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A Virada Cultural de São Paulo está recebendo, até dia 2 de março, propostas de projetos artísticos e culturais para integrar a sua 12ª edição, marcada para os dias 21 e 22 de maio de 2016. Por meio de um formulário, artistas e produtores podem enviar projetos que serão analisados por uma comissão. Não serão aceitos projetos enviados por e-mail e nem entrega de materiais pessoalmente. O formulário está disponível no site www.viradacultural.prefeitura.sp.gov.br.

Serão analisadas propostas de diversas áreas: dança, circo, cinema, teatro, artes visuais, gastronomia, espetáculo infantil, cultura popular, artistas de rua etc., direcionadas para públicos de todas as idades.

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A Virada Cultural é promovida pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, com apoio de outros parceiros institucionais.

O jornalista Ricardo Boechat e o pastor Silas Malafaia travaram uma ‘briga’ pública, através das redes sociais e do rádio, na última sexta-feira (19). Após a abordagem do jornalista sobre o caso da garota de 11 anos que teria sido agredida por intolerância religiosa, o pastor publicou um tuite criticando a postura do jornalista. Boechat rebateu o questionamento de Malafaia e o mandou ‘procurar uma r...’. 

O caso ganhou repercussão e foi parar no Show do Cantor Lenine, durante a Virada Cultural, em São Paulo, na madrugada deste domingo (21). No Palco, o músico pernambucano reproduziu a frase utilizada por Ricardo Boechat: ‘Malafaia, vai procurar uma r...’, comentou Lenine, arrancando aplausos da plateia. 

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O músico Nando Reis subiu ao palco pontualmente às 12h, desta tarde ensolarada de domingo (21) na Virada Cultural, em São Paulo. Com uma pegada mais rock n' roll, o show atraiu um público jovem e numeroso. "Finalmente me chamaram para participar disso aqui", brincou o músico.

No Palco Júlio Prestes, o compositor apresentou repertório próprio e também lembrou o amigo Arnaldo Antunes ao tocar "Não Vou me Adaptar" e hits dos Titãs, como "Cegos do Castelo", a segunda música da apresentação, após "Sou Dela". Os arredores do Palco Júlio Prestes começam a ficar bastante cheios, principalmente no desembarque das estações Luz e Júlio Prestes da CPTM e do Metrô. (João Paulo Carvalho e Paula Carvalho)

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O palco Júlio Prestes já testemunhou apresentações históricas na abertura da Virada Cultural. Testemunhou o retorno do Ira!, um show histórico de Rita Lee (um dos últimos dela antes de anunciar a aposentadoria) ou até mesmo a estranheza bela de Recanto, então recente disco de Gal Costa. A versão 2015 do evento realizado no coração antigo da capital foi abalado por tamborins, batuques e percussão. Monobloco sequer estava na programação da Virada até o início da última semana, mas ganhou um espaço nobre - e que requer um esforço dobrado, tamanho a dimensão do palco montado em frente a imponente Catedral da Luz.

Nos planos anunciados pela prefeitura da capital, Margareth Menezes estrearia a festa no local às 21h, mas a apresentação foi cancelada. A assessoria da cantora baiana informou que a artista não iria participar e reclamou da divulgação da presença da artista no palco, "ainda que sem a autorização prévia da produção", informou em comunicado. A prefeitura diz que a apresentação de Margareth Menezes foi cancelada "por exigências que fogem do padrão adotado na Prefeitura de São Paulo". Foram escalados Monobloco, às 18h, e as baianas Daniela Mercury e Márcia Castro, às 21h.

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Com 17 músicos no palco, e isso incluir três vocalistas, percussão, guitarra e baixo. Isso Aqui Tá Bom Demais abriu a apresentação com um sacode forte o bastante de colocar o público ainda em pequeno número em frente ao palco para dançar. Frevo Mulher, hino do carnaval de Recife, soa deslocado para qualquer um que já tenha tido a experiência de dançá-lo no calor da folia pernambucana. A maresia e o calor, trocados por um vento congelante cortando os mais animados a dançar. Mas representa o que é a Virada Cultural, afinal: uma ode ao contraste.

Centro morto e abandonado pelo restante da população da cidade ao longo de todos os dias do ano, ganha vida na virada. Fluxo de pessoas caminhando por ruas normalmente silenciosas e, muito provavelmente, perigosas, pulsa com vida nova. Pontos históricos deixam a melancolia do descaso e se mostram imponentes diante da população de volta aos seus arredores.

Carnaval na estação da Luz? Sim, por que não? A canção É Hoje é outra que chega com esse toque contraditório e, por isso mesmo, delicioso. "Diga espelho meu, se há alguém na avenida mais feliz do que eu?"

Pescador de Ilusões, d'O Rappa, quebra a festança, mas não cai na fácil melancolia cinza da Avenida Duque de Caxias. "Valeu a pena", cantam os vocalistas do Monobloco. O público canta junto, pula, porque acredita nos versos do então baterista Marcelo Yuka. Garota Nacional, do Skank, e Do Seu Lado, do Jota Quest, ganham versões carnavalescas. Hits do pop rock nacional também funcionam para colocar o público na folia.

São mais de 1,5 mil atrações da Virada Cultural espalhadas em pontos da cidade, alguns inéditos, como nos palcos montados na periferia da cidade, na Avenida Paulista e até no Parque Ibirapuera. O palco Júlio Prestes ainda tem Daniela Mercury e Márcia Castro (às 21h), Lenine (às 23h59), Fábio Júnior (às 3h), Edson Gomes (6h), Demônios da Garoa (às 9h), Nando Reis (às 12h), Emicida, com Martinho da Vila e João Donato (às 15) e chega ao fim com Caetano Veloso (às 18h).

Pernambuco terá um representante no Dia da Música, festival que acontece simultaneamente em mais de 700 cidades de 100 países diferentes. A banda Pois Zé se apresenta na Virada Cultural, em São Paulo, neste sábado (20) e no domingo (21), no Estelita, no Recife. Os dois shows fazem parte da programação do festival.

O Pois Zé foi o único grupo do Estado a ficar entre os 16 mais votados na página oficial do Dia da Música, ocupando a terceira colocação no ranking nacional. Como resultado da votação expressiva, a banda faz show na capital paulista, no palco da Praça Alfredo Issa, durante a Virada Cultural, no sábado (20).

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Já no domingo (21), os pernambucanos se apresentam em casa, no palco do Estelita, também num evento referente ao Dia da Música. No show a banda lança seu EP recém gravado, com sete canções autorais. 

Serviço

Show da Pois Zé

Virada Cultural

Sábado (20) | 21h10

Praça Alfredo Issa (Centro - São Paulo)

Gratuito

 

Lançamento do EP

Domingo (21) | 17h

Estelita (Rua Saturnino de Brito - Cabanga)

R$ 25 (antecipado + EP)

Os produtores estimavam extraoficialmente menos um milhão de pessoas nas ruas de São Paulo: 3 milhões, ante 4 milhões em 2013. Isso, somado a menos duas horas de duração por conta de uma chuvarada inesperada, mais reforço no policiamento e limpeza, com menos atrações internacionais de peso e mais atrações nacionais de peso, resumiu a equação da Virada Cultural 2014. Consumiu-se também menos bebida alcoólica na rua, havia menos bêbados e garrafas quebradas por todo o lado.

Aos 10 anos de existência, a Virada Cultural continua um Godzilla do entretenimento, mas seu crescimento ensandecido parece ter sido controlado, e ela atinge agora um grau de maturidade interessante. Os arrastões continuam (vândalos quebraram inclusive o transporte em que vinham, como trens da CPTM), e também a violência (houve mais de cem prisões na madrugada). Os alvos eram jaquetas, celulares e tênis. Muitos dos assaltantes vinham de chinelos e meias, para roubarem os tênis e já os calçarem.

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E os problemas de som crônicos, além de atrasos sistemáticos. Mas há também iniciativas que se tornaram interessantíssimas - como a Viradinha Cultural, um oásis de lazer para pais e filhos em uma cidade que oferece tão pouco em opções para as idades mais tenras da cidadania. Mesclando atrações mais comerciais com alternativas (o que incluiu música erudita para crianças na Igreja da Consolação), a Viradinha agradou praticamente a todo mundo que passou por lá.

Os cancelamentos dos últimos shows "encurtaram" o megaevento e frustraram muita gente, que após se molhar na chuva inesperada, voltou aos palcos para ver seus ídolos - e não encontrou ninguém, nem informação. Havia confusão inclusive entre os montadores de palco e os artistas, que não sabiam se ficavam ou partiam.

MC Gui, Céu, Martha Reeves - um leque grande de artistas ficou igualmente frustrado, mas as razões eram de segurança - os equipamentos que se molharam davam indicativo de que poderiam dar choques elétricos.

A feira de cerveja artesanal foi outro êxito, com 20 barracas e o tradicional encontro Chefs na Rua. Pessoas se deliciavam com pratos que iam de paella tradicional a ceviche e hambúrgueres. Também são elogiáveis as iniciativas de humanização da relação da cidade com seus problemas, como foi o caso do palco Braços Abertos, instalado para contemplar os usuários de crack que eram, até há pouco tempo, a maior ameaça da cidade.

O Teatro Municipal parece ter encontrado a fórmula ideal: artistas históricos de diversos gêneros (como o protofunk de Fausto Fawcett e a MPB clássica de Ednardo) refizeram discos também históricos no palco, e foi um sucesso.

A Sala São Paulo esteve lotada ontem para o concerto especial da Orquestra Jazz Sinfônica. Este é o primeiro ano em que a Sala abre com programação integrada à Virada. Sob regência do maestro Fábio Prado, os músicos mostraram um repertório popular, como faz desde 1990, quando foi fundada.

Foram comoventes as execuções de temas arranjados pelo maestro Ciro Pereira. Houve uma homenagem ao choro e outra ao baiano Dorival Caymmi, Astor Piazzolla (Years of Solitude) e George Gershwin (Gershwin Suíte) encerraram o concerto à tarde, para o início do show de Luiz Melodia no palco Júlio Prestes.

Para o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, a Virada Cultural foi mais tranquila que a de 2013. Após o show que relembrou o repertório do disco Hip Hop Cultura de Rua, no Teatro Municipal, ele disse que o policiamento e serviços de iluminação e limpeza funcionaram melhor nesta edição.

Ferreira considerou "pontual" o número de arrastões que aconteceram durante algumas atrações. "Infelizmente, tivemos esses problemas, mas bem menor que no ano passado. Tivemos uma ação muito eficiente da Polícia Militar e da GCM. Houve um certo nível de insegurança na cidade, mas nada que tenha prejudicado."

Ele também afirmou que os problemas de segurança são "do ano inteiro", e que a questão é da cidade, não da Virada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nos shows da Virada Cultural no Palco Julio Prestes, no centro da capital paulista, artistas se manifestaram sobre o problema das drogas. Depois de Nasi, do Ira!, pedir para o governo não tratar os viciados em crack como "se fossem lixo", Luiz Melodia mencionou o tema durante seu show. "Vamos olhar por esse pessoal que está nessa dependência dessa droga filha da p... Qualquer ajuda é importante." E então, dedicou a eles a música 'Magrelinha' com um trecho do hino nacional no fim. O palco Júlio Prestes fica ao lado da Cracolândia.

