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No município de Aquiraz, no Ceará, um empresário diz que teve um prejuízo avaliado em R$ 140 mil com o apagão de quarta-feira (21), que atingiu o Norte e Nordeste do pais. Silvio Monteiro é criador de tilápias, e teve cerca de 15 tonelada de peixes perdidos pela falta do sistema de oxigenação da água, que é sustentado pela energia.

O empresário tem quatro reservatórios de peixe e ia iniciar as vendas dos animais na semana santa. O peixe custa em média de R$10 a R$ 15 reais. Em cada viveiro ficam em média 15 mil peixes. Cerca de no mínimo 25 mil peixes morreram, calculando um valor de R$ 140 mil em prejuízo para o empresário.

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O sistema de oxigenação contava com bombas reservas que funcionam a gasolina, mas não foi o suficiente para salvar todos os peixes.

Os peixes foram doados. O empresário vai recorrer à justiça em busca de ressarcimento do prejuízo.

Piscicultores da maior região produtora de tilápias do País paralisaram nesta sexta-feira (12) a passagem de carros pela ponte rodoferroviária sobre o Rio Paraná, que liga os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. O ato foi uma tentativa de interromper a queda do nível do reservatório de Ilha Solteira, no Rio Paraná, entre os dois Estados, onde estão concentradas 38 fazendas aquáticas que produzem 22 mil toneladas de tilápias (saint peter) por ano.

Por quatro horas, aproximadamente 200 piscicultores paralisaram o tráfego de veículos por cerca de 2 quilômetros na parte rodoviária dos dois lados da ponte. Apenas ambulâncias e carros de emergência foram liberados. Depois de quatro horas, os manifestantes encerraram o ato. Ao final, os piscicultores conseguiram a promessa de um encontro com representantes da Procuradoria Geral do Estado, da Cesp e da Casa Civil, para discutir a situação.

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"Foi uma vitória. Conseguimos chamar a atenção para a situação de prejuízo dos piscicultores", disse a secretária executiva da Associação dos Piscicultores de Três Fronteiras e Região (Apropesc), Marilsa Fernandes. Segundo ela, a produção de tilápias, que emprega cerca de 5 mil trabalhadores, caiu até 40% neste ano, por conta da falta de água. "Pelo menos cinco grandes fazendas paralisaram as atividades e dispensaram centenas de trabalhadores", afirmou.

Os piscicultores querem que a geração de energia elétrica seja paralisada pela hidrelétrica de Ilha Solteira. A geração e a estiagem reduziram o nível do reservatório a um ponto que não produz mais oxigênio para sustentar a criação dos peixes nas fazendas, que receberam até incentivos do Governo Federal para serem instaladas. "Os piscicultores tentam mudar os tanques redes de lugar, para regiões mais profundas, mas nem sempre isso é possível ou dá resultado", disse Marilsa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma equipe do governo brasileiro, através da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estará em Israel até esta quinta-feira (13), visando promover a transferência de técnicas que fazem do país um dos líderes em produtividade e cultivo em condições extremas. A Tilápia criada pelos israelenses, por exemplo, engorda mais rápido e tem mais filé que a criada aqui.

Dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) mostram que a pesca é essencial para a sobrevivência e a segurança alimentar de cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo. Ao mesmo tempo, ainda segundo a FAO, 80% das espécies de peixes do mundo já foram exploradas ao máximo ou estão se esgotando.

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O grupo fez uma visita ao Centro de Alta Tecnologia em Produção de Algas Marinhas, que trabalha com a produção de vacinas para peixes, em Rehovot, no último domingo (9). Na segunda-feira (10), a comitiva conheceu uma fazenda de criação de trutas e de esturjão – destinado a produção de caviar, no Kibutz Maoz Haim, no Vale de Beit-Shean.

A comitiva conheceu também a produção em gaiolas no mar mediterrâneo. Nesta quarta-feira (12) está reservado para uma visita à Estação de Pesquisa em Aquicultura “Dor”, no Moshav Dor e para conhecer o “Dagon”, Centro de Criação de Peixes, no Kibutz Maagan Michael. A missão acontece a convite do ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Rural de Israel, Yair Shamir.

A aquicultura é apontada como alternativa para a sobrepesca - e um dos maiores potenciais do mundo para o cultivo de peixes está no Brasil. O país tem condições, com o aproveitamento de apenas 0,5% da lâmina de água de lagos e reservatórios, de produzir mais de 20 milhões de toneladas de pescado por ano, segundo levantamento do Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA). A produção atual é de cerca de 500 mil toneladas, e um dos grandes desafios está na tecnologia de produção.

Investimento

Este ano, os Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura operados pela Companhia estão recebendo investimentos de R$ 14 milhões. Os recursos estão sendo destinados principalmente para reforma e ampliação das unidades, que têm como principal objetivo promover a revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

A expectativa é que isso contribua para o aumento da produção nos centros integrados nesse ano, o que possibilitará que passem a produzir cerca 15 milhões de alevinos. Dentre as espécies nativas produzidas destacam-se Matrinxã, Dourado, Surubim e Piau; e as espécies exóticas, usadas na piscicultura comercial, Tambaqui e Tilápia.

A Companhia também espera triplicar o número de peixamentos realizados em relação ao ano passado – serão cerca de 100 em 2013. A ação consiste no repovoamento do rio usando algumas espécies nativas de peixes da bacia do São Francisco, produzidas nos Centros Integrados. Por meio dessa iniciativa, a empresa busca a manutenção e o aumento dos estoques pesqueiros, garantindo o futuro da pesca e gerando renda para a população local. Ao todo, são sete centros integrados, distribuídos nos estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe.

Com informações da assessoria

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