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A Defensoria Pública da União (DPU) recomendou que a Universidade Internacional da Lusofonia Afrobrasileira (Unilab), que tem campi no Ceará e na Bahia, restabeleça o edital que oferecia vagas destinadas às pessoas transexuais e intersexuais, através de vestibular. A orientação foi feita na última quinta-feira (8).

A proposta original destinava vagas ociosas, decorrentes de desistências ou que não foram ocupadas, com reservas para o público em questão. Contudo, o Ministério da Educação (MEC) recomendou suspensão do vestibular, processo anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro, em 16 de julho, um dia após a sua criação.

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O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira, 16, que após "intervenção" do Ministério da Educação (MEC) foi suspenso um vestibular específico para candidatos transgêneros e intersexuais da Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).

Procurada, a Unilab ainda não informou se decidiu pela suspensão e que tipo de "intervenção" foi feita pelo ministério. A Constituição brasileira assegura o princípio da autonomia universitária plena, que garante que independentemente dos governos onde estejam inseridas, o conhecimento vai ter liberdade para ser produzido. A legislação garante autonomia financeira, administrativa e didático-científica.

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Na semana passada, a universidade, que é federal, anunciou um edital com 120 vagas em 15 cursos presenciais em três campi - dois no Ceará e um na Bahia. As inscrições começaram nesta segunda-feira, 15, e iriam até o dia 24.

O lançamento do edital foi visto como um passo importante pela comunidade LGBT, já que as pessoas trans estão entre os grupos com menor inclusão no sistema educacional. No entanto, grupos conservadores e religiosos criticaram a ação.

No dia do anúncio do edital, o MEC informou ao Globo que "as instituições de ensino superior têm autonomia para estabelecer seus próprios mecanismos de acesso". Após o anúncio do presidente, o jornal O Estado de S. Paulo questionou o ministério sobre a "intervenção" feita e o respeito à autonomia da universidade, mas ainda não obteve resposta.

Iniciativas

Outras iniciativas para inclusão de pessoas transgêneras em universidades públicas já foram adotadas, mas com menor alcance do que a proposta da Unilab. No ano passado, por exemplo, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) abriu edital de vestibular com cotas para transexuais, travestis e transgênero.

Na sequência, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) abriu edital com reserva de vagas para negros e sobrevagas para indígenas, quilombolas, ciganos, pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades, transexuais, travestis e transgênero.

A Universidade Federal do ABC (UFABC), na Grande São Paulo. também reservou vagas para pessoas transgêneras no ano passado. E, neste ano, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) abriu cotas a indígenas, quilombolas e pessoas trans.

Cotas para trans na pós-graduação também têm se tornado mais comuns nos últimos anos. Universidades como a Federal de Santa Catarina (UFSC), a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) já adotaram essa modalidade de seleção em cursos de mestrado e doutorado.

O campus de São Francisco do Conde, na Bahia, da Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), foi inaugurado nessa segunda-feira (12). A unidade fica localizada a 47 quilômetros da Região Metropolitana de Salvador, integrando a expansão da rede federal de educação superior.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), participaram da inauguração o ministro da pasta, Henrique Paim, a ministra da Igualdade Racial, Luiza Helena de Bairros, o governador da Bahia, Jacques Wagner, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Triplicamos o número de vagas nas universidades federais de 2003 a 2013, o que representou um grande esforço do governo brasileiro”, falou o ministro da Educação, conforme informações do Ministério.

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Desde fevereiro do ano passado que o campus de São Francisco funciona com cursos de graduação e pós-graduação a distância. Segundo o MEC, na modalidade presencial, a unidade vai ofertar cursos de graduação no bacharelado em humanidades (BHU) e letras – língua portuguesa. Já na modalidade a distância haverá na graduação cursos de administração pública, e, na pós-graduação, serão as especializações gestão pública, gestão em saudade e gestão pública municipal.

 

Pela primeira vez na história da educação brasileira, uma mulher negra assume o cargo de reitora de uma universidade federal. Nilma Lino Gomes agora é a mandatária da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), localizada no Ceará. A posse foi na última segunda-feira (1º), em Brasília, e, Nilma assume função deixada pelo secretário de educação superior do Ministério da Educação (MEC), Paulo Speller.

De acordo com informações do MEC, a nova reitora é graduada em pedagogia e mestre em educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A educadora também fez doutorado em ciências sociais pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado em sociologia pela Universidade de Coimbra, em Portugal, entre outras atividades.

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No ano de 2011 a Unilab deu início às atividades com cinco cursos, e, já em 2012, ofertou mais de mil matrículas. A universidade tem como intuito formar recursos humanos para contribuir com a integração entre o Brasil e os demais países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com destaque para as nações africanas. Outro objetivo, além do ensino superior, pesquisa e extensão, é incentivar o desenvolvimento regional e o intercâmbio cultural, científico e educacional.

     

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde dessa sexta-feira (1º), recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). O campus da Liberdade da Unilab, na cidade cearense de Redenção, foi o palco da solenidade, e, na ocasião, Lula também foi homenageado com o título de cidadão redencionista. Também participaram dos eventos várias autoridades políticas.

De acordo com informações do Ministério da Educação (MEC), o ex-presidente exaltou a importância da homenagem e destacou a criação da Unilab. “Recebo com emoção esta homenagem. A criação da Unilab foi um marco histórico de cooperação entre Brasil e África. Criamos aqui o mais elevado patamar de colaboração, que é o patrimônio comum do conhecimento. Aqui estamos construindo um futuro de justiça social”, disse Lula, conforme informações do MEC.

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Segundo o MEC, o título de doutor honoris causa é atribuído por instituições de ensino a personalidades em reconhecimento à atuação no campo das ciências e artes ou nas relações com a sociedade. Uma das razões da concessão do título é o antigo mandatário brasileiro ser considerado figura central da história da universidade. No mês de outubro de 2008, a comissão de implantação da Unilab foi instituída pela Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC.

A Unilab deu início as suas ações acadêmicas no dia 25 de maio de 2011, com o objetivo de formar profissionais que incentivem a integração entre o Brasil e as demais nações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), especialmente as africanas. Outra ideia é contribuir para o desenvolvimento regional e o intercâmbio cultural, educacional e científico.

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