No Largo do Arouche, Fafá de Belém se juntou, por voltas das 15h45, ao grupo Brea na Garoa. "É uma alegria estar aqui no coração de São Paulo. Não quero ninguém parado aí embaixo", disse a cantora paraense. No palco Rio Branco, praticamente no mesmo horário, começou o show de Curumin, que interpreta o disco Still Bill, de Bill Withers. Na Praça Roosevelt, a criançada assistia a apresentação de Gnarles Barkley e Pharrell.

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Na Virada Cultural na região da Cracolândia, no centro de São Paulo, usuárias de crack sambavam no palco braços.abertos. A Banda Samba de Bolso puxava ritmos alegres, mas o chamado "fluxo" (aglomeração de consumidores de drogas) continuava alto na Alameda Dino Bueno. Com medo, o público em geral evitava passar pelos dependentes. "É tenso. Falta polícia", disse Neila Morais, de 26 anos. Não havia, de fato, próximo ao palco, policiamento de guardas municipais ou PMs.

No Minhocão, também no centro, onde acontece mais uma edição do Chefs na Rua, o público comparece em peso. Entre as barracas e os furgões de comida, há 20 tendas servindo algumas das melhores cervejas feitas no Brasil. Se na Virada Gastronômica, no Vale do Anhangabaú, a desordem e sujeira dominavam o espaço, o cenário é o oposto na feirinha O Mercado, armada na galeria do Shopping Bom Retiro.

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Logo na entrada, o visitante recebe um encarte com a descrição de todos os chefs e o cardápio das barraquinhas, que vendem quitutes de grife a preços camaradas. A organização, limpeza e até a quantidade de opções se destacam. Não há tumultos e o atendimento não demora mais de 10 minutos, mesmo nas bancas de sorvetes - como a Gelato Boutique e a Bellomo Gelateria Brasiliana, as mais concorridas do evento. Na Praça da República, acabou por volta das 13h30 o show do Projeto Nave, que levou uma constelação de rappers para o local. O público acabou não comparecendo em peso à apresentação, que começou com duas horas de atraso.

Até o momento, 59 pessoas deram entrada na Santa Casa de Misericórdia, proveniente de áreas da Virada Cultural. Segundo a assessoria do hospital, cinco pessoas foram feridas por arma de fogo e outras duas por arma branca. Dessas, cinco estão em estado grave e podem ter de passar por cirurgia.

O forte esquema armado pela Polícia Militar e pela Guarda Civil Metropolitana diminuiu a frequência mas não impediu os arrastões, sobretudo durante a madrugada.

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Por volta das 24h de sábado para domingo, grupos de jovens e adolescentes eram vistos correndo na região da Barão de Limeira e Duque de Caxias. Um pouco antes, por volta das 23h30, soldados da PM revistavam três turmas ao mesmo tempo em um espaço de duas quadras. Uma delas aguardava a revista ajoelhada. Na Rua Duque de Caxias, o recepcionista de um hotel trabalhava com as portas fechadas por uma barra de ferro.

Até o momento, a Polícia Militar confirma ao menos 51 detidos durante a Virada Cultural, por furtos e arrastões. Segundo a PM, 21 pessoas foram presas na Rua Barão de Tatuí, próxima ao metrô Santa Cecília, e as outras 30 no Largo São Bento.

Durante a madrugada, diversas ocorrências foram registradas. Um homem foi detido no Centro após ser abordado com uma pistola calibre 38 por dois policiais militares. De acordo com as autoridades, ele foi visto com o revólver na rua São Bento e, ao notar a viatura, tentou fugir. Minutos depois, os policiais encontraram o rapaz na rua da Quitanda e o detiveram. Celulares e objetos diversos foram apreendidos. O caso foi encaminhado ao 1º DP.

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Bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas sobre a população no Largo São Francisco e dispersam o público. Guardas civis não souberam dizer o motivo do disparo e atribuíram a responsabilidade à PM.

A PM ainda não tem um balanço oficial de arrastões e roubos que estão ocorrendo na Virada Cultural, mas policiais militares que estão na patrulha falavam em quase dez por volta da meia noite. A força tática foi acionada para agir depois de arrastão de na rua 25 de março, próximo ao palco do funk.

Por volta da meia noite, um arrastão levou dinheiro, celulares, tênis e até camiseta de um grupo que estava trabalhando na virada na venda de bebidas. O comerciante Diogo Silva de Sousa, de 31 anos, contam que um grupo de mais de 20 criminosos encontrou ele, o filho Israel, de 12, e o amigo Zenildo Marques, de 17. O caso aconteceu na Ladeira da Constituição.

"Chegaram gritando, agredindo e levaram meu tênis, celular, carteira e as mercadorias", conta ele, que vendia cervejas em dois isopores e acabou sem as bebidas e descalço. Um amigo teve de emprestar uma jaqueta para Marques depois que o grupo levou seu tênis e até sua camiseta. "Me derrubaram no chão e tomaram tudo", diz ele. Israel, o mais novo, ficou sem o agasalho. "Bem no dia do meu aniversário", se queixa ele, que completa 12 anos neste domingo.

Por volta das 23 horas, os policiais militares prenderam pelo menos 13 pessoas na praça do Patriarca por tráfico de drogas durante a Virada. Com o grupo, que inclui menores de idade, a polícia apreendeu 30 pinos de cocaína. O grupo está sendo averiguado na rua São Bento.

Começa neste sábado (17) a 10ª edição da Virada Cultural, considerada um dos maiores eventos ao ar livre do Brasil. O show de abertura é da banda Ira!, às 18h, no Palco Júlio Prestes. Realizada pela Prefeitura de São Paulo, a Virada segue sem parar até domingo (18), às 18h, com cerca de 1 mil atrações, em mais de 200 espaços, incluindo centro de São Paulo, Sescs e CEUs. E tudo grátis.

