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"O selo de Berlim é um selo forte", diz Pedro Alonso sobre a sua personagem na série "La casa de papel", vista por milhões de telespectadores em todo o mundo, e que agora protagoniza um "spin-off" que estreará no final de dezembro.

Berlim, o maquiavélico assaltante de bancos que nunca saiu totalmente de cena graças aos inúmeros "flashbacks", terá sua própria série na Netflix, em uma produção intitulada com seu nome e que chega na plataforma em 29 de dezembro.

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Manipulador, psicopata, mas também cativante e simpático, o irmão do Professor fascinou muitos espectadores. Por este motivo, a produção o manteve apesar de sua morte - um verdadeiro desafio para o ator, naquela época.

Alonso alertou aos responsáveis da série que não sabia se era "capaz de sustentar um personagem apenas no passado", e mais ainda sendo "um personagem que baseava sua força no perigo, na imprevisibilidade, no inesperado", contou o espanhol de 52 anos em uma entrevista à AFP, em Madri.

Mas funcionou bem, e "quando você interpreta um personagem que funciona bem, muitas pessoas fazem uma transferência muito louca e de repente, não importa o que você diga" mesmo que seja algo óbvio, como "dois mais dois são quatro, você é Berlim".

"O selo de 'La Casa de Papel', o selo de Berlim, é um selo forte, não há dúvida", afirma o ator, que classifica o início de seu personagem como "perverso, obscuro, difícil, muito denso".

"Todos os personagens que interpreto são eu, o que significa que o sistema de processamento do personagem está de acordo com o que eu sou (...) Claro que tenho um Berlim dentro de mim", analisa.

O protagonista, já experiente, completa que não é um ator que pretende "interpretar um personagem totalmente diferente a cada vez".

No entanto, ele hesitou em voltar a um projeto derivado de uma série com uma audiência enorme: "La Casa de Papel" foi o primeiro sucesso mundial da Netflix em um idioma diferente do inglês, e sua última temporada registrou quase 100 milhões de visualizações.

"A questão era 'quero continuar navegando nessas águas, tão expostas?'", revela Alonso. "Me questionei, não sobre o percurso do personagem ou a profundidade do personagem, mas sobre a exposição (que representa) um fenômeno tão grande como este".

Com um pouco mais de comédia e histórias românticas, a nova série retoma a história de uma equipe que prepara um assalto, desta vez em Paris, usando as catacumbas da capital francesa.

Para ele, "La Casa de Papel" tem um toque ibérico que a distingue: "há um tipo de vibração, emocional, sentimental e até mesmo física, mais do que nas referências anglo-saxônicas que temos em mente em um filme de assaltos".

Uma caixa de livros, que faz parte de um monumento aos judeus de Berlim deportados pelos nazistas, foi queimada parcialmente por um indivíduo não identificado na capital alemã, informou a polícia neste sábado (12).

"Quase todos os livros foram queimados", informaram as forças de segurança na rede social X, antigo Twitter.

Duas testemunhas viram, no começo da manhã, um homem ateando fogo a essa caixa de livros, uma antiga cabine telefônica transformada em minibiblioteca sobre o regime nacional-socialista, informou a polícia.

A caixa faz parte de um espaço comemorativo, chamado "Plataforma 17", situado na estação ferroviária de Grünewald, no oeste de Berlim.

Durante o Terceiro Reich (1933-1945), cerca de 50.000 judeus alemães foram deportados da "Plataforma 17" aos campos de concentração e extermínio de Auschwitz e Theresienstadt.

O memorial "Plataforma 17" foi inaugurado em janeiro de 1998 e inclui 186 placas com a data em que o trem partiu, o número de judeus a bordo e seu destino final.

A polícia de Berlim anunciou nesta sexta-feira (26) que está investigando o músico Roger Waters, cofundador do grupo Pink Floyd, por incitação ao ódio depois que ele vestiu um uniforme de estilo nazista em um show na capital alemã.

"Estamos investigando uma suspeita de incitação ao ódio público porque as roupas usadas no palco podem ser utilizadas para glorificar ou justificar o regime nazista, perturbando a ordem pública", disse à AFP o porta-voz da polícia de Berlim, Martin Halweg.

