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A seleção brasileira masculina de futebol derrotou o Mexico nos pênaltis nesta terça-feira e vai disputar a final dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Após empate sem gols na prorrogação e tempo normal numa partida amarrada, chata e com mais cartões amarelos do que lances criativos em Kashima, a equipe acertou todas as quatro penalidades que bateu e o goleiro Santos também brilhou e foi determinante para a classificação do Brasil, que se vingou da derrota na decisão para os mexicanos na Olimpíada de Londres, em 2012.

Daniel Alves, Gabriel Martinelli, Bruno Guimarães e Reinier bateram com precisão suas cobranças, enquanto que Eduardo Aguirre e Vásquez pararam em Santos e na trave, respectivamente. Tristeza dos mexicanos e festa dos brasileiros, que comemoraram efusivamente e choraram após a suada vitória no Japão.

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Com a vaga na final, o Brasil garantiu ao menos a prata e, com isso, assegurou sua sétima medalha na história do torneio de futebol masculino nos Jogos Olímpicos. Na decisão, a sua terceira seguida em Olimpíada, e a quarta no total, vai enfrentar Japão ou Espanha, que duelam também nesta terça. O jogo que vale o bicampeonato olímpico à seleção brasileira será sábado, às 8h30 (horário de Brasília), em Yokohama.

Com a garantida medalha em Tóquio, a seleção estará no pódio olímpico pela quarta vez consecutiva, feito alcançado anteriormente somente pela Iugoslávia, entre 1948 e 1960. A meta é conquistar o bicampeonato olímpico, algo que somente Grã-Bretanha, Uruguai, Hungria e Argentina conseguiram até hoje.

O Brasil foi superior ao México no primeiro tempo, mas não exerceu o domínio que fizeram em jogos anteriores. Passou mais tempo com a bola, criou três oportunidades claras, chegou a ter um pênalti a seu favor - anulado posteriormente - mas não controlou o rival.

Três arremates de Arana, Antony e Daniel Alves, este em cobrança de falta, todos defendidos por Ochoa, representarem os lances de maior perigo do time de André Jardine. Houve também um pênalti marcado em Douglas Luiz que o árbitro búlgaro Georgi Kabakov anulou depois de rever o lance no VAR. Substituto do lesionado Matheus Cunha, Paulinho mal apareceu na partida.

Os mexicanos passaram boa parte da etapa inicial correndo atrás dos brasileiros, na marcação, mas a proposta era justamente essa para, quando surgisse uma oportunidade, sair em transição rápida para o ataque. E isso aconteceu duas vezes no fim. Foram os dois principais lances de perigo dos primeiros 45 minutos.

Na primeira chance, aos 41, Romo foi acionado dentro da área e bateu de primeira, com força. Santos se esticou para espalmar e salvar a seleção brasileira. Quatro minutos depois, Claudinho errou passe de calcanhar no meio de campo e permitiu contra-ataque do México. Antuna foi lançado dentro da área, dominou e chutou em direção ao gol, mas dessa vez foi Diego Carlos que apareceu para fazer o corte providencial.

Se o primeiro tempo não foi tão bom, o segundo foi pior. O Brasil perdeu ritmo e nada fez durante 25 minutos, até que Antony tentou dar fim à passividade com um lance individual que terminou com finalização fraca em cima de Ochoa. Insatisfeito, Jardine lançou mão de Gabriel Martinelli na vaga do improdutivo Paulinho e de Reinier no lugar de Claudinho, irreconhecível nesta terça.

O que se viu em Kashima na etapa final foi um jogo picotado, truncado, repleto de faltas duras e reclamações e com ausência de bom futebol. As faltas sucessivas e o medo de um dois levar um gol impediram que a partida se desenrolasse, tanto que o tempo com a bola parada foi superior ao com a bola rolando.

Sem a criatividade para penetrar na zaga adversária, o talento de Daniel Alves e o oportunismo de Richarlison quase garantiram a vitória brasileira. Aos 36 minutos, o experiente lateral cruzou com perfeição para o atacante, artilheiro da Olimpíada, se antecipar ao zagueiro e cabecear com estilo. A bola, no entanto, tocou caprichosamente na trave esquerda e cruzou a pequena área, sem ninguém para completar para as redes. Foi a melhor chance da partida.

Na prorrogação, o roteiro foi semelhante aos minutos anteriores. A diferença foi que o Brasil voltou a ser dono das ações e passou a se arriscar em busca da vaga na final diante de um adversário que abriu mão de jogar futebol e se preocupou em fazer faltas e quebrar o andamento do confronto.

A seleção brasileira ocupou o campo ofensivo e tentou explorar os lados. Mas, sem a criatividade necessária para derrubar o bloqueio defensivo mexicano, viveu de bolas aéreas e arremates sem direção. Resultado: nenhum gol, mas mais alguns cartões amarelos em um duelo amarrado, chato, do jeito que quis o time mexicano, que fez tudo para que a partida fosse decidida nos pênaltis. Mas nas penalidades, os brasileiros tiveram 100% de aproveitamento e os mexicanos falharam. Festa do Brasil em Kashima!