Pegando carona na maratona, muitos bares e restaurantes esticarão seus horários de funcionamento, e atrações que já estão em cartaz vão aderir à gratuidade. O guia Divirta-se, do jornal O Estado de S. Paulo faz uma seleção com o melhor dessa programação, para você ter mais tempo para se divertir.

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Dicas

Vá de metrô

Assim como nos outros anos, o metrô vai funcionar 24h durante a Virada. Além de ser a melhor opção de transporte para se locomover de casa para o centro da cidade, e vice-versa, o metrô também ajuda bastante na hora de ir de um palco para outro, no caso de atrações mais distantes.

Ou de Trem

A CPTM também vai funcionar sem interrupções durante a madrugada, operando com trens extras, em todas as linhas, na madrugada do sábado, 17, para domingo, 18. Os trens funcionarão com intervalos de 20 minutos. A segurança será reforçada durante toda a operação, não só na CPTM como no metrô e na Via Quatro (amarela).

E vá preparado

Não dê bobeira: compre antecipadamente seu bilhete para viajar tranquilo e sem ter de enfrentar filas. Também é bom ficar atento à localização dos acessos de cada estação: nas últimas Viradas, o Divirta-se verificou que alguns deles ficam fechados para conter o fluxo de pessoas.

Durante 24 horas, programação tem atrações para todos os gostos, de graça e em vários pontos da cidade - sobretudo, no Centro

Música

Fila de clássicos

O Teatro Municipal continua com a tradição de ter artistas relendo seus álbuns - e, mais uma vez, se prepare para a fila de ingressos, distribuídos 1h antes de cada show. Ednardo toca às 23h59 de sábado , 17, o repertório de 'O Romance do Pavão Mysteriozo' (1974), que teve como sucesso a música que dá nome ao disco. Às 11h30 de domingo, 18, Elza Soares volta às canções de 'A Bossa Negra' (1961). Fechando a programação, 'Hip-Hop Cultura de Rua' (1988), primeira coletânea de rap nacional, é revista em sessões às 14h e 15h.

Como umas deusas

Se a praça é do povo, o Palco Arouche é dos artistas populares. Às 21h de sábado, 17, Rosanah relembra seus hits, entre eles o indefectível 'O Amor e o Poder'. E nodomingo, 18, às 16h, Valesca Popozuda manda 'Beijinho no Ombro' com quem fecha com seu bonde de letras picantes.

Eles por eles

A nova geração presta homenagem a discos históricos no Palco Rio Branco. Leo Cavalcanti relê 'Ben' (1972), do então Jorge Ben, às 5h de domingo, 18. Céu fecha a programação às 17h de domingo, 18, interpretando as canções do disco 'Catch a Fire' (1973), clássico de Bob Marley.

Criado/criatura

O Palco Líbero Badaró reúne os principais artistas do novo pop brasileiro, como Tulipa Ruiz e SILVA. Mas a grande estrela é alguém que está há décadas fazendo pop de primeira e influenciou praticamente todas as outras bandas do palco: Guilherme Arantes, que toca às 23h59 de sábado, 17.

Ícone cult

A cantora Lydia Lunch fecha a programação do Palco São João no domingo , 18, às 17h. Além da ex-integrante do Teenage Jesus and the Jerks e ícone do no wave, o palco também recebe o aclamado grupo de rock instrumental Secret Chiefs 3, domingo, 18, às 3h, e o grupo californiano de surf rock Agent Orange, no domingo, 18, às 9h.

Manos e minas

Os Palcos Carlos de Souza Nazaré e Casper Líbero são para quem gosta de rap. No primeiro, há shows de Flora Matos, no sábado, 17, às 22h, e de Karol Conká, no domingo , 18, às 10h30. No segundo, no domingo, 18, às 9h40, Don L. e, às 15h30, a revelação Flow MC.

Gastronomia

Vem pra rua!

Comida boa, de grife, a preços honestos e para comer em pé - ou sentado na calçada. A nova edição do 'Chefs na Rua' tomará conta do Minhocão com 20 barracas, servindo quitutes ao preço máximo de R$ 15. Entre os cozinheiros, estão Benny Novak (Tappo Trattoria), Janaina Rueda (Bar da Dona Onça), entre outros. Além disso, quatro 'food trucks' venderão temakis, sanduíches e bebidas, e o 'Cerveja e Cultura' reunirá 14 cervejarias artesanais, cujas bebidas, em copos, custarão a partir de R$ 3. Minhocão. Domingo, 18, 8h/18h. Grátis.

Vem pra rua (2)!

Não se preocupe se a fome bater durante a madrugada, pois a 'Virada Gastronômica Anhangabaú', no Vale do Anhangabaú, funcionará do começo ao fim do evento, com comidinhas por até R$ 15. Estarão por lá o Bier Bar, Casa Pizza, Churros Tentação, Locombia, entre outros. Vale do Anhangabaú. De sábado, 17, 18h, a domingo, 18, 18h. Grátis.

Vem pra rua (3)!

Quem estiver nas redondezas da Luz e do Bom Retiro terá à disposição um time de chefs, que montará suas barracas na feirinha 'O Mercado', no Bom Retiro. São 32 quituteiros praticando preços camaradas. Márcia Garbin, da Gelato Boutique, apresentará novos gelatos, como o prugna, de ameixa seca com calda de especiarias (R$ 8). R. José Paulino, 226. Domingo, 18, 9h/18h. Grátis.

