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O ciclista dinamarquês Jonas Vingegaard foi oficializado como o grande campeão da Volta da França na tarde deste domingo. Ele completou a última etapa, a 21ª, que teve como vencedor o belga Jasper Philipsen, em ritmo de festa nas ruas de Paris.

O atleta da Dinamarca quebrou um hiato de 26 anos sem que um ciclista do seu país vencesse a mais tradicional competição de ciclismo do mundo. Foi em 1996 que um dinamarquês venceu o tour pela última vez, com Bjarne Riis.

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Vingegaard, de 25 anos, teve como companhia no pódio o esloveno Tadej Pogacar, que havia conquistado as duas últimas edições do torneio, e o britânico Geraint Thomas, campeão em 2018.

A 109ª edição da Volta da França foi o evento mais rápido da história, pois teve uma velocidade média de mais de 42 km/hora.

A última etapa, entre La Défense e Campos Elísios, acabou com Jasper Philipsen como vencedor, com o tempo de 2h58min32s. O holandês Dylan Groenewegen terminou em segundo, enquanto o norueguês Alexander Kristoff fechou em terceiro.

O esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates) venceu, neste domingo, a nona etapa da Volta da França, após percorrer 153 quilômetros entre as cidades de Pau e Laruns, com o tempo de 3h55min17.

Pogacar, de 21 anos, superou o compatriota Primoz Roglic (Jumbo-Visma), segundo colocado e novo líder da classificação geral. O suíço Marc Hirschi (Sunweb) terminou na terceira colocação.

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Na classificação geral, Roglic assumiu a camiseta amarela, que pertencia ao britânico Adam Yates (Mitchelton-Scott), com vantagem de 21 segundos sobre o colombiano Egan Bernal (INEOS), vencedor em 2019 e agora segundo colocado. O francês Guillaume Martin (Cofidis) é o terceiro, com 28 segundos de desvantagem.

Com a primeira semana terminada, os competidores terão um dia de descanso nesta segunda-feira, retomando a disputa na terça-feira, com a 10.ª etapa. A Volta da França está prevista para terminar em 20 de setembro.

Depois de semanas agarrados à esperança de que a Volta da França poderia ser realizada apesar da pandemia de coronavírus, a prova mais emblemática do ciclismo finalmente se juntou à lista de competições esportivas que foram adiadas.

Ainda que possa acontecer neste ano, a competição de três semanas não vai mais começar em 27 de junho em Nice, a cidade localizada na Riviera Francesa, conforme planejado. A decisão foi tomada após o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciar que todos os grandes eventos públicos estão cancelados pelo menos até meados de julho.

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"Como agora é impossível que a Volta da França comece na data programada, estamos em consultas com a União Ciclística Internacional para encontrar novas datas", disseram os organizadores nesta terça-feira.

A última vez em que uma edição da prova anual não ocorreu foi em 1946, quando a França emergia após a Segunda Guerra Mundial. Para evitar isso, os organizadores estão avaliando outras datas. Os novos planos poderão ser anunciados no final de abril, depois de reuniões entre a empresa organizadora, a Amaury Sport Organization, e a UCI.

Realizar a corrida sem a presença de legiões de espectadores ao lado do percurso, uma ideia previamente proposta por a ministra do esporte Roxana Maracineanu, não era algo apreciado pelo organizadores.

Ano após ano, milhões de pessoas assistem a Volta da França, em um ambiente festivo em várias regiões do país. A edição deste ano tem 21 etapas. Isso exige o deslocamento de milhares de policiais para monitorar multidões, além de garantir que os ciclistas possam pedalar sem serem atrapalhados.

Os participantes também precisam estar em excelentes condições físicas. Após semanas de confinamento em suas casas, os ciclistas deverão precisar de várias semanas de treinamento para ficar em forma. As fronteiras também terão que ser abertas, para que participantes como o campeão do ano passado - o colombiano Egan Bernal - possam viajar para a França.

Outra complicação é modificar o calendário mundial de ciclismo. O Giro D'Italia, que seria realizado em maio, foi adiado no mês passado. A Volta da Espanha ainda mantém as datas originais, de 14 de agosto a 6 de setembro.

Foram 146 Km em terreno plano, uma "passarela" para o colombiano Egan Bernal, que confirmou sua vitória histórica na Volta da França, a prova mais tradicional do ciclismo mundial. Com apenas 22 anos, ele conquistou a honraria pela primeira vez para seu país e tornou-se o primeiro latino a ganhar a prova desde o longínquo ano de 1913.

O título já havia sido praticamente sacramentado na etapa deste sábado e Bernal encerrou sua jornada francesa na famosa avenida Champs-Elysées, de Paris, num momento de pura celebração para descer da bicicleta e receber sua premiação ao lado de um dos maiores cartões postais do mundo.

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"É uma felicidade que não pode ser descrita. É nosso primeira Volta da França. Foram disputadas muitas edições, muitos colombianos tentaram, ganharam muitas coisas, muitas corridas, mas o Tour não chegava. Creio que a Colômbia merecia isso", declarou o atleta.

Bernal se referiu, entre outros, ao compatriota Nairo Quintana, que em 2014 chegou a vencer as Voltas da Itália e da Espanha, mas acabou não confirmando seu favoritismo em solo francês, tendo de se conformar com dois vices, em 2013 e 2015.

