Não é mistério para ninguém que Pernambuco tem três grandes clubes. Certamente, também, é impossível definir o nível de rivalidade entre Náutico, Santa Cruz e Sport. É uma questão extremamente pessoal e que muda de torcedor para torcedor. Entretanto, ao que parece, o atual elenco rubro-negro tem a mesma impressão. Para os atletas, no Clássico das Multidões a pressão é maior.
“Todos na cidade e no clube disseram que a rivalidade é mais forte. E eu sinto isso fora de campo. Principalmente quando estou na rua. A ansiedade dos torcedores, a cobrança... É diferente”, disse o atacante Felipe Azevedo, que citou exemplos do contato direto com os rubro-negros e tricolores. “Tem uma churrascaria que quando chego os garçons nem cumprimentam. ‘Vamos ganhar’, ‘podemos perder para todo mundo, menos para o Santa’, só escuto isso. Os tricolores respeitam mais, quando não falam nada já sei que são do rival”, disse.
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Felipe Azevedo, inclusive, afirmou que vive uma experiência de maior rivalidade na carreira. “Ano passado, no Cearense, a rivalidade era muito grande. Fui campeão com o Ceará contra o Fortaleza, mas não era no mesmo nível. Aqui é maior. São duas semanas de muita intensidade, qualquer lugar que vai só escuta falar sobre o clássico. O pessoal também reconhece mais na rua, a imprensa cobre muito bem. Tem muita imagem e informação para o torcedor. Tem que saber administrar isso. Eu fico bobo, é muita paixão”, destacou.
Experiente e vivenciando ainda mais rivalidades durante a carreira, o lateral-direito Cicinho adotou o mesmo discurso. “Com certeza é contra o Santa Cruz (maior rivalidade). Logo após o termino do jogo contra o Ypiranga os torcedores falavam de uma possível final contra o Santa e pediam o título. Mas, nós jogadores, sabemos que é um clássico e temos que nos cobrar ainda mais e focar para conquistar o título”, finalizou.