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A agência espacial chinesa divulgou, nesta sexta-feira (12), imagens em vídeo de sua sonda "Tianwen-1" sobrevoando Marte, dois dias depois de ter conseguido colocá-la na órbita ao redor do planeta vermelho.

No vídeo divulgado pela rede pública CCTV, a superfície do planeta aparece em meio a um céu preto. Crateras brancas são visíveis na superfície de Marte, que a sonda sobrevoa durante um dia marciano, segundo a agência oficial Xinhua.

Em plena rivalidade diplomática e tecnológica com Estados Unidos, a China abre um novo cenário de competição com um programa espacial ambicioso, cujo objetivo é estabelecer uma estação espacial habitada em 2022 e enviar um astronauta para a Lua até 2030.

"Tianwen-1" ("Perguntas ao céu-1", em chinês) foi lançada em 23 de julho da ilha de Hainan, ao sul da China.

Esse mês também foram lançadas as missões dos Emirados Árabes Unidos e dos Estados Unidos, aproveitando a conjunção do final de 2020, ou seja, o momento em que, a cada 26 meses, ambos os planetas estão mais perto um do outro.

A sonda emirati, chamada "Al-Amal" ("Esperança") foi colocada na órbita marciana na terça-feira, um dia antes da sonda chinesa, um feito histórico para a primeira missão interplanetária do mundo árabe.

A sonda chinesa é composta por três elementos: um orbitador, um módulo de descida (que pousaria em Marte) e um robô guiado remotamente.

Muito ambiciosos, os chineses esperam alcançar nesta primeira tentativa própria tudo o que os Estados Unidos conquistaram em várias missões a Marte desde a década de 1960.

A Agência Espacial Norte-americana (NASA) adiou por pelo menos 24 horas o lançamento da sonda espacial Parker Solar Probe que, após sete anos de missão, será o veículo que chegará mais próximo do sol. A decolagem estava programada para ocorrer neste sábado (11), às 4h48 (horário de Brasília), em Cabo Canaveral, no estado norte-americano da Flórida, mas problemas técnicos impediram o lançamento. As equipes vão tentar realizá-lo na manhã deste domingo (12).

A sonda estava na plataforma quando o relógio da contagem regressiva foi interrompido por um alarme. A NASA tinha um período de 65 minutos para finalizar a operação, mas não conseguiu a tempo. O dispositivo, o primeiro a visitar uma estrela, deve chegar a uma distância de 6 milhões de quilômetros do Sol.

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A sonda tem como objetivo mergulhar diretamente na atmosfera externa da coroa solar, onde as temperaturas atingem picos de 1377º C. Seus dados prometem desvendar mistérios de longa data sobre o comportamento do Sol que vão ajudar a detalhar o que acelera o vento solar e as partículas energéticas.

Além disso, a aproximação ao Sol permitirá também uma melhor compreensão sobre as manchas solares e a maneira como as regiões ativas do astro funcionam. 

Da Ansa

Uma nave espacial não tripulada da Nasa em órbita ao redor de Júpiter detectou enormes furacões nos polos, revelando surpreendentes detalhes sobre o maior planeta do Sistema Solar, informaram pesquisadores nesta quinta-feira (25).

Um comunicado da Nasa descreveu o planeta como "um mundo complexo, gigantesco e turbulento" que é muito diferente do que pensavam os cientistas.

Dois artigos na revista Science e 44 na Geophysical Research Letters descrevem um tesouro de descobrimentos desde que Juno começou a orbitar Júpiter em julho do ano passado.

"Sabíamos que Júpiter nos faria algumas surpresas", disse Scott Bolton, pesquisador principal de Juno do Southwest Research Institute em San Antonio, Texas. "Há tantas coisas acontecendo que não esperávamos ter que dar um passo atrás e repensar Júpiter como algo completamente novo".

Observando-se os polos do planeta, foi verificado que eles estão cobertos com dezenas de tempestades densamente agrupadas, possivelmente deixando cair granizo ou neve.

As imagens dos polos, nunca antes vistAs, "mostram as massas brilhantes de forma oval que são significativamente diferentes do que se podia observar nos polos de Saturno", detalhou um dos estudos da revista Science.

Esses óvalos são enormes tempestades, algumas das quais medem até 1.400 quilômetros de diâmetro.

