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O laboratório britânico AstraZeneca e a Rússia anunciaram nesta sexta-feira (11) testes clínicos conjuntos que combinam suas duas vacinas contra o novo coronavírus.

"Anunciamos um programa de testes clínicos para avaliar a segurança a imunogenicidade da combinação da ASD1222, desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford, e Sputnik V, desenvolvida pelo instituto de pesquisa Gamaleya", anunciou a unidade da AstraZeneca na Rússia em um comunicado.

Os testes incluirão voluntários com mais de 18 anos. As duas vacinas usam adenovírus.

Em um comunicado publicado nesta sexta-feira, o Fundo Soberano Russo, que participa no desenvolvimento da vacina, afirma que propôs em novembro a AstraZeneca o uso de um dos dois componentes da vacina Sputnik V.

"A AstraZeneca aceitou a proposta (...) de usar um dos dois vetores da vacina Sputnik V nos testes clínicos adicionais de sua própria vacina, que começarão antes do fim do ano", indicou o fundo soberano.

"As combinações das diferentes vacinas contra a covid-19 podem ser una etapa importante para criar uma proteção maior", afirmou a AstraZeneca, explicando que ao unir duas pesquisas é possível obter uma "resposta imunológica melhor".

A Rússia afirmou que sua vacina tem eficácia de 95%. Atualmente está na fase 3 de testes clínicos em 40.000 voluntários. O país iniciou na semana passada a vacinação em parte da população.

A AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram que sua vacina tem eficácia de 70% em média.

Das 48 vacinas experimentais contra a Covid-19 que se encontram atualmente em testes clínicos em humanos, apenas 11 entraram na fase 3, a última antes da homologação pelas autoridades, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A seguir um resumo das primeiras vacinas que podem chegar ao mercado.

- "RNA mensageiro", a vanguarda:

Estas são atualmente as vacinas potenciais que parecem as mais avanças e que utilizam uma tecnologia inovadora, que consiste em injetar nas células humanas fragmentos de instruções genéticas chamadas RNA mensageiro, para que produzam proteínas ou "antígenos" específicos de coronavírus. Estas proteínas serão enviadas ao sistema imunológico, que então produzirá anticorpos.

- Pfizer: o grupo farmacêutico americano e seu sócio alemão BioNTech se preparam para solicitar à Agencia de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos uma autorização de utilização de emergência para uma vacina que poderia estar disponível até o fim do ano. As empresas apresentaram há alguns dias resultados provisórios da fase 3 que mostram uma eficácia de "mais de 90%" nos participantes.

- Moderna: a empresa americana de biotecnologia anunciou na segunda-feira que sua vacina tem eficácia de 94,5%. Planeja produzir 20 milhões de doses até o fim do ano.

- Tecnologia do vírus inativado, bem conhecida:

Várias vacinas apostam nesta tecnologia: os agentes infecciosos do SARS-CoV-2 são tratados quimicamente, ou por calor, para perder a nocividade, ao mesmo tempo que conservam a capacidade de provocar uma resposta imunológica. É a forma mais tradicional de vacinação.

- Sinovac: a empresa de biotecnologia chinesa iniciou um teste de fase 3 para a "CoronaVac" com milhares de voluntários, principalmente no Brasil.

- Sinopharm, outro laboratório chinês, tem dois projetos de vacinas com institutos de pesquisas chineses. O país prevê uma capacidade de produção até o fim do ano de 610 milhões de doses por ano de várias vacinas contra a covid-19 e o governo já autorizou o uso urgente de algumas delas.

- A empresa indiana Bharat Biotech começou a recrutar em novembro quase 26.000 pessoas para a sua "COVAXIN", desenvolvida com o apoio do governo, e aposta em uma vacina disponível no primeiro semestre de 2021.

- Vacinas de vetores virais:

As vacinas de "vetor viral" usam como suporte outro vírus mais virulento, transformado para adicionar uma parte do vírus responsável pela covid-19. O vírus modificado penetra nas células das pessoas vacinadas, que fabricam uma proteína típica do SARS-CoV-2, educando seu sistema imunológico a reconhecer o novo coronavírus.

- AstraZeneca, grupo anglo-sueco, e a Universidade de Oxford: sua vacina utiliza como vetor viral um adenovírus. Os resultados do teste de fase 3 são aguardados para as próximas semanas.

- Johnson & Johnson: a empresa americana iniciou dois testes clínicos de sua candidata, composta por um adenovírus modificado, uma de apenas uma dose e a outra com duas doses. Em todo o mundo 90.000 voluntários devem participar da pesquisa. Os resultados devem ser anunciados no primeiro trimestre de 2021.

- CanSino Biological: a empresa chinesa desenvolveu a "Ad5-nCoV" em conjunto com o exército, uma vacina baseada em adenovírus. Os testes de fase 3 começaram no México, Rússia e Paquistão.

- Sputnik V: desenvolvida pelo Centro de Pesquisas em Epidemiologia Gamaleya, em parceria com o ministério russo da Defesa, esta vacina se baseia na utilização de dois vetores virais, dois adenovírus. Os russos anunciaram recentemente uma eficácia de 92%. Porém, o l instituto Gamaleya foi acusado de romper os protocolos habituais para acelerar o processo científico. Várias políticos russos anunciaram que foram vacinados com a Sputnik V.

- Uma vacina de proteína recombinante:

- Novavax: a empresa de biotecnologia americana trabalha em uma vacina chama "subunitária" recombinante. O coronavírus possui em sua superfície algumas pontas (proteínas virais) para entrar em contato com as células e infectá-las. Estas proteínas podem ser reproduzidas e apresentadas depois ao sistema imunológico para provocar uma reação. A Novavax iniciou em setembro o teste clínico de fase 3 no Reino Unido e no fim de novembro deve começar um teste nos Estados Unidos. Dados preliminares são aguardados para o primeiro trimestre de 2021.

A Rússia anunciou nesta quarta-feira (15) que fez os primeiros testes clínicos em seres humanos de uma vacina contra o novo coronavírus, que serão concluídos no fim de julho.

Os testes, organizados pelo ministério da Defesa da Rússia e o Centro de Pesquisas em Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleya, começaram em meados de junho em um hospital militar de Moscou, com um grupo de voluntários composto, principalmente, por militares russos, mas também por alguns civis.

O primeiro grupo, de 18 voluntários, "concluiu sua participação e saiu do hospital", afirmou o ministério da Defesa em um comunicado. A tarefa principal para o grupo era comprovar a segurança da vacina e a tolerância do organismo humano a seus componentes, segundo o ministério.

Os voluntários permaneceram hospitalizados durante 28 dias depois da vacinação, que aconteceu em 18 de junho, e foram objetos de exames diários.

Durante o período, as funções vitais dos corpos dos voluntários permaneceram "dentro dos limites da normalidade, sem que nenhum efeito adverso grave ou complicação fosse registrado", afirma o comunicado.

Um segundo grupo de 20 voluntários, vacinado em 23 de junho, está atualmente em isolamento no hospital sob controle médico.

Os testes clínicos da vacina devem ser concluídos no fim de julho, segundo o ministério.

A Rússia registra 746.369 casos de coronavírus e 11.770 mortes por COVID-19, segundo os dados oficiais.

Com pandemia do novo coronavírus se expandindo e se agravando em todo o mundo, países e indústria farmacêutica estão duplicando esforços para criar vacina que combata a doença COVID-19. A China aprovou duas vacinas experimentais contra a COVID-19 para a fase um, bem como dois testes clínicos, informou nesta terça-feira (14) a agência de notícias Xinhua.

Estas duas novas vacinas contra o SARS-CoV-2 foram desenvolvidas, recorrendo a vírus inativados, pelo Instituto Wuhan de Produtos Biológicos e por uma unidade da Sinovac Biotech de Pequim, empresa cotada na Nasdaq, em conjunto com outras importantes instituições de pesquisa científica.

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Anteriormente, o médico chinês Wang Kaili observou que a vacina contra a infecção pelo novo coronavírus que estava sendo desenvolvida na China estaria apenas entrando na primeira fase de testes clínicos, e que provavelmente levaria mais de um ano para ficar pronta.

Os testes clínicos de uma primeira vacina desenvolvida na China já começaram em meados de março, com a participação de 108 voluntários. Essa vacina foi desenvolvida pela Academia de Ciências Médicas Militares da China e pela empresa de biotecnologia CanSino Bio, cotada na bolsa de Hong Kong.

A COVID-19, doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, teve origem na cidade de Wuhan na China em dezembro do ano passado, tendo o epicentro da doença mudado mais tarde para a Itália e posteriormente para os EUA.

Da Sputnik Brasil

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