Clássica

Agora é a hora

Também tem música clássica na Virada. É uma boa oportunidade de ver, gratuitamente, a Osesp, na Sala São Paulo, sob regência da maestrina Marin Alsop, no domingo, 1), às 11h. Ainda na Sala São Paulo, tem concerto da Jazz Sinfônica (14h) e do Coro da Osesp (16h), e árias de óperas com a Orthesp, (18h). A Orquestra Experimental de Repertório se apresenta na Sala do Conservatório, no domingo, 18, às 11h.

Dança

Grandes nomes

Entre as 16 atrações, destaque para o espetáculo 'O Cisne', no sábado, 17, às 21h30, no Palco Anhangabaú. Com coreografia de Michael Fokine, Ana Botafogo faz duo com o bailarino Luís Arrieta.

Crianças

Para curtir em família

Apesar da grande oferta de eventos no mesmo final de semana, o reduto mirim será a 'Viradinha', na Praça Roosevelt. Com boa curadoria, vale desapegar do horário e curtir tudo por ali. Há, por exemplo, o espaço de brincar Mamusca, narração de histórias, espetáculos e oficinas (de carimbo, tricô, grafite e construção de instrumentos musicais). Entre os shows, Paulo Bira, Grupo Triii, Tiquequê, Marilia Vargas e André Mehmari. Para quem preferir se programar, no sábado, 17h, às 17h, tem 'Música de Brinquedo', com Pato Fu, e, no domingo, 18, às 14h, pista de dança com os DJs Camilo Rocha e In-Fernão (Embolex), ao som de Michael Jackson, Mutantes e Tim Maia, entre outros. Celeste já está prontinha para a balada.

Sarau

Encontros

Quem gosta de saraus encontra na Xavier de Toledo, no sábado, 17, às 18h, 'O que Dizem os Umbigos'; às 20h, 'Encontro de Compositores da Zona Leste'; e às 22h, Coletivo Perifatividade. No domingo, 18, às 4h, 'Sarau do Charles'; às 5h30, 'Sarau do Mercado'; às 8h30, 'Sarau da Praga'; e, às 17h, 'Poesia Maloqueirista'. Já na Ladeira da Memória, no sábado, 17, às 19h, 'Tenda Literária'; e, às 21h, Cooperifa. No domingo, 18, às 2h, 'Encontro de Compositores da Zona Sul'; às 9h30, 'Sarau Matinal Beco dos Poetas'; e, às 11h30, Movimento Aliança da Praça.

Circo

Na corda bamba

A Praça Roosevelt concentra ainda atrações circenses, sob curadoria de Hugo Possolo, como Circo Amarillo, no sábado, 17, às 20h30. No domingo, 18, às 2h30, tem Irmãos Becker; às 14h, palhaça Rubra; e, às 16h30, espetáculo 'Besouro Mutante, com o grupo Namakaca.

Literatura

Robôs e cinema

Na Biblioteca Viriato Corrêa, a atração será a '14ª Fantástica Jornada Noite Adentro'. No sábado, 17, às 21h, há leitura dramática da obra de Isaac Asimov, com Wendel Bezerra, ator e dublador de personagens como Bob Esponja; às 22h, debate 'Robôs, Ciborgues e Androides: a Inteligência Artificial na Literatura e no Cinema', com Alfredo Suppia e Ronaldo Bressane. A noite segue com a exibição de três filmes: '2001 - Uma Odisseia no Espaço', 'Blade Runner - O Caçador de Androides' e um título surpresa.

Teatro

Dramático

No Palco Pátio do Colégio, é encenado o musical 'Vingança', no domingo, 18, às 15h30. Baseada em canções de Lupicínio Rodrigues, a peça tem três triângulos amorosos.

Poético

E se a ideia é curtir o Palco do Pátio à noite, vale ver 'A Procissão', no domingo , 18, 0h30, com Gero Camilo. A peça traz a trajetória de romeiros e a caminhada em busca da fé.

Humor

De pé

Já é tradição: a Praça da Sé, onde os humoristas se reúnem, é o lugar certo para quem quer dar risada. Com mais seis colegas, Rafinha Bastos abre o palco no sábado, 17, às 20h.

Cinema

Sessão macabra

As sessões de filmes antigos e contemporâneos merecem atenção, assim como as programações especiais com diretores. 'Amarcord', de Federico Fellini, no sábado, 17, às 23h59, no Sesc Ipiranga, e 'Cinemangue', filmes sobre o movimento do Mangue Beat, no Sesc Pinheiros, também no sábado, 17, às 18h, são boas pedidas. Oportunidade ainda de (re)ver 'Pina', em 3D, no Sesc Vila Mariana, no sábado , 17, às 23h. Além disso, José Mojica Marins, o 'Zé do Caixão', estará na sessão em homenagem aos 50 anos de 'À Meia-Noite Levarei Sua Alma', no Cinesesc, às 23h40 do sábado, 17.

Exposições

Multimostras

Sete mostras de fotografia ocupam o Museu da Imagem e do Som, no domingo, 18, das 11h às 20h. Entre os trabalhos expostos, estão Josef Koudelka e Valdir Cruz.

Escravos e ciência

Em 'Arte, Adorno, Design e Tecnologia no Tempo da Escravidão', o Museu Afro Brasil mostra a contribuição dos escravos para a ciência no Brasil, no sábado, 17, das 10h às 18h.

Importantes músicos da cena instrumental estão indignados com a programação da Virada Cultural e com a política pública para esta área em São Paulo. Eles contestam as atrações, dizem haver falta de transparência na seleção e reclamam por espaços retirados, como o palco do Piano na Praça, por onde passavam atrações instrumentais durante as 24 horas do evento.

