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Embora não tenha sido oficialmente suspenso, o serviço de hotelaria é um dos que mais sofre para atravessar a pandemia e já acumula prejuízos significativos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Pernambuco demitiu cerca de 18 mil funcionários do setor, composto por 1.050 empreendimentos.

Com 30% da rede em funcionamento, o presidente da ABIH em Pernambuco, Eduardo Cavalcanti, calcula que a média de ocupação no estado esteja entre 5% e 8%. Ele alerta para o futuro da rede e estima que 15% das unidades que interromperam as atividades não terão pernas para retomar o serviço. "Não adianta abrir sem hóspedes", acrescentou.

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A ABIH recomenda que apenas 50% dos leitos sejam ocupados, mas a cota máxima atingida na capital pernambucana é de 15%, conquistada por parcerias feitas por dois hotéis da Zona Sul. O Jangadeiro e o Park Hotel mantiveram-se acima dos demais por conta de uma ação para receber profissionais da saúde. Outra hospedaria que focou em um ramo específico foi o Mar Hotel, que possui contrato com uma companhia aérea para receber profissionais da aviação, explica.

Futuro do Sheraton

O anúncio do fim das atividades do Sheraton Hotel, na Reserva do Paiva, deixou uma incógnita sobre o futuro do edifício. Embora sugira que os quartos devessem ser reformados e negociados como flats, Cavalcanti lamenta a dificuldade do empreendimento para atrair investidores no atual contexto. "Eu acho que nesse momento ninguém vai querer iniciar. Porque o gestor sabe que vai fazer um investimento agora para fazer um mercado em seis meses. Se ele retomar agora, vai sofrer esse início no momento de uma crise", avalia.

Três pilares para a volta dos hóspedes

Para Cavalcanti, três fatores são fundamentais para a guinada da rede em Pernambuco. Além da liberação total das praias para turistas, ele destaca a importância do retorno dos eventos no Centro de Convenções, "que mantém a hotelaria do Recife com os eventos durante a semana".

Sem dúvidas, a principal ação para o retorno dos hospedes é a promoção da segurança sanitária, com higienização adequada das instalações, maçanetas e corrimãos. "É um custo novo que a hotelaria passou a ter. Isso é, fazer uma higienização de UTI para que o hospede se sinta seguro”, pontuou ao comparar com a habitual limpeza domiciliar feita antes da pandemia.

A expectativa é que em julho seja liberado mais 10% da capacidade no setor e aos poucos haja uma crescente na procura por reservas. "Ninguém tem noção de como vai ser a retomada, a sensação que nós estamos é que o pessoal tá louco para viajar e sair de casa”, conclui o presidente.

Na década de 70, o Recife Monte Hotel, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, era a referência para receber personalidades de todo o mundo que vinham para Pernambuco. Na próxima quarta-feira (19), a unidade hoteleira fechará as portas. 

A informação foi confirmada pela própria equipe do hotel, que não quis dar mais detalhes. Na quarta-feira, o advogado da rede deve emitir um comunicado anunciando oficialmente o fechamento do hotel. 

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De acordo com o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Pernambuco (ABIH-PE), Carlos Maurício, o fechamento do histórico hotel pode estar relacionado com uma situação de crise vivido pela rede hoteleira de modo geral. ”É a situação econômica do país e de Pernambuco. Isso causou com que 80% dos hóspedes do Recife eram de turismo de negócio, não turismo de lazer”, comenta.

“Além disso’, ele continua, ‘houve o surgimento de vários novos hotéis e flats, o que aumentou a oferta de leitos, mas diminuiu a demanda de hóspedes”.  Carlos Maurício conta que os hoteleiros estão fazendo grande esforço para que não aconteça o mesmo em seus hotéis. O fato do Recife Monte Hotel ser antigo, pode ter influenciado, já que sua manutenção tende a ser mais custosa.

O Monte Hotel era o último de seu proprietário, Gustavo Monte Dubeux. Ele chegou a ter outros estabelecimentos entre as décadas de 60, 70, 80, dos quais se desfez quando o turismo do centro do Recife passou a cair.

Carlos Maurício tem cautela ao falar o que poderia ter evitado o fechamento do empreendimento. “Temos que ter cautela ao falar o que é responsabilidade do governo e da iniciativa privada. Na mesma hora que o governador tem que decidir se vai incentivar a área de educação, saúde, segurança ou turismo, qual ele vai decidir, não é?”, questiona. A ABIH procura fazer uma ação comercial de divulgação do turismo em todas as capitais do Nordeste em agosto deste ano. 

Homicídio culposo – A última vez que o Recife Monte Hotel apareceu com destaque na mídia foi de forma muito negativa – e pode também ter pesado em seu fechamento. Em janeiro de 2017, a Polícia Civil indiciou Luciano Dubeux do Monte e o gerente Lino Maurício Ferreira de Medeiros por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, pela morte de duas pessoas na piscina do hotel em março de 2016.

O delegado à frente do caso, Carlos Couto, concluiu que havia irregularidades no projeto da piscina. Os peritos constataram que a piscina não tinha os padrões especificados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 

Neste Carnaval, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) em Pernambuco prevê uma ocupação de hotéis inferior aos anos anteriores. Segundo a associação, o cenário de crise econômica e o aumento do número de leitos são os principais fatores para a redução.

Apesar da queda, o presidente da associação Artur Maroja classifica a ocupação como “boa”. A taxa deve ficar em torno de 85% no Recife, 90% em Porto de Galinhas, próximo dos 90% em Fernando de Noronha e próximo dos 90% em Olinda. “Neste período difícil, eu classifico como bom. O que nos preocupa é o que vem em frente. Vamos trabalhar promoções para ter maior visibilidade e ocupação boa o ano todo”, comenta.

Para Maroja, o aumento de leitos é fator determinante na taxa. “Houve aumento em todo o estado. Essa é uma das grandes causas da queda da ocupação da hotelaria”, afirma. Só no Recife, nos anos 2014 e 2015, foram criados 1288 novos leitos.

O aