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O thriller do diretor chinês Diao Yinan "Carvão negro, gelo fino", história de um ex-policial que se apaixona por uma suspeita de assassinato, ganhou o Urso de Ouro da 64ª Berlinale, neste sábado. O protagonista do filme, Liao Fan, levou o Urso de Prata de melhor ator.

O diretor Diao Yinan usa os personagens do ex-policial e da mulher fatal como uma referência direta ao cinema clássico de detetives, sem deixar de entrar na vida das pessoas comuns.

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Confira os vencedores da 64ª edição do Festival de Cinema de Berlim, a Berlinale, anunciados neste sábado:

Urso de ouro de melhor filme: "Bai Ri Yan Huo" ("Carvão negro, gelo fino"), de Diao Yinan (China)

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Grande prêmio do júri, Urso de prata: "O grande hotel Budapeste", de Wes Anderson (Estados Unidos)

Urso de prata de melhor diretor: Richard Linklater, por "Boyhood" (Estados Unidos)

Urso de prata de melhor atriz: Haru Kuroki, por "Chiisai Ouchi" ("The Little House"), de Yoji Yamada (Japão)

Urso de prata de melhor ator: Liao Fan, por "Bai Ri Yan Huo" ("Carvão negro, gelo fino") (China)

Urso de prata de melhor contribuição artística: "Tui Na" ("Blind Massage"), de Lou Ye (China)

Urso de prata de melhor roteiro: "Kreuzweg" ("Chemin de croix"), de Anna e Dietrich Brüggemann (Alemanha)

Prêmio Alfred Bauer, em memória do fundador do festival para um filme que abre novas perspectivas: "Aimer, boire et chanter", de Alain Resnais (França)

Prêmio de Melhor filme de estreia: "Güeros", de Alonso Ruizpalacios (México)

Urso de ouro de melhor curta-metragem: "Tant qu'il nous reste des fusils à pompe" ("As Long as Shotguns Remain"), de Caroline Poggi e Jonathan Vinel (França)

Urso de prata de curta-metragem, Prêmio especial do Júri: "Laborat", de Guillaume Cailleau (França)

Urso de ouro de honra: Ken Loach (Grã-Bretanha)

A 64ª Berlinale começou oficialmente nesta quinta-feira (6), com a exibição de The Grand Budapest Hotel, do americano Wes Anderson, e com um elenco cheio de estrelas. Desde o início da tarde, os fãs se aglomeravam para ver Ralph Fiennes, Willem Dafoe, Bill Murray, Jeff Goldblum, Edward Norton, ou ainda Tilda Swinton, na saída da coletiva de imprensa do filme. Durante o festival, que vai até 16 de fevereiro, mais de 400 filmes serão exibidos.

O americano Philip Seymour Hoffman, que morreu recentemente, será homenageado com a exibição de Capote, no qual sua atuação foi premiada com o Oscar de Melhor Ator em 2006. Vinte longas metragens de vários países vão competir pelo Urso de Ouro, incluindo o brasileiro Praia do Futuro, uma coprodução de Brasil e Alemanha dirigida por Karim Ainouz; o muito aguardado Monuments Men dirigido e interpretado por George Clooney; e La belle et la bête, de Christoph Gans, com Vincent Cassel e Léa Seydoux.

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Filmes de grande orçamento ou mais modestos, diretores consagrados ou estreantes, vão competir pela premiação que será entregue 15 de fevereiro à noite. O veterano francês Alain Resnais apresentará aos 91 anos seu mais recente filme Aimer, boire et chanter, enquanto o jovem argentino Benjamin Naishtat trará seu primeiro longa Historia del miedo.

Os Estados Unidos serão representados ainda por Richard Linklater (Antes da meia-noite) com Boyhood, enquanto os crimes nazistas na Europa serão um dos temas centrais do festival, "mas não uma escolha consciente, porque há muitos filmes bons sobre a questão", afirmou recentemente o diretor do festival, Dieter Kosslick.

