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O número de canais de atendimento físico dos bancos vem se reduzindo, enquanto o acesso a serviços financeiros por meio remoto, como por celular, cresce significativamente. É o que aponta o Relatório de Cidadania Financeira divulgado hoje (7) pelo Banco Central (BC). As transações por aplicativos, internet banking e call centers registraram expansão significativa – de 20%, de 2015 a 2016, e de 21%, de 2016 a 2017 – e representam 66% do total das transações realizadas (remotas e presenciais).

Já as transações realizadas em canais presenciais – agências e postos, caixas de autoatendimento e correspondentes bancários – diminuíram em 5% de 2015 a 2016 e voltaram a crescer 7% de 2016 a 2017.

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Embora as transações nos canais digitais estejam aumentando velozmente, os canais de atendimento físico ainda são responsáveis por grande parte dessas operações (dados de 2017), com destaque para os correspondentes bancários (28%), que perdem apenas para as transações em internet banking (36%) e ficam acima das efetuadas por meio de celular (14%), de acordo com o Banco Central.

Pontos de atendimento

Segundo o relatório, em 2017, os pontos físicos de atendimento eram, no total, 257.570, contra 277.982 em 2015. “Existe um movimento de redução também no número de correspondentes desde 2014, com uma queda de cerca de 10% no total de pontos no período (209.938 em 2014, contra 189.002 em 2017)”, diz o relatório.

Acesso aos bancos

Em 2017, mais de 140 milhões de pessoas mantinham algum relacionamento bancário, como contas de depósitos à vista (conhecidas popularmente como contas-correntes), contas de depósitos de poupança e contas-correntes de depósitos para investimento. Esse número corresponde a 86,5% das pessoas com mais de 15 anos.

O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (21) que "aprimora" as condições para emissão, liquidação e devolução das Ordens de Transferência Eletrônica Disponível (TED). A partir de agora, o prazo de devolução de TED com erro passa a ser de até 60 minutos após liquidação. Até então, não havia prazo específico para a devolução, sendo que a regulação mandava apenas que fosse feita "tempestivamente", o que, segundo o BC, dava margem para diversas interpretações e gerava reclamações de clientes. Essa regra passa a valer a partir de maio de 2015.

Essa circular também mudou a forma como algumas instituições fazem transferências eletrônicas. Antes, dependendo da instituição, ela tinha de pedir autorização ao BC para fazer TED, sendo um pedido para cada transferência. Agora, se ela já está cadastrada para fazer esse tipo de operação, vai poder operar sem a burocracia que existia anteriormente. Essa alteração entra em vigor imediatamente.

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"Essas medidas visam conceder maior eficiência a esse importante instrumento de pagamento, beneficiando os clientes do sistema financeiro nacional, que passam a contar com maiores possibilidades de transferências e maior segurança, em caso de envio de recursos para destino e finalidades incorretos", disse o BC em comunicado divulgado hoje.

JOÃO PESSOA (PB) - A Paraíba é o segundo estado do país em escassez de acesso a serviços bancários, segundo dados divulgados pelo Banco Central, nesta segunda-feira (24). Dos 223 municípios, 47 não contam com agências bancárias ou qualquer outro estabelecimento que ofereça o atendimento.

De acordo com o BC, isso significa que em 21,1% das cidades paraibanas não há como sacar, depositar ou mesmo pagar uma fatura. Nestes locais, também não há lotéricas, caixas eletrônicos ou postos de atendimento.

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Os dados do Banco Central não detalham onde estão estes municípios, mas informa ainda que a Paraíba tem situação melhor apenas que o Piauí. Hoje, 68 dos 224 municípios piauienses, o equivalente a 30,4%, não têm nenhum serviço bancário.

Paraíba e Piauí reproduzem os valores divulgados para a região Nordeste, onde 9,1% dos 1.794 municípios não tem qualquer forma de acesso a bancos. Neste ranking, o Norte, com 7,6%, está em segundo lugar, números piores que a média nacional de 4,2%.

O BC mostra ainda que, ao todo, dos cerca de 5,6 mil municípios brasileiros, 233 tem moradores que precisam sair da cidade para ser atendido em agências ou lotéricas.

Veja a lista em ordem alfabética:

Acre: Dos 22 municípios, dois não tem serviços bancários

Alagoas: Dos 102 municípios, dois não tem serviços bancários

Amapá: Dos 16 municípios, um não tem serviços bancários

Amazonas: Dos 62 municípios, todos tem serviços bancários

Bahia: Dos 417 municípios, todos tem serviços bancários

Ceará: Dos 184 municípios, todos tem serviços bancários

Distrito Federal: Dos 21 municípios, um não tem serviços bancários

Espírito Santo: Dos 78 municípios, todos tem serviços bancários

Goiás: Dos 246 municípios, oito não tem serviços bancários

Maranhão: Dos 217 municípios, sete não tem serviços bancários

Mato Grosso: Dos 141 municípios, quatro não tem serviços bancários

Mato Grosso do Sul: Dos 78 municípios, todos tem serviços bancários

Minas Gerais: Dos 853 municípios, 17 não tem serviços bancários

Pará: Dos 143 municípios, todos tem serviços bancários

Paraíba: Dos 223 municípios, 47 não tem serviços bancários

Paraná: Dos 399 municípios, um não tem serviços bancários

Pernambuco: Dos 185 municípios, todos tem serviços bancários

Piauí: Dos 224 municípios, 68 não tem serviços bancários

Rio de Janeiro: Dos 92 municípios, todos tem serviços bancários

Rio Grande do Norte: Dos 167 municípios, 35 não tem serviços bancários

Rio Grande do Sul: Dos 496 municípios, um não tem serviços bancários

Rondônia: Dos 52 municípios, todos tem serviços bancários

Roraima: Dos 15 municípios, todos tem serviços bancários

Santa Catarina: Dos 295 municípios, um não tem serviços bancários

São Paulo: Dos 645 municípios, dois não tem serviços bancários

Sergipe: Dos 75 municípios, cinco não tem serviços bancários

Tocantins: Dos 139 municípios, 31 não tem serviços bancários

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