Agora são necessários mais estudos para entender melhor a natureza das tempestades de Júpiter, e por que o planeta atua dessa maneira.

A sonda Juno foi lançada em 2011 e fez sua primeira volta em Júpiter em 27 de agosto de 2016. A missão está programada para terminar em fevereiro de 2018, quando se autodestruirá ao mergulhar na atmosfera do planeta.

O projeto, com um investimento de 1,1 bilhão de dólares, tem como objetivo observar por baixo das nuvens de Júpiter pela primeira vez para saber mais sobre a atmosfera do planeta e quanta água contém.

Em 11 de julho "voaremos diretamente sobre um dos locais mais emblemáticos de todo o Sistema Solar: a Grande Mancha Vermelha de Júpiter", anunciou Bolton. "Se alguém vai chegar ao fundo do que está acontecendo por baixo dessas gigantescas nuvens carmesim, é Juno e seus penetrantes instrumentos científicos".

Um rapaz norte-americano apaixonado fez uma proposta de casamento "de outro mundo" a sua amada. Para isso, enviou um urso branco de pelúcia com um coração vermelho gigante ao espaço, por meio de uma sonda espacial. O bicho carregava ainda, em suas costas, um enorme bilhete, que dizia: "Amy, você é realmente de outro mundo! Quer se casar comigo?".

O idealizador do pedido inusitado foi Erik Rasmussen, que é apaixonado pelo espaço. Para concretizar sua ideia, ele desembolsou US$ 500 que, além de financiar o pedido, ainda contribuiu para o projeto "Earth to Sky Calculus", no qual jovens estudantes da Califórnia lançam sondas ao espaço para monitorarem os efeitos da radiação cósmica na atmosfera terrestre e procuram novas formas de vida na estratosfera.

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Para sustentar as despesas dos lançamentos das sondas, que acontecem quase semanalmente, os estudantes colocam suas sondas espaciais à disposição para carregarem objetos e mensagens de qualquer tipo (que vão desde bilhetes de aniversário a pedidos de casamento) mediante a um pagamento de uma taxa.

"Eu pedi para ela fechar os olhos e, quando estava tudo pronto, fiquei de joelhos com o anel em mãos e então disse para ela abrir os olhos. Enquanto ela começava a se dar conta do que estava acontecendo, fiz o pedido", explicou Erik ao site "Space Weather". "Ela ficou entusiasmada e muito impressionada com esforço que fiz para realizar essa proposta e, é claro, ela disse sim", concluiu.

A sonda espacial europeia Rosetta tenta se comunicar com o robô Philae, adormecido há quatro meses no cometa Churyumov pela falta de exposição aos raios solares - informou nesta quinta-feira (12) a Agência Espacial Europeia (ESA).

O robô Philae, do tamanho de uma máquina de lavar roupas, está no modo "sleep" desde o último 15 de novembro, após aterrissar sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. O Philae conseguiu transmitir fotos e dados a partir da superfície do corpo celeste de cerca de 4 quilômetros de diâmetro, antes de adormecer pela falta de energia.

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Da Terra, a mais de 450 milhões de quilômetros de distância, os cientistas da ESA instruíram a sonda Rosetta, que acompanha o cometa em seu périplo ao Sol, para que ative os sistemas destinados a 'escutar' um eventual sinal de vida de Philae. O robô esgotou toda a sua energia porque acabou pousando em um lugar mal iluminado e, portanto, suas baterias solares não podem ser recarregadas.

"O sistema de comunicação Philae (ESS - Electrival Support System) a bordo (da sonda europeia) Rosetta foi ligado às 1h00 GMT (22h00 de quarta-feira no horário de Brasília). Ele permanecerá ligado até 20 de marco. Nenhum sinal foi observado até o momento", indicou um porta-voz da ESA.

Após mais de dez anos de viagem interplanetária, a sonda Rosetta gravita em torno do cometa e o acompanha em seu deslocamento de trajetória elíptica ao redor do Sol. Está previsto para que em 13 de agosto ambos alcancem o ponto mais próximo ao astro-rei, que estará então a 186 milhões de quilômetros de distância.

Está acordado?