"Agora, só quero chegar em casa e curtir a conquista. Ainda não assimilei a vitória no Tour. Logo pensarei no próximo objetivo, mas agora quero apenas comemorar com minha família", completou o ciclista, que também se tornará o mais jovem vencedor da história da disputa no período pós-Segunda Guerra Mundial.

O colombiano provou ser o mais forte entre os 176 competidores que partiram de Bruxelas, na Bélgica, no último dia 6 de julho, numa jornada de 3.366 quilômetros que terminou neste domingo com uma dobradinha da equipe Ineos nos dois primeiros lugares do pódio, com o galês Geraint Thomas, campeão de 2018, terminando em segundo lugar.

O domingo parisiense também foi dia para os franceses saudarem seus dois principais competidores, Thibaut Pinot e Julian Alaphilippe. Este último chegou a vestir a camisa amarela por 14 dias, mas acabou cedendo a liderança para o colombiano a dois dias do fim da competição. Já o primeiro teve de abandonar a corrida em lágrimas, por conta de uma lesão muscular na coxa esquerda, na sexta-feira.

Bernal tomou a liderança de Alaphilippe neste dia, quando a 19ª etapa teve de ser reduzida por conta de um deslizamento de terra na rota para a estação de Tignes e por uma violenta tempestade de granizo que tornou as condições da estrada das mais perigosas para os pilotos e a etapa acabou reduzida.

A etapa deste domingo, a última da competição, foi vencida pelo australiano Caleb Ewan, da equipe Lotto Soudal. Com uma disparada nos metros finais, no centro de Paris, ele superou o holandês Dylan Groenewegen, da equipe Jumbo-Visma, selando o final da disputa.

A última etapa da Volta da França, tradicionalmente, é apenas comemorativa. Os ciclistas fazem juntos o percurso de 116 quilômetros entre Houilles e Paris. A disputa fica para as voltas finais em torno da Champs-Élysées, que acaba não alterando a classificação geral.

O britânico Geraint Thomas fechou o último trajeto longe da briga pelos primeiros lugares para não correr o risco de sofrer uma queda e não cruzar a linha de chegada. Sem pressa, ele terminou em 67º e garantiu o título da prova mais tradicional do ciclismo.

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Thomas, que competiu pela equipe Sky, foi o detentor final da camiseta amarela, que é dada ao ciclista que possui o menor somatório de tempo. No total, ele acumulou 83h17min13. Ficou 1min51 à frente do holandês Tom Dumoulin, da Sunweb, e 2min24 do tetracampeão Chris Froome, que também é da Sky, e completou o pódio.

"É incrível. Vai demorar um tempo para assimilar o que aconteceu. Nas últimas voltas, tinha a sensação de estar flutuando. Ver o apoio dos torcedores com bandeiras britânicas e galesas...", disse em tom emocionado.

"Parece irreal. É a Volta da França. Ficar com a camiseta amarela é um sonho. Com os companheiros de equipe nos mantivemos unidos em alguns momentos difíceis. E assim conseguimos ser muito mais fortes", destacou.

O resultado manteve também a hegemonia britânica na competição. Foi a sexta conquista nos últimos sete anos do país na Volta da França. Chris Froome venceu quatro vezes (2017, 2016, 2015 e 2013). Bradley Wiggins faturou em 2012. O único a quebrar a hegemonia da Grã-Bretanha nesse período foi o italiano Vincenzo Nibali, que ficou com a taça em 2014.

A etapa deste domingo teve vitória do norueguês Alexander Kristoff no sprint final. Ele terminou apenas uma roda na frente do alemão John Degenkolb, o segundo colocado. O francês Arnaud Demare completou o pódio.

OUTROS PRÊMIOS - Apesar de a Volta da França ter a camiseta amarela como o troféu mais cobiçado, a competição também tem outros vencedores. Por exemplo, o eslovaco Peter Sagan encerrou a disputa com a camiseta verde, que é entregue ao ciclista que mais somou pontos durante a disputa. Ele chegou a 477 pontos, quase o dobro do segundo colocado, o norueguês Alexander Kristoff, que somou 246.

A equipe que fechou a competição com o menor somatório de tempo foi a Movistar, com um total de 250h24min53. A Bahrain-Mérida ficou em segundo lugar e a Sky foi a terceira colocada.

A camisa quadriculada, entregue ao melhor escalador, aquele que se destaca nas subidas, ficou com o francês Julian Alaphilippe. Seu compatriota Warrien Barguil terminou em segundo lugar e o polonês fechou esse pódio. Geraint Thomas foi o quarto nesse quesito.

O melhor estreante, que termina com a camiseta branca, foi o francês Pierre Roger Latour, com o colombiano Egan Bernal Gomez em segundo e o francês Guillaume Martin em terceiro. O mais combativo, que fica com a camiseta branca e vermelha foi o irlandês Daniel Martin.

O diretor da Volta da França, Christian Prudhomme, se manifestou nesta sexta-feira pela primeira vez sobre o caso de doping do ciclista britânico Chris Froome, atual vencedor da tradicional competição. Um dos principais líderes do ciclismo mundial, Prudhomme pediu uma rápida investigação sobre o caso.

"Queremos que a situação seja esclarecida o quanto antes, para sairmos da escuridão e da ambiguidade", declarou o dirigente, em entrevista a France Info TV. "Queremos obviamente uma investigação, mas não queremos que leve meses e meses para que tenhamos uma resposta sobre o caso da UCI o mais rápido possível na próxima temporada."