A produtora Lu Lopes está arquitetando um movimento para cobrar o poder público e apresentar propostas. Uma reunião com artistas de várias áreas está marcada para a próxima segunda (19), às 20h30. As rápidas adesões já fizeram o local escolhido ser trocado duas vezes. Até a tarde desta quinta-feira, 15, a ação iniciada com um post nas redes sociais já contava com mais de 100 confirmações. Dentre elas, os músicos Carlinhos Antunes, Caíto Marcondes, Carlos Careqa, Anaí Rosa, Sergio Bello, Rafael Toledo, Bisdré Santos, Thadeu Romano, Fabio Torres e Eduardo Gudin.

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"A Virada foi o estopim. Também queremos ocupar os espaços. Como gastam R$ 13 milhões com atrações que podem ser vistas o ano todo? Levam Valeska Popozuda e Tati Quebra Barraco enquanto nomes importantes cansam de se inscrever e nada acontece", diz Lu. Ela contesta também a permanência de Zé Mauro Gnaspini na curadoria. Ele está sob investigação do Ministério Público desde 2012, quando surgiram denúncias ligando seu nome a irregularidades em licitações com empresas que prestam serviços ao evento. "O que estamos propondo é transparência. Faço inscrições na Virada há 8 anos e não sei ainda que critério usam para montar a programação. Chamar isso de Virada Cultural é um despropósito", diz Carlinhos Antunes.

Gnaspini falou ao jornal O Estado de S.Paulo sobre a falta de música instrumental no evento. "Sempre vai ter mais gente fora do que dentro. São muitas inscrições. Muitos reclamaram da falta do Piano na Praça, mas o que tentamos fazer é equilibrar o jogo. Não podemos atender a todos os segmentos sempre. E a Virada é feita para agradar ao público, não aos músicos."

Pena Schmidt, um dos curadores, diz: "Senti falta do palco do Piano na Praça, mas havia a intenção de se colocar instrumental em espaços adequados, como no Mercado Municipal. Todo ano há uma mudança, a Virada tem este perfil flexível em seu conteúdo. Isto favorece as descobertas ou as revisitas." A programação do Mercado Municipal será de forró. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A 10ª edição da Virada Cultural de São Paulo terá espaços diferentes neste ano. Locais como teatros, centros culturais, cinemas e livrarias vão poder integrar o evento, que será promovido pela Prefeitura nas ruas da cidade nos dias 17 e 18 de maio.

Os responsáveis pelos espaços que quiserem participar podem aderir à programação oficial da festa, enviando suas atividades por meio de um formulário pela internet, até dia 15 de maio.

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Durante 24 horas ininterruptas, moradores da capital e visitantes vão acompanhar as diversas atrações culturais como shows, apresentações circenses, teatrais, além de outras intervenções artísticas. A festa deste ano deve receber cerca de 4 milhões de pessoas, segundo estimativa da Secretaria Municipal de Cultura.

A venda de bebidas alcoólicas está proibida em Presidente Prudente na 7ª Virada Cultural Paulista, que será realizada neste fim de semana em diversas cidades do Estado de São Paulo. A proibição, adotada pela primeira vez, foi solicitada à Prefeitura pela Polícia Militar e pela Promotoria da Infância e Juventude.

"O objetivo da medida é garantir a ordem pública, há pessoas que se excedem na bebida e acabam causando tumultos", explica Márcio Leandro Miguel, de 41 anos, soldado da Polícia Militar. Depois de observar que a maioria do público não bebe, o policial lembra que o ambulante flagrado vendendo bebida será retirado e terá o estoque apreendido. Ele não falou em prisão e multa.

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Cerca de 15 mil pessoas são esperadas no Parque do Povo, palco de metade das 20 atrações, entre o começo da noite de sábado, 25, e o início da noite de domingo. "O total de público depende da fama do artista e do tempo", completa Miguel. Um stand up do humorista Carlão Dias, às 18h de sábado no Parque do Povo, e um espetáculo de dança da companhia Oito Nova Dança, no mesmo horário no Teatro Municipal Procópio Ferreira, abrem a virada prudentina.

O roqueiro Nasi, ex-Ira, é o maior destaque. Ele vai cantar por mais de uma hora na noite de sábado. A cantora Fabiana Cozza, atração de domingo, o cantor internacional Brendan Benson, que fará show no começo da madrugada de domingo, e a DJ Lia Macedo também vão se apresentar.

Furtado nesse final de semana durante a Virada Cultural, o primeiro-secretário da embaixada da França no Brasil, Bruno Margueritte, teve seu celular recuperado pela polícia na noite de segunda-feira, 20. A PM informou que durante uma patrulha na Avenida Rio Branco encontrou o suspeito, de 25 anos, com o smartphone do funcionário, um Samsung Galaxy, além de outros objetos suspeitos.

Ao vasculhar a caixa de e-mails do aparelho, os PMs conseguiram chegar à identificação do proprietário. Por telefone, o membro do corpo consular confirmou que teve seu celular furtado durante a Virada.

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Violência

A última edição da Virada Cultual teve dois frequentadores mortos e diversos casos de arrastão - o Senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi uma das personalidades furtadas e subiu no palco, no meio do show da cantora Daniela Mercury, para pedir os documentos de volta.

O padeiro Elias Martins Moraes Neto, de 19 anos, foi roubado e levou um tiro na cabeça na Avenida Rio Branco, por volta das 5h. Um homem de 21 anos também morreu depois de ter uma parada cardiorrespiratória, supostamente por overdose. A Prefeitura informou que quatro pessoas foram baleadas e seis esfaqueadas. A polícia apreendeu uma arma e ainda encontrou uma arma de brinquedo.

Ao longo da noite e da madrugada de sábado para domingo, 262 pessoas foram removidas de ambulância.

A Prefeitura de São Paulo divulgou no fim da tarde desta segunda-feira, 20, balanço da Virada Cultural, ocorrida no fim de semana na cidade. De acordo com os dados, duas pessoas seguem internadas em estado grave. Uma delas é um jovem de 17 anos, baleado no tórax. A outra é um homem de 40 anos, por overdose.