Monuments men, por exemplo, com Clooney, Matt Damon, Cate Blanchett, Bill Murray e Jean Dujardin, conta a história de uma equipe de especialistas que lutam para resgatar obras de arte roubadas por nazistas. Ao abrir o festival, Wes Anderson mostrou seu estilo estilo burlesco e uma imaginação sem limite, como de costume. The Grand Budapest Hotel se desenrola em um país imaginário da Europa Central - a República de Zubrowka - assolado por uma guerra, pelo fascismo e, depois, pelo comunismo, para descrever um mundo desaparecido, o de uma Belle époque e sua aristocracia.

Wes Anderson explicou à imprensa que para The Grand Budapest Hotel se inspirou no escritor austríaco Stefan Zweig, "mais pela atmosfera, do que por uma obra em particular", e também em Ernst Lubitsch, um mestre da comédia americana dos anos 1930-40. As mudanças da China contemporânea também serão abordadas através de três trabalhos em competição, com "filmes do gênero realizados por uma nova geração de cineastas", segundo Kosslick. Lou Ye apresenta Blind Massage, uma adaptação de uma obra literária sobre uma irmandade de massagistas cegos; Dao Yinan, Black Coal, Thin Ice, sobre um policial que persegue um serial killer; e Ning Hao, No Man's Land, que mergulha no submundo chinês.

Entre os demais filmes está, em particular, La voie de l'ennemi do franco-argelino Rachid Bouchareb, com os atores americanos Forest Whitaker e Harvey Keitel. O produtor americano James Schamus (O Segredo de Brokeback Mountain, O Tigre e o Dragão) presidirá o júri, que será formado pelos atores Christoph Waltz e Tony Leung, pelo cineasta francês Michel Gondry, pela documentarista iraniana Mitra Farahani e pela produtora da franquia James Bond, Barbara Broccoli.

Os horizontes são muito diferentes, mas, para James Schamus, "o cinema é uma grande família", mesmo que "em todas as famílias haja desavenças profundas no jantar". "No café da manhã do dia seguinte, todos continuam a se amar".

Berlim dá boas-vindas nesta quarta-feira (5) às estrelas do cinema mundial que chegam para assistir a 64ª Berlinale, que abrirá nesta quinta-feira (6) com a exibição de The grand Budapest Hotel, do americano Wes Anderson, e onde competirá um filme do Brasil. O representante brasileiro na disputa pelo Urso de Ouro, Praia do Futuro, é uma coprodução do Brasil e Alemanha, dirigido por Karim Ainouz e protagonizado por Wagner Moura. Filmado em 2012, o filme chega aos cinemas apenas no dia 1º de março.

Filmado em Fortaleza e na capital alemã, o longa conta a história da busca de um jovem por seu irmão que deixou a família para morar na Alemanha. Já o filme do diretor texano Anderson, que concorre ao Urso de Ouro, tem sido descrito como "uma comédia dramática" com personagens excêntricos, e no qual atuam Adrian Brody, o inesquecível pianista de Roman Polanski, Jude Law, Bill Murray, Edward Norton, Tilda Swinton e Lea Seydoux, entre outros.

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Lea Seydoux, que venceu o prêmio de melhor atriz do último festival de Cannes junto a Adele Exarchopoulos por Azul é a cor mais quente, do francês Abdellatif Kechiche (Palma de Ouro) também protagoniza La belle & la bête, adaptação para o cinema do clássico conto de fadas A Bela e a Fera, do francês Christophe Gans, junto a Vincent Cassel, que será exibida fora de competição.

Anderson, autor de sucessos como O fantástico Sr. Raposo e Três é demais, competiu em 2012 em Cannes com Moonrise Kingdom, uma história de amor entre duas crianças, na qual atuavam Edward Norton, Bill Murray e Tilda Swinton. Outros artistas esperados para a competição são Catherine Deneuve, Forest Whitaker, George Clooney, Bruno Ganz, Matt Damon e Uma Thurman.

"Todos somos indígenas"

A edição deste ano terá seção dedicada ao cinema indígena, com filmes de ficção, documentários e curtas-metragens focados em histórias de povos indígenas. O diretor da Berlinale, Dieter Kosslick, expressou sua satisfação ao apresentar a segunda edição de Native: uma viagem pelo cinema indígena.