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"As roupas lembram o uniforme de um oficial da SS", acrescentou Halweg.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram Waters vestido com longo casaco preto com braçadeiras vermelhas, durante um show em 17 de maio na Mercedes-Benz Arena.

A imprensa da Alemanha e de Israel também informou que, durante o show, Waters exibiu em um telão os nomes de várias pessoas falecidas, incluindo os de Anne Frank, a adolescente judia que morreu em um campo de concentração nazista, e de Shireen Abu Akleh, a jornalista com cidadania palestina e americana do canal Al Jazeera que faleceu em uma operação israelense em maio de 2022.

"Estamos investigando e, após a conclusão do procedimento, transmitiremos as informações ao Ministério Público para uma última avaliação jurídica", acrescentou o porta-voz da polícia.

O MP decidirá se o cantor britânico, 79 anos, será processado ou não.

O show de Waters em Berlim recebeu muitas críticas em Israel.

O ministério israelense das Relações Exteriores afirmou que Waters "profanou a memória de Anne Frank e de seis milhões de judeus assassinados no Holocausto".

"Waters quer comparar Israel com os nazistas. Ele é um dos maiores críticos dos judeus de nossa época", escreveu no Twitter o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon.

Waters é um conhecido ativista pró-Palestina que já foi acusado de ter posições antijudaicas. Em seus shows, ele utiliza um porco inflável com a estrela de David. Também defende ações de boicote a produtos israelenses.

As autoridades da cidade alemã de Frankfurt cancelaram um show do músico programado para 28 de maio, mas a decisão foi anulada por um tribunal administrativo em nome da liberdade de expressão.

Ativistas ambientais do grupo alemão "Letzte Generation" (Última Geração) bloquearam o tráfego em diferentes pontos de Berlim nesta segunda-feira (24) para pressionar o governo de Olaf Scholz, disse um jornalista da AFP.

"Nós, Última Geração, estamos bloqueando 20 pontos de Berlim hoje. Estamos paralisando a cidade para que o governo se mova", disse Raphael Thelen, ativista do movimento, em um vídeo divulgado no Twitter.

Um porta-voz da polícia da cidade disse à AFP que identificou protestos em 33 locais da capital, sobretudo no anel rodoviário, onde os ativistas se agarraram ao asfalto.

De coletes laranjas, os manifestantes estavam sentados de pernas cruzadas em pequenos grupos de duas ou três pessoas, com as calças e as mãos coladas no asfalto.

"É relativamente simples reduzir as emissões. Os 10% mais ricos da Alemanha consomem tanta energia quanto os 50% mais pobres", disse Raphael Thelen.

No entanto, a presidente do partido Os Verdes, Britta Hasselmann, expressou dúvidas sobre o êxito das ações de bloqueio em Berlim. São "improdutivas", afirmou ao canal público ARD, em mobilizar a sociedade em torno da proteção ambiental.

Nos últimos meses, o grupo de ativistas realizou uma série de protestos, bloqueando estradas importantes e jogando diferentes substâncias em pinturas em museus. As ações desencadearam centenas de processos judiciais por serem consideradas como perturbações da ordem pública.

O governo do chanceler Olaf Scholz tem ambiciosas metas climáticas, mas os ativistas duvidam de sua capacidade de cumprir compromissos como produzir 80% da eletricidade a partir de fontes renováveis até 2030.

As mulheres poderão agora nadar com os seios à mostra nas piscinas de Berlim, anunciou, nesta quinta-feira (9), o departamento de piscinas da capital alemã, em nome da luta contra a discriminação entre homens e mulheres.

A decisão responde a um recurso apresentado ao escritório berlinense de combate à discriminação por uma mulher que se considerava discriminada em relação aos homens, que podem frequentar piscinas com o torso nu.

"A empresa Berliner Bäder-Betriebe aplicará no futuro seu regulamento interno e seu regulamento de banhos de forma que respeite a igualdade entre os sexos", anunciou a entidade em comunicado.

"A natação com o torso nu será possível no futuro para as pessoas do sexo feminino ou para as pessoas cujos peitos são de tipo feminino", detalhou.

O serviço de mediação antidiscriminação de Berlim "elogiou" a decisão. "Agora é preciso aplicar o regulamento de maneira concreta e parar de expulsar ou de proibir o acesso" a qualquer um que deseje nadar com torso nu, afirmou sua diretora, Doris Liebscher.

O famoso aquário de Berlim, o AquaDom, estourou na manhã desta sexta-feira (16). Com cerca de um milhão de litros d'água, o tanque com 1.500 peixes exóticos e cerca de 50 espécies brigava pelo título de maior do mundo.

A maior parte dos peixes que viviam no AquaDom se espalhou no saguão do hotel Radisson Collection, onde o aquário ficava, e alguns foram parar na avenida. Duas pessoas se feriram com os estilhaços, mas nenhum caso é grave, informou a Polícia. 

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"Foi um caos. O aquário inteiro explodiu, e o que sobrou é devastação total. Vimos muitos peixes mortos e destroços no chão", relatou a hóspede Sandra Weeser a Reuters.

A avenida no bairro de Mitte foi interditada e os 350 hóspedes do hotel foram desalojados pelas autoridades. Todos foram encaminhados a um abrigo temporário.

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O Tribunal Constitucional de Berlim anulou nesta quarta-feira (16) as eleições locais de setembro de 2021 na capital alemã, nas quais foram registradas várias falhas. Essa situação inédita levará à realização de novas eleições.

"As eleições na Câmara dos Deputados e nas assembleias distritais são declaradas inválidas em toda a zona eleitoral", anunciou Ludgera Selting, presidente do tribunal.

Os responsáveis do tribunal recorreram à "frequência e gravidade dos erros da votação" para justificar essa decisão inusitada na história recente da Alemanha. Segundo eles, os erros são relativos às "falhas sistemáticas na preparação das eleições".

Novas eleições com os mesmos candidatos devem ser preparadas nos próximos 90 dias, provavelmente em 12 de fevereiro.

Atualmente, a cidade é comandada pela ex-ministra Franziska Giffey (SPD, sigla em inglês do Partido Social-Democrata), à frente de uma coalizão formada por ambientalistas e a extrema-esquerda Die Linke.

Os eleitores de Berlim foram chamados às urnas em 26 de setembro para eleger os deputados do Bundestag, membros da Câmara dos Representantes e das assembleias dos 12 distritos da cidade. Um referendo sobre a possível expropriação de grandes grupos imobiliários também estava sendo realizado.

Entretanto, Berlim foi parcialmente paralisada em 26 de setembro, domingo, por uma maratona que costuma reunir milhares de participantes. Muitos eleitores reclamaram que não puderam votar por conta dessas perturbações ou que tiveram que esperar por horas.

As diferentes votações também foram prejudicadas pela presença de cédulas erradas ou insuficientes, e pelo número reduzido de urnas.

A queda do Muro de Berlim é considerada por muitos historiadores como um dos acontecimentos mais marcantes do final do século XX e aconteceu na virada da noite do dia 9 para 10 de novembro de 1989. A queda do muro foi um dos principais capítulos que levou à queda do bloco socialista do leste europeu, culminando na reunificação da Alemanha, em 1990.

O Muro de Berlim foi  fruto da Guerra Fria e devido ao enfraquecimento deste conflito político, ele ruiu. Sua construção foi uma consequência da divisão da Alemanha, realizada após a Segunda Guerra Mundial. Com uma Alemanha derrotada, o território foi ocupado por quatro países: França, Reino Unido, EUA e URSS (Extinta União Soviética, atualmente Rússia).

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A República Federal da Alemanha (RFA) era conhecida como Alemanha Ocidental e tinha sua capital em Berlim Ocidental, o país era aliado aos Estados Unidos. Já a República Democrática Alemã (RDA), por sua vez, era conhecida como Alemanha Oriental, e tinha sua capital em Berlim Oriental, aliada à União Soviética. 

Na década de 1980, a situação econômica da Alemanha Oriental era muito precária, mas para encobrir a situação, o líder do país, Erich Honecker, fornecia subsídios que mantinham o consumo das famílias aquecido. O quadro da Alemanha Oriental  agravava-se com a recusa do governo em realizar reformas estruturais necessárias.

O anúncio da derrubada do muro foi transmitido em cadeia nacional de televisão durante uma coletiva de imprensa. Nas horas seguintes, milhares de pessoas tomaram os pontos de passagem exigindo o direito de ir para Berlim Ocidental.