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A União Ciclística Internacional (UCI) anunciou no dia 13 que Froome foi reprovado em exame antidoping realizado em setembro durante a disputa da Volta da Espanha. No entanto, optou por não puni-lo preventivamente. A entidade pediu apenas que o atleta forneça mais informações após teste realizado durante a competição apontar o uso, em alta quantidade, de uma substância que está em um medicamento normalmente prescrito para combater a asma.

O dono de quatro títulos da Volta da França teve constatada no exame de urina uma concentração de salbutamol de 2.000 nanogramas, que é o dobro do que é permitido pela UCI. Froome alegou que fez uso do remédio porque teve uma crise de asma durante a prova. Ele garantiu ter consumido o medicamento segundo as orientações médicas da sua equipe, a Sky. O medicamento ajuda a ampliar a capacidade pulmonar e pode ser utilizado para aumentar a resistência de um competidor se usado em quantidades expressivas.

A UCI revelou que a contraprova do exame de Froome confirmou o resultado positivo para doping, mas ressaltou que a "a presença de uma determinada substância como o salbutamol em uma amostra não resulta na imposição de uma suspensão provisória obrigatória contra o ciclista". A ausência de uma punição causou polêmica no mundo do ciclismo e outros atletas criticaram a postura da entidade.

É por essa razão que o diretor da Volta da França quer uma investigação completa para evitar qualquer suspeita sobre a conduta do ciclista, que deve disputar a competição em julho do próximo ano. Se for punido, Froome deve perder o título da Volta da Espanha e ainda deve cumpriu um período de suspensão.

Christian Prudhomme quer evitar que se repita situação vivida com o ciclista espanhol Alberto Contador em 2011. Campeão da Volta da Espanha daquele ano, apesar de um teste antidoping positivo, ele perdeu o título depois em disputa na Corte Arbitral do Esporte. E o troféu precisou ser concedido a outro atleta.

Acostumado a dar suporte ao favorito Chris Froome, o ciclista britânico Geraint Thomas teve seu dia de herói neste sábado, na abertura da tradicional Volta da França. Ele faturou a primeira etapa, disputada na cidade alemã de Düsseldorf, ao exibir grande performance em prova contrarrelógio que abriu a disputa.

Ele conquistou o direito de vestir a famosa camisa amarela pela primeira vez nesta edição 2017 da prova ao completar o trecho inicial, de 14 quilômetros, em 16min04s. O trajeto, que passa às margens do Rio Reno e também pelo centro da cidade, era plano, mas a chuva deixou a primeira etapa perigosa, em razão da pista encharcada.

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Mesmo diante deste obstáculo, o ciclista do País de Gales venceu uma etapa da Volta da França pela primeira vez na carreira. E levou a favorita Team Sky à liderança da prova. Seu colega de equipe, o britânico Chris Froome, atual bicampeão, terminou a etapa na sexta colocação.

Até então Thomas estava acostumado a dar suporte da Froome, um dos principais favoritos ao título deste ano. "Eu não consigo acreditar nisso. Eu entrei no ciclismo por causa da Volta da França", comemorou o vencedor da etapa de abertura. "Quando eu era criança, corria direto da escola para a frente da TV para assistir a prova. É louco saber que agora sou eu que estou diante das câmeras."

Entre os dois ciclistas da Team Sky, nesta etapa inicial, ficou o suíço Stefan Kueng, em segundo lugar, seguido do bielo-russo Vasil Kiryienka, o alemão Tony Martin e o italiano Matteo Trentin.

A chuva e a pista molhada deixaram ao menos uma vítima na disputa deste sábado. O ciclista espanhol Alejandro Valverde, um dos mais experientes da prova, sofreu um acidente no asfalto escorregadio e abandonou a prova logo no primeiro dia de disputas. Segundo a equipe Movistar, ele sofreu cortes na perna e levou forte pancada nas costas. Foi encaminhado ao hospital logo após o acidente.

O abandono precoce de Valverde deve afetar o restante da competição. Isso porque Valverde era uma das apostas da equipe para dar suporte ao colombiano Nairo Quintana, outro favorito ao título.

Iniciada neste sábado, a Volta da França conta com 21 etapas, a serem disputadas até o dia 23 de julho. Neste ano, a tradicional prova de ciclismo contará com trechos também na Bélgica e em Luxemburgo.

A primeira etapa de uma sequência nos Alpes da Volta da França aconteceu da forma que o líder da competição, o britânico Chris Froome, queria. Se não venceu, o ciclista conseguiu uma ótima 11.ª colocação no estágio e abriu vantagem na classificação geral. A primeira posição ficou com o russo Ilnur Zakarin.

O russo se aproveitou de uma arrancada na reta final da 17.ª etapa para cruzar na primeira colocação depois dos 184,5 quilômetros da capital suíça Berna ao lago artificial Finhaut-Emosson, também no país. O ciclista que cumpriu dois anos de suspensão por doping entre 2009 e 2011 terminou o percurso em 4h36min33s.

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Zakarin estava atrás do polonês Rafal Majka e do colombiano Jarlinson Pantano na descida da montanha La Forclaz, mas acelerou e garantiu a ultrapassagem a 6,5 quilômetros da linha de chegada para conquistar sua primeira vitória em uma etapa da Volta da França. Pantano foi o segundo, 55 segundos atrás, e Majka o terceiro, a 1min26s.