"A Berlinale segue com seu compromisso com o Cinema Indígena", declarou, ao fazer referência ao "choque de culturas que podemos sentir em muitos dos filmes da Berlinale este ano (...) tanto nas selvas brasileiras como nas paisagens da Nova Zelândia". "Entre o culto dos antepassados ​​e o celular há um grande abismo em que indígenas e não-indígenas podem se perder e, talvez, retornar às raízes para que possam tirar-nos deste pântano", acrescentou.

Kosslick explicou que nos filmes indígenas convidados para a Berlinale, "Há um encontro entre pessoas com passados ​​diferentes, com estruturas arcaicas que lutam para manter a paz com o mundo de hoje, com protagonistas que tentam definir a si mesmos e seu modo de vida". Será exibido durante a Berlinale A terra dos homens vermelhos, do chileno-italiano Marco Bechis, filmado em 2008 e que narra a luta dos indígenas brasileiros da etnia Guarani-Kaiowa para defender seus direitos.

Também serão projetados Feriado, do equatoriano Diego Araujo, e os curtas-metragens Filhos da Terra, do peruano Diego Sarmiento, e Só posso te mostrar a cor do seu compatriota Fernando Rodríguez Vilchez. O diretor do festival concluiu sua apresentação dos filmes indígenas citando o diretor australiano Warwick Thornton australiano: "Somos todos índios, tudo que temos a fazer é dar uma olhada para o passado distante".

Os crimes nazistas na Europa e as mudanças na China atual serão os principais temas abordados pelos filmes exibidos no Festival de Cinema de Berlim, que começa em 6 de fevereiro, anunciou a organização do evento nesta terça-feira (28). Cerca de 400 obras - grandes produções hollywoodianas, filmes independentes ou documentários - serão divulgados na 64ª edição da Berlinale.

O diretor do festival, Dieter Kosslick, explicou que os temas dominantes surgiram naturalmente. "Nossa programação lança um olhar sobre a história alemã dos anos 1930 e 1940 e sobre o Holocausto", disse Kosslick durante coletiva de imprensa de lançamento do primeiro grande encontro cinematográfico europeu de 2014, que vai até 16 de fevereiro. "Não foi uma escolha consciente, mas há muitos bons filmes sobre o assunto", justificou.

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George Clooney deve ir à capital alemã para apresentar o filme "The Monuments Men", que narra a história de uma equipe de especialistas em arte americanos, britânicos e franceses que tentam salvar o patrimônio artístico europeu das garras nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. A abertura do festival ficará a cargo de "The Grand Budapest Hotel", do diretor Wes Anderson e com Ralph Fiennes no elenco. O filme é uma narrativa histórica baseada parcialmente nos relatos do escritor austríaco Stefan Zweig sobre a destruição da Europa pela guerra.

O filme "começa em 1914 e compreende o período até a chegada dos nazistas no poder, em 1933", explicou Kosslick. "Apenas doze anos depois, a Europa tinha virado cinzas e pó". O diretor alemão Volker Schlöndorff - vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1979, com "O Tambor", que tem como plano de fundo o Terceiro Reich - exibe em pré-estreia mundial "Diplomatie", um filme sobre as razões pelas quais os nazistas optaram por não destruir Paris.

Um documentário chamado "The Decent One" mostrará a descoberta, em Israel, de centenas de cartas, escritos e fotos pessoais do braço direito de Hitler, Heinrich Himmler. Também será exibido "Memory of the Camps", um filme produzido recentemente pelo museu britânico Imperial War Museum (Museu Imperial da Guerra, situado em Londres) a partir de imagens feitas da liberação do campo de concentração de Bergen-Belsen.

Alfred Hitchcock participou como conselheiro desse projeto, que tinha como objetivo levar os alemães a encararem a sua responsabilidade, mas que acabou engavetado. Os espectadores também poderão ver um documentário sobre a história dessas imagens, "Night Will Fall".

Uma nova China

O diretor do festival também ressaltou que três dos 20 filmes na disputa pelo Urso de Ouro são chineses. Mas nenhum deles se parece com "The Grandmaster", a epopeia kung-fu de Wong Kar-wai que abriu a Berlinale de 2013.

