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A agência espacial chinesa divulgou, nesta sexta-feira (12), imagens em vídeo de sua sonda "Tianwen-1" sobrevoando Marte, dois dias depois de ter conseguido colocá-la na órbita ao redor do planeta vermelho.

No vídeo divulgado pela rede pública CCTV, a superfície do planeta aparece em meio a um céu preto. Crateras brancas são visíveis na superfície de Marte, que a sonda sobrevoa durante um dia marciano, segundo a agência oficial Xinhua.

Em plena rivalidade diplomática e tecnológica com Estados Unidos, a China abre um novo cenário de competição com um programa espacial ambicioso, cujo objetivo é estabelecer uma estação espacial habitada em 2022 e enviar um astronauta para a Lua até 2030.

"Tianwen-1" ("Perguntas ao céu-1", em chinês) foi lançada em 23 de julho da ilha de Hainan, ao sul da China.

Esse mês também foram lançadas as missões dos Emirados Árabes Unidos e dos Estados Unidos, aproveitando a conjunção do final de 2020, ou seja, o momento em que, a cada 26 meses, ambos os planetas estão mais perto um do outro.

A sonda emirati, chamada "Al-Amal" ("Esperança") foi colocada na órbita marciana na terça-feira, um dia antes da sonda chinesa, um feito histórico para a primeira missão interplanetária do mundo árabe.

A sonda chinesa é composta por três elementos: um orbitador, um módulo de descida (que pousaria em Marte) e um robô guiado remotamente.

Muito ambiciosos, os chineses esperam alcançar nesta primeira tentativa própria tudo o que os Estados Unidos conquistaram em várias missões a Marte desde a década de 1960.

Uma sonda da China retornou nesta quinta-feira (17) à Terra com amostras da Lua, na primeira missão deste tipo em mais de 40 anos, uma verdadeira façanha tecnológica no espaço.

O módulo de retorno da sonda espacial Chang'e-5 pousou durante a noite na região da Mongólia Interior (norte), informou a Agência Espacial Chinesa (CNSA) em um comunicado.

A análise das amostras ajudará na compreensão da história lunar. A missão também permite aperfeiçoar as tecnologias necessárias para astronautas chineses à Lua, algo que Pequim pretende fazer em 2030.

O canal público CCTV exibiu imagens do pouso do módulo, com a ajuda de um paraquedas, em uma área com neve.

Cientistas recolheram o módulo e colocaram uma bandeira da China próxima do aparelho.

Com a missão, a China se tornou o terceiro país a recolher rochas da Lua, depois dos Estados Unidos e da ex-União Soviética nas décadas de 1960 e 1970.

O presidente Xi Jinping transmitiu "cordiais felicitações" aos que trabalharam na missão, segundo a agência estatal Xinhua.

"A conquista brilhante de vocês ficará para sempre gravada na memória de nossa pátria e de nosso povo", disse.

- Uma operação delicada -

A última tentativa de retornar para a Terra com amostras da Lua havia sido executada com sucesso pela URSS em 1976, com a missão Luna 24.

Estados Unidos também coletaram rochas durante a missão tripulada Apolo 17 (1972), mas foram obtidas diretamente pelos astronautas, o que exigiu menos manipulações remotas.

"É uma façanha tecnológica que permitirá a Pequim confiar mais em sua tecnologia", declarou à AFP Chen Lan, analista do site GoTaikonauts.com, especializado no programa espacial chinês.

"Uma missão tão complexa ainda é, sem nenhuma dúvida, muito difícil de alcançar hoje em dia, inclusive para Estados Unidos, Rússia e as demais potências espaciais", destaca.

Chang'e 5, que recebeu o nome em homenagem a uma deusa da Lua na mitologia chinesa, foi lançada em 24 de novembro da ilha tropical de Hainan (sul da China).

O módulo pousou na Lua no dia 1 de dezembro, perto de Mons Rümker, em uma zona montanhosa nunca antes explorada. A missão consistia em recolher dois quilos de material.