O robô Philae pesa 100 quilos na Terra e apenas um grama no cometa, onde quase não existe a força da gravidade. Conta com 10 instrumentos de observação, entre eles seis câmeras fotográficas, um tomógrafo e um espectrômetro.

Sua missão é buscar moléculas orgânicas que tenham desempenhado um papel na aparição da vida na Terra, aproveitando que os cometas são os corpos mais antigos do sistema solar.

Com seus instrumentos, o robô já pode coletar uma compilação de imagens e dados científicos, transmitidos à sonda Rosetta, que por sua vez os enviou à Terra, algo que espera voltar a fazer caso fique comprovado que o Philae despertou e consigam voltar a se comunicar.

"A dificuldade é se o Philae conseguirá acumular energia suficiente (através de seus painéis solares) para acordar e enviar um sinal a Rosetta", explicou Patrick Martin. A sonda Rosetta foi lançada ao espaço em 2004 e já percorreu cerca de 6,5 bilhões de quilômetros no espaço e sua missão custou 1,3 bilhões de euros.

O tempo ruim provocou o adiamento do lançamento da sonda espacial japonesa Hayabusa-2, previsto inicialmente para 30 de novembro, anunciou a Agência de Exploração Espacial Japonesa (Jaxa). A nave, que deve realizar uma missão de seis anos, deveria decolar do Centro Espacial de Tanegashima, sul do Japão, mas a previsão do tempo provocou o adiamento.

A nova data ainda não foi definida pela Jaxa. O projeto, de 260 milhões de dólares, consiste em fazer uma sonda chegar ao remoto cometa JU3, com o objetivo de recolher materiais virgens, não afetados por uma exposição milenar ao vento solar e à radiação.

O lançamento da sonda nipônica, que acontecerá poucas semanas depois do histórico pouso da sonda europeia Rosetta em um asteroide a mais de 500 milhões de quilômetros da Terra, será exibido por um canal especial no sistema 4K experimental, quatro vezes superior à alta definição atual.

Uma sonda espacial chinesa lançada há uma semana rumo à Lua regressou à Terra na madrugada deste sábado (1°) após orbitar o satélite, informou a agência de notícias Xinhua, citando o centro de controle espacial de Pequim.

Os cientistas chineses conseguiram, pela primeira vez na história do país, fazer regressar um dispositivo espacial, que resistiu à viagem de volta enfrentando temperaturas elevadíssimas na reentrada na atmosfera terrestre.

A sonda pousou na região da Mongólia Interior, após atingir uma velocidade de 11,2 quilômetros por segundo e reduzi-la com sucesso, destacou a Xinhua, acrescentando que o dispositivo bateu "fotos fantásticas" da Terra e da Lua.

Lançada no dia 24 de outubro da base espacial de Xichang, na província de Sichuan (sudoeste), a sonda chegou a 413.000 km de distância da Terra.

A administração estatal de Ciências, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional (SASTIND) informou na semana passada que a sonda testaria a tecnologia que será utilizada na missão Chang'e-5, prevista para 2017, cujo objetivo será recolher amostras do solo lunar.

A sonda espacial Chang'e-3 pousou, neste sábado (14), na Lua, o que faz da China a terceira nação do mundo a realizar uma alunissagem, depois dos Estados Unidos e da URSS, informou o canal estatal CCTV. Depois de ter acionado os retrofoguetes para diminuir a velocidade, a Chang'e-3 pousou em uma área conhecida como baía do arco-íris, onde desembarcará o veículo de exploração teleguiado "coelho de jade".

A façanha tecnológica, que estabelece uma etapa importante no ambicioso programa espacial chinês, é uma conquista em 37 anos, pois esta é a primeira vez que uma sonda consegue pousar lentamente na superfície lunar desde a missão soviética Luna 24, em agosto de 1976.

O processo final de descida do módulo, de uma altura de 15 km sobre a superfície lunar, começou às 21H00 (11H00 de Brasília) e durou 12 minutos, segundo as imagens exibidas ao vivo pela televisão chinesa.

A alunissagem havia sido descrita como a parte "mais difícil" da missão pela Academia Chinesa de Ciências em uma mensagem na conta da Chang'e-3 na rede social Sina Weibo (o equivalente chinês do Twitter).