As três produções chinesas são de baixo orçamento. De acordo com Kosslick, "são histórias que se amparam no cinema de gênero e foram feitas por uma nova geração de cineastas". "Black Coal, Thin Ice", de Dao Yinan, é um filme noir sobre um policial que vasculha os pertences de um serial killer cujas vítimas têm relação com uma mesma mulher.

"Blind Message", de lou Ye, é a adaptação cinematográfica de um livro que conta a história de um fisioterapeuta cego, e "No Man's Land", de Ning Hao, é um mergulho na vida de marginais chineses, que vivem numa "terra de ninguém".

Disputa pelo Urso

A seleção oficial conta com 23 títulos, e vinte deles concorrerão pelo Urso de Ouro - premiação máxima da Berlinale. Serão 18 pré-estreias mundiais e três primeiras projeções. O produtor americano James Schamus, dos aclamados "O Tigre e o Dragão e "O Segredo de Brokeback Mountain", vai presidir o júri responsável pela entrega da premiação - que acontecerá em 15 de fevereiro. O último dia do festival será consagrado à reexibição dos melhores filmes.

O filme "Praia do Futuro", co-produção entre Brasil e Alemanha do cineasta brasileiro Karim Aïnouz, está na seleção oficial. A seleção Berlinale Special reúne filmes que terão projeções de gala, mas não estão na seleção oficial. Abaixo, segue a lista completa dos filmes da Seleção Oficial, com o nome do diretor e os países de produção.

SELEÇÃO OFICIAL :

"'71", Yann Demange, Grã-Bretanha

"Aimer, boire et chanter", Alain Resnais, França

"Aloft", Claudia Llosa, Espanha/Canadá/França

"Bai Ri Yan Huo" (Black Coal, Thin Ice), Diao Yinan, China

"Boyhood", Richard Linklater, Estados Unidos

"Chiisai Ouchi" (The Little House), Yoji Yamada, Japão

"Die geliebten Schwestern" (Beloved Sisters), Dominik Graf, Alemanha

"Historia del miedo" (History of Fear), Benjamin Naishtat, Argentina/Uruguai/Alemanha/França

"Jack", Edward Berger, Alemanha

"Kraftidioten" (In Order of Disappearance), Hans Petter Moland, Noruega

"Kreuzweg" (Stations of the Cross), Dietrich Brüggemann, Alemanha

"La belle et la bête", Christophe Gans, França/Alemanha (fora da competição)

"La tercera orilla", Celina Murga, Argentina/Alemanha/Países Baixos

"La voie de l'ennemi", Rachid Bouchareb, França/Argélia/Estados Unidos/Bélgica

"Macondo", Sudabeh Mortezai, Áustria

"Ninfomaníaca, Volume 1 (versão do diretor)", Lars von Trier, Dinamarca/França/Bélgica/Suécia (fora de competição)

"Praia do futuro", Karim Aïnouz, Brasil/Alemanha

"Stratos", Yannis Economides, Grécia/Alemanha/Chipre

"The Grand Budapest Hotel", Wes Anderson, Grã-Bretanha/Alemanha (abertura do festival)

"The Monuments Men", George Clooney, Alemanha/Estados Unidos (fora da competição)

"Tui Na" (Blind Massage),Lou Ye, China/França

"Wu Ren Qu" (No Man’s Land), Hao Ning, China

"Zwischen Welten" (Inbetween Worlds) Feo Aladag, Alemanha

O filme brasileiro Praia do futuro, de Karim Ainouz, disputará este ano o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim, que acontece de 6 a 16 de fevereiro. Praia do futuro, uma coprodução entre Brasil e Alemanha, foi filmado em Fortaleza e Berlim, e é protagonizado por Wagner Moura, Clemens Schick e Jesuita Barbosa. Moura interpreta o papel de um salva-vidas que tenta reorganizar sua vida depois da morte de um turista alemão durante uma operação de resgate.

O principal festival de cinema europeu do ano divulgou a lista dos 20 filmes selecionados para a competição oficial. Junto com os novos filmes de George Clooney e Wes Andersen, a Berlinale exibirá a esperada Boyhood, última parceria entre Ethan Hawke e o diretor americano Richard Linklater (Antes da meia-noite). O longa, que também conta com Patricia Arquette, foi filmado periodicamente durante dez anos e conta a história da relação de um garoto com seus pais divorciados.

