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Rodas de conversas, mesas de debates e conferências sobre variados assuntos marcaram o I Círculo de Saberes do "Narramazônia", realizado em Belém. Um evento encantou o público: professores e pesquisadores que estudam a “Academia do Peixe Frito”, grupo de escritores representativo de uma das fases mais produtivas da literatura paraense, no século XX, promoveram uma sarau com a poeta Marília de Menezes, filha de um dos integrantes do grupo, o poeta e escritor Bruno de Menezes. Marília recitou poemas e contou histórias de sua convivência com o pai.

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Freira da ASD (congregação Adoradoras do Sangue de Cristo), irmã Marília distribuiu conhecimento e simpatia. “A irmã Marilia Menezes veio acrescentar na nossa pesquisa porque ela é parte da família de um dos principais membros da 'Academia do Peixe Frito', o Bruno de Menezes, editor da revista Belém Nova, que foi o que fundou o modernismo no Estado do Pará. Ela trouxe informações que agregaram conhecimento acadêmico e recitou um dos poemas de seu pai”, explicou a doutoranda e também participante da roda de conversa Carla Soares

O  encontro de professores, pesquisadores e graduandos discutiu narrativas, jornalismo, literatura e produções dentro da Amazônia. Realizado em parceria entre pesquisadores da Universidade da Amazônia (Unama) e Universidade Federal do Pará (UFPA), o "Narramazônia" - Narrativas Contemporâneas na Amazônia Paraenseressignificou o olhar sobre a Amazônia, através de discussões  de quem vive o território e o indivíduo amazônida.

Após dois anos em um grupo de pesquisa, proposto pelos professores doutores Paulo Nunes (PPGCLC/Unama), Alda Costa (FACO/PPGCOM/UFPA) e Vânia Torres (FACOM/UFPA), o evento serviu para comemorar os avanços e produções que o grupo vem realizando nos últimos anos. “O Círculo de Saberes serve para comemorar a parceria entre a Unama e a Universidade Federal do Pará e celebrar a fraternidade de três pesquisadores, e estamos comemorando com muita felicidade, com debates e discussões extremamente enriquecidos”, explicou Paulo Nunes.

Alda Costa, uma das idealizadoras do grupo Narramazônia, enfatizou a importância de narrar as histórias e experiências de vida com um olhar de dentro para fora. “A gente sempre ouviu falar de um olhar de fora para dentro e o Narramazônia tem a finalidade de contar de dentro para fora, discutir quem é esse amazônida, o que ele pensa e o que ele faz. O grupo tem a finalidade de pesquisar os modos de vida e  o modo de agir dos indivíduos da Amazônia”, destacou a pesquisadora.

Integrando alunos de graduação, mestrandos, doutorandos e interessados, o evento reafirmou a necessidade de mostrar as várias faces da Amazônia, pelo olhar de quem vive nela. “Essa discussão é importante porque estamos falando de várias Amazônias. A Amazônia não é única. Da heterogeneidade e das especificidades do território. A literatura, jornalismo, publicidade e várias outras áreas do conhecimento são pesquisadas aqui", disse Alda Costa.

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Um bom professor tem um papel fundamental na vida do seu aluno. Todos nós temos alguma lembrança boa de um profissional que foi um mestre na nossa infância ou até na faculdade. Seja o “tio” ou “tia”, “professor”, “prof.” ou “mestre”, todos aqueles que trabalham com educação, na educação infantil, Ensino Fundamental ou Ensino Superior, está ajudando a formar cidadãos que construirão a sociedade em que vivem. 

O professor é uma das profissões mais antigas e mais importantes pelo seu papel na formação de crianças, jovens e adultos. Professor é aquele que ensina, que transmite conhecimento, é essencial para a formação do ser humano. Professores são mestres que levamos pela vida afora. Ser professor é viver o seu tempo com sensibilidade e consciência. É saber lidar com as diferenças, ter flexibilidade e ajudar o seu aluno a refletir. É ser um difusor do saber. 

Tenho orgulho de ter sido professor de centenas de alunos e sei que todos aqueles que decidem por seguir a docência também se sentem assim. A humanidade precisa de educadores que possibilitem transformar as informações em conhecimento e em consciência crítica, para formar cidadãos sensíveis e que busquem um mundo mais justo, mais produtivo e mais saudável para todos. 

Infelizmente, apesar da importância, os professores ainda não têm a valorização que merecem em nosso país. A grande maioria entra em salas de aula com estruturas precárias e tem salários baixos. Além disso, os cursos de Pedagogia não preparam os profissionais para lidar com problemas como violência, indisciplina e dificuldades de aprendizagem. A forma com que se trata o professor é um dos primeiros problemas que hoje enfrentamos para atrair alguém para dar aula no Brasil.

O Plano Nacional de Educação (PNE) dedica quatro de suas 20 metas aos professores: prevê formação inicial, formação continuada, valorização do profissional e plano de carreira. Para que se tenha uma dimensão do trabalho que o país tem pela frente, entre os 2,2 milhões de docentes que atuam na educação básica do país, 24% não possuem a formação adequada, conforme dados do Censo Escolar 2014. 

Durante a minha trajetória acadêmica, aprendi que o professor tem um poder que nenhum outro profissional tem. O professor pode mudar uma vida e não há profissão mais bonita nesse mundo. Entendendo, que uma sociedade desenvolvida, é uma sociedade esclarecida e o esclarecimento vem, principalmente, através dos professores. Para tal, é preciso, em primeiro lugar, a valorização desses profissionais.  A decisão sobre como devem ser formados os novos profissionais impacta no projeto educacional de qualquer nação.

Rui Barbosa, em uma de suas citações, disse aos professores:  “Se és capaz de aceitar teus alunos como são, com suas diferentes realidades sociais, humanas e culturais; se os levas a superar as dificuldades, limitações ou fracassos, sem humilhações, sem inúteis frustrações; se os levas a refletir mais do que decorar; se te emocionas com a visão de tantas criaturas que de ti dependem para desabrochar em consciência, criatividade, liberdade e responsabilidade, então podes dizer: sou mestre!”. Hoje, entretanto, precisamos dizer: “Obrigado!” aos nossos professores. Obrigado pelos esforços, pela paciência e por terem sido e serem tão importantes na nossa formação. Obrigado por nos fazerem repensar o nosso lugar no mundo, e a importância do nosso modo de estar no mundo.

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