Tópicos | The Wailers

Neste 11 de maio, completa-se 40 anos da morte do rei do reggae, Robert Nesta Marley, mais conhecido por Bob Marley (1945-1981). Por meio da música, o artista lutou por diversas causas sociais e elevou a popularidade do país de origem, a Jamaica.

Marley deixou a escola aos 14 anos e concentrou-se na música. Em 1963, ao lado dos artistas Bunny Wailer e Peter Tosh (1944-1987), formou a banda de reggae Wailing Wailers, mais tarde rebatizada de The Wailers, responsável pelos sucessos "Soul Rebel" (1974), "Small Axe" (1973) e "400 Years" (1973).

##RECOMENDA##

Som de Bob Marley inspira o vendedor Marcio da Silva | Foto: Arquivo Pessoal

Em 1974, o The Wailers lançou um dos maiores sucessos, "No Woman, No Cry", que integrava o álbum "Natty Dread". Dois anos depois, o conjunto musical adotou o nome Bob Marley & The Wailers, e lançou o disco "Rastaman Vibrations" (1976), que conseguiu fazer grande sucesso nos Estados Unidos e alcançou o top 10 entre os 200 álbuns mais vendidos do país.

No ano seguinte, em 1977, Marley foi diagnosticado com melanoma, um câncer de pele de categoria agressiva e, devido às crenças religiosas que não permitiam alterações no corpo, o cantor se recusou a fazer o tratamento. O artista lutou contra a doença por quatro anos, mas perdeu a batalha em 11 de maio de 1981. Ele deixou um legado musica e tornou-se uma das principais figuras para os negros.

Mesmo após 40 anos da morte, o trabalho artístico de Marley é celebrado e cativa fãs, seja pelo aspecto musical ou pela mensagem política que transmite. O vendedor ambulante, Marcio da Silva, 46 anos, de São Paulo (SP), conheceu as canções do músico na pré-adolescência, no momento em que viu todos dançando em uma festa de família. "Ele me inspira nas mensagens de fortalecimento mundial, onde o amor prevalece em qualquer lugar", comenta Silva, que destaca a música "Buffalo Soldier" (1983) como a favorita.

O vendedor Ageu Diniz é fã de Bob Marley desde a adolescência | Foto: Arquivo Pessoal

Outro que também foi marcado pelas obras do músico é o vendedor Ageu Diniz, 42 anos, de São Paulo (SP). "Conheci o Marley há mais de 20 anos, durante minha adolescência. Pela abrangência do seu legado musical, tornou-se quase impossível passar incólume à sua arte", recorda. Para Diniz, as canções mais marcantes do artista são "Concrete Jungle" (1973), "I Shot The Sheriff" (1973) e "Redemption Songs" (1980).

Além do aspecto musical, as mensagens de Marley também inspiram Ageu. "Sobretudo politicamente, pois ele mostrou para mim que seu maior mérito enquanto artista seria lutar contra qualquer tipo de opressão", finaliza.

A lenda jamaicana do reggae Bunny Wailer morreu nesta terça-feira (2) aos 73 anos no Andrew's Memorial Hospital em Kingston, informou a ministra da Cultura da Jamaica, Olivia Grange, em um comunicado.

A ministra não especificou a causa da morte do percussionista e cantor, que junto com Bob Marley e Peter Tosh fundou a The Wailers, banda que fez do reggae um fenômeno global.

##RECOMENDA##

O nome real de Wailer era Neville Livingston, o último sobrevivente do trio, depois que Marley morreu de câncer em 1981 e Tosh foi assassinado em 1987.

Wailer, amigo de infância de Marley, ganhou três prêmios Grammy e em 2017 recebeu a Ordem de Mérito da Jamaica, a quarta maior homenagem do país.

"Continuamos agradecidos pelo papel que Bunny Wailer desempenhou no desenvolvimento e popularidade da música reggae em todo o mundo", disse Grange em um comunicado.

"Lembraremos com grande orgulho como Bunny, Bob Marley e Peter Tosh levaram a música reggae para todos os cantos do mundo", acrescentou.

- 'Ícone' -

Marley e Tosh foram os cantores e compositores principais do The Wailers, mas Livingstone desempenhou um papel fundamental na criação das harmonias para as canções do trio, de acordo com a revista Rolling Stone.

"Os Wailers são responsáveis pelo som dos Wailers. Bob, Peter e eu: somos totalmente responsáveis pelo som dos Wailers e pelo que os Wailers trouxeram para o mundo e deixaram como legado", disse o artista ao Afropop em 2016.

O álbum de estreia da banda por uma grande gravadora, "Catch a Fire", lançado em 1973, ajudou a lançar o grupo à fama internacional. O álbum foi considerado o 126º entre os 500 melhores álbuns da história pela Rolling Stone.

Entre os maiores sucessos da banda estão "Simmer Down" e "One Love". Após deixar o grupo em 1974, Wailer iniciou uma bem-sucedida carreira solo como compositor, produtor e cantor do gênero, tornando-se um dos mais importantes produtos de exportação da Jamaica.

Ele recebeu muitos elogios por seu álbum "Blackheart Man", que apresentava a canção "Burning Down Sentence", inspirada em sua experiência de cumprir um ano de prisão por posse de maconha.