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Lea Seydoux, que ganhou a Palma de Ouro do festival de Cannes em maio, junto com seu diretor e sua coprotagonista, contracena com Vincent Cassel em A bela e a fera, uma coprodução franco-alemã. O filme, dirigido por Christophe Gans, será exibido fora de competição.

Forest Whitaker, ganhador de um Oscar em 2007 por O último rei da Escócia, atua junto com Harvey Keitel no filme do diretor francês de origem argelina Rachid Bouchareb, Two men in town, sobre um ex-presidiário que se converte ao Islã. Os organizadores do festival anunciaram três filmes chineses, entre eles Black coal, thin ice, de Diao Yinan, sobre um policial que investiga uma série de crimes nos quais as vítimas estão ligadas a uma mesma mulher.

As outras duas são Blind massage, de Lou Ye, e No man's land, de Ning Hao. O filme escandinavo In order of disappereance, protagonizado por Bruno Ganz e Stellan Skarsgard, narra a guerra do tráfico de drogas entre a máfia norueguesa e bandidos sérvios. Os organizadores da Berlinale já tinham anunciado que George Clooney apresentará seu thriller da época nazista The monuments men, enquanto Wes Anderson exibirá The grand Budapest Hotel na noite de abertura do festival, em 6 de fevereiro.

O polêmico diretor dinamarquês Lars von Trier exibirá uma versão sem censura da primeira parte de Ninfomaníaca, sua nova epopeia erótica. O júri da 64ª Berlinale será presidido pelo produtor americano James Schamus e integrado pelo diretor francês Michel Gondry e pelos atores Christoph Waltz (Áustria) e Tony Leung (Hong Kong), entre outros.

O filme brasileiro "Praia do futuro", de Karim Ainouz, disputarão este ano o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim, que acontece de 6 a 16 de fevereiro.

"Praia do futuro", uma coprodução brasileira-alemã, foi filmada em Fortaleza e Berlim, e é protagonizado por Wagner Moura, Clemens Schick e Jesuita Barbosa.

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Moura interpreta o papel de um salva-vidas que tenta reorganizar sua vida depois de ter perdido um turista alemão durante uma operação de resgate.

O principal festival de cinema europeu do ano divulgou a lista dos 20 filmes selecionados para a competição oficial.

O júri do Festival de Cinema de Berlim será presidido pelo produtor americano James Schamus e terá entre seus integrantes o ator austríaco Christoph Waltz e o diretor francês Michel Gondry, anunciaram nesta terça-feira os organizadores. Schamus é responsável por filmes como Tempestade de gelo, O tigre e o dragão e O segredo de Brokeback Mountain.

Schamus também dirigiu por dez anos a Focus Features, uma sociedade de produção e distribuição que permitiu que filmes europeus como Orgulho e preconceito e O Pianista fizessem sucesso nos Estados Unidos. Completam a lista de jurados o ator Tony Leung, de Hong Kong, a produtora americana Barbara Broccoli, a atriz americana Greta Gerwig, a dinamarquesa Trine Dyrholm e a cineasta iraniana Mitra Farahani.

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A 64a. edição do Festival de Berlim acontecerá de 6 a 16 de fevereiro, e terá a pré-estreia mundial do mais recente filme de Wes Anderson, The Grand Budapest Hotel na abertura.

O cineasta romeno Calin Peter Netzer ganhou neste sábado (16) o Urso de Ouro do 63º Festival de Berlim, pelo filme "Child's Pose", história de um amor materno asfixiante e desmedido que mostra, ao mesmo tempo, o mundo dos novos ricos, a corrupção e o tráfico de influências que reinam na Romênia.

Ao receber o prêmio, Netzer expressou seu desejo de que as autoridades romenas deem um apoio maior ao cinema, e criticou a "censura econômica" que sofrem os cineastas daquele país.

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"Cornelia", uma arquiteta de 60 anos e amante da ópera, interpretada pela célebre atriz Luminita Gheorghiu, sente por seu filho "Barbu" (Bogdan Dumitrache), 34, um amor exagerado e incondicional.

Barbu tenta de todas as formas se tornar independente, e é tão traumatizado pela superproteção que jamais expressa seu amor, chegando a destratar a mãe.

