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A três meses do início da campanha eleitoral, o presidente Michel Temer concedeu entrevista a "A Voz do Brasil" e, em resposta a perguntas de ouvintes, discorreu sobre medidas tomadas durante seu governo e fez promessas para o restante do seu mandato.

Todas as perguntas dos ouvintes foram feitas sobre temas com apelo eleitoral, como o programa Bolsa Família, geração de emprego, educação, saúde e segurança. Sem críticas a Temer, praticamente todos os participantes pediram ao presidente para contar o que ele ainda podia fazer pelo Brasil em cada tema. Um dos ouvintes chegou a perguntar qual era a solução de Temer para a segurança pública. "Nos últimos meses do seu mandato, pode ser feito muito mais?", perguntou outra, sobre emprego.

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A entrevista durou 25 minutos, quase a metade da duração de uma hora de "A Voz do Brasil", um noticiário radiofônico estatal de difusão obrigatória que vai ao ar de segunda a sexta em todas as emissoras de rádio aberto do País. O programa foi criado pelo ex-presidente Getúlio Vargas.

Um dos temas mais sensíveis à população de baixa renda, o Bolsa Família foi exaltado por Temer, que disse que os reajustes aplicados durante seu governo superam em três vezes a inflação do período. Afirmou também que o maior desejo do governo é que os beneficiários do programa possam elevar sua renda e conseguir empregos. O presidente prometeu ainda que os programas sociais do governo serão mantidos.

Em resposta às perguntas sobre economia, Temer lembrou que faltam sete meses para o fim do seu governo e afirmou que "vai fazer muito ainda". "Nos últimos meses que nos restam, vamos trabalhar mais para garantir mais empregos", disse o presidente, após questionamento de uma ouvinte que disse que Temer "ajeitou a economia". O presidente também ressaltou os lucros obtidos pela Petrobras.

Na questão da segurança pública, ele disse que este foi um tema "que ficou muito tempo esquecido" e que "é preciso uma ação coordenada em todo o País". No final, o presidente afirmou que vai ganhar quem aposta no Brasil e declarou que olha para frente com a certeza de um futuro melhor. "O Brasil começa a caminhar na direção certa". Um dos entrevistadores do programa agradeceu a Temer por "esclarecer todas as medidas tomadas nos últimos anos".

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 13, um projeto que flexibiliza o horário de transmissão do programa diário "A Voz do Brasil", que divulga no rádio notícias sobre os três Poderes. O projeto seguirá para sanção presidencial.

Atualmente, as emissoras de rádio são obrigadas a colocá-lo no ar das 19h às 20h. Com a proposta, as rádios poderão veicular o programa no intervalo entre 19h e 22h. As rádios educativas terão de transmitir o programa às 19h e só as rádios ligadas ao Poder Legislativo ficarão autorizadas a encerrar a transmissão às 23h.

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Na votação, partidos de oposição fizeram obstrução sob a alegação de que a flexibilização é um passo para o fim do programa. Os oposicionistas argumentaram que "A Voz do Brasil" é, em regiões distantes dos grandes centros urbanos do País, o único canal de informação dos cidadãos.

Divisão

Pelo texto, o programa ficará dividido em 25 minutos para divulgação das ações do Executivo, 5 minutos para o Judiciário, 10 minutos para o Senado e 20 minutos para a Câmara. Casos excepcionais de flexibilização ou dispensa de retransmissão do programa ficarão a cargo do Executivo.

Defensor da proposta, o líder do PRB, deputado Celso Russomanno (SP), disse que o projeto vai ajudar a pacificar as 3 mil ações judiciais de emissoras comerciais em todo o País contra a transmissão do programa. "Tem liminar no País inteiro de rádios para não transmitir das 19h às 20h", afirmou o parlamentar.

A "Voz do Brasil" existe desde 1935 e a flexibilização do programa é uma bandeira antiga da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). O texto original criava a obrigatoriedade da transmissão do programa em TV, mas a proposta foi derrubada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A comissão mista do Congresso Nacional que analista a medida provisória 648/14 aprovou, nesta quarta-feira (16), o relatório do senador Ricardo Ferraço (PMDB/ES) que flexibiliza a transmissão do programa “A Voz do Brasil” entre 19h e 22h. A exceção é para as rádios educativas, que ficam obrigadas a manter o horário das 19h.

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O texto original propunha a mudança apenas durante a Copa do Mundo, mas os parlamentares decidiram estender a flexibilização de forma permanente. A MP ainda será analisada pelos plenários da Câmara e do Senado até o final de setembro. “Essa é uma medida democrática e vamos continuar trabalhando para a sua aprovação nos plenários da Câmara e do Senado”, disse Ferraço.

O programa foi criado em 1935, no governo Getúlio Vargas. De segunda a sexta, as emissoras de rádio são obrigadas a transmitir as informações dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário às 19h. “O mundo mudou, e a necessidade de informação aumentou, sobretudo nas grandes cidades. Justamente às 19h, um enorme contingente de pessoas deixa o trabalho, sendo de utilidade pública as informações fornecidas pelas rádios, em tempo real, sobre as condições do trânsito e outros os acontecimentos relevantes”, disse o relator.

Para o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, a aprovação na comissão mista mostra a relevância da proposta para o setor. “Esse é o fato mais importante para o rádio nos últimos anos e os maiores beneficiados com a flexibilização são os ouvintes e a população brasileira”, frisou.

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