O fato representa mais um passo no ambicioso programa espacial da China, que é visto como uma mostra do crescente poder do país no mundo e de seus avanços tecnológicos, assim como do êxito do Partido Comunista em mudar o país.

A Índia se prepara para seu lançar seu projeto espacial mais ambicioso, com a viagem a Marte, nesta terça-feira (5), de uma sonda desenvolvida em poucos meses e de baixo orçamento. Após o fracasso, em 2011, da primeira missão marciana da China, a Índia, sua grande rival nessa área, quer marcar sua posição na história da exploração interplanetária como o primeiro país asiático a chegar ao Planeta Vermelho, a mais de 200 quilômetros da Terra.

A missão consiste em mandar ao planeta um satélite de 1,3 tonelada, o Mars Orbiter, com ajuda de um foguete de 350 toneladas da base de Sriharikota, na baía de Bengala, 80 km a nordeste de Chennai (Madras).

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A sonda é provida de captadores destinados a medir a presença de metano na atmosfera de Marte, o que daria crédito à hipótese de uma forma primitiva deste planeta que reuniria condições similares às da Terra.

"Todas as missões interplanetárias são complexas. No caso de Marte, foram dedicadas a este planeta 51 missões no mundo, 21 delas bem sucedidas", explicou à AFP o diretor da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), K. Radhakrishnan.

Um êxito seria motivo de grande orgulho para este país de 1,2 bilhão de habitantes. Em 2008, uma sonda indiana permitiu a descoberta da presença de água lunar, 39 anos depois da façanha de Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na Lua.

Além disso, reforçaria a fama industrial e tecnológica da Índia, que produz o carro mais barato do mundo e se impõe como líder mundial da inovação de baixo orçamento.

A missão a Marte, iniciada em 2012, custou apenas 4,5 bilhões de rúpias (72 milhões de dólares), concebida com base no "Jugaad", um princípio tipicamente indiano que consiste em encontrar a solução menos onerosa possível.

O foguete que deve transportar o Mars Orbiter não é muito menos potente para sua missão. Os engenheiros da ISRO tiveram a ideia de colocar a sonda para girar ao redor da Terra durante um mês para que ganhe velocidade suficiente para escapar da força da gravidade terrestre.

"Não a subestimem por ser uma missão barata e pioneira", advertiu o jornalista científico indiano Pallava Bagla. "Está o Jugaad, está a inovação e todo mundo busca hoje em dia fazer missões de baixo custo", assegurou.

Vários países lançaram missões espaciais a Marte, em especial Estados Unidos, Rússia, Japão e China.

A missão russo-chinesa fracassou em 2011 porque a sonda russa Phobos-Grunt, que devia colocar na órbita do Planeta Vermelho o satélite chinês Yinghuo-1, não chegou a tomar sua trajetória rumo a Marte.

A Nasa lançará em 18 de novembro uma sonda, Maven, para a camada atmosférica mais elevada de Marte, com a finalidade de entender melhor as razões do desaparecimento da maior parte de sua atmosfera.

Em sua chegada ao planeta em 2012, o robô Curiosity, da Nasa, uma espécie de pequeno jipe robô, equipado com dez instrumentos, conseguiu determinar pela primeira vez que Marte foi propício à vida microbiana em um passado distante, ao mesmo tempo em que descartou a possibilidade de presença atual de vida no planeta.

A contagem regressiva oficial para o lançamento da sonda indiana, denominada "Mangalyaan" (artefato marciano, em hindi) pela imprensa local, começou às 06H08 locais de domingo (23H08 de Brasília), coincidindo com a festa hindu das luzes, a Diwali.

O lançamento está previsto para as 14H38 de terça (07H38 de Brasília).

Fragmentos da sonda espacial russa Phobos-Grunt caíram nas águas do Oceano Pacífico, anunciou o comando das Tropas Espaciais da Rússia.

Lançada do cosmódromo Baikonur na madrugada de 9 de novembro de 2011, com destino a Phobos, uma das luas de Marte, a sonda não conseguiu sair da órbita terrestre.

A Roscosmos estima que, na superfície terrestre, caiam entre 20 a 30 fragmentos, cujo peso total não será superior a 200 quilogramas. Os componentes do combustível vão se queimar nas camadas densas da atmosfera, a cerca de cem quilômetros de altitude.

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