Se você tem alguma dúvida de que Susana Vieira é a diva brasileira, pode ter certeza de que ela mesma não se faz esse questionamento e sabe que quando entra em alguma coisa é para arrasar. A atriz, que já brilhou em diversas novelas e agora está arrasando como Adisabeba, em A Regra do Jogo, contou em entrevista ao jornal Extra um pouco mais sobre seus 46 anos de rede Globo, além de falar que não acredita no amor dos folhetins:
- A TV nunca exibe o verdadeiro casamento, o conviver de duas pessoas, com a dificuldade e crueza que é. Começa tudo lindo e depois vem tudo de ruim para os mocinhos. No fim, eles terminam juntos e felizes. Mentira! Isso me irrita. No fim, eu vou para a Grécia, ele vai para o interior da Paraíba e os dois tentarão a vida com outras. Nas novelas antigas, a mocinha era pobre e ficava grávida do homem rico. Hoje em dia, qual é a pobre que vai arrumar um homem rico? Eles estão todos fora do Brasil ou estão casados com suas mulheres e têm suas amantes. Ah, ou são gays! Amor, estou falando a verdade. Imagina eu pensar que ainda tem um príncipe rico para mim... Eu também não preciso. Nunca me casei com homem que me sustentasse. Sempre fui eu quem comprou o pão. Nunca tive um homem que pagasse uma baguete para mim. Tenho a cabeça erguida.
##RECOMENDA##
E ainda revelou o segredo para continuar brilhando aos 73 anos de idade:
- A vida acaba com quantos anos? Enquanto existir vida, você está viva! Eu tenho jovialidade. Vou morrer assim. Tem gente triste com 20 anos de idade, que não sabe se exprimir, que tranca sua sexualidade e não tem coragem para amar. Ser jovial é estar disponível para a vida.
Susana, aliás, não tem medo de se expor. Não foi por acaso que no Carnaval ela apareceu em clima de muita intimidade com o novo affair. Para o veículo, a bela contou que ainda é bastante assediada pelo público masculino:
- Recebo muitos elogios dos homens até hoje. Eles me acham sexy, glamourosa e sedutora. Passo isso porque sou uma mulher que não deixou de amar, de me entregar para os prazeres sexuais. Tenho essa sensualidade porque não escondi o meu corpo, o meu cabelão. Se uma mulher da minha idade não pode usar cabelo comprido, dane-se! Amor, vai numa loja e compra esse cabelo. Fica bonita para você. O tempo urge!
Toda essa espontaneidade de Susana divide opiniões, mas ela afirma que não liga para as críticas:
- Eu não roubo, não cheiro e tampouco fumo. Venho para o trabalho e volto para casa. Às vezes, paro no posto de gasolina e como uma empadinha. Vou num baile funk também e, eventualmente, beijo um cara na boca. O que tem isso? Meu imposto de renda está todo certinho, com muito ódio. Tenho seis empregados com carteira assinada, pago tudo direitinho. Não faço nada de errado. Respeito a sociedade, a minha família e a empresa em que trabalho. Não sou louca, nem desenfreada. Se fosse, não estaria nesse lugar em que estou há tantos anos.
Na trama ela tem uma relação de mamãe super-protetora com o filho, Merlô, papel de Juliano Cazarré. Na vida real, ela também é bem preocupada com o filho, Rodrigo Otavio Cardoso:
- Cara, uma mãe que ama o seu filho não fica sem pensar nele um único dia. É naturalíssimo. Isso pode ser com 5, 10, 20 ou 50 anos de idade. Sou mãezona mesmo. Mas eu não era muito de mimar. Fui mais severa. Só que a cama do Rodrigo eu fiz até o dia em que ele saiu de casa, com 20 anos de idade. Achava que era uma forma de carinho.
Rodrigo deu a Susana dois netos, Rafael, de 20 aos de idade, e Bruno, de 18. A atriz é apaixonada pelos menos, mas, claro, não é como as avós tradicionais:
- Meus netos foram criados longe de mim. Os dois nasceram nos Estados Unidos. Não tivemos essa relação muito brasileira, da mãe que tem o filho e dá para a avó cuidar. Se bem que eu poderia morar aqui ou na Rússia. Não permitiria que isso acontecesse. Cuidei daquele que eu tive. E acho que é assim que tem que ser. Quando você cria um neto, acho que há uma ligação tão louca, que, se aquele neto sair de perto, você morre. Fico danada. Mas me divirto muito com eles, que sempre me apresentam coisas novas. Adoro rap por causa dos dois.
Big Brother Brasil da vida real
Susana com certeza é uma verdadeira diva. Sem papas na língua, ela se compara a Ana Paula, participante do Big Brother Brasil 16. Fã do programa, a atriz contou ao veículo que sua torcida vai para a mineira, porque acredita mais nas pessoas que se irritam e brigam do que nas boazinhas:
- Você coloca várias pessoas que não se conhecem dividindo o mesmo banheiro, pelo amor de Deus... Eu seria a primeira a brigar. E, claro, todos iriam se estressar comigo. Levaria horas para tentar ir ao banheiro e ficaria louca se visse xixi pingado no chão.
E ela já tem planos para quando a novela acabar: vai fazer um cruzeiro com as amigas pelo Caribe.
- Vamos passar sete dias dentro de um navio rindo. Vou tomar muito sol, comer bastante, ver aquele pessoal que não me conhece, aquelas senhoras mais gordas que me acham lindíssima. Quando entro no navio, geralmente, sou a mais linda. A maioria é aquele pessoal da Flórida, abastado de gordura e dinheiro. Não tem tristeza lá. Sou sempre uma princesa para eles.
Mas fique tranquilo, ela não descarta voltar logo às telinhas:
- Adoro quando as atrizes dizem que foram convidadas ou contam que negaram um papel. Acho isso de uma petulância... As pessoas me acham arrogante. Arrogância, para mim, é falar Não vou fazer essa personagem para descansar a imagem. Como diz Fernanda Montenegro, meu ofício é esse. Eles não me convidam, eles me escalam. É assim que vejo. Prefiro ser contratada do que dona de empresa.