Quando Cornelia fica sabendo que Barbu matou uma criança em um acidente de trânsito, o instinto materno fará com quem ela use todos os artifícios, recorra a amigos influentes e suborne testemunhas para evitar que ele seja preso.

"Quis explorar a relação particular de uma mãe com seu filho, uma relação quase patológica. Na classe média alta romena, há este problema, quis criar um drama psicológico nesta direção", disse Netzer, que se tornou conhecido em 2009, com o filme "Medal of Honour".

"Ela é uma mãe que está disposta a tudo para salvar o filho. As mães são muito possessivas nos antigos países do leste, a educação é diferente, são relações quase patológicas", explicou o cineasta.

Netzer acrescentou que a trilha sonora foi inspirada "na música que meus pais ouviam nas festas, típica da classe média alta".

O roteirista Razvan Radulescu, um dos mais conhecidos de seu país, assinalou que o filme é "sobre a relação patológica entre uma mãe e seu filho, o lugar que o filho ocupa diante dos pais, e vice-versa. Uma história sobre pais que perdem seus filhos de diferentes formas".

O trabalho das câmeras e do diretor de fotografia Andrei Butica busca mostrar o estado psicológico dos personagens, seus sentimentos, suas explosões desesperadas, filmando as cenas quase como um documentário.

A atriz Luminita Gheorghiu afirmou, no entanto, que sua personagem não representa todas as romenas. "Cornelia ama o filho incondicionalmente, mas não recebe nada em troca. Ela tem que aprender a deixá-lo tranquilo, a deixá-lo voar com as próprias asas", comentou.

"Existem mulheres fortes na Romênia, mas isso acontece em todos os países. Se o desejo é de que algo funcione na família, essa é a tarefa da mulher, a construção da família, principalmente desde que damos à luz", afirmou.

No final, Barbu vencerá as frustrações e complexos para se atrever a agir por conta própria, dando a mão ao pai da criança que matou.

Child's Pose desenvolve o drama traçando uma radiografia sutil da sociedade romena atual, da vida dos novos ricos, e da corrupção em todos os níveis institucionais, reconheceu um dos produtores.

A Fipresci - Federação Internacional de Críticos de Cinema - divulgou nesta sexta-feira (15) os melhores filmes do 63° Festival de Berlim para seus membros. Entre eles o brasileiro Hélio Oiticica, documentário que possui imagens inéditas da carreira do artista plástico.

O grande vencedor foi o romeno Child's Pose, de Calin Peter Netzer, o longa conta a história de Luminita Gheorghiu, mão de classe média alta que usa de sua influência para livrar seu filho da cadeia. Os especialistas também resolveram premiar mais dois filmes, um de cada mostra - Fórum e Panorama - ocorrida durante o Festival e, por conta da decisão, o brasileiro foi contemplado.

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Hélio Oiticica é um filme de César Oiticica Filho e mescla imagens do pintor com alguns filmes em Super 8 - que recebem os nomes de Heliotapes - guardados por ele. Além de ganhar o prêmio da mostra Fórum, venceu o Galigari, honraria concedida aos projetos mais experimentais exibidos nela. Com isso a produção brasileira ganha € 4.000, sendo metade para sua distribuição e a outra para o diretor.

Inch'Allah ganhou o prêmio da Panorama, que exibe os longas que tentam equilibrar visão artística e capacidade de vendas. A coprodução entre a Itália e França narra o drama de uma médica canadense que é vizinha de um soldado israelense em Jerusalém, porém ela todos os dias cuida de pacientes palestinos em Ramallah.

O Urso de Ouro, honraria concedida através de um júri especializado, é anunciado no sábado (16) e tem como favorito o chileno Gloria.

 

O 63º Festival Internacional de Cinema de Berlim, que começa na próxima quinta-feira (7) e vai até 17 de fevereiro, sempre fiel a sua tradição de convidar líderes do cinema político e estrelas hollywoodianas, apresentará este ano o último filme do diretor iraniano Jafar Panahi, preso em seu país por seu olhar crítico sobre o regime. Entre as estrelas convidadas neste ano para o Festival de Berlim estão Isabella Rossellini, Matt Damon, Jude Law, Juliette Binoche, Nicolas Cage, Catherine Deneuve, Isabelle Huppert e Christopher Lee.

