Relatório de Gebran é obsceno, dispara Jean Wyllys

Segundo o deputado federal, a postura já era esperada, uma vez que, “a Justiça no Brasil é política”

por Giselly Santos | qua, 24/01/2018 - 15:50
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O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) analisou o discurso e o voto do desembargador João Pedro Gebran Neto, responsável pela relatoria dos recursos apresentados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4). O magistrado negou a apelação e aumentou a pena do petista no caso da Lava Jato que versa sobre o triplex do Guarujá. Fazendo um paralelo entre a postura de Gebran e a sentença dada pelo juiz Sérgio Moro, Wyllys considerou “obsceno” o relatório apresentado nesta quarta-feira (24). 

“A sentença de Sérgio Moro já é um escândalo, ele já estava desmoralizado no resto do mundo. Juristas desmontaram sua sentença e mostraram que sua decisão é obscena no ponto de vista jurídico, porque não há sentença no ponto de vista político. Gebran apresenta seu relatório que é igualmente obsceno por não ser um relatório justo, ser político”, argumentou o parlamentar, completando que o relator fugiu do objeto principal do processo. 

Segundo Wyllys, a postura já era esperada, uma vez que, “a Justiça no Brasil é política”. “Não se enganem, não há justiça. A Justiça no Brasil tem lado, sempre esteve ao lado dos brancos, ricos, héteros e cisgêneros. Mas antes não mostrava de maneira tão clara. O importante é que Lula não estará só independente do resultado e a eleição de outubro deste ano não está definida. Os ‘putocratas’ que acham que mandam no país, podem estar enganados e o resultado pode ser outro, tendo Lula como candidato ou não”, sustentou.

O desembargador João Pedro Gebran Neto foi o primeiro, dos três a votar. Ele determinou que a pena de Lula seja de 12 anos e um mês de prisão em regime fechado. Além disso, ele condenou o petista a uma multa de R$ 1,1 milhão. 

Em primeira instância, Sérgio Moro havia condenado Lula a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Além da detenção, a sentença de Moro também o proíbe de exercer cargos públicos por 7 anos e a pagar uma multa de R$ 669,7 mil. 

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