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A concessionária ViaQuatro, responsável por administrar a Linha 4 – Amarela do Metrô de São Paulo, é alvo de um processo protocolado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) por coletar dados de usuários por meio de câmeras de segurança.

O sistema de câmeras das estações da Linha 4 – Amarela reconhece a presença humana e identifica expressões de emoção como felicidade, insatisfação, surpresa e neutralidade, além do gênero e faixa etária das pessoas que aguardam o trem em frente ao sensor.  O objetivo é captar essas emoções em relação aos anúncios publicitários.

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Mas, de acordo com o Idec, esse sistema permite que a ViaQuatro receba receita a partir da venda desses dados para outras empresas, fazendo com que estratégias de publicidade sejam realizadas a partir das reações identificadas.

Para o líder do programa de direitos digitais do órgão, Rafael Zanatta, a ação se trata de uma prática abusiva. “Os sensores são instalados nas portas de acesso ao trem, de modo que o usuário não tem direito de escolha: ou aceita a coleta dos seus dados, ou busca outro modo de se locomover na cidade”, explica.

Na Ação Civil Pública, o Idec pede que a concessionária pare com a coleta de dados e que as câmeras instaladas sejam retiradas. O órgão também aponta falta de cautela da ViaQuatro com a proteção da imagem de crianças e adolescentes prevista na Constituição Federal, além de falta de transparência já que nas estações não há indicação sobre a existência das portas interativas.

O Idec ainda pediu a condenação da concessionária e uma indenização de no mínimo R$ 100 milhões por danos coletivos. O montante deve ser direcionado para o Fundo de Defesa de Direitos Difusos.

A empresa ViaQuatro, parceiro privado que opera a Linha 4-Amarela do Metrô, cobrou publicamente o governo de São Paulo sobre um pagamento de cerca de R$ 500 milhões, decorrente do atraso na conclusão das obras da linha - que deveria estar com todas as 11 estações em operação, mas funciona com apenas sete paradas, enquanto as restantes estão em obras. O atraso resulta em menos entradas de passageiros e, assim, menor arrecadação, comprometendo o equilíbrio econômico da parceria.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente da empresa, Harald Zwetkoff, afirmou ter "urgência" em receber os valores atrasados. Em nota, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) informou que a questão está sendo "discutida e avaliada". Disse ainda que solicitações de reequilíbrio são processos previstos em contrato e não alteram a qualidade do serviço.

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