Mas o maior beneficiado após a etapa desta quarta-feira foi mesmo o atual campeão Chris Froome. O britânico que luta por seu terceiro título na França - venceu também em 2013 - terminou a pouco menos de oito minutos de Zakarin, resultado suficiente para que abrisse vantagem na ponta a poucas etapas para o fim da competição.

Após este estágio, Froome tem 77h25min10s já percorridos, ampliando para 2min27s a diferença para o segundo colocado, o holandês Bauke Mollema, 18.º nesta quarta. A terceira posição é do britânico Adam Yates, a 2min53s do líder, seguido do colombiano Nairo Quintana, a 3min27s.

Com isso, a camisa amarela segue com Froome, enquanto Majka tem a branca de bolinhas vermelhas (melhor montanista) e Yates, a branca (melhor jovem). A camiseta verde (melhor velocista) é do eslovaco Peter Sagan e a Movistar mantém-se como melhor equipe até o momento.

Restam somente quatro etapas para o fim da Volta da França, sendo que a última, no domingo, é praticamente um desfile dos ciclistas em Paris. Com Froome perto da conquista, a competição será retomada nesta quinta-feira com mais um estágio de contra-relógio nos 17 quilômetros de Sallanches até Megève.

O ciclista Alberto Contador, que abandou a disputa da Volta da França no último domingo, afirmou nesta terça-feira que já é quase certo que não poderá disputar os Jogos Olímpicos do Rio, no próximo mês. Duas vezes campeão da Volta da França, em 2007 e 2009, quando triunfou na prova mais tradicional do ciclismo mundial, o espanhol disse que não deverá conseguir se recuperar a tempo de lesões sofridas nesta edição do grande evento francês.

"Dado o prognóstico (médico), os Jogos estão praticamente descartados. É uma pena e um importante golpe moral, pois eles eram o segundo grande objetivo do ano depois da Volta da França", lamentou Contador, em entrevista coletiva.

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Contador sofreu quedas na primeira e na segunda etapa desta edição da Volta da França, que ele acabou abandonando no último domingo quando faltavam pouco mais de 100 quilômetros para chegar à estação de Arcalis, em Andorra, após ter iniciado a etapa que teve largada em Vielha val D'Aran, na Espanha.

Contador foi submetido nesta terça-feira a exames de ressonância magnética que comprovaram que o ciclista sofreu lesões múltiplas, uma lesão muscular de grau 2 na coxa esquerda e uma outra na panturrilha da mesma perna esquerda. As lesões foram confirmadas pelo médico Manuel Leyes, que participou desta entrevista coletiva ao lado do ciclista espanhol. "O tempo estimados de recuperação para estas lesões é de umas quatro semanas", avisou.

Vencedor também da Volta da Espanha em 2008, 2012 e 2014 e do Giro d'Italia em 2008 e 2015, Contador, de 33 anos, chegou a ser suspenso por dois anos, em 2010, após ser considerado culpado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) por uso de doping, ocorrido durante a edição de 2010 da Volta da França. Assim, ele também perdeu o título da tradicional prova, que conquistou naquele ano.

Na época, a CAS não aceitou a justificativa de Contador, que havia declarado ter testado positivo para a substância proibida clembuterol por conta do consumo de uma carne contaminada. Com a decisão, o tribunal reverteu a decisão de Federação Espanhola de Ciclismo, que havia absolvido o ciclista.

Insatisfeitas com o julgamento da federação, a Agência Mundial Antidoping e a União Ciclística Internacional (UCI) recorreram à CAS pedindo a suspensão do ciclista espanhol por dois anos. E as entidades tiveram sucesso no recurso.

O ciclista alemão Marcel Kittel venceu nesta terça-feira a quarta e mais longa etapa da Volta da França após um sprint na parte final do percurso de 237,5 quilômetros entre Saumur e Limoges, concluído em 5h28min30 por um pelotão de 106 ciclistas.

O francês Bryan Coquard parecia próximo de garantir sua primeira vitória em uma etapa da maior prova de ciclismo do mundo, mas Kittel resistiu ao ataque do rival e triunfou por um triz. Assim, assegurou a sua nona vitória na história da Volta da França. À espera do resultado oficial, o alemão sentou-se na estrada e em seguida explodiu em alegria quando lhe foi dito que havia vencido.

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"Eu estou muito emocionado agora, parece como a minha primeira vitória novamente", disse. "Estou mega, mega feliz. Estou muito orgulhoso, porque a equipe realmente lutou por esta vitória. As coisas deram errado nos últimos dias, e assim estou feliz por estar de volta ao Tour (como é conhecida a Volta da França) e por ganhar um estágio como este".

O campeão do mundo Peter Sagan terminou em terceiro lugar e manteve a camiseta amarela. Além disso, ele ampliou sua vantagem sobre o francês Julian Alaphilippe, o vice-líder da classificação geral, para 12 segundos. O espanhol Alejandro Valverde está em terceiro, 14 segundos atrás.

A etapa desta terça-feira levou os ciclistas da cidade medieval de Saumur para Limoges, no centro da França. Depois de um primeiro ataque fracassado logo após o início, um grupo de quatro ciclistas escapou do bloco e construiu uma vantagem de cinco minutos sobre o pelotão.