“As músicas que foram feitas em 'Blackheart Man' foram muito simbólicas e significativas para o desenvolvimento da música reggae”, opinou Wailer no Reggaeville em 2017.

“Eu realmente considero 'Blackheart Man' como um daqueles álbuns em que o mundo do reggae universal deveria se concentrar”, avaliou.

O artista ganhou o Grammy de melhor álbum de reggae três vezes na década de 1990.

Depois de saber sua morte, muitos prestaram homenagem a Wailer nesta terça-feira.

"Na minha opinião, Bunny Wailer era um músico mais poderoso até do que Bob Marley", disse Karyl Walker, um veterano jornalista musical jamaicano. "Ele tocou instrumentos, mais de um, e escreveu canções muito boas", afirmou.

A esse respeito, Walker lembrou que a popular canção dançante de 1983 "Electric Boogie" foi escrita por Wailer.

"Agora todos os Wailers estão mortos e cabe aos jovens artistas jamaicanos elevar o nível para continuar este rico legado", disse Walker à AFP.

“Perdemos um ícone”, acrescentou Herbie Harris, tecladista e vocalista da banda The ATF.

Quem é fã de reggae sabe: as bandas do gênero, em seus shows, costumam ir além da apresentação musical propriamente dita; propõem um clima de celebração à tradição do ritmo. E foi com essa proposta que o filho de Bob Marley (falando em tradição...), Julian Marley, ao lado do grupo The Wailers, comandou a primeira apresentação da noite deste sábado (21), no Classic Hall, em Olinda. O espetáculo marcou a abertura do evento que teve, em seguida, a banda norte-americana, também do mesmo estilo, Soldiers of Jah Army (SOJA).

[@#galeria#@]

##RECOMENDA##

Após as músicas que serviram como cartão de visitas, Julian Marley engatou seu primeiro ‘diálogo’ com o público, com a seguinte frase: “Reggae é a música do coração”, disse, e, em seguida, encenou batidas em diferentes ritmos, indicando que o som ‘rasta’ segue o compasso do coração. A reação dos presentes no local foi o reconhecimento da ideologia com aplausos e danças ainda mais empolgadas na sequência do show.

A resposta do público foi mais intensa do que nesse momento somente nos verdadeiros auges do show: as músicas que se tornaram clássicos eternos do gênero com Bob Marley. Dentre elas, os destaques reproduzidos pelo herdeiro Julian, com semblante de admiração pela memória do pai, foram as emblemáticas “No Woman No Cry”, “Get Up, Stand Up” e “One Love”. Além das também marcantes "Jamming", “Natty Dread” e “Lion in the Morning”.

No encerramento, Julian Marley e The Wailers cumprimentaram o público em tom de agradecimento pela correspondência no clima de celebração proposto no palco. Por último, saudaram SOJA, abrindo alas para a atração que assumiu o comando dos instrumentos no ‘gran finale’ da noite que reuniu a nação regueira pernambucana.

A banda Soldiers of Jah Army, mais conhecida como SOJA, está com show marcado no Recife para o dia 21 de maio, para felicidade dos fãs que estão num jejum de dois anos sem ver os caras ao vivo. E, para instigar o público mais ainda, o vocalista da SOJA, Jacob Hemphill, postou na internet um vídeo convidando toda a massa regueira para o reencontro.

O show será no Classic Hall e também contará com uma das maiores lendas do reggae, a banda The Wailers, que acompanhava Bob Marley. Nos vocais, o herdeiro do pai do estilo, Julian Marley. Confira no vídeo, o convite do vocalista da SOJA, Jacob Hemphill.

##RECOMENDA##


Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá.

Serviço

SOJA e The Wailers

21 de maio | 20h

Classic Hall (Av. Gov. Agamenon Magalhães, s/n - Salgadinho)

R$ 110 e R$ 55

Nesta sexta-feira (14), uma das lendas do reggae mundial, Bunny Wailer se apresenta pela primeira vez no Recife na casa de shows Estelita, no Cabanga. O Kaya! Festival reúne ainda as bandas Yute Lions (RJ), classificada entre os dez melhores grupos do programa Superstar, da Globo; Caravana do Reggae, Trindad Dub e o DJ Nhall Rasta. 

O músico Bunny Wailer acompanhou Bob Marley e Peter Tosh na formação original do The Wailers durante a primeira turnê internacional do grupo. No início dos anos 90, o músico faturou três Grammys na categoria 'Melhor Álbum de Reggae', em 1990, 1994 e 1996. 

##RECOMENDA##

O evento contou com mudança por causa da baixa venda de ingressos antecipados. Antes, seria realizado no Clube Português, mas com a mudança, será realizado na casa de shows Estelita. Os ingressos terão preço único de R$ 60 e são limitados. Os shows terão início a partir das 22h e os ingressos podem ser adquiridos no local ou nos pontos de vendas: Banca Roots, Tabacaria Roots e na Costamar Surf .

[@#galeria#@]

Serviço

Kaya! Festival

com BUNNY WAILER, Yute Lions, Caravana do Reggae, Trindad Dub e DJ Nhall Rasta

Sexta-feira (14) | 22h

Estelita (Rua Saturnino de Brito, 385, Cabanga)

R$ 60 (preço único)

(81) 3127 4143

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando