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Hoje (30) é o Dia Mundial do Transtorno Bipolar. A data tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre os estigmas associados ao transtorno. A doença é caracterizada pela oscilação de humor – com momentos depressivos e outros de mania ou hipomania, ou seja, de extrema felicidade e agitação.  

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), essa doença atinge atualmente cerca de 140 milhões de pessoas no mundo. A bipolaridade é um transtorno psiquiátrico que pode causar grande sofrimento a quem é acometido por ele e a familiares, amigos e cuidadores que convivem de modo constante com esse indivíduo.

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De acordo com psicólogos do Grupo Said – empresa de cuidadores de idosos – o diagnóstico ocorre com maior frequência na adolescência e fase adulta, e em menor escala, em crianças e idosos. Entre este último público, o percentual de incidência do transtorno varia entre 10% a 25% dos pacientes.   

Existem dois tipos de transtorno bipolar: o tipo I e o tipo II. No primeiro, a pessoa passa por momentos de depressão e de mania e, no segundo, há momentos de hipomania e depressão. Nos episódios de depressão, o idoso tende a se isolar, procura ficar mais tempo na cama, muitas vezes há perda de apetite e alterações no sono. Nos momentos de hipomania, o paciente costuma ficar mais alegre, um tanto eufórico, com mais energia que o habitual.

No estágio da mania, a euforia é mais intensa, com risco de ter condutas que o colocam em risco. Para que sejam classificados dentro do quadro da bipolaridade, é necessário que os sintomas persistam por, no mínimo, quatro dias seguidos. 

Com o objetivo de auxíliar idosos que passam pelo transtorno, o Grupo Said sugere que a família e os cuidadores compreendam que neste processo eles também são afetados pelos sintomas, uma vez que participam da rotina e acompanham o decorrer dos episódios. Contudo, é essencial seguir os cuidados médicos indicados e, em casos de medicação, se atentar para que seja tomada de forma correta.  

A estrela do pop Mariah Carey revelou em entrevista à revista People que tem lutado nos últimos anos contra um transtorno bipolar, que hoje controla com medicação. A cantora revelou que foi diagnosticada em 2001.

"Não acreditei, não queria acreditar, não queria carregar o estigma de uma doença crônica que me definiria e, possivelmente, acabaria com minha carreira", revelou a cantora de 48 anos, que após os "mais duros anos" decidiu contar sua história.

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"Estou bem agora e cômoda discutindo minha luta contra o transtorno bipolar". Carey tem transtorno bipolar tipo II, que segundo a clínica Mayo se caracteriza por episódios hipomaníacos e depressivos.

"Meus episódios depressivos se caracterizavam por pouca energia. Me sentia cansada, só, triste e até culpada por não estar fazendo o que era necessário para minha carreira", revelou Carey, uma das cantoras de maior sucesso de todos os tempos, com mais de 200 álbuns vendidos.

"Vivia em negação e isolada, e com muito medo de que alguém revelasse minha situação. Era um peso muito grande que carregava e já não aguentava mais. Procurei e recebi tratamento, me cerquei de gente positiva e estou de volta fazendo o que mais amo, escrever canções e fazer música".

Um estudo realizado na Inglaterra, França, Holanda, Espanha, Itália e Brasil buscou identificar quais são as pessoas mais vulneráveis a um transtorno mental grave. O levantamento constatou que homens jovens, minorias étnicas e moradores de áreas com baixos indicadores socioeconômicos são os mais propensos a apresentar um primeiro episódio psicótico.

Entre os transtornos mentais abarcados pela pesquisa estão esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar e depressão com sintomas psicóticos, como alucinações, ideias delirantes e desorganização do pensamento. No Brasil, o trabalho foi feito pela Universidade de São Paulo (USP) com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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Em países europeus, tem sido observada maior ocorrência do primeiro episódio psicótico em grandes centros urbanos em comparação com pequenas vilas e áreas rurais e em grupos étnicos minoritários, como imigrantes negros do Caribe e da África. No Brasil, o levantamento foi feito em 26 municípios da região administrativa de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. 

Ao todo, os pesquisadores identificaram 2774 pacientes que apresentaram um primeiro episódio de transtornos psicóticos, dos quais 1578 eram homens e 1196 mulheres, com idade média de 30 anos. Na região de Ribeirão Preto, a incidência foi de 21 novos casos por 100 mil habitantes por ano.