Oliver Naesen e Alexis Gougeard, ambos estreantes na Volta da França, além de Markel Irizar e Andreas Schillinger, fizeram a ação perto da marca de 30km e rapidamente aumentaram a vantagem.

Determinada a defender a camisa amarela com Sagan, seus companheiros da equipe Tinkoff, aceleraram o ritmo e lideraram a perseguição com os times Lotto-Soudal e Etixx-Quick Step, e a diferença era de menos de quatro minutos, com cem quilômetros restantes.

No entanto, o pelotão não tinha pressa para conter os pilotos que empreenderam a fuga. Gougeard deixou grupo líder, com 35 quilômetros restantes, momentos antes da perseguição realmente começar no final montanhoso de Limoges. O trio remanescente foi engolido em uma pequena subida a sete quilômetros do fim.

Entre os favoritos, o britânico Chris Froome foi o 37º colocado, seis posição à frente do espanhol Alberto e sete à frente do colombiano Nairo Quintana, todos eles com o mesmo tempo do vencedor. Na classificação geral, Froome é o quinto e Quintana está em sétimo lugar, a 18 segundos de Sagan. Já Contador, com uma desvantagem de 1min06, ocupa a 54ª posição.

Nesta quarta-feira, será realizado a quinta etapa da Volta da França, em um trecho de média montanha entre Limoges e Le Lioran, com 216 quilômetros.

A Volta da França e outras corridas renomadas deixarão de fazer parte do calendário de elite da União Internacional de Ciclismo (UCI, na sigla em inglês) em ação vista como mais uma capítulo da disputa pelo controle do esporte.

A Amaury Sport Organisation (ASO), organizadora da Volta da França, rejeitou no mês passado as reformas propostas pela UCI para o calendário de 2017, e conta com o apoio de vários organizadores de provas em sua tentativa de se livrar da tutela da entidade gestora do ciclismo.

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A ASO declarou em um comunicado nesta sexta-feira que disse à UCI que "optou pelo registro de seus eventos no calendário Hors Classe para a temporada de 2017", o que significa que terá mais liberdade para convidar as equipes que desejar para os seu eventos.

A organização descreveu a reforma do calendário para 2017 como um "sistema de esporte fechado". Ela teme que o novo plano só irá reforçar o poder das mais poderosas equipes, e, finalmente, levar a um sistema de franquias.

"Mais do que nunca, a ASO permanece comprometida com o modelo europeu, e não pode comprometer os valores que ele representa: um sistema aberto que dá prioridade ao critério esportivo", disse. "É, portanto, neste novo contexto e dentro de seus eventos históricos que a ASO continuará a manter esses valores vivos".

A ASO possui a Volta da França e outras provas, como as clássicas Paris-Roubaix e Liège-Bastogne-Liège, bem como as corridas de uma semana Paris-Nice e a Criterium du Dauphine.

A UCI, que tem estado regularmente em desacordo com os organizadores da Volta da França nos últimos 15 anos, anunciou em setembro reformas destinadas a simplificar o calendário.

Além disso, decidiu adotar outras medidas, incluindo a implementação de licenças de três anos concedida a um máximo de 18 equipas para o circuito mundial entre 2017 e 2019, e a adoção de mais rigorosos protocolos antidoping. Um número limitado de novas provas também podem ser adicionadas, enquanto novas e corridas já existentes serão submetidas a um rigoroso conjunto de normas. As equipes também serão obrigadas a seguir as regras sobre seus ciclistas e outros membros.

Mas a Associação Internacional de Organizadores de Provas de Ciclismo (AIOCC, na sigla em inglês), presidida pelo diretor da Volta da França, Christian Prudhomme, votou esmagadoramente contra as reformas no mês passado, expressando "extrema preocupação" sobre os planos da UCI.

O AIOCC também pediu para "um grupo de trabalho ser criado o mais rapidamente possível que reúna todas as partes interessadas, a fim de propor as necessárias medidas corretivas". Agora, com a saída da Volta da França do calendário da UCI, o racha no ciclismo aumentou.

Os organizadores da Volta da França anunciaram nesta terça-feira o percurso da edição de 2016 da mais tradicional prova do ciclismo, que vai ser disputada entre os dias 2 e 24 de julho. Na avaliação do especialistas, a rota é favorável às habilidades multidisciplinares do atual campeão, o britânico Chris Froome.

A prova, em julho de 2016, terá dois contra-relógios e 28 difíceis escaladas. A próxima edição da Volta da França terá um percurso de 3.519 quilômetros. Os ciclistas subirão os Pirineus antes dos Alpes, como aconteceu este ano, novamente em um caminho na direção oposta ao sentido horário através do território francês. Isso quebra a tradição, porque normalmente a prova alterna a direção entre um ano e outro.

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Froome, que também venceu a Volta da França em 2013, é considerado um dos principais especialistas nas escaladas e também nos contra-relógios individuais, o que em princípio também o torna favorito para a próxima edição da prova.

Em 14 de julho, dia da Festa Nacional Francesa, em que se celebra a Tomada da Bastilha, a subida do Monte Ventoux vai desafiar os melhores escaladores. Froome venceu em 2013, na última passagem da Volta da França pelo pico de 1.909 metros.

O Monte Saint-Michel, na costa da Normandia e onde há uma abadia declarada Patrimônio da Humanidade, abrirá a disputa da Volta da França. A primeira etapa terminará na praia Utah, utilizada nos desembarques do Dia D em 1944.

A Volta da França fará uma breve visita ao Maciço Central antes de chegar às montanhas mais altas dos Pirineus. No Alpes, que receberão as últimas etapas antes da chegada final da Prova em Paris, a prova passará junto ao Mont Blanc, o pico mais alto da Europa. "Será extraordinário", disse o diretor da Volta da França, Christian Prudhomme.

Utilizando a camiseta amarela destinada ao líder, o britânico Chris Froome conquistou neste domingo (26) o seu segundo título da Volta da França nos últimos três anos ao concluir a última etapa em ritmo de passeio em Paris, encerrando uma disputa de três semanas da mais tradicional prova do ciclismo mundial, em que travou uma luta acirrada com o colombiano Nairo Quintana, o vice-campeão, no último sábado pela liderança da classificação geral.

Aplaudido na Champs-Elysées ao término da 21ª etapa, Froome assegurou o terceiro título da Grã-Bretanha em 112 de anos de existência da prova, repetindo a conquista de 2013 da Volta da França. Assim como ocorreu naquela oportunidade, Quintana foi o vice-campeão, mas agora com uma desvantagem de apenas 1min12 - há dois anos, a margem foi de 4min20.

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O espanhol Alejandro Valverde, companheiro de Quintana na equipe Movistar, foi o terceiro colocado, subindo pela primeira vez ao pódio da Volta da França - ele havia ficado em quarto lugar na edição de 2014. O italiano Vincenzo Nibali, que venceu a prova em 2014, dessa vez ficou na quarta posição, logo à frente do espanhol Alberto Contador.

A etapa deste domingo teve a sua largada na cidade de Sèvres e foi vencida pelo alemão Andre Greipel, que já havia triunfado em outros três estágios. Porém, para minimizar o risco de acidentes, os organizadores da Volta da França optaram por parar o relógio após os ciclistas completarem a primeira das dez voltas pelos arredores da Champs-Elysées.

Com isso, Froome comemorou a sua vitória antes mesmo de completar todo o percurso. E, ao final, ele e seus companheiros da Team Sky cruzaram a linha de chegada juntos, com os braços ao longo do ombros uns dos outros, com o dono da camisa amarela sorrindo ao meio.

Neste ano, Froome alcançou a liderança da Volta da França pela primeira vez após a disputa da terceira etapa. No estágio seguinte, o alemão Tony Martin assumiu a dianteira. Porém, o alemão deixou a disputa após a sétima etapa. O britânico, então, retomou a camiseta amarela e não a cedeu mais.

Além do título, Froome levou a camiseta branca de bolinhas vermelhas, destinada ao melhor montanhista da Volta da França. Quintana, principal concorrente do britânico na luta pelo título, ficou com a camisa branca, destinada ao melhor jovem ciclista, de menos de 25 anos.

A camiseta verde, dada ao competidor com mais pontos, acabou ficando com o eslovaco Peter Sagan, ainda que ele não tenha conseguido vencer sequer uma etapa desta edição da Volta da França, que consagrou Chris Froome como seu campeão.

O ciclista alemão Tony Martin venceu nesta terça-feira a quarta etapa da Volta da França e assumiu a liderança da classificação geral da prova no momento em que ela entra no território francês. Para isso, se aproveitou da adoção de um estilo seguro pelo britânico Chris Froome e seus principais rivais, que evitaram correr riscos nos traiçoeiros trechos com paralelepípedos.

Martin, que estava um segundo atrás de Froome na classificação antes do começo da quarta etapa, escapou do grupo do britânico quando faltavam cerca de três quilômetros para o fim da disputa. Froome e outros competidores o deixaram escapar, confiando que Martin não é um dos candidatos ao título.

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O italiano Vincenzo Nibali, atual campeão da Volta da França, encaminhou o seu triunfo no ano passado com um desempenho brilhante nas pedras escorregadias, tentou fustigar Froome, mas não teve sucesso.

A quarta etapa da mais tradicional prova do ciclismo mundial teve um percurso de 223,5 quilômetros entre a cidade belga de Seraing e Cambrai, no norte da França, o que levou a disputa a enfim entrar no território do país.

Dono de uma medalha de prata conquistada na Olimpíada de Londres, em 2012, Tony Martin contou com o trabalho de equipe para cruzar a linha de chegada em primeiro lugar, com um tempo total de 5h28min58. Três segundos depois, vieram mais 34 competidores. O também alemão John Degenkolb foi o segundo colocado, à frente do eslovaco Peter Sagan.

Nesse mesmo segundo, ficaram três dos candidatos ao título da Volta da França: Nibali, o 15º colocado, Froome, o 17º, e o espanhol Alberto Contador, na 19ª colocação.

Na classificação geral, Martin ocupa o primeiro lugar com um tempo total de 12h40min26 e 12 segundos de vantagem para Froome, o vice-líder. Já o norte-americano Tejay van Garderen é o terceiro colocado, a 25 segundos do líder. Por sua vez, Contador está na oitava posição, a 48 segundos de Martin, enquanto Nibali é o 13º, com uma desvantagem de 1min50 para o primeiro colocado.

A camiseta verde, destinada ao ciclista com mais pontos, está com o alemão André Greipel, com 84. O espanhol Joaquim Rodríguez segue sendo o detentor da camisa branca com bolinhas vermelhas, usada pelo melhor montanhista. Já a camiseta branca, dada ao melhor jovem, continua com o eslovaco Peter Sagan.

A Volta da França prossegue nesta quarta-feira com a realização da quinta etapa. A disputa será em um trecho plano de 189,5 quilômetros entre Arras Communauté Urbaine e Amiens Metrópole.

O australiano Rohan Dennis será o primeiro ciclista a vestir a tradicional camisa amarela da Volta da França de 2015. Ele assumiu a liderança da classificação geral ao vencer a etapa de abertura da tradicional prova, neste sábado, na cidade holandesa de Utrecht. O atleta da Austrália faturou a vitória com direito a recorde de velocidade.

Ele completou a curta prova de contrarrelógio em 14min56s. No trecho de 13,8 quilômetros, os ciclistas enfrentaram forte calor e um pouco de vento ao atravessarem a área urbana da plana cidade de Utrecht.

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Para buscar o triunfo, Dennis deixou para trás especialistas em contrarrelógio, como o alemão Tony Martin, que ficou em segundo lugar, cinco segundos atrás do australiano, e o suíço Fabian Cancellara, com desvantagem de seis segundos.

Além do triunfo, Dennis comemorou o recorde de velocidade obtido na etapa, ao marcar a média de 55,4 km/h. "Eu não esperava ser tão rápido. Foi um caminho difícil até o fim e só estava pensando '16 minutos, 16 minutos', levando em conta o que eu tinha feito nos treinos. E, no fim, ganhei este 'bônus", festejou o australiano.

Os favoritos ao título da Volta da França tiveram performance discreta neste início de competição. O atual campeão Vincenzo Nibali, da Itália, foi apenas o 22º colocado, a 43 segundos do vencedor desta etapa.

O britânico Chris Froome, campeão da edição 2013 da prova, foi o 39º, enquanto o espanhol Alberto Contador, dono de dois títulos na França, foi o 46º. O colombiano Nairo Quintana, outro candidato ao título deste ano, foi o 57º colocado.

Neste domingo, Rohan Dennis vai vestir a camisa amarela para liderar os ciclistas na segunda etapa da prova, o trecho de 166 quilômetros entre Utrecht e Zélande, na fronteira com a Bélgica.

Vicenzo Nibali confirmou neste domingo o seu primeiro título da Volta da França, algo que já era sabido há alguns dias que aconteceria, uma vez que o italiano tinha enorme folga na classificação geral. Ao final da 21.ª e última etapa, em Paris, o vencedor teve 7min37 de vantagem sobre o segundo colocado, o francês Jean-Christopher Péraud. Desde o primeiro título (cassado) de Lance Armstrong, em 1999, ninguém abria tanta folga.

Ao vencer a Volta da França, Nibali coloca seu nome na história. Afinal, ele é apenas o sexto homem a fechar as chamadas "Grandes Voltas", que é o equivalente, no ciclismo, ao que é o Grand Slam no tênis. O italiano igualou o compatriota Felice Gimondi, os franceses Jacques Anquetil, Bernard Hinault, o belga Eddy Merckx e o espanhol Alberto Contador como os únicos a vencer Volta da França, Giro D'Itália e Volta da Espanha.

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O primeiro título de Nibali na França vem um ano depois de ele ganhar na Itália e entrar no hall dos grandes nomes do ciclismo mundial. Na Espanha, cuja Volta é menos relevante do que as italiana e francesa, ele havia sido campeão em 2010.

Desta vez, a conquista foi facilitada pelo acidente que envolveu o campeão de 2013 Chris Froome (Grã-Bretanha) e Alberto Contador na primeira etapa. Os dois caíram, se machucaram, e deram adeus à disputa pelo título. Nibali assumiu a camisa amarela na segunda etapa, quando venceu pela primeira vez na carreira uma perna da Volta da França, e não deixou mais o posto de líder geral.

Neste domingo, Nibali nem precisou forçar. Com vantagem absolutamente confortável, manteve-se no pelotão e cruzou o Arco do Triunfo oficialmente na 81.ª colocação, já festejando o título, abraçado a colegas da equipe Astana, do Casaquistão. A vitória da etapa ficou com o alemão Marcel Kittel, a quarta dele na Volta, mesmo número de Nibali. Velocista, terminou na 161.ª colocação.

Uma volta ciclística, porém, tem diversos campeões, não apenas o classificação geral. Por pontos, a vitória (camisa verde) ficou com o eslovaco Peter Sagan, da Cannodale. Por equipes, o título é da francesa Ag2r-La Mondiale, de Péraud. A Astana, do campeão Nibali, foi apenas a sexta.

O melhor montanhista (camisa branca com bolinhas vermelhas) foi o polonês Rafal Majka, com Nibali em segundo. O francês Thibaut Pinot venceu entre os jovens. Vale lembrar que nenhum brasileiro participou da Volta da França. A FDJ.FR, equipe de Murilo Fischer, participou da prova, mas ele não foi escalado.

Ramunas Navardauskas fez história nesta sexta-feira ao se tornar o primeiro lituano a vencer uma etapa da Volta da França, mais tradicional prova do ciclismo mundial, que vive a disputa da sua 101ª edição neste ano. Ele completou o percurso de 208,5 quilômetros entre Maubourguet Pays du Val d'Adour e Bergerac com o tempo de 4h43min41s para obter o feito. Já o italiano Vincenzo Nibali se manteve como "virtual campeão" da prova ao sustentar confortável vantagem na liderança geral.

Surpresa, Navardauskas acabou triunfando nesta 19ª e antepenúltima etapa, que se tornou um pouco imprevisível por ter sido realizada sob chuva e contado com uma forte queda de várias ciclistas. O acidente tirou da briga pela vitória deste estágio da prova alguns dos principais favoritos, entre eles o eslovaco Peter Sagan. Já o alemão Marcel Kittel, candidato também a triunfar na etapa, sofreu uma queda poucos quilômetros antes.

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Nestas condições adversas, a segunda colocação da etapa ficou com o alemão John Degenkolb, enquanto a terceira posição foi obtida pelo norueguês Alexander Kristoff. Apenas o 24º nesta sexta, Nibali completou o tempo total de 85h29min26s e ostenta uma vantagem de 7 minutos e 10 segundos sobre o francês Thibaut Pinot, vice-líder no geral. Treze segundos atrás de Pinot, o também francês Jean Christophe Péraud é o terceiro.

Assim, Nibali conservou a camisa amarela tradicionalmente destinada ao líder da Volta da França e neste sábado poderá assegurar o título, tendo em vista o fato de que a última etapa desta competição costuma ser apenas protocolar, com o vencedor na classificação geral já definido.

A etapa deste sábado será de apenas 54 quilômetros entre Bergerac e Perigueux, em uma disputa de contrarrelógio, a única desta edição da Volta da França. Com largada em Evry no domingo, o estágio final da prova, de 137,5 quilômetros, terá sua chegada em Paris, na avenida Champs-Elysées.

O ciclista Alexander Kristoff venceu a 15ª etapa da Volta da França, neste domingo (20), em Nimes. Foi a segunda vitória do norueguês, o melhor da 12ª etapa, disputada entre Bourg-en-Bresse e Saint-Etienne, há três dias. O italiano Vincenzo Nibali segue na liderança geral da prova.

Kristoff chegou na frente, no trajeto plano de 222 quilômetros entre Tallard e Nimes, ao se destacar entre um dos pelotões nos metros finais do percurso. "Eu achei que já era tarde demais. Pensei que seria o segundo colocado. Mas fiquei aliviado por não ter sido alcançado pelos demais", comemorou o norueguês, que é apenas o 128º no geral.

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Nesta etapa, Kristoff foi seguido de perto pelo australiano Heinrich Haussler, segundo colocado, e pelo eslovaco Peter Sagan, terceiro melhor do dia. Vincenzo Nibali foi apenas o 31º. Mas não teve sua primeira colocação geral ameaçada pelos rivais. Na segunda posição, o espanhol Alejandro Valverde não passou do 22º posto em Nimes.

Duas vezes campeão da Volta da França, Alberto Contador abandonou a edição de 2014 da prova nesta segunda-feira, após sofrer um acidente durante a décima etapa, realizada nas montanhas de Vosges. O espanhol, de 31 anos, da equipe Tinkoff-Saxo Bank, é o segundo favorito a abandonar a competição - na semana passada, o britânico Chris Froome, atual campeão da Volta da França, deixou a disputa na quinta etapa.

Contador caiu na metade de do percurso de 161,5 quilômetros da etapa desta segunda-feira, realizada entre Mulhouse e La Planche des Belles Filles, com várias subidas e considerada a mais difícil até agora desta edição da Volta da França.

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Imagens de TV mostram sangue escorrendo do joelho de Contador após o acidente. Além disso, as costas de sua camisa ficaram rasgadas. O diretor da sua equipe, Bjarne Riis, enfaixou o joelho direito do espanhol. Ajudado por companheiros da Tinkoff-Saxo Bank, Contador voltou inicialmente para a prova, escoltado por eles, tentando se aproximar do pelotão principal da prova.

Contador, então, pedalou por cerca de mais meia hora, claramente com dores, e, finalmente, parou, abandonando a volta da França. O espanhol iniciou a etapa desta segunda-feira na nona colocação na classificação geral, a 4min08 do líder, o francês Tony Gallopin. Com a sua saída, está garantido que esta edição da Volta da França terá um campeão inédito.

O ciclista alemão Marcel Kittel voltou a se destacar na Volta da França nesta segunda-feira. Depois de surpreender na primeira etapa, no sábado, ele garantiu novamente o primeiro lugar, desta vez na terceira etapa, disputada entre alguns dos principais pontos turísticos de Londres.

Sob chuva, Kittel chegou em primeiro no trecho de 155 quilômetros que partiu da Universidade de Cambridge e passou por locais como o Big Ben e a Abadia de Westminster, em Londres. "Foi sensacional. Estou muito feliz por ter vencido bem em frente ao Palácio de Buckingham", comemorou o alemão, que vencera quatro etapas da competição em 2013.

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Apesar de já contar com duas vitórias na Volta da França deste ano, Kittel ocupa somente o 158º lugar geral, por ter tido fraco desempenho na disputa de domingo. A liderança pertence ao italiano Vincenzo Nibali, que venceu na véspera e vem exibindo maior regularidade.

Entre os primeiros colocados, o eslovaco Peter Sagan ocupa a segunda posição e o suíço Michael Albasini é o terceiro geral.

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