Tópicos | Substituto de Cunha

Após o PT recuar e dizer que não apoiaria mais o nome de Rodrigo Maia (DEM) na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados e da deputada Luiza Erundina (PSOL) registrar candidatura, o vice-presidente nacional do PT, deputado José Guimarães (CE), afirmou tem “todas as condições” de apoiar a postulação de Marcelo Castro (PMDB-PI).  

Castro foi ministro da Saúde do governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e votou contra a admissibilidade do processo de impeachment da petista. Ele será o candidato peemedebista na disputa. 

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“Temos todas as condições de apoiar o deputado Marcelo Castro como nosso candidato à presidência da Câmara. Ele sempre foi leal as nossas causas. Marcelo Castro votou: contra a reforma política do [Eduardo] Cunha; contra o golpe; foi ministro da Dilma e sempre nos acompanhou nas votações aqui”, argumentou Guimarães, em publicação no Twitter.

Até a noite dessa segunda-feira (11), a bancada petista tendia a apoiar o nome democrata da disputa, com o aval do ex-presidente Lula. A possibilidade causou polêmicas entre os parlamentares. A eleição para a escolha do substituto de Eduardo Cunha será nesta quarta-feira (13). 

Licenciados dos mandatos de deputado federal para assumir o comando de secretarias do Governo de Pernambuco, o titulares das pastas de Cidades, André de Paula (PSD), e Transportes, Sebastião Oliveira (PR), foram exonerados dos cargos a pedido, nesta terça-feira (12).  Os dois voltam à Câmara Federal, pela segunda vez este ano, para participarem da escolha do novo presidente que substituirá, em mandato tampão, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que renunciou ao posto no último dia 7.

Os dois, entretanto, não vão votar junto com o PSB, partido do governador Paulo Câmara. Os socialistas escolheram o deputado Júlio Delgado para representá-los na disputa. Oliveira compõe o grupo dos partidos que integram o chamado "centrão", aliados a Cunha, e já tem o deputado Fernando Giacobo (PR-PR) como candidato ao cargo. Giacobo é atualmente o segundo vice-presidente da Casa. 

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Já André de Paula, que é presidente estadual do PSD, deve se alinhar ao partido que disputará a presidência com Rogério Rosso (DF), apontado como o indicado de Cunha. Rosso foi presidente da comissão especial que votou pela admissibilidade do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) na Câmara. 

Até o momento, além de Rosso e Giacobo outros nove deputados estão inscritos para a disputa: Evair Vieira de Melo (PV-ES); Fausto Pinato (PP-SP) - ex-relator do processo por quebra de decoro parlamentar de Cunha no Conselho de Ética; Carlos Gaguim (PTN-TO) - aliado do peemedebista; Marcelo Castro (PMDB-PI) - ex-ministro da Saúde e desafeto do deputado afastado; Carlos Manato (SD-ES) - também próximo de Cunha; a filha do ex-deputado Roberto Jefferson, Cristiane Brasil (PTB-RJ); a pré-candidata à Prefeitura de São Paulo Luiza Erundina (PSOL-SP); Fábio Ramalho (PMDB-MG) e Heráclito Fortes (PSB-PI).

A expectativa é de que Rodrigo Maia (DEM-RJ) também formalize a candidatura nas próximas horas e Heráclito Fortes abdique da corrida para dar lugar a Delgado. A eleição vai acontecer nesta quarta-feira (13), as inscrições encerram às 12h do mesmo dia. As 14 cabines de votação já estão sendo instaladas no plenário da Câmara.

Com a data da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados agendada, até agora, para a próxima quinta-feira (14), cinco parlamentares já oficializaram a postulação ao cargo. Todos os nomes são de partidos aliados ao governo. O candidato eleito substituirá Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que renunciou ao cargo de presidente da Casa na última quinta (7).

O primeiro a entrar na disputa, ainda na quinta, foi Fausto Pinato (PP-SP). Ele foi o primeiro relator do processo que pede a cassação de Cunha no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. No mesmo dia, o deputado Carlos Henrique Gaguim (PTN-TO) também entrou na disputa.

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Na sexta (8), foi a vez do deputado Carlos Manato (SD-ES). Ele é o atual corregedor da Câmara e está em seu quarto mandato como deputado federal. O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) foi o quarto a oficializar a postulação. O peemedebista foi ministro da Saúde no governo Dilma e apesar do rompimento de seu partido com o governo defendeu o voto contrário ao impeachment da presidente afastada. O último registro solicitado até às 18h de ontem foi o do também peemedebista Fábio Ramalho.

Caso a data da eleição permaneça na quinta, os parlamentares podem se inscrever até o meio-dia da mesma data. Uma briga entre o presidente em exercício Waldir Maranhão e o colégio de líderes tem gerado um impeasse quanto a data da escolha. A liderança defende que a votação ocorra na terça-feira (12).

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