Edmar Lyra

Edmar Lyra

Coluna Diária

Perfil:Bacharel em Administração de Empresas e Jornalista profissional, é colunista do jornal Gazeta Nossa da Região Metropolitana do Recife e do jornal Folha do Pajeú do Sertão do Pajeú

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PSDB não tem motivos para ajudar Dilma Rousseff

Edmar Lyra, | seg, 27/07/2015 - 09:30
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Em todos os momentos que o Brasil precisou, o PT simplesmente se preocupou com o seu próprio umbigo, sendo contra tudo e contra todos. Foi assim no processo que elegeu Tancredo Neves no colégio eleitoral, na implementação do governo Itamar Franco, na elaboração do Plano Real e na Lei de Responsabilidade Fiscal. Todos esses momentos de suma importância para o Brasil, o PT estava sempre contra.

Isso aconteceu porque o PT tinha um projeto de poder. Se dizia diferente de todos, único partido honesto e a salvação da pátria. Esse discurso foi ganhando força na sociedade até quando em 2002 pela primeira vez conseguiu ganhar a eleição. Com a vitória de Lula, o então presidente Fernando Henrique Cardoso facilitou a transição para Lula da melhor maneira possível.

Bastou Lula sentar na cadeira do Palácio do Planalto que o PSDB foi mais demonizado do que já havia sido antes do PT chegar ao poder. As palavras e atitudes de Lula eram de quem havia descoberto o Brasil em primeiro de janeiro de 2003. Não durou dois anos de governo, que ficou evidente que no quesito corrupção o PT não era aquela virgem de convento que dizia ser. Estourou o escândalo do Mensalão que colocou o PT na vala-comum dos demais corruptos. 

Mas naquela época a economia estava em pleno vapor. E todos os escândalos de corrupção foram sumariamente ignorados pela população porque a inflação estava controlada, o emprego estava em alta e todo mundo estava em condições de ter a casa própria e o carro próprio, ainda que isso custasse uma significativa parcela por longos anos. 

O tempo foi passando e a situação econômica no país, que ainda era boa, permitiu ao PT mais quatro anos de governo em 2010. A então ministra da Casa Civil, mais conhecida como Mãe do PAC, Dilma Rousseff, foi alçada ao posto de candidata do PT à presidência da República, depois dos expoentes do partido, como Antonio Palocci, José Dirceu e José Genoíno caírem um por um, por escândalos de corrupção. Dilma foi candidata por falta de alternativas. 

O discurso de continuidade prevaleceu e pôs Dilma no Palácio do Planalto. Mesmo Dilma tendo inúmeras dificuldades de se comunicar, haja vista que ela mal consegue proferir uma frase com três palavras sem gaguejar. Em janeiro de 2011, Dilma assume o mandato e faria o que aparentemente seria um bom governo. Até que vários ministros foram caindo igualmente por novos escândalos de corrupção. 

A Copa do Mundo, conquistada em 2007, que seria um legado para o país, foi virando sinônimo de roubalheira e de falta de capacidade de gestão. Até que em 2013 estouraram os protestos contra a corrupção que mostraram a verdadeira face do governo Dilma. Um governo sem rumo, sem planos e sem projetos para o país. Com uma presidente incapaz de comandar sequer uma prefeitura de interior, imagine um país?

Os protestos arrefeceram e veio a eleição de 2014. No meio dela uma tragédia que culminou na morte do presidenciável Eduardo Campos, que foi substituído por Marina Silva. A comoção gerada pela morte do ex-governador de Pernambuco colocou Marina Silva na condição de um tsunami. Porém, o PT sem qualquer escrúpulo e o menor compromisso com a verdade, fez uma das campanhas mais nojentas e difamatórias da história do país. Marina não aguentou o tranco e ficou fora do segundo turno.

Na segunda etapa da eleição, o PT continuou com a sua campanha suja e sórdida. Fazendo de Aécio Neves uma espécie de inimigo da pátria. Aécio chegou a liderar as pesquisas, mas sucumbiu diante da máquina de moer reputações do PT. Dilma venceu a eleição acusando seus adversários de cortarem direitos do trabalhador, de tirar o prato de comida da mesa do povo brasileiro, etc. A calúnia e a difamação prevaleceram.

Curiosamente, para o mal do povo brasileiro, a presidente Dilma Rousseff fez exatamente tudo aquilo que acusara seus adversários de fazer caso fossem eleitos. Foi cometido o maior estelionato eleitoral da história do Brasil. Mergulhada no caos, Dilma está sem a menor condição de governar o país. E agora tenta, a conselho de Lula, uma aproximação com o PSDB que tanto difamou e tanto agiu contra quando estava na oposição. 

Não cabe ao PSDB essa prerrogativa de tentar ajudar Dilma a sair desta crise que ela colocou o país. Cabe sim ao PSDB continuar fazendo oposição e apontando as contradições deste governo, e se forem configuradas as condições de um impeachment ou até mesmo uma cassação da presidente, empunhar a bandeira do fim deste governo perante toda a sociedade. 

PMN - O ex-vereador do Recife Sérgio Magalhães se filiou ao PMN para construir sua candidatura a prefeito do Recife nas próximas eleições. Ele pretende se colocar na oposição ao prefeito Geraldo Julio e estaria com o discurso afiado para colocar o socialista contra a parede nos debates do ano que vem.

Desempenho - O secretário de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco Felipe Carreras comemorou o desempenho dos atletas pernambucanos nos jogos Pan-Americanos do Canadá. Foram dezoito medalhas ao todo, sendo seis de ouro, seis de prata e seis de bronze com destaque para Yane Marques e Keila Costa. 

Insatisfeito - O deputado estadual Lucas Ramos não gostou nem um pouco da composição do diretório municipal do PSB de Petrolina. Apesar de ser nomeado vice-presidente, não concordou com a escolha de Miguel Coelho para o posto de presidente no lugar de Gonzaga Patriota. Lucas trava com Miguel uma disputa pelo posto de candidato do partido a prefeito de Petrolina no ano que vem.

Passe Livre - O governador Paulo Câmara sanciona hoje ao lado do secretário das Cidades André de Paula a Lei que institui o Passe Livre Estudantil. A medida visa beneficiar 260 mil estudantes da rede estadual de ensino. O Passe Livre era uma bandeira de campanha do ex-governador Eduardo Campos, candidato a presidente falecido no ano passado. 

RÁPIDAS 

Não sai - Setores do PSB não acreditam na possibilidade do deputado federal João Fernando Coutinho sair do partido para disputar a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes no ano que vem. Para um socialista graúdo João foi incapaz de construir sua candidatura em 2012 com Eduardo vivo, agora é que não irá mesmo. 

PV - O Partido Verde já fez o convite ao deputado Daniel Coelho para que ele volte e dispute a prefeitura do Recife pela sigla no ano que vem. O PV entregou os cargos que ocupava recentemente na gestão do prefeito Geraldo Julio e vislumbra na candidatura de Daniel uma chance real de conquistar a PCR. 

Inocente quer saber - Quem é o deputado estadual que pode ser enquadrado pela Lei Maria da Penha?

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