FICHA TÉCNICA

MÉXICO 0 (1) X 0 (4) BRASIL

MÉXICO - Ochoa; Loroña, Montes, Vásquez, Jesús Angulo (Mora) e Romo; Esquivel (Carlos Rodríguez), Córdova (Ricardo Angulo); Antuna (Lainez), Martín (Eduardo Aguirre) e Vega (Alvarado). Técnico: Jaime Lozano.

BRASIL - Santos; Daniel Alves, Diego Carlos, Nino e Guilherme Arana; Douglas Luiz (Douglas Luiz), Bruno Guimarães e Claudinho (Reinier); Paulinho (Gabriel Martinelli), Antony (Malcom) e Richarlison. Técnico: André Jardine.

ÁRBITRO - Georgi Kabakov (Bulgária)

CARTÕES AMARELOS - Montes, Diego Carlos, Antony, Lainez, Bruno Guimarães, Loroña, Reinier, Romo, Martín, Douglas Luiz

LOCAL - Estádio de Kashima, no Japão.

Em 2017, Kazuyoshi Miura, nascido em 1967, já havia se tornado o jogador de futebol mais velho a disputar uma partida profissional de futebol. Agora, com 52 anos, o japonês acaba de renovar com o Yokohama por mais uma temporada - que será a 35ª consecutiva de sua carreira -, na qual disputará a primeira divisão de seu país, a J-League.

Conhecido no Brasil como Kazu, o atleta jogou no futebol nacional nos anos 1980, tendo vestido as camisas de Santos, Palmeiras, CRB e Coritiba. Nestes clubes, conquistou os títulos de campeão alagoano em 1987, e paranaense em 1989. O atleta também defendeu a seleção japonesa entre 1990 e 2000, com 55 gols marcados em 89 partidas.

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O Yokohama fará sua estreia no campeonato japonês no dia 23 de fevereiro, em partida com o Vissel Kobe. Três dias depois, Kazu completará 53 anos.

Dezenas de pessoas podem ter sido mortas após uma ex-enfermeira utilizar desinfetantes nas bolsas de administração intravenosa. Após ter sido detida no final de semana passado, Ayumi Kuboki, de 31 anos, acabou confessando o assassinato de dois pacientes, num hospital de Yokohama.

Num curto período de três meses, no ano de 2016, 48 pacientes morreram de forma não comum, já que foram encontrados traços de cloreto de benzalcônio, substância presente nos desinfetantes utilizados para a limpeza da enfermaria. 

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Segundo publicação do Extra, a ex-enfermeira preparava tudo para acontecer quando ela não estivesse de plantão. A acusada afirmou ainda que estava administrando o desinfetante em outros 20 pacientes, sempre mirando nos que estivessem num estado mais crítico de saúde.

Ayumi era considerada uma profissional competente. Ela trabalhava no Hospital Oguchi desde 2015. Foi afastada da unidade de saúde apenas no mês passado. As investigações seguem, mas a polícis admite ser difícil estabelecer a causa de todas as mortes suspeitas, já que os corpos haviam sido cremados.

O Corinthians já está em Yokohama, palco da final do Mundial de Clubes, que será disputada neste domingo (16). Após derrotar na quarta-feira (12) o Al Ahly, do Egito, por 1 a 0, pelas semifinais do torneio, o time viajou na tarde desta quinta-feira (madrugada no Brasil) de trem-bala - o trajeto de aproximadamente 300 quilômetros foi feito em cerca de 1h30.

A chegada ao hotel em Yokohama foi tranquila, nada comparada ao primeiro dia de Japão - quando o time chegou em Nagoya, há uma semana, houve tumulto e muitos torcedores aguardavam pela delegação corintiana na porta do hotel.

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A tendência é que a partir de sexta-feira o número de torcedores aumente, porque Yokohama está muito próximo de Tóquio, a 30 quilômetros, reduto da torcida corintiana.

"Chegamos bem, estamos bem, e a partir de amanhã é trabalho, trabalho e trabalho", disse o presidente Mário Gobbi, que achou normal o placar do jogo contra o Al Alhy, vitória suada por 1 a 0.

"Não me assustei, nos sabíamos que tínhamos uma partida difícil, é estreia", disse Gobbi. "Eles estacam perdendo e vieram para cima, quem está perdendo sai mais para o jogo mesmo e nós tínhamos de buscar o contra-ataque."

TREINO - Os titulares pegarem leve no 'treino' desta quinta-feira. Eles fizeram academia ainda em Nagoya e depois relaxaram na piscina do hotel. Quem não atuou precisou treinar no estádio de Kariya.

Em Yokohama, todos os jogadores voltam aos treinos na tarde desta sexta-feira, às 16 horas, no horário local (madrugada no Brasil), no Mitsuzawa Yokohama.

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