Segundo o pesquisador Paulo Rossi Menezes, o estudo derruba um mito do século 20. "O estudo confirmou que a incidência do primeiro episódio psicótico varia muito entre grandes centros urbanos e regiões mais rurais e indicou que os fatores determinantes centrais para essa grande variação são, provavelmente, ambientais. Até o fim do século 20, acreditava-se que os principais fatores etiológicos de transtornos psicóticos seriam genéticos, mas os dados do estudo apontam que os fatores ambientais desempenham um papel muito relevante", disse o professor.

Os estudiosos também identificaram alta incidência do transtorno mental grave em minorias étnicas e em áreas com menor porcentagem de casas ocupadas por seus proprietários. Isso sugere que as condições socioeconômicas das pessoas e do ambiente onde vivem têm papel importante na causa do problema. O fato de haver maior incidência em homens de 18 a 24 anos em comparação com mulheres na mesma faixa etária ainda é desconhecido. Uma das hipóteses está relacionada ao processo de amadurecimento cerebral. 

De acordo com Menezes, experiências traumáticas na infância e experimentar maconha na adolescência ou início da vida adulta são exemplos de fatores que aumentam o risco de transtornos mentais. O objetivo é que estudos como esse possam identificar os fatores de risco e intervir para diminuir a incidência.

O livro “TARDIS”, escrito pelo jornalista paraense Tiago Júlio Martins, fala sobre a sua experiência como portador de Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), que é um distúrbio psiquiátrico caracterizado por alternâncias patológicas entre as fases de tristeza (depressão) e euforia (hipomania ou mania). A causa exata da doença ainda é desconhecida.

O livro fala sobre a vida do jornalista, da infância à idade adulta, visando relatar episódios engraçados, desilusões, traumas e experiências marcantes a partir do ponto de vista de um bipolar. O primeiro episódio de bipolaridade de Tiago aconteceu em novembro de 2013. “Foi muito assustador porque ninguém sabia direito o que estava acontecendo comigo. Eu estava muito alterado, agitado e eufórico desde setembro”, disse o jornalista.

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A ideia de escrever o livro surgiu em 2014, na primeira edição da Feira Literária do Pará (Flipa), na qual um romance inédito seria premiado e isso motivou Tiago. “A ideia veio naturalmente, eu achava que tinha uma boa história para contar por tudo que eu já tinha passado”, relatou. TARDIS significa Time and Relative Dimensions in Space, o nome da máquina do tempo do seriado Doctor Who. Tiago se inspirou nessa escolha do nome por acreditar ser uma metáfora que se relaciona bastante com o livro.

Com 24 anos, nascido em Belém do Pará, Tiago Júlio é formado em Comunicação Social, com habilitação em jornalismo, pela Universidade da Amazônia (Unama), e pós-graduando em Produção Audiovisual. Mantém o blog Obvious – Mapas do acaso e diz que é viciado em internet e em palavras.

O lançamento do livro “TARDIS” será na segunda- feira, dia 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental. É possível comprar através do site www.versoseremos.com ou entrando em contato com o autor pelo numero (91) 981987644. Quem comprar na pré-venda ganha, além do desconto de R$ 5,00, um marcador de páginas personalizado com o tema da capa do livro. Veja, abaixo, entrevista com o autor.

Por Leticia Aleixo.

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A atriz britânica Catherine Zeta-Jones, ganhadora do Oscar por Chicago, deu entrada em uma clínica de saúde para se submeter a um tratamento para transtorno bipolar, informou sua assessora nesta segunda-feira. "Catherine foi internada por vontade própria em uma clínica de saúde", disse sua agente Sarah Fuller, em e-mail enviado à AFP, sem mais detalhes.

"Catherine já havia dito que está comprometida com receber cuidados periódicos para cuidar de sua saúde da melhor maneira possível", acrescentou. De acordo com a "TMZ", a atriz, de 43, começou hoje seu tratamento, que deve durar um mês. Há dois anos, a atriz surpreendeu, ao revelar que sofria de transtorno bipolar, uma desordem do humor caracterizada por estados alternados de euforia e depressão.

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