Depois de recolher as amostras, o módulo de pouso da sonda teve que ascender automaticamente à órbita lunar, acoplar-se ao orbitador e transferir a carga ao módulo de retorno. Todas estas operações eram complexas porque eram dirigidas por controle remoto a partir da Terra

- "Maturidade" -

"Isto nunca havia sido feito até agora, por ninguém", destacou Jonathan McDowell, astrônomo do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, nos Estados Unidos.

"O fato de que tudo transcorreu sem problemas é um sinal de maturidade do programa espacial chinês", declarou à AFP.

As amostras permitirão aos cientistas aprender mais sobre as origens da Lua, sua formação e a atividade vulcânica em sua superfície.

A China investe bilhões de dólares em seu programa espacial para igualar o nível da Europa, Rússia e Estados Unidos.

No início de 2019 o país conseguiu alunissar uma sonda e um pequeno robô teleguiado no lado oculto da Lua, algo inédito entre todas as agências espaciais.

A China enviou o primeiro astronauta ao espaço em 2003.

O gigante asiático concluiu em junho a rede de seu sistema de navegação Beidou, rival do GPS americano.

No verão passado lançou uma sonda com destino à Marte, onde espera pousar um pequeno robô teleguiado em 2021. Também pretende criar uma grande estação espacial até 2022.

Uma nave chinesa não tripulada, carregando rochas e solo da Lua, retornou em segurança à Terra nesta quarta-feira (17), na primeira missão em quatro décadas para coletar amostras lunares, reportou a agência de notícias oficial Xinhua.

O módulo de retorno da sonda espacial Chang'e-5 pousou na região da Mongólia interior, no norte da China, noticiou a Xinhua, citando a Agência Espacial Chinesa.

Com esta missão, a China se tornou o terceiro país do mundo a recuperar amostras lunares, depois dos Estados Unidos e da União Soviética nos anos 1960 e 1970.

Pequim tenta alcançar Washington e Moscou, após levar décadas para igualar os feitos dos rivais e tem investido bilhões em seu programa espacial, de gestão militar.

A nave Chang'e-5, batizada com o nome de uma deusa mítica da Lua, pousou no satélite natural da Terra em 1º de dezembro. Enquanto esteve lá, fincou a bandeira chinesa, acrescentou a agência espacial chinesa.

Sua partida com sucesso dois dias depois representou a primeira vez que a China conseguiu fazer decolar um corpo extraterrestre, acrescentou.

Cientistas esperam que as amostras os ajudem a aprender sobre as origens da Lua, sua formação e a atividade vulcânica em sua superfície.

A missão da Chang'e-5 era coletar dois quilos de material em uma região conhecida como Oceanus Procellarum - ou "Oceano de Tempestades" - uma planície de lava até então inexplorada, segundo a revista científica Nature.

Esta foi a primeira tentativa do tipo desde a missão soviética Luna 24, em 1976.

- "Sonho espacial" -

Durante a Presidência de Xi Jinping, os planos para realizar o "sonho espacial" chinês, como ele o denomina, foram intensificados.

A China espera ter uma estação espacial tripulada em 2022 e um dia enviar seres humanos para a Lua.

Pequim lançou seu primeiro satélite em 1970. Duas décadas depois, decolava sua primeira nave espacial tripulada, com Yang Liwei tornando-se o primeiro "taikonauta" do país, em 2003.

Uma sonda lunar chinesa pousou na face oculta da Lua em janeiro de 2019, um feito inédito no mundo, que impulsionou as aspirações de Pequim de se tornar uma superpotência espacial.

A missão desta última sonda está entre uma série de metas ambiciosas, que incluem o desenvolvimento de um foguete poderoso capaz de transportar uma carga mais pesada da que os foguetes da Nasa e da empresa privada SpaceX podem levar, uma base lunar, uma estação espacial permanentemente tripulada, e uma sonda marciana.

A sonda chinesa enviada a uma zona inexplorada da Lua concluiu a coleta de amostras do solo lunar e se prepara para transportá-las à Terra, anunciou a agência espacial nacional nesta quinta-feira (3).