Além disso, o governo municipal admitiu que foram registradas duas mortes (um jovem de 19 anos baleado no rosto e um homem de 21 anos, de suspeita de overdose) e 12 arrastões durante o evento. Segundo a Prefeitura, quatro pessoas foram feridas por armas de fogo e seis por facadas. Ao todo, 28 pessoas foram detidas e nove adolescentes apreendidos.

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Os casos graves foram encaminhados para a Santa Casa, na região central, e para o Hospital do Servidor Público Municipal, na zona sul.

Também foram apreendidos uma arma de fogo e uma arma de brinquedo. A gestão Fernando Haddad (PT) divulgou que 3.420 policiais militares fizeram o patrulhamento da Virada, que contou ainda com o apoio de 1.400 guardas civis metropolitanos, subordinados à Prefeitura.

No total, houve 1.883 atendimentos médicos, com 262 remoções. As principais causas desses atendimentos, segundo a Prefeitura, foram intoxicação por álcool e drogas, ferimentos por facadas e pancadas. O evento contava com 20 ambulâncias de suporte avançado e 40 básicas, além de quatro postos médicos, cada uma com dois médicos, um enfermeiro e três técnicos de enfermagem.

Lixo

O balanço mostrou também que 459,4 toneladas de lixo foram recolhidas por 4.200 profissionais que trabalharam na limpeza do evento.

Apreensões levaram para o depósito da Subprefeitura da Sé 15.586 produtos, principalmente bebidas, que resultaram em 8.493 unidades de cerveja, 3.493 de refrigerantes, 1.208 de água e 965 de vinhos.

O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou, na tarde desta segunda-feira, dia 20, que vai analisar os dados criminais da Virada Cultural com seus secretários nos próximos dias para decidir se será necessário mudar alguma coisa para a edição do ano que vem. Duas pessoas morreram e cinco foram baleadas ao longo do evento nesse fim de semana.

Haddad admitiu que houve um aumento no número de ocorrências policiais entre 2h30 e 5h, mas negou que isso esteja relacionado a um suposto corpo mole dos policiais militares. "O efetivo, se não me engano, foi 10% maior do que na Virada do ano, tínhamos 3.400 policiais militares e 1.400 guardas civis metropolitanos."

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O prefeito fez questão de ressaltar que a Polícia Militar se comprometeu a investigar se algum policial deixou de tomar ações ao presenciar crimes. "Soube pela imprensa dessa situação (de pessoas que relataram que viram arrastões acontecerem na frente de policiais). A informação que tenho é de que a PM respondeu ao aumento de ocorrências, inclusive com prisões."

Por fim, Haddad afirmou que a Virada, "do ponto de vista cultural, foi um sucesso". O secretário municipal de Serviços, Simão Pedro, reconheceu que houve problemas de iluminação em regiões como o Largo do Arouche e a Praça da República. "O serviço de iluminação está muito aquém do que São Paulo merece. Vamos cobrar o consórcio para fazer o que está previsto em contrato."

Mano Brown fez jus à posição de artista mais aguardado da Virada Cultural e pregou a paz durante o show dos Racionais MCs, que marcou a volta do grupo à programação do evento na tarde deste domingo (19).

"Estive na Virada nesta madrugada. Sou da rua, já vi muita coisa, mas vi muita covardia nas ruas do centro ontem (madrugada de sábado para domingo. Todo mundo fala da polícia, do sistema. Mas vi vários malucos se agredindo, se roubando, se desrespeitando. Vi uns malandros roubarem o Mizzuno de um moleque. E o moleque vai voltar para quebrada sem o tênis. Quanto custa um Mizzuno? 900 paus? Quem ganha 900 por mês aí?", perguntou.

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Neste momento algumas mãos se ergueram. "Quem não ganha nada aí?", replicou Brown, e desta vez um mar de braços se ergueu. Brown continuou seu discurso, e resumiu: "O rap precisa de gente de caráter, não de malandrão", antes de dar sequência à apresentação do grupo, ressoante como sempre em todas as camadas do público.

O primeiro dia da Virada Cultural em São Paulo teve muitos shows, mas também morte e confusão. Um homem morreu após ser baleado na Avenida Rio Branco, no centro de São Paulo, por volta das 5h deste domingo (19). No bairro Santa Cecília, um jovem de 19 anos foi encontrado morto durante a madrugada. Policiais que atenderam a ocorrência notaram que o rapaz apresentava sinais de overdose.

Outras cinco pessoas foram alvo de disparos durante a madrugada. A Polícia Militar (PM) não informou as circunstâncias em que ocorreram os tiros. Um balanço parcial da PM contabiliza, ainda, 12 tumultos, entre brigas e arrastões. A polícia confirmou que algumas prisões foram efetuadas, mas não informou quantas.

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Um princípio de arrastão provocou medo e correria por volta das 23h50 do sábado, 18, na rua Quintino Bocaiuva com a Rua Direita. Alguns comerciantes fecharam as portas de seus estabelecimentos até que chegaram homens da polícia militar. A reportagem presenciou um jovem furtando um rapaz que estava à sua frente.

Mesmo com uma viatura a 200 metros da pista de reggae na Rua Conselheiro Nebias, um jovem apanhava de outros quatro enquanto a multidão dançava. O clima era tenso nestas proximidades da praça Princesa Isabel. Duas garotas também brigaram em frente aos mesmos policiais, que assistiram a tudo sem descruzar os braços. A Praça da República, um ponto às escuras, sofreu com brigas entre gangues rivais que saiam ou chegavam dos palcos do Arouche e da República.