Para evitar um dano maior, Egon Krenz (líder da Alemanha Ocidental) autorizou a abertura de fronteiras e milhares de pessoas atravessaram a passagem entre os dois países. Eufóricas, as pessoas que se reuniram ao redor do Muro de Berlim iniciaram a depredação da divisão do território.

A queda do Muro de Berlim é considerada por muitos como um ato simbólico, porém iniciou um processo político que reunificou a Alemanha e iniciou um recuo do bloco socialista no leste europeu. O chanceler da Alemanha Ocidental, Helmut Kohl, engajou-se para concretizar a reunificação e, em três de outubro de 1990, a Alemanha se reunificou e o lado socialista deixou de existir.

O ex-jogador brasileiro Kaká, 40 anos, está em Berlim, na Alemanha, para correr sua primeira maratona.

O site alemão "Der Spiegel" afirmou que o Bola de Ouro de 2007, quando jogava pelo Milan da Itália, disputará a Maratona de Berlim no domingo (25) e pretende concluir a prova abaixo do tempo de três horas e 40 minutos.

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"O que trago comigo do esporte profissional é principalmente a mentalidade. Meu corpo estava acostumado a outros movimentos. Uma maratona plana, uma cidade muito bonita e uma boa atmosfera, um pacote completo para correr em Berlim", declarou o brasileiro.

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Da Ansa

Um carro atropelou nesta quarta-feira (8) várias pessoas em uma rua comercial do centro de Berlim, uma tragédia que deixou um morto e dezenas de feridos, antes da detenção do motorista, anunciou a polícia, que ainda não determinou as motivações do incidente.

O automóvel primeiro avançou contra os pedestres "e prosseguiu em sua trajetória" por 150 a 200 metros antes de bater em uma vitrine, disse Thilo Cablitz, um policial que estava no local, ao canal de notícias 24H n-tv.

O veículo, um Renault Clio prata, bateu às 10h30 (5h30 de Brasília) contra a vitrine de uma loja perto da estação de trem do zoológico de Berlim.

O motorista tentou fugir, mas foi interceptado por outros pedestres, explicou Cablitz.

O atropelamento aconteceu perto da igreja Memorial, monumento emblemático da zona ocidental da capital alemã, situado em uma das avenidas comerciais mais movimentadas de Berlim, a Kurfürstendamm.

A polícia de Berlim, que não informou se investiga o caso como um ato deliberado ou um acidente, confirmou no Twitter que uma pessoa faleceu no atropelamento.

"Há várias pessoas gravemente feridas", disse Cablitz.

De acordo com o jornal Bild, a vítima fatal é um homem.

Mais de 100 policiais e bombeiros foram enviados ao local, que fica perto da área onde, em 19 de dezembro de 2016, um terrorista islamita atropelou e matou 12 pessoas com um caminhão durante uma feira de Natal.

"Eu estava perto da fonte quando ouvi um barulho alto, então vi uma pessoa voando (pelo impacto do veículo)", declarou à AFP Frank Vittchen.

"Ele continuou muito rápido pela calçada e não freou. Depois, desceu e tentou fugir", acrescentou.

Algumas horas depois da tragédia, o veículo permanecia parado na vitrine de uma loja de perfumes, com a porta do carona aberta.

Nos últimos anos foram registrados vários ataques com veículos na Alemanha, cometidos por pessoas com distúrbios psicológicos.

Um dos mais graves ocorreu em abril de 2018 em Munster (oeste), quando um homem atropelou com uma van cinco pessoas reunidas diante de um restaurante. O motorista cometeu suicídio logo depois com um tiro na cabeça.

Em dezembro de 2020, um motorista de 51 anos que sofria episódios de surto psicótico matou cinco pessoas (incluindo um bebê) e feriu gravemente 14 ao invadir em estado de embriaguez, uma área de pedestres em Trier (sudoeste) pouco antes do Natal.

Em Volksmarsen, na região de Hesse (oeste), um homem de 30 anos feriu mais de 100 pessoas em fevereiro de 2020 ao avançar com seu veículo contra o desfile de carnaval.

Há 77 anos os soviéticos hastearam a bandeira vermelha na capital da Alemanha, Berlim. O ato foi realizado após a vitória das forças aliadas contra o eixo. Articulada nos escritórios dos comissários alemães, a Segunda Guerra Mundial teve seu início em 1939, mas logo tomou todo o continente europeu. O conflito se arrastou por seis longos anos até a batalha decisiva, em que os aliados marcharam em direção à capital do III Reich.