"Por um lado, temos grandes filmes hollywoodianos, mas também convidamos diretores que rodaram seu primeiro ou segundo filme", declarou o diretor da Berlinale, Dieter Kosslick, ao apresentar a seleção oficial no final de janeiro. "O programa inclui inúmeros filmes que têm uma mulher no coração da intriga e filmes que mostram os danos colaterais provocados pela crise nas diferentes sociedades", acrescentou Kosslick.

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O diretor da Berlinale ressaltou que as seleções paralelas permitirão descobrir o olhar ácido que lançam, em seus longas, os países do sul da zona do euro sobre a crise da dívida que os afetou duramente (como Grécia, Espanha e Portugal). Jafar Panahi, cineasta de 52 anos aclamado nos principais festivais internacionais de cinema por seus filmes corajosos de crítica social, proibidos no Irã, apresentará Closed curtain, um longa em que ele mesmo aparece. Esta obra, codirigida por sua compatriota Kambozia Partovi, é muito esperada em Berlim.

Panahi foi detido em razão do documentário que estava realizando sobre os distúrbios ocorridos na eleição de Mahmud Ahmadinejad, em junho de 2009. Ele foi acusado de propaganda contra o regime e, depois de ser condenado à prisão domiciliar, foi sentenciado a seis anos de prisão, além de ter sido proibido de filmar durante 20 anos. O iraniano também não está autorizado a viajar.

Panahi dirigiu O Balão Branco, Sangue e Ouro, O Espelho, O círculo e ganhou o Urso de Prata em Berlim em 2006 por Fora do Jogo. Ele é considerado um dos principais representantes da "nova onda" do cinema iraniano, ao lado de Abas Kiarostami, de quem foi assistente no começo de sua carreira. Em 2011, enviou ao festival de Cannes o longa Isto Não é um Filme, sobre sua vida de reclusão.

O filme de Panahi concorre este ano ao Urso de Ouro, competindo com filmes de conhecidos diretores como Hong Sang-soo, Ulrich Seidl, Steven Soderbergh ou Gus Van Sant. O longa Gloria, do chileno Sebastián Lelio, é a única obra hispânica selecionada para o concurso oficial do 63º Festival Internacional de Cinema de Berlim. Gloria é uma coprodução chileno-espanhola sobre uma mulher madura que encara o desafio da velhice. Nela atuam Paulina García e Sergio Hernández. A obra de Sebastián Lelio já havia ganhado em setembro o prêmio Cine em Construção do último Festival Internacional de Cine de São Sebastião. Lelio ficou conhecido por seus filmes A Sagrada Família, Natal e O Ano do Tigre.

O iconoclasta diretor americano Steven Soderbergh apresentará o filme que anunciou como seu último "por muito tempo", um thriller sobre farmacêuticos e um crime, Side Effects. Jude Law e Catherine Zeta-Jones encarnam psiquiatras e Rooney Mara é uma paciente desesperada. O também americano Gus Van Sant, ganhador da Palma de Ouro em Cannes em 2003 com Elefante, concorrerá com Terra Prometida, protagonizado por Matt Damon.

O sul-coreano Hong Sang-soo, selecionado em Cannes em 2012 por Em Outro País, apresentará sua última obra Nobody's daughter Haewon. O provocador diretor austríaco Ulrich Seidl apresentará Paraíso: esperança, que completa sua trilogia, Paraíso: Amor (que concorreu em 2012 em Cannes) e Paraíso: fé, que ganhou o prêmio especial do jurado no festival de Veneza em 2012.

Outros filmes que concorrem neste ano na Berlinale são Camille Claudel 1915, do francês Bruno Dumont, com Juliette Binoche; Um episódio na vida de Iron Picker, do bósnio Danis Tanovic, e o alemão Gold, de Thomas Arslan, com a estrela Nina Hoss, aclamada por seu papel no ano passado em Bárbara. Também será projetado A religiosa, do francês Guillaume Nicloux, com Isabelle Huppert.

