciado o desejo de alugar supernavios para a hospedagem de turistas - eles ficariam ancorados na cidade durante os Jogos. O custo estimado é de quase R$ 67 milhões por embarcação.

Membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) e presidente da Associação das Federação Internacionais de Esportes Olímpicos de Verão (ASOIF, na sigla em inglês), o italiano Francesco Ricci Bitti fez duras críticas à forma que o Rio organiza os Jogos de 2016. De acordo com o dirigente, é preciso começar a traçar um plano B para algumas modalidades.

"Está ficando muito sério", apontou Bitti. "O Comitê Organizador tem boas pessoas. Mas sem influência para lidar com o problema. Não se trata da China, onde você pode pedir para as pessoas trabalharem pela noite. No Brasil, isso não pode ocorrer. O governo precisa mudar de velocidade", insistiu.

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Na quinta e sexta-feira, o Comitê Executivo do COI se reúne e o assunto principal deve ser a organização dos Jogos do Rio, assim como aconteceu no encontro da ASOIF, em Belek (Turquia), no fim de semana. O presidente do Comitê Rio/2016, Carlos Arthur Nuzman, fará uma apresentação aos dirigentes sobre o andamento das obras.

A principal preocupação do COI, segundo Bitti, é o atraso nas obras dos equipamentos que receberão as disputas olímpicas. "Podemos ser flexíveis com a infraestrutura, mas certamente não com as instalações esportivas. "Mesmo naqueles que não consideramos que estão ameaçadas, não vemos um sentimento de urgência", disse ele.

O italiano indicou que, em alguns casos, modalidades terão de começar a repensar onde é que poderão ser instaladas no Rio, já que o plano original pode não atender às necessidades. "Precisamos agir agora. Se esperarmos mais seis meses, diante de um governo inativo, acho que a situação ficaria muito séria."

Na análise dele, o problema é cultural. "Não podemos esperar que, no final, as coisas vão se arranjar. Desta vez, temos o estilo e hábitos da América do Sul", Eles (brasileiros) não estão acostumados a gerenciar grandes eventos como esse", disse.

O presidente da Federação Internacional de Golfe, Peter Dawson, admitiu, nesta quinta-feira (27), preocupação com o atraso na construção do campo que será utilizado para a disputa da modalidade nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Ele ressaltou que "não está satisfeito" com o andamento das obras.

Os Jogos de 2016 marcam a volta do golfe ao programa olímpico, depois de duas participações anteriores nas edições de 1900 e 1904. Mas a construção do campo no Rio vem sofrendo com atrasos, principalmente por causa da disputa judicial pelo terreno escolhido para abrigar a instalação na Barra da Tijuca.

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"Estive lá recentemente e, enquanto o desenho do campo parece ser realmente bom, o progresso na construção não está como gostaríamos", disse Peter Dawson, em entrevista nesta quinta-feira na Grã-Bretanha. Ele ressaltou, no entanto, a confiança de que tudo estará pronto para a Olimpíada.

Depois da longa disputa judicial para utilização da área escolhida, as obras de construção do campo de golfe começaram em março do ano passado, com a limpeza do solo e a posterior terraplenagem do terreno. Mas Peter Dawson não acredita que a expectativa de conclusão agora em 2014 seja cumprida.

O dirigente avaliou que será "difícil" conseguir organizar, conforme planejado, um torneio de evento-teste no ano que vem no campo do Rio. "Foram tantas revisões no projeto que é duro dizer o quanto falta para terminar as obras", explicou o presidente da Federação Internacional de Golfe.

Com a aproximação dos Jogos do Rio/2016, crescem as críticas da comunidade internacional pela poluição na Baía de Guanabara, palco das provas de vela na próxima Olimpíada. O presidente do Comitê Organizador e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, porém, minimiza o problema. Segundo ele, não houve nenhuma reclamação formal com relação à sujeira.

"O trabalho de despoluição está sendo feito, mas os locais de competições não conflitam tão fortemente com locais que eles são problemas. É uma problema que está sendo enfrentado e que a alteração de local de competição não vai haver, todos virão treinar", comentou Nuzman, neste sábado (8), em Santiago (Chile).