A guerra provocada pelo regime nazista já custara a vida de quase 55 milhões de pessoas e deixou a Europa arrasada. As perseguições sistemáticas a grupos sociais, religiões e etnias marcou na história o que ficou conhecido como holocausto. Ainda assim, o ministro da propaganda alemão, Joseph Goebbels, usou da propaganda para tornar as vítimas “culpadas”.

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Em 21 de abril de 1945 os primeiros batalhões soviéticos chegaram à periferia de Berlim. As tropas abriram fogo pouco após contra os prédios do governo. Tropas adjacentes avançavam pela região sul. Em 23 de abril, os bondes da capital pararam de circular. No dia seguinte (24), a capital recebeu um novo comandante militar, Helmuth Weidling.

Segundo o comandante, a capital dispunha de munição e suprimentos para 30 dias de guerra. Mas, como os depósitos se localizavam na periferia, o abastecimento tornou-se cada vez mais difícil à medida que as tropas conquistaram o território. “Nos dois últimos dias de combate, não tínhamos mais alimentos nem munição”, confessou o general. Em 25 de abril de 1945, o cerco se fechou, a “guerra total” havia chegado aos portões de Berlim.

As tropas soviéticas avançavam rapidamente enquanto os nazistas realizavam execuções de suas próprias tropas, os supostos “desertores”. Crianças de dez anos foram colocadas na linha de frente do conflito para enfrentar os tanques do Exército Vermelho. Os tanques alemães deram espaço a caminhões civis, adaptados para estarem no conflito. No dia 25 de abril, os soldados soviéticos e americanos encontraram-se em Torgau, para mostrar ao mundo que o império de Hitler estava prestes a ruir.

Os russos realizaram o esforço de tomar Berlim rua a rua, casa a casa. No lado alemão, a batalha final causou mais baixas do que os bombardeios na cidade. Em registros, o general Bersarin compartilhou: “Os Aliados despejaram 65 mil toneladas de bombas e nós usamos 40 mil toneladas de granadas em Berlim”. Os números podem conter exageros, porém, é possível ter uma dimensão da destruição.

Após cinco dias do cerco ter sido fechado em Berlim, Hitler se suicidou na chancelaria imperial, em 30 de abril de 1945. Ainda assim, a guerra não havia terminado. Karl Dönitz, almirante do exército alemão (1891 - 1980) assumiu o comando das tropas.

Em 48 horas após o suicidio de Adolph Hitler, o comandante Weidling ordenou o fim dos combates na capital e o rendimento das tropas alemãs. O Exército Vermelho hasteou a bandeira soviética em Berlim no dia 02/05/1945 sobre o Reichstag, a sede do parlamento alemão. Seis dias após a tomada da capital, o regime nazista declarou a rendição incondicional diante dos aliados.

Por Matheus de Maio

 

A ex-ministra social-democrata Franziska Giffey foi eleita prefeita de Berlim, nesta terça-feira (21), com um plano para acelerar a construção de moradias, diante da alta dos aluguéis.

Giffey, de 43 anos, participou do governo de coalizão liderado por Angela Merkel entre 2018 e 2021 e é a primeira mulher a governar a capital alemã. Há duas décadas, os social-democratas (SPD) estão no comando.

O SPD venceu as eleições locais de 26 de setembro passado e vai liderar uma coalizão com os verdes e com a esquerda radical Die Linke. Os representantes locais votaram, e Giffey obteve 84 votos a favor, 52 contra e duas abstenções.

Um dos principais objetivos traçados pelos três sócios é a construção, até 2030, de pelo menos 200 mil moradias nesta cidade que atrai cada vez mais moradores.

Os três partidos decidiram criar uma comissão para avaliar a possibilidade de adotar um política de "expropriação" para empresas imobiliárias, após uma votação a favor, nesse sentido, em um referendo.

Os berlinenses votaram pela "expropriação" de grupos imobiliários que tenham mais de 3.000 imóveis.

A nova prefeita disse, no entanto, ser contrária à medida, por acreditar que não é "o caminho certo", especialmente pelas indenizações envolvidas.

Nesta capital, os aluguéis subiram, em média, 85% entre 2007 e 2019. Ainda assim, permanecem mais baixos do que em cidades como Londres, ou Paris. Este aumento afeta grande parte dos moradores, em uma cidade onde 80% da população é inquilina.