A sonda Chang'e 5, que chegou na terça-feira (1°) ao astro lunar, posicionou as amostras em um contêiner especial, como estava previsto. "A operação de prospecção científica aconteceu de acordo com o programado", informou a agência espacial sem revelar mais detalhes.

O objetivo da missão é obter quase dois quilos de rochas perfurando o solo até dois metros de profundidade. A análise pelos cientistas deve contribuir para explicar a história lunar.

As rochas devem chegar até meados de dezembro à Terra, na Mongólia Interior (norte da China). Se o retorno à Terra não registrar problemas, a China será o terceiro país a transportar amostras da Lua, depois dos Estados Unidos e da ex-União Soviética.

A última a realizar o feito foi a ex-União Soviética, com a missão 'Luna 24', de 1976. O canal público chinês CCTV descreveu na quarta-feira a Chang'e 5 como uma das operações "mais complicadas e delicadas" do programa espacial nacional.

A operação ambiciosa permitirá ao país asiático testar novas tecnologias, cruciais para enviar astronautas à Lua até 2030. A Chang'e 5 foi lançada em 24 de novembro da ilha de Hainan (sul da China).

O foguete está pronto e as últimas verificações estão sendo feitas. A China lança uma sonda para Marte nesta semana, uma missão complicada que reflete suas crescentes ambições espaciais contra os Estados Unidos.

O lançamento está marcado para sábado (25), na ilha tropical de Hainan (sul), conhecida por suas praias e hotéis 5 estrelas. Mas o clima ou ventos desfavoráveis podem atrasar o evento.

A missão Tianwen-1 ("Perguntas ao céu-1") levará uma sonda composta por três elementos: um orbitador de observação, que girará em torno do planeta vermelho, um módulo de aterrissagem e um robô por controle remoto, encarregado de analisar o solo marciano.

A China não é a única que quer enviar uma sonda a Marte. Os Emirados Árabes Unidos enviaram a sua ("Esperança") na segunda-feira e Estados Unidos lançará uma ("Marte 2020") em 30 de julho.

Esses países buscam se beneficiar da atual distância reduzida entre a Terra e o planeta vermelho.

Para percorrer este longo trajeto, de aproximadamente 55 milhões de km - o equivalente a quase 5.000 idas e voltas entre Paris e Nova York -, a sonda chinesa levará cerca de sete meses. Chegará ao campo de gravidade de Marte em fevereiro de 2021.

Tianwen-1 é "semelhante às missões Viking americanas de 1975-1976" em termos de "escala e ambição", explica à AFP Jonathan Mcdowell, astrônomo no Centro Harvard Smithsonian para a Astrofísica, nos Estados Unidos.

Longe da competição espacial feroz entre Estados Unidos e União Soviética durante a Guerra Fria, o país asiático recupera terreno.

Enviou seu primeiro homem ao espaço em 2003, fez pequenos robôs (os "coelhos de jade") pousarem na Lua em 2013 e 2019, e acaba de terminar em junho a constelação de satélites de seu sistema de navegação Beidu, rival do GPS americano.

- Mudança significativa na conquista do espaço -

A missão em Marte é a próxima grande etapa do programa chinês, que também prevê a construção de uma estação espacial em 2022.

"O fato de a China se juntar à conquista de Marte mudará a situação atual, dominada pelos Estados Unidos há meio século", destaca Chen Lan, analista do site Gotaikonauts.com, especializado no programa espacial chinês.

De acordo com especialistas, a experiência da China na Lua será muito útil para sua missão em Marte.

De fato, das quarenta missões soviéticas, americanas, europeias, japonesas ou indianas lançadas ao planeta vermelho desde 1960, a maioria fracassou.

Em 2011, a China tentou conquistar Marte com sua sonda Yingho-1, aclopada a uma nave russa, que acabou sofrendo um colapso.

Longe das estipulações, a China se mostra cautelosa depois de registrar alguns fracassos desde o início de 2020, com lançamentos frustrados e o retorno fracassado à Terra de uma cápsula espacial.

Os meios de comunicação chineses oferecem uma cobertura modesta dos preparativos e o lançamento do foguete Long Marche 5, que levará a sonda a Marte, não deve ser transmitido ao vivo pela televisão.

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