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A preocupação é grande desde já porque, entre 3 a 9 de agosto, a Marina da Glória vai receber o primeiro evento-teste do Rio/2016, exatamente na vela. "Queria lembrar que o Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara, sedia dezenas de campeonatos mundiais, dezenas. Nunca nenhum atleta reclamou, nenhuma entidade. Todos competiram na Baía de Guanabara como ela é e como ela está", apontou o dirigente.

Por conta da influência das condições climáticas na vela, a tendência é que muitos atletas internacionais façam estágios de treinamento no Rio, na raia olímpica, antes dos Jogos. E as imagens da Baía suja afetariam ainda mais a reputação dos organizadores. "Claro que o que está sendo procurado fazer é dar melhores condições e limpá-la dentro do máximo possível. Quis chamar atenção para isso para não parecer que é um local de competição que foi escolhido sem ter tido previamente outros eventos", observou.

Falando com a imprensa brasileira em Santiago, onde acontecem os Jogos Sul-Americanos, Nuzman negou o risco de que, a imagem ruim do País pelos atrasos nas obras da Copa, respinguem sobre os Jogos Olímpicos.

"Na história só três países fizeram Copa e Olimpíada juntos. O México em 68 e 70, Alemanha em 72 e 74, primeiro Olimpíada e depois Copa. O único que fez a Copa antes foi os Estados Unidos em 94 e 96. Sempre os benefícios existem, não terão pontos negativos que vão prejudicar um ou outro. O País é o grande beneficiado e os resultados serão muito bons tanto para um quanto para o outro. É uma caminhada longa, caminhada de mudanças de todo o esporte brasileiro", disse, politicamente.

Uma das modalidades em o Brasil mais corria risco de não disputar nos Jogos do Rio/2016, por ter qualidade técnica inferior aos demais participantes, o rúgbi sevens confirmou nesta quinta-feira dois convites para a seleção brasileira disputar a Olimpíada. Assim, tanto a equipe masculina quanto a feminina estarão no evento.

A maior preocupação era com relação ao time masculino. Neste ano, a equipe foi apenas quarta colocada na seletiva sul-americana que classificava para a seletiva da Liga Mundial em 2014/2015. Ou seja: a equipe está num nível muito abaixo da elite da modalidade.

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No feminino a situação é outra e o Brasil até participou do Mundial do ano passado. Nesta temporada, disputa, como convidado, a segunda edição da Liga Mundial para mulheres e, na primeira etapa da competição, jogou de igual para igual contra os melhores times do mundo. Ainda em fevereiro, vai receber a terceira etapa, em Barueri.

Nesta quinta-feira, porém, o Comitê Executivo do COI (Comitê Olímpico Internacional), reunido em Sochi, confirmou que o Brasil tem vaga garantida entre os 12 times olímpicos no Rio/2016 tanto no masculino como no feminino. A única condicional é participar de competições internacionais aprovadas pela federação internacional da modalidade.

O rúgbi sevens vai estrear no programa olímpico no Rio. Nesta versão, os jogos são mais curtos que os do rúgbi tradicional, com sete e não 15 atletas em campo em cada equipe. Assim, os pontos são mais comuns e o jogo mais dinâmico. No Rio, serão 12 times em cada gênero, num total de 288 atletas.

O Comitê Rio/2016 anunciou nesta quarta-feira que enviará 100 observadores para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno Sochi. A equipe, que já começou a desembarcar na cidade russa, faz parte do Programa de Observadores (que vivencia os Jogos em busca da transferência de conhecimento) e de Secondment - que trabalha efetivamente na organização do evento.

"É uma importante oportunidade de confirmar o entendimento, identificar e esclarecer detalhes que possam influenciar o planejamento das áreas. O registro de suas experiências em Sochi e a passagem de conhecimento são importantes para o alinhamento do time Rio 2016 e o sucesso na entrega de Jogos excelentes em 2016", comenta Patricia Ribeiro, gerente de Gestão do Conhecimento e Informação do Comitê Rio/2016.

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Para os Jogos Olímpicos, que começam nesta quinta-feira, apesar da cerimônia de abertura ser apenas na sexta, o Rio/2016 vai enviar 65 observadores, representando mais de 30 áreas do Comitê. Outras 35 pessoas viajam para os Jogos Paralímpicos, de 7 a 16 de março.

"Esta experiência vai servir como uma ótima oportunidade de análise para o planejamento que estamos fazendo para nossa operação. Vou com o objetivo de trazer uma visão geral dos serviços que eles estão operando, além de observar as diferenças e semelhanças entre as operações de inverno e verão, as inovações implantadas e as possibilidades de trazermos mais novidades para a área em 2016", destaca Regina Meireles, especialista da área de Serviços do Evento do Rio/2016.

A Aiba (Associação Internacional de Boxe) foi uma das primeiras federações de modalidades olímpicas a divulgar, nesta segunda-feira, os critérios de classificação para os Jogos Olímpicos do Rio/2016. A expectativa é que, durante a semana, as demais modalidades recebam do COI (Comitê Olímpico Internacional) as respectivas informações.

O boxe terá 272 atletas, divididos em 13 categorias de peso. Nas 10 masculinas, competirão 250 atletas, numa média de 24 por chave. Já nas três femininas, 36 pugilistas, apenas. Assim, uma vitória garante medalha para uma cabeça de chave entre as mulheres. Cada país pode levar um atleta por categoria.

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O Brasil terá direito a seis vagas como país-sede da Olimpíada, sendo cinco no masculino e uma no feminino. As dos homens devem ser alocadas nas oito categorias mais leves, não ficando garantida nenhuma no peso pesado nem no peso super pesado. O Brasil pode completar a delegação pelo ranking mundial, pelo pré-olímpico pan-americano (três vagas), pelo ranking da World Series Boxing, pelo Mundial/2015 ou mesmo pelo pré-olímpico mundial.

Entre as mulheres estas vagas podem ser alocadas em qualquer uma das três categorias de peso. As possibilidades de aumentar o número de classificadas estão restritas ao Mundial de 2016 (quatro vagas por categoria) e ao pré-olímpico continental (uma vaga).

TIRO COM ARCO - Também já foram divulgadas informações sobre o sistema de classificação para o tiro com arco. E o Brasil tem garantidas três vagas no feminino e três no masculino: exatamente o limite. Assim, participará da disputa individual e da por equipes.

Com a presença do presidente do Comitê Organizador dos Jogos do Rio/2016, Carlos Arthur Nuzman, os Correios foram apresentados, nesta sexta-feira (24), como operadores da logística da Olimpíada carioca. A oficialização do acordo, no Centro Cultural Correios, no Rio, contou com a participação de ex-atletas como Gustavo Kuerten, Gustavo Borges e da maratonista Poliana Okimoto, entre outros.

A empresa já havia feito toda a operação logística dos Jogos Pan-Americanos de 2007, também no Rio, quando ficou encarregada de todo o transporte e montagem da estrutura da competição. De acordo com os Correios, aquela foi a primeira vez no mundo em que uma empresa de correios realizou uma atividade do tipo.

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"É uma grande alegria contar com os Correios ao nosso lado neste grande desafio. A operação de logística dos Jogos vai envolver a movimentação de cerca de 30 de milhões de itens, desde equipamentos esportivos até as bagagens de todos atletas, passando por todo o mobiliário da Vila Olímpica. A experiência dos Correios no transporte de todo tipo de material nos dá a confiança de que realizaremos esta megaoperação com absoluto sucesso", afirmou Nuzman.

"A escolha dos Correios como operadores logísticos oficiais da competição é o reconhecimento de nossa qualidade e eficiência nesse segmento, de livre mercado, em que concorremos com inúmeras empresas, inclusive gigantes multinacionais", exalta Wagner Pinheiro de Oliveira, presidente da empresa.

O Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) anunciou, nesta quinta-feira (23), o chamado "Guia de Classificação" para os Jogos Paralímpicos do Rio/2016. No documento, que especifica como serão distribuídas as vagas para 18 das 22 modalidades que serão disputados no Brasil, também foram divulgadas novas expectativas do IPC.

De acordo com o órgão, a expectativa é que a próxima Paralimpíada seja disputada por 2.659 homens e 1.691 mulheres, num total de 4.350 atletas. É uma variação mínima em relação aos Jogos de Londres, quando competiram 4.302 pessoas. Porém, o número de atletas femininas crescerá quase 10% (em 2012 foram 1.523 competidoras), enquanto o total de homens cairá (foram 2.779 na última Paralimpíada).

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O documento também revela que 25 novas medalhas de ouro serão distribuídas, num total que foi de 503 em Londres para 528 no Rio. Desse total, 264 são reservas a provas masculinas e 226 a femininas. Trinta e oito disputas na próxima paralimpíada são em competições mistas, boa parte delas na bocha e no hipismo. Novidade para 2016, a canoagem terá seis provas, apenas.

Como de costume, a modalidade que mais deverá trazer atletas para o Brasil é o atletismo, com estimados 1.110 atletas, mais de um quarto do total. Em seguida aparece a natação, com esperados 630 competidores. Tênis de mesa (276), basquete em cadeira de rodas (264) e ciclismo (230) vêm na sequência. O Guia de Classificação garante que todos os países terão direito a dois convites (um homem e uma mulher) no atletismo ou na natação, caso solicitem.

Faltando dois anos e meio para os Jogos do Rio/2016, o técnico Alexandre Gallo já começa a dar os primeiros passos para montar a seleção brasileira que vai buscar uma inédita medalha de ouro olímpica. Para isso, convocou pela primeira vez, nesta terça-feira (14), uma equipe sub-21, pensando em atletas que chegarão em 2016 com idade para participar do torneio.

Apesar da a própria CBF alertar que a convocação é de atletas que nasceram a partir de 1993, Gallo decidiu ignorar a "geração 1994", que tinha status de promissora e sequer conseguiu se classificar para o Mundial Sub-20 do ano passado. Dos jogadores que estiveram no Sul-Americano da categoria, há um ano, nenhum foi lembrado por Gallo na convocação para um amistoso contra o México, dia 26, em Santos.

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Naquela equipe estavam nomes como o zagueiro Dória (Botafogo), os meias Mattheus (Flamengo) e Guilherme Biteco (Grêmio), e os atacantes Ademilson (São Paulo), Bruno Mendes (Botafogo) e Leandro (Palmeiras). Diversos atletas, porém, já estão na Europa e sequer poderiam jogar o amistoso, casos do zagueiro Marquinhos, os laterais Wallace e Fabinho, do volante Jadson e dos meias Felipe Anderson, Rafinha Alcântara e Fred.

Assim, a base da nova seleção olímpica vem do Mundial Sub-17 do ano passado, com destaque para os são-paulinos Auro e Boschilia, o vascaíno Danilo, o cruzeirense Wallace e os jogadores do Atlético-PR Nathan e Mosquito.

Entre as novidades, diversos jogadores que se destacaram no Brasileirão, como o zagueiro santista Gustavo, o lateral-esquerdo do Atlético-MG Lucas Cândido, o meia gremista Mathues Biteco, o meia são-paulino Lucas Evangelista e os atacantes Otávio (Inter), Birô Birô (Fluminense) e Thalles (Vasco).

Confira a lista completa com 22 jogadores:

GOLEIROS - Leonardo (Grêmio) e Rodolfo (Atlético-MG);

ZAGUEIROS - Gustavo Vernes (Santos), Wallace (Cruzeiro) e Gabriel (Atlético-MG);

LATERAIS - Auro (São Paulo), Kayke (Inter), Willian (Inter) e Lucas Cândido (Atlético-MG);

MEIO-CAMPO - Danilo (Vasco), Matheus Biteco (Grêmio), João Afonso (Inter), Boschilia (São Paulo), Nathan (Atlético-PR) e Lucas Evangelista (São Paulo);

ATACANTES - Mosquito (Atlético-PR), Otávio (Inter), Biro Biro (Fluminense), Alisson (Cruzeiro), Thalles (Vasco), Vinicus Araújo (Cruzeiro) e Yuri Mamute (Grêmio),

O governador do Rio, Sergio Cabral, usou sua conta oficial no Twitter na tarde deste sábado para rebater críticas do presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, e reabrir o debate sobre a reforma do Parque Aquático Julio Delamare e as responsabilidades da concessionária que administra o Complexo do Maracanã.

Na sexta-feira, um blog do jornal Lance! publicou declarações de Coaracy em que o dirigente da CBDA diz estar muito decepcionado com Cabral, "que prometeu que reformaria todo o parque aquático e não cumpriu". "Nem atende aos meus telefonemas. Antes, falava a hora que queria", reclamou Coaracy.

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Nas declarações reproduzidas pelo blog, o presidente da CBDA afirma ter ouvido de João Borba, presidente do Consórcio Maracanã, que só erguerá o centro de saltos (ornamentais) se o governo mandar. "O combinado, quando decidiram manter o parque aquático e não mais demoli-lo, era recuperá-lo por completo. Negociei sem intermediários com a fabricante a compra de um placar que serviria para as cinco modalidades aquáticas. Consegui um desconto de R$ 50 mil e o placar passou a custar R$ 452 mil. Mas na hora de concretizar a compra, o governador desistiu", teria dito Coaracy.

Sérgio Cabral se sentiu incomodado com as críticas e foi ao Twitter rebatê-las. "Lamento a postura do presidente da CBDA, Coaracy Nunes. (Ele) me solicitou, junto com outros dirigentes, que não se demolisse o (Parque Aquático) Julio Delamare. Atendi o pleito apesar de discordar, pois no contrato com a concessionária estava prevista a construção de centro aquático contemporâneo e de acordo com todas as exigências olímpicas", escreveu o governador.

Ele continuou: "Tivemos que comunicar à concessionária a decisão e esperar soluções que mantivessem o contrato com as garantias de investimentos estabelecidos. Expliquei ao Coaracy várias vezes que o placar somente poderia ser adquirido pela concessionária depois de todas as dúvidas esclarecidas. O aditivo foi assinado recentemente e já solicitamos a compra do placar", postou Cabral.

Na segunda-feira passada, o governo do Estado do Rio e o Consórcio Maracanã assinaram o primeiro aditivo ao contrato de concessão do estádio. Pelo novo acordo, foram suspensas as demolições do Estádio de Atletismo Célio de Barros, do Parque Aquático Júlio Delamare e do prédio do Museu do Índio, que estavam previstas originalmente e que foram motivo de diversos protestos no ano passado.

Pelo novo acordo, a concessionária fica obrigada a reformar o Célio de Barros e o Júlio Delamare em vez de realizar a demolição de ambos. Na reforma do parque aquático, inclusive, o aditivo do contrato determina que a concessionária deixe o equipamento apto a se tornar sede das competições de polo aquático nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, atendendo às especificações técnicas do Comitê Organizador da Olimpíada.

A nova rota de colisão, porém, é com relação ao centro de saltos (ornamentais), que foi destruído e não foi reposto. Assim, a seleção brasileira da modalidade não tem onde treinar, uma vez que ela precisa de uma estrutura em ginásio para treinar saltos em piscina de espuma.

"Em relação ao centro de saltos: não será construído antes da Olimpíada a pedido do Comitê Organizador Rio/2016. Ele foi demolido porque comprometia o fluxo de pessoas ao Maracanã na Copa das Confederações. Isso também ocorreria, caso permanecesse, na Copa do Mundo e na Olimpíada", justifica Cabral.

O Comitê Organizador dos Jogos do Rio/2016 divulgou nesta quinta-feira um resumo do cronograma da preparação olímpica em 2014. Entre as novidades programadas para o ano que se inicia agora está o lançamento do programa de voluntário, que deverá acontecer no mês de agosto. A promessa é de que serão abertas 70 mil vagas para pessoas que queiram participar dos Jogos na capital fluminense.

Outros eventos estão programados para 2014, mas o Comitê Organizador não citou datas mais exatas. É o caso do lançamento dos mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio/2016, evento previsto para acontecer no segundo semestre do ano.

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Nos próximos meses também há a promessa da apresentação do projeto de ambientação dos Jogos, que vai compor todo o visual do Rio durante o evento. O programa de venda de ingressos também será lançado em 2014.

Com relação às obras, a promessa é de que o Complexo Esportivo de Deodoro comece a passar pelas adaptações necessárias no segundo semestre. Em agosto, será realizado o evento-teste olímpico de vela, na Marina da Glória.

O ano foi o melhor da história para o handebol brasileiro. Obviamente que o título mundial inédito conquistado pela seleção feminina na Sérvia, neste mês de dezembro, foi determinante para isso, mas o desempenho da modalidade durante todo o ano superou em muito o de anos anteriores.

No Mundial Masculino, jogado na Espanha, o Brasil só perdeu de um gol de diferença da forte seleção da Rússia, nas oitavas de final, e terminou no 13.º lugar, seu melhor resultado entre os homens. No Mundial Júnior Masculino, a equipe acabou em sexto, se tornando a primeira a vencer europeus em mata-matas de Mundiais - depois o feminino adulto faria isso quatro vezes num só torneio.

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"Sempre existe a máxima de que o próximo precisa ser melhor, mas 2013 será um pouco difícil de ser superado. A entrada dos patrocínios dos Correios e do Banco do Brasil e a inclusão do handebol no Plano Medalha foi fundamental para tudo que construímos. Estamos tendo um apoio muito significativo do Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico Brasileiro para realizar tudo isso", comenta o presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Manoel Luiz Oliveira.

"Encerrar o ano com essa medalha de ouro no Mundial da Sérvia foi um marco para o handebol. Sempre trabalhamos para melhorar nossa participação na competição e, agora, conseguimos terminar com essa medalha de ouro que vínhamos perseguindo", completou.

O handebol foi uma das 21 modalidades contempladas pelo Plano Brasil Medalhas, do ministério do Esporte, por ser considerada umas das que possuem chances reais de pódio nos Jogos Olímpicos do Rio/2016. A modalidade ganhou o patrocínio do Banco do Brasil, que investe R$ 4,4 milhões ao ano. O Correios contribui com outros R$ 5 milhões, que estão sendo utilizados para a preparação das seleções adultas.

Numa clara manifestação de que o governo federal tem uma posição crítica em relação ao Comitê Organizador dos Jogos do Rio, o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes, afirmou nesta terça-feira que a União passou a exercer um "controle rígido" sobre os gastos do órgão.

Ele também admitiu que o governo é a favor da redução do salário de funcionários do Comitê Rio/2016 - atualmente são 600 contratados, e esse número vai chegar a 7 mil pessoas. Isso porque o governo de Dilma Rousseff não quer que o órgão utilize dinheiro público até o ano dos Jogos Olímpicos.

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As declarações de Luís Fernandes foram dadas durante a solenidade de posse do novo presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), general Fernando Azevedo e Silva, nesta terça-feira, na Escola de Educação Física do Exército, no bairro da Urca, zona sul do Rio.

Das autoridades do primeiro escalão envolvidas na organização dos Jogos Olímpicos de 2016, apenas o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, prestigiou o evento. O presidente do Comitê Organizador e do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, não compareceu à cerimônia, tampouco o governador do Rio, Sergio Cabral, o prefeito da cidade, Eduardo Paes, e a presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), Maria Sílvia. Todos, no entanto, justificaram a ausência.

De acordo com o diretor executivo de operações do Comitê Organizador, Leonardo Gryner, não existe a menor possibilidade de redução de salários dos já contratados pelo órgão. "O que podemos fazer é reavaliar o salário dos que virão e até retardar um pouco a contratação de alguns", declarou.

A preocupação do governo de não ver recursos públicos no Comitê Organizador ficou clara mais uma vez. No dossiê de candidatura do Brasil, havia a previsão de que, a preços atuais, os governos (federal, estadual e municipal) poderiam gastar até R$ 1,5 bilhão com o órgão. Mas, segundo Aldo Rebelo, a expectativa das três esferas de governo é de que esse número seja zerado. "Estamos trabalhando para que nada disso seja necessário", avisou o ministro.

O general Fernando Azevedo e Silva foi escolhido por Dilma para substituir Marcio Fortes na presidência e ter uma ação mais firme na coordenação dos Jogos Olímpicos. A APO, criada por lei em 2011, é uma exigência do Comitê Olímpico Internacional (COI). O general disse que pretende trabalhar em sintonia com os outros entes - Estado, prefeitura e Comitê Organizador - e com "a maior transparência possível".