Na noite da última terça-feira (30), a Netflix surpreendeu os fãs de La Casa de Papel ao anunciar uma série derivada da produção - totalmente focada em Berlim.

Nas redes sociais, a plataforma de streaming publicou vídeo com o personagem de Pedro Alonso, e escreveu: "Por essa vocês não esperavam, né? Em 2023 vocês já têm compromisso marcado com um dos personagens mais charmosos de La Casa de Papel... Vem aí, minha nova série, Berlim".

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Os cinco últimos episódios que finalizarão a série estreiam na próxima sexta-feira (3).

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Uma longa fila de jovens espera pacientemente em frente a uma famosa boate de música techno da cidade, típica da cena berlinense, mas com uma pequena diferença: não vieram para dançar, mas para se vacinar.

Para incentivar os jovens, a cidade decidiu realizar esta semana três festas techno em uma das casas noturnas da cidade.

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A boate Arena de Alt-Treptow, na zona leste da capital alemã, já tem experiência no assunto: após o fechamento das casas noturnas por conta da pandemia, passou a ser um dos cinco centros de vacinação em massa da capital.

Enquanto o DJ mixa em sua mesa, luzes e flashes giram em torno daqueles que acabam de receber a dose da vacina e que aguardam o tempo necessário após a injeção para poderem ir para casa.

A ideia de unir música e vacinas partiu de Markus Nisch, que dirige o posto de vacinação instalado pela Cruz Vermelha na boate Arena.

"No início, tínhamos expectativas limitadas", diz Nisch. "Mas a fila de espera se estende", comemora, apontando as dezenas de pessoas que esperam do lado de fora.

Cerca de 420 pessoas compareceram para se vacinar na primeira festa. O clube recebeu 1.500 doses para os três eventos, segundo o Ministério da Saúde de Berlim.

A mensagem se espalhou rapidamente pelas redes sociais. "Eu vi no Instagram, muitas pessoas compartilharam", diz Olga Kapuskina, de 27 anos, que se mudou recentemente para a capital.

"Ser vacinado em uma festa é uma experiência berlinense", brinca.

A Alemanha iniciou sua campanha de vacinação em bom ritmo na primavera boreal (outono no Brasil), conseguindo administrar mais de um milhão de vacinas diárias. Com a chegada do verão, a taxa de imunização diminuiu.

Cerca de 52 milhões de pessoas já receberam pelo menos uma dose na Alemanha (62,5% da população), segundo as últimas informações do Instituto Robert Koch, responsável pelo monitoramento da saúde pública.

- Motivar os jovens -

Para motivar aqueles que estão relutantes em se vacinar, já que não é obrigatório, o governo de Angela Merkel anunciou na terça-feira (10) o fim dos testes gratuitos. A medida passa a valer a partir de 11 de outubro.

As pessoas que se recusarem a ser vacinadas terão de pagar um teste que comprove que são negativas para a covid-19 para poderem ir, por exemplo, ao cinema, ao restaurante, ou à academia.

Mas não se busca apenas reprimir. "Agora precisamos alcançar os mais jovens, motivá-los e convencê-los a se vacinar", afirmou o ministro da Saúde de Berlim, Dilek Kalayci.

As autoridades apostam na criatividade para distribuir as doses. Além da iniciativa na boate Arena, Berlim organizou centros de vacinação em lojas Ikea, que são muito frequentadas nos finais de semana.

Na Saxônia, onde a taxa de vacinação é a mais baixa da Alemanha, um município ofereceu salsichas grátis para cada pessoa vacinada.

Também foram realizadas campanhas em estádios de futebol, para atrair torcedores.

"É minha primeira dose de vacina", conta Oriane Dosda, de 23 anos, em Berlim. "Eu estava um pouco nervosa, mas disse a mim mesmo que tinha que fazer isso um dia", completou.

Além da música, os jovens veem o lado prático: não há necessidade de papelada, nem de marcação de consulta.

"Tive problemas para marcar consulta antes. Aqui é tudo fácil", confirma Claudio Keil, professor de Berlim de 26 anos. "Vim principalmente pela vacina, mas a música torna mais agradável", elogia.

Milhares de pessoas contrárias às restrições para conter a covid-19 na Alemanha violaram a proibição de manifestações e protestaram nas ruas de Berlim neste domingo(1). Os atos terminaram em confrontos com as forças de segurança.

Segundo a polícia, alguns manifestantes "assediaram e atacaram" seus agentes no bairro de Charlottenburg, na zona oeste da capital alemã.

“Eles tentaram quebrar o cordão policial. Isso levou ao uso de gases irritantes, cassetetes e violência física”, tuitou a polícia de Berlim, observando que várias pessoas foram presas.

De acordo com um porta-voz da polícia, cerca de 5.000 pessoas participaram da manifestação em Berlim, na qual mais de 600 foram presas.

A manifestação foi convocada pelo movimento "Querdenker" (Pensadores Livres), a principal voz crítica contra as restrições sanitárias na Alemanha.

A justiça proibiu várias das manifestações organizadas neste fim de semana, incluindo a de Berlim, onde a polícia enviou mais de 2.000 agentes.

Alguns manifestantes carregavam faixas com mensagens como "Liberdade" ou "Não à ditadura do corona", e poucos deles usavam máscaras.

O movimento Querdenker reúne membros da extrema esquerda, conspiradores, antivacinas e também militantes da extrema direita.

Suas manifestações atraem milhares de pessoas e algumas terminam em violência.

Dezenas de pessoas se reuniram neste sábado (19) diante do Portão de Brandemburgo em Berlim, na Alemanha, em manifestação contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. No Brasil, manifestações contra o governo em várias cidades estão programadas para hoje.

Segundo informou a agência de notícias Deutsche Welle em sua conta brasileira no Twitter, os manifestantes pediram mais vacinas e o impeachment de Bolsonaro, além de denunciarem a violência contra os povos indígenas.

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Durante o ato em Berlim, cruzes no chão lembraram os quase 500 mil mortos pela covid-19 no Brasil. As vítimas do massacre do Jacarezinho também foram lembradas.

O governo da Alemanha e a Organização Mundial da Saúde (OMS) uniram forças e anunciaram nesta quarta-feira (5) a criação de um centro global para o combate a epidemias e pandemias, com sede em Berlim.

O "hub" de inteligência deve iniciar o seu funcionamento até o final deste ano e terá como objetivo reunir instituições governamentais, acadêmicos e o setor privado.

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"Com sede em Berlim, o centro da OMS será um centro global que trabalhará com parceiros de todo o mundo para impulsionar a inovação do tema da pandemia", explicou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa virtual.

A conferência também contou com a presença da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e do ministro alemão de Saúde, Jens Spahn.

Durante a divulgação, Merkel elogiou o papel da OMS na liderança do combate contra a pandemia de Covid-19 e disse esperar que o centro de inteligência permita a criação de ferramentas para que os países se preparem para emergências futuras.

"A análise apurada e rigorosa de dados sanitários é de importância fundamental, para evitar danos maiores causados por futuras pandemias", disse ela.

Segundo a líder alemã, o local irá coletar "os dados para preparar as análises certas e para promover o conhecimento, que não poderia ser alcançado rapidamente por todos por conta própria".

Na apresentação do novo hub também foi destacado que o centro pretende ser uma plataforma que permite a todos os cientistas do mundo analisar dados e desenvolver modelos para melhor avaliar os riscos das emergências sanitárias. Os resultados dos estudos serão compartilhados com outros países.

O ministro da Saúde alemão referiu-se ainda sobre a necessidade de colaboração dos países-membros da OMS para garantir a eficácia do projeto.

"Este centro será tão bom quanto todos o permitirmos que ele seja. Todos devemos participar ativamente na sua configuração", enfatizou Spahn.

Para ele, é preciso "identificar o risco de epidemia e pandemia o mais rápido possível, onde quer que ocorra no mundo. Para isso devemos fortalecer o sistema de observação global com melhor coleta de dados e análise de risco".

O orçamento do projeto ainda não foi divulgado, mas o diretor-executivo do Programa de Emergências da OMS, Michael Ryan, confirmou que haverá um aumento de funcionários da OMS para integrarem o novo centro.

Da Ansa

A Associação de Policiais da Alemanha informou que mais de 250 manifestantes foram detidos desde ontem (1º) durante protestos e marchas convocados para marcar o Dia Internacional dos Trabalhadores em Berlim. Segundo comunicou o órgão, dos mais de 20 diferentes encontros promovidos para celebrar a data na capital alemã, a vasta maioria se manteve pacífica, porém uma marcha de 8 mil pessoas chamada por movimentos de esquerda se tornou violenta, e manifestantes arremessaram garrafas de vidro e pedras contra policiais, bem como queimaram latas de lixos e pedaços de madeira.

Segundo informou o vice-diretor do sindicato policial, Stephan Kelm, cerca de 50 membros das forças de segurança pública ficaram feridos. "Existem sinais claros de que [os protestos] não foram sobre expressão política, mas sim sobre abusar o direito de reunião para cometer sérios crimes", disse. Atualmente, a Alemanha mantém um toque de recolher durante o período noturno a fim de conter a transmissão do novo coronavírus. Entretanto, protestos políticos e reuniões religiosas estão isentas da medida.

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Fonte: Associated Press

Berlim foi cenário de incidentes neste sábado (1) à margem de uma manifestação pelo 1º de maio, interrompida pelas forças de segurança, que afirmaram ter sido atacadas com pedras e garrafas.

Na primeira hora da noite, membros do movimento de extrema esquerda Black Block e as forças de segurança se enfrentaram quando os agentes evacuaram alguns dos militantes da manifestação, constatou uma jornalista da AFP.

Mais tarde, a polícia de Berlim afirmou em um tuíte que previa usar jatos d'água para apagar chamas ateadas a paletes na calçada e "evitar que [o fogo] se espalhasse aos veículos ao redor".

A polícia também usou gás lacrimogêneo e deteve várias pessoas, segundo a imprensa local, que reportou pouco antes das 22h locais (16h de Brasília) que a situação tinha voltado à calma.

Os manifestantes, reunidos sob o lema "1º de maio revolucionário", tinham sido convocados pela esquerda e a extrema esquerda e se concentraram à tarde no bairro de Neukölln, a fim de marchar rumo ao distrito vizinho de Kreuzberg.

Segundo a polícia, a marcha contou com 5.000 manifestantes, embora os organizadores tenham apontado a participação de 20.000 pessoas.

Na capital alemã foram organizadas umas 20 manifestações pelo 1º de maio.

Rabat decidiu "suspender todos os contatos" com a embaixada alemã no Marrocos, devido a "profundos mal-entendidos" com Berlim sobre a questão do Saara Ocidental, entre outros assuntos, informaram fontes diplomáticas marroquinas nesta segunda-feira (1º).

A imprensa local publicou nesta segunda-feira uma carta do chefe da diplomacia marroquina, Nasser Bourita, ao chefe do governo, Saad-Eddine El Othmani, explicando a decisão.

"Solicita-se a todos os departamentos ministeriais (...) que suspendam todos os contatos, interações ou ações (...) tanto com a embaixada alemã em Marrocos como com as fundações políticas e agências de cooperação alemãs relacionadas", diz a mensagem oficial.

“O Ministério das Relações Exteriores também adotou a decisão de suspender todo contato ou gestão com a embaixada”, continua carta, que evoca “profundos mal-entendidos” com a Alemanha a respeito de “questões” fundamentais para o Marrocos.

“O Marrocos deseja preservar sua relação com a Alemanha, mas é uma forma de alerta que expressa desconforto sobre vários assuntos”, afirmou à AFP um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores.

"Não haverá contato até que sejam dadas respostas a diferentes questões colocadas", completou.

Entre os pontos críticos está a posição da Alemanha sobre o Saara Ocidental, que critica a decisão dos Estados Unidos de reconhecer a soberania marroquina no território disputado, mas também o afastamento de Rabat nas negociações sobre o futuro da Líbia em uma conferência organizada em Berlim em janeiro de 2020.

No início de dezembro, o chefe da diplomacia marroquina comemorou em um comunicado "a excelência da cooperação entre os dois países", após um encontro telefônico com o ministro alemão da Cooperação Econômica e de Desenvolvimento, Gerd Müller.

Berlim acaba de liberar 1,39 bilhão de euros em ajuda financeira, dos quais 202,6 milhões em doações e o restante em créditos vantajosos, para apoiar as reformas do sistema financeiro marroquino e ajuda de emergência para lutar contra a covid-19.

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