Igualmente se anunciam A morte necessária de Charlie Countryman, do sueco-americano Frederik Bond, e Layla Furie, da diretora sul-africana Pia Marais. Berlim verá igualmente o último longa do romeno Calin Peter Netzer, Child's pose. O diretor chinês Wong Kar Wai presidirá o júri do 63º Berlinale e apresentará seu novo drama épico The Grandmaster na noite de abertura, fora de competição sobre a vida do mestre de kung-fu Ip Man.

Outros membros do júri são o ator americano Tim Robbins, a diretora iraniana Shirin Neshat, a grega Athina Rachel Tsangari, a cineasta dinamarquesa Susanne Bier, o diretor alemão Andreas Dresen e a cinegrafista americana Ellen Kuras. O diretor francês Claude Lanzmann, autor de Shoah, documentário sobre o extermínio de judeus, receberá um Urso de Ouro honorífico pelo conjunto de sua obra.

O filme Gloria, do chileno Sebastián Lelio, é o único longa hispânico selecionado para a disputa oficial do 63º Festival Internacional de Cinema de Berlim, que será realizado entre os dias 7 e 17 de fevereiro 2013. O único brasileiro na competição está na Seção Panorama: Habi, a Estrangeira (Habi, the Foreigner), de Maria Florencia Alvarez, coprodução com a Argentina.

Segue a lista completa dos filmes em competição:

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Camille Claudel 1915, de Bruno Dumont (França)

A long and happy life, Boris Khlebnikov (Rússia)

Prince avalanche, David Gordon Green (EUA)

Side effects, de Steven Soderbergh (EUA)

Promised land (Terra Prometida), de Gus Van Sant (EUA)

Elle s'en va, de Emmanuelle Bercot (França)

An episode in the life of an iron picker, de Danis Tanovic (Bósnia-Herzegovina)

The necessary death of Charlie Countryman, Fredrik Bond (EUA)

Gloria, de Sebastián Lelio (Chile/Espanha)

Gold, de Thomas Arslan (Alemanha)

Layla Furie, de Pia Marais (Alemanha/África do Sul)

Nobody's daughter Haewon, de Hong Sangsoo (Coreia do Sul)

Paradise: hope, de Ulrich Seidl (Áustria)

Closed curtain (Cortina Fechada), de Jafar Panahi e Kamoziya Partovi (Irã)

Child's pose, de Calin Peter Netzer (Romênia)

La religieuse, de Guillaume Nicloux (França)

Harmony lessons, de Emir Baigazin (Cazaquistão/Alemanha)

Vic et Flo ont vu un ours, de Denis Côté (Canadá)

In the name of, de Malgoska Szumowska (Polônia)

O ganhador do Urso de Ouro de melhor filme do Festival de Berlim foi eleito ontem (18). A película “Cesar Must Die” era a favorita.

Trata-se de um drama filmando em uma cadeia de segurança máxima italiana, nos arredores de Roma.

O segundo lugar ficou com o Urso de Prata concedido ao drama húngaro "Just the Wind," baseado no caso verídico do assassinato de uma família cigana. Christian Petzold levou o prêmio de melhor diretor pelo drama da guerra fria alemã "Bárbara".

Já aestreante Rachel Mwanza foi a vencedora do prêmio popular de melhor atriz, pela sua performance como uma criança soldado no angustiante "War Witch".

Encerrou hoje, com o filme “Rebelle”, as apresentações dos candidatos ao Urso de Ouro do festival de Berlim.

A película para finalizar a cerimônia foi escolhida por estar dentro da temática do Berlinale 2012, que foca os conflitos e manifestações do mundo contemporâneo.

O filme apresenta os dramas da guerra civil africana através da história da jovem Komona (Rachel Mwanza), uma menina de 12 anos que é capturada por um exército rebelde para se transformar em uma criança-soldado.

Segundo a crítica especializada, o anfitrião "Barbara", de Christian Petzold, aparece como um dos favoritos ao prêmio.

Outros filmes como "Captive", que mostra a atriz Isabelle Huppert sendo sequestrada por terroristas islâmicos e "Cesare Deve Morire", dos irmãos Paolo e Vittorio Taviani, que traz uma versão livre da peça Julio César, de William Shakespeare, foram também apresentados ao público.

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