Sobre a elaboração da Matriz de Responsabilidade, documento exigido pelo COI que esclarece quem é o responsável por cada obra, instalação e outras necessidades do evento, o general informou que o prazo de entrega foi estendido a pedido do Ministério do Esporte. Segundo Aldo Rebelo, a Matriz deve ficar pronta até o final do ano. "Ainda precisamos reunir dados e elementos para concluir o documento", disse o ministro.

No melhor ano da história do esporte olímpico brasileiro em número de conquistas internacionais, cinco campeões mundiais disputam o Prêmio Brasil Olímpico, organizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Concorrem entre os homens: Cesar Cielo, melhor do mundo 50m livre, Arthur Zanetti, das argolas na ginástica artística, e Jorge Zarif, mais jovem campeão da história da classe Finn da vela.

No feminino, três estrelas do esporte brasileiro: Poliana Okimoto, campeã mundial dos 10km na maratona aquática e que voltou do Mundial de Barcelona com três medalhas, Rafaela Silva, primeira brasileira campeã mundial de judô, feito conquistado na categoria até 57kg, e Yane Marques, prata no Mundial de Pentatlo Moderno.

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A votação para a escolha dos vencedores nas duas categorias será através do site do COB, a partir do próximo domingo, ficando aberta por um mês. A cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico será realizada no Teatro Bradesco, em São Paulo, no dia 17 de dezembro. Em 2012, Sheilla Castro (vôlei) e Arthur Zanetti ganharam o prêmio. Cielo venceu em 2011, 2009 e 2008 e é o maior campeão.

"O ano de 2013 está sendo muito positivo para o esporte olímpico brasileiro. Em termos de resultados, o melhor ano pós olímpico que já tivemos. Até este momento, em 2013, conquistamos 25 medalhas em campeonatos mundiais ou competições equivalentes. No Prêmio Brasil Olímpico nós vamos celebrar essas conquistas e o talento de nossos atletas, os verdadeiros astros da festa", disse o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.

Nesta quinta-feira também foram apontados os vencedores por modalidade. No basquete, venceu Tiago Splitter, que não foi à fracassada campanha brasileira na Copa América, superando Érika, vice-campeã da WNBA. No tênis, Bruno Soares levou a melhor, enquanto o vencedor no futebol foi Neymar. Melhor brasileiro no mundial de atletismo, Mauro Vinicius da Silva, o Duda, foi escolhido para a modalidade.

Confira todos os vencedores do Prêmio Brasil Olímpico:

Atletismo - Mauro Vinicius da Silva

Badminton - Lohaynny Vicente

Basquete - Tiago Splitter

Boxe - Robson Conceição

Canoagem Slalom - Ana Sátila

Canoagem Velocidade - Isaquias Queiroz

Ciclismo BMX - Renato Rezende

Ciclismo Estrada - Rafael Andriato

Ciclismo Mountain Bike - Henrique Avancini

Ciclismo Pista - Flavio Cipriano

Desportos na Neve - Isabel Clark

Desportos no Gelo - Isadora Williams

Esgrima - Gabriela Cecchini

Futebol - Neymar Junior

Ginástica Artística - Arthur Zanetti

Ginástica de Trampolim - Giovanna Matheus

Ginástica Rítmica - Angelica Kvieczynski

Golfe - Adilson da Silva

Handebol - Alexandra Nascimento

Hipismo Adestramento - Luíza Almeida

Hipismo CCE - Marcelo Tosi

Hipismo Saltos - Alvaro Affonso de Miranda Neto - Doda

Hóquei Sobre Grama - Matheus Borges Ferreira

Judô - Rafaela Silva

Levantamento de Peso - Fernando Reis

Lutas - Joice Silva

Maratona Aquática - Poliana Okimoto

Natação - Cesar Cielo

Natação Sincronizada - Lorena Molinos

Pentatlo Moderno - Yane Marques

Polo Aquático - Izabella Chiappini

Remo - Fabiana Beltrame

Rugby - Julia Sardá

Saltos Ornamentais - Cesar Castro

Taekwondo - Guilherme Dias

Tênis - Bruno Soares

Tênis de Mesa - Hugo Calderano

Tiro com Arco - Sarah Nikitin

Tiro Esportivo - Cassio Rippel

Triatlo - Pâmella Oliveira

Vela - Jorge Zarif

Vôlei de Praia - Talita

Vôlei - Thaisa

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