Suplicy

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi furtado durante o show de Daniela Mercury. Durante a apresentação da cantora baiana, ele perdeu a carteira e o celular e subiu ao palco para pedir que devolvessem, pelo menos, seus documentos. Minutos depois do apelo, Suplicy recebeu seus documentos de volta. Ele também aproveitou para parabenizar Daniela por assumir sua homossexualidade.

Os Racionais MC’s voltam a tocar na Virada Cultural às 15 horas deste domingo, 19, seis anos após uma apresentação do grupo terminar em pancadaria e conflito entre público e policiais na Praça da Sé, na Virada de 2007. Desta vez, a apresentação será em frente à estação Julio Prestes.

Comandados por Mano Brown, os Racionais também estão na Virada Cultural. O uruguaio Jorge Drexler é o último a tocar na Julio Prestes, a partir das 18 horas. Na Praça da República será possível assistir às apresentações de samba e pagode de Almir Guineto (às 14 horas), Jorge Aragão (às 16 horas) e Bira Presidente e Fundo de Quintal (às 18 horas).

Fafá de Belém vai cantar no Largo do Arouche às 17 horas. No palco 25 de Março, estão previstos os shows de Céu (às 16 horas) e Otto (às 18 horas). Fãs de comédia stand-up poderão ver os esquetes de Rafael Cortez a partir das 17h30, na Praça da Sé.

Quem quiser levar as crianças para a Virada poderá acompanhar a programação do palco montado na Estação da Luz: Pequeno Cidadão (às 14 horas), André Abujamra apresenta Arca de Noé (às 16 horas) e Bixiga 70 e convidados apresentam Saltimbancos (às 18 horas).

São Paulo – Quatro milhões de pessoas deverão acompanhar a nona edição da Virada Cultural, que acontece na cidade de São Paulo neste final de semana e que tem como lema “Venha viver a virada”. Mais de 900 atrações - entre espetáculos de teatro, cinema, música, circo, dança, exposições e literatura – estão programadas para acontecer durante as 24 horas de duração ininterrupta do evento, que tem início às 18h deste sábado (18).

Cerca de R$ 10 milhões foram investidos pela prefeitura municipal para o evento deste ano, aumento de 25% em relação ao ano passado. As atrações estão espalhadas por 120 locais da capital paulista, com 25 palcos concentrados na região central da cidade.

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A cantora Daniela Mercury, acompanhada pelo Zimbo Trio, fará a abertura do evento no palco que foi montado ao lado da Estação Júlio Prestes, na região da Luz. O encerramento da Virada Cultural também ocorre no mesmo palco, com a apresentação do músico uruguaio Jorge Drexler, a partir das 18h de domingo (19).

Segundo a SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos, e organizadora do evento, além das atrações que estarão nos palcos e nas unidades do Sesc, dezenas de performances e intervenções culturais acontecerão nas ruas e nos edifícios da capital. Este ano, em especial, a Virada Cultural vai homenagear os músicos Chorão, da banda Charlie Brown Jr., Marku Ribas e Paulo Vanzolini, que morreram este ano, além do cineasta Carlos Reichenbach, que morreu em junho do ano passado. E repetindo o que rolou no ano passado, o evento deste ano promove mais uma edição do Chef na Rua, com 30 barracas espalhadas pela Avenida São João e com diversas opções de pratos no valor de R$ 5 a R$ 15.

Para a segurança do evento e maior eficiência no atendimento médico do público, a SPTuris informou que haverá 42 ambulâncias, 16 UTIs móveis, cerca de 1,3 mil seguranças particulares e quatro postos médicos espalhados em pontos estratégicos da cidade. Segundo a Guarda Civil Metropolitana (GCM), mais de 1,4 mil agentes do órgão vão atuar durante a Virada Cultural com o objetivo de coibir o comércio ambulante irregular, a preservação do patrimônio público, a segurança e a orientação da população. A Polícia Militar também vai atuar na segurança do evento, mas a Secretaria de Segurança Pública não informou como será feito esse trabalho.

“A Virada Cultural também atrai muitas pessoas de fora da cidade, em especial do interior e litoral do estado de São Paulo, mas também de outros estados e até de alguns países vizinhos. No ano passado, cerca de 8% de todo o público eram de outras cidades. São pessoas, especialmente jovens, que viajam até a capital paulista, em busca de cultura, de arte e de lazer, tudo de forma democrática e acessível”, disse o presidente da SPTuris, Marcelo Rehder, por meio do site da empresa.

Uma das novidades deste ano é que o público poderá se programar por meio de um aplicativo oficial que funciona em celulares Android. O aplicativo traz a programação do evento, alertas sobre atrasos da agenda e um mapa com informações úteis como locais dos banheiros, postos de policiamento, postos de saúde e estações de metrô. A programação e notícias sobre a Virada Cultural também podem ser consultadas por meio do site http://viradacultural.prefeitura.sp.gov.br/.

Para facilitar o deslocamento das pessoas durante a Virada Cultural, as linhas de ônibus e os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do metrô terão um esquema especial. A SPTrans, que administra as linhas de ônibus, vai disponibilizar 44 linhas para atender à população, inclusive durante a madrugada. Além disso, uma linha especial vai trafegar atendendo os quatro terminais de ônibus do centro, com o letreiro Virada Cultural. Já as seis linhas da CPTM e as 64 estações do metrô vão funcionar por 24 horas ininterruptas. No caso da CPTM, as linhas vão funcionar com intervalos médio de 30 minutos. No ano passado, segundo a prefeitura, 89% do público da Virada utilizou transporte público ou foi a pé para curtir as atrações.

Nos dias 25 e 26 de maio, a Virada Cultural acontece em 27 cidades do interior e do litoral paulista, com uma programação de shows e atividades culturais gratuitas.

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