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No velório do percussionista Naná Vasconcelos, na tarde desta quarta-feira (9), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), além dos familiares do artista, personalidades da cena musical também marcaram presença. Um deles foi o cantor Ed Carlos, que conversou com o Portal LeiaJá e deixou seu recado de reconhecimento por tudo que o falecido mestre representa para a cultura nacional.

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“Os gênios são muito simples. No caso de Naná, ele tinha em sua essência a simplicidade. O que vamos levar dele, além desse lado humano, é o alto astral que ele sempre transmitiu”, declarou Ed Carlos. E puxou em sua memória: “Lembro quando ele me ligou para agradecer pela música “Nanamaracatu”...passei uma semana chorando de alegria”.

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Além do Maracatu Nação Porto Rico, outro que compareceu para prestar sua homenagem ao percussionista, em nome de 15 aberturas de carnaval sob a mestria de Naná, foi o grupo Voz Nago. Na despedida, os integrantes da agremiação se apresentaram no salão da Alepe, sendo mais um conjunto de admiradores a cumprir o que o mestre queria: um velório com muita batucada. 

Integrante do Voz Nago, Luciane Loyce também deixou sua mensagem de despedida. "Nana deu a oportunidade e a abertura para algo que era marginalizado pela sociedade. Além disso, ele era totalmente envolvido com todos e tinha carinho entre todas nós", disse. E finalizou: "Sabemos que não se pode dizer q ele é insubstituível, mas ê muito precipitado falar como tudo vai ficar sem ele".

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Com informações de Roberta Patu

Após 24 dias de internamento, no hospital Unimed 3, no Recife, para o diagnóstico e tratamento de um câncer no pulmão, o percussionista Naná Vasconcelos recebeu alta na manhã deste sábado (12). Antes de ir pra casa, o músico conversou com a imprensa, acompanhado pela equipe médica, para falar sobre o processo pelo qual vem passando. Alguns artistas amigos, como o Maestro Forró, Sérgio Bacalhau e as meninas do grupo Voz Nagô, também estiveram presentes, numa surpresa, para homenagear o mestre.

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Naná Vasconcelos está internado, mas trabalha do hospital

Naná chegou ao auditório do hospital bastante sorridente, usando uma touca colorida na cabeça: "Isso aqui é só pra dizer que eu voltei aos palcos", fez questão de esclarecer, afirmando que não perderá os cabelos pois programou sua mente para que assim fosse. Os amigos, cujas presenças lhe causaram surpresa, logo começaram a prestar suas homenagens. O Maestro Forró fez um breve solo de trompete seguido pelo cantor George que, ao som do violão, cantou acompanhado do Voz Nagô e do pandeiro de Sérgio Bacalhau. O homenageado assistiu de pé as curtas apresentações e aplaudiu muito no final. 

O músico falou sobre o tratamento a que vem sendo submetido e, a todo momento, fez questão de mostrar-se seguro e confiante de que vencerá a doença: "Para mim está um a zero", brincou. Ele contou como tem reagido bem às sessões de radio e quimioterapia, lembrando apenas de um dia em que se sentiu mal, tendo um pouco de febre. Naná também falou animadamente sobre alguns projetos da carreira. Durante a internação, ele se manteve o tempo todo criando, compondo e em contato com alguns parceiros. O percussionista acaba de lançar um disco ao lado de Zeca Baleiro e Paulo Lepetit, o Café no Bule, e agora pretende iniciar outro projeto, que deverá se chamar Um budista afro, para a Orquestra Sinfônica: "É um sonho meu deixar isso", disse. Ele também planeja sua apresentação no Festival Internacional de Teatro de Objetos - FITO, que será realizado em Alagoas, ainda neste mês de setembro. 

Muito animado e demonstrando energia, o percussionista falou como se preparou mentalmente para enfrentar o câncer: "Todos nós temos esta força do pensamento positivo. Meu pensamento é este. Comigo não". Ele também elogiou a equipe médica - revelando que criou com esta uma corrente de "vamos vencer" - e as instalações do hospital: "Eu, aqui, não estou internado, estou hospedado. A vista é linda". Otimista, Naná mostrou não temer o futuro: "Se eu for é para o bem, se eu não for também é para o bem da música, que eu faço com corpo e alma, sempre". 

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Tratamento Médico

Naná Vasconcelos está sendo acompanhado pelos oncologistas Penélope Araújo e Felipe Coelho e o clínico geral, José Tenório. A Dra. Penélope explicou que o tratamento inicial terá duração de 40 dias, com 30 sessões de radioterapia em conjunto com a quimioterapia, com o descarte da possibilidade de cirurgia. Após este processo, o músico será submetido a novos exames para verificar o estágio da doença e a resposta de seu organismo para que sejam definidos os passos seguintes. Ela também elogiou a postura do paciente perante os procedimentos e o próprio câncer: "Falar para a sociedade desmistifica a doença. A vida não para por conta do tratamento". Agora, Naná terminará o tratamento em casa indo ao hospital somente para as sessões de radio e possíveis acompanhamentos que se fizerem necessários. 

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