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SALVADOR - A Secretaria Municipal de Ordem Pública de Salvador (Semop-Salvador) retirou cerca de trinta vendedores ambulantes da passarela que corta a Avenida Tancredo Neves, no bairro da Pituba. O reordenamento faz parte da operação Ordem na Casa, da Secretaria Municipal de Salvador por meio da Semop.

O presidente da Associação de Trabalhadores Informais de Salvador, Arismário Barreto, afirmou que simplesmente retirar os ambulantes não existe. "Tem que padronizar e organizar a cidade. Mas, simplesmente retirar, sem dar opção para a pessoa trabalhar, não existe", afirmou Arismário.

Para a secretária da Ordem Pública, Rosemma Maluf, afirmou que um gestor público tem que pensar na coletividade. "Existe, sim, uma sensibilidade social. No entanto, um gestor público tem que pensar na coletividade, e não no indivíduo", afirmou a secretária.

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A Semop informou que outras ações fazem parte do reordenamento na cidade, mas não informou os locais e as datas.

Caneta, chocolate, água mineral, biscoito, e muita disposição. Os comerciantes e ambulantes aproveitaram a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste sábado (3), para vender produtos aos candidatos antes das provas iniciarem.

Na manhã deste sábado, próximo a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no bairro da Boa Vista, área central do Recife, inúmeros vendedores gritavam para vender as mercadorias e, ao mesmo tempo, desejavam sorte aos “feras”. Vários candidatos compraram canetas, água e diversos lanches para diminuir a tensão no momento do exame.

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Há 20 anos Roberto Araújo tem uma lanchonete próxima à Unicap. Em época de Enem, ele monta um pequeno “comércio” próximo ao portão que dá acesso a um dos locais de prova e consegue um bom resultado nas vendas. “Ganho meu extra vendendo caneta, água e chocolate. Eu ainda vou fazer o balanço das vendas, mas sei que o resultado será bom”, disse o vendedor.

As provas acabam às 16h30, horário de Recife. Os gabaritos do exame serão divulgados no dia 7 de novembro.

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“Olha a pipoca! Temos salgada e doce. É o passatempo da viagem. Água mineral é R$ 0,50”. É comum as pessoas escutarem esses gritos nas ruas do Recife. Engarrafamentos, trânsito lento, passageiros a espera de ônibus. Tudo isso influencia a atuação dos vendedores de trânsito. São comerciantes de produtos como pipocas, frutas, água mineral, refrigerantes, balas, entre outros. Basta os veículos pararem, e lá se vão os comerciantes oferecendo suas mercadorias de carro em carro, ou de ônibus em ônibus.

Além da disposição para vender, eles também são corajosos. Muitos se metem também entre o trânsito em movimento, podendo ser atingidos por algum automóvel a qualquer momento. Todavia, pelo costume do dia a dia, eles parecem que caminham numa via não movimentada, e pela janela dos carros, vendem as mercadorias.

Na movimentada Avenida Abdias de Carvalho, no Recife, Daniel Miguel da Silva tem uma “longa estrada” como vendedor. Há quase 20 anos ele comercializa flanelas no local, produzidas por ele mesmo.

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No Recife, os resultados das vendas são positivos. Daniel gasta por cada flanela produzida em torno de R$ 1,00 e as vende por R$ 3,00 cada. Quando o cliente compra duas, o valor fica  R$ 5,00. De acordo com o vendedor, mensalmente, sua renda é de cerca de R$ 2 mil. “Não quero outro trabalho. Isso aqui é a minha renda. Todos os dias eu tenho o meu dinheiro”, comenta o comerciante.

Daniel é morador da cidade de Vitória de Santo Antão, e apenas nas quartas, quintas e sextas-feiras ele vai ao Recife trabalhar. O horário de atuação é das 11h às 17h. Além de flanelas, certas vezes ele comercializa frutas, junto com outras dezenas de vendedores da Abdias de Carvalho. “Aqui tem muita gente trabalhando, mas, todo mundo ganha dinheiro”, diz o trabalhador, afirmando que não há concorrência entre os ambulantes.

Jovem vendedor

Jeito de comerciante que sabe usar as palavras certas para convencer o cliente da compra. Com 15 anos de idade e morando próximo à Avenida Abdias de Carvalho, desde de criança, Ailton Moreira acompanha os vendedores de trânsito do local. Alguns de seus familiares também integram o grupo de comerciantes, e pouco a pouco Moreira foi aprendendo com eles os métodos de vendas.

“A gente trabalha no sinal honestamente e temos o nosso dinheiro que é sagrado. Comercializo frutas, pipoca, água mineral e tudo dá lucro”, conta o jovem. Segundo Moreira, com o comércio de morangos e pipocas, por dia, ele ganha cerca de R$ 50,00. “Daqui eu tiro o meu salário e consigo comprar as minhas coisas”, diz.

O jovem revela que no momento não está estudando, porque quer se “estruturar financeiramente”. “Se aparecer um serviço melhor eu saio do trânsito, mas, por enquanto é isso o que eu tenho e o que eu quero fazer”, fala Moreira.

“Pipocas, salgadas e doces”

Todos os dias da semana são iguais para Cícero Marcolino da Silva. Há 17 anos ele trabalha nas avenidas Conde da Boa Vista e na Agamenon Magalhães, ambas no Recife. No começo das manhãs, o seu saco de pipocas está imenso. Não demora muito e o volume vai diminuindo, resultado das vendas do produto, seja no meio do trânsito ou nas paradas de ônibus.

“Pela falta de emprego, ingressei neste ramo. Comecei com confeitos e agora só vendo pipocas”, relata Marcolino. De acordo com o comerciante, cada pipoca sai para ele por R$ 0,27. Ele revende a R$ 0,50 cada.

Diariamente, Marcolino afirma que vende uma média de 200 pipocas. Ele é apenas um dos muitos vendedores que aproveitam o problema da mobilidade urbana do Recife para ganhar dinheiro. Basta uma simples volta de carro pelas vias mais movimentadas da capital, que é possível encontrar esses vendedores.

De acordo com a Diretoria de Controle Urbano (Dircon), órgão da Prefeitura do Recife, ainda não existe um levantamento de quantos vendedores do reamo existem na cidade.

Segundo a Dircon, pela grande rotatividade desses trabalhadores, que inclusive acabam atuando em cidades próximas ao Recife, como Olinda, não é possível constatar a quantidade desses comerciantes, e muito menos o perfil.

Carros, motos, caminhões e acessórios para veículos. Logo é possível imaginar uma concessionária tradicional das grandes fabricantes. Bem diferente disso é a Feira de Veículos Velhos e Seminovos do bairro da Joana Bezerra, no Recife, bem embaixo do viaduto. Evento que acontece há mais de 10 anos e funciona a base da negociação direta entre comprador e vendedor. 

Quem quer comercializar logo o seu produto conta com a ajuda do locutor de preços e marcas, Jorge Fernandes, que há seis anos trabalha na Feira. Ele tem o papel da fazer a propaganda das ofertas. “Eu faço uma prestação de serviço para ajudar os colegas a vender e a comprar. A partir de R$ 3,00 eu faço até três anúncios e é muito legal poder ajudar todo mundo”, diz o locutor. Segundo ele, estima-se em torno de 10 mil pessoas que participam do evento a cada domingo.

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Frequentador do ambiente, o cidadão Menezes Galvão reclama da organização da na área e cobra da Prefeitura do Recife ações para melhorar o espaço. “A proposta de comércio é muito boa e garante a qualquer pessoa ter seu carro. Mas a Feira precisa de organização e de melhores condições para o público. Espero que a Prefeitura possa trabalhar para organizar melhor a Feira”,afirma  Galvão.    

Em uma área de grande extensão, milhares de automóveis se aglomeram, todos identificados com o valor, ano de fabricação e características de funcionamento, além da tradicional “placa de vende-se”. E diferentemente do ambiente das lojas tradicionais, a feira ao ar livre é bastante agitada. Na área, é possível identificar preços tão baixos que chegam até a R$ 2 mil - caso de um fusca que a reportagem pode conferir.

Além da compra e venda, os participantes tem a opção de, simplesmente, fazer a troca de um produto por outro - pessoas que querem simplesmente trocar os seus veículos por outros mais novos, do mesmo ano ou até mesmo mais velhos. No entanto, essas transações também podem envolver dinheiro, com a chamada “volta”. Isso acontece quando uma das partes deve pagar determinada quantia para equilibrar os valores dos carros, quando o automóvel mais velho é trocado por um mais novo.

Carros para todos os gostos

Uma imensa variedade de carros pode ser encontrada no Feirão. Os participantes não sabem ao certo a quantidade de veículos semanalmente. Porém, é perceptível que o local se assemelha a grandes eventos de comercialização do setor. Iranildo José é vai várias vezes ao local, algumas para comprar e outras para vender. Neste domingo (20), revelou que o  objetivo é repassar um fusca do ano de 1975. “Já veio muita gente olhar o carro e eu acredito que vou vendê-lo rápido”, diz Iranildo. Para ele, o feirão é muito melhor que as agências tradicionais, principalmente no quesito preço. “Comercializar aqui é mais em conta. As agências querem comprar carros a preço baixo e vender com um valor grande. O meu fusca está custando aqui R$ 2.700, e se estivesse numa loja, ele estaria na faixa de R$ 4 mil”, comenta.

Já o vendedor Jeferson Roberto (foto à esquerda) há mais cinco anos é frequentador assíduo do “Feirão”. “Vendo e compro, e sempre saio satisfeito daqui. É um lugar de livre comércio, onde nós podemos negociar os preços. Nas agências normais isso não ocorre porque elas têm que seguir um padrão”, ressalta. Mas, por causa da experiência de tanto tempo na Feira, Jeferson aconselha os interessados a “antes de comprar um carro, avaliarem bem as condições dos veículos. É preciso olhar a parte mecânica, a condição da lataria do carro, a estabilidade e também a documentação”, aconselha. Ele complementa que se o comprador não tiver experiência com carros, é importante levar um mecânico na hora da compra para fazer uma avaliação.

Em meio ao comércio, todas as partes envolvidas fazem o seu papel. Os vendedores contam suas vantagens sobre os seus carros e os compradores tentam baixar o preço ao máximo. E quanto à avaliação dos veículos, na prática essa é feita no próprio local, sem muitos rodeios. Os vendedores fazem questão de expor as condições dos carros, principalmente as dos motores. Já os compradores, pensam no conjunto que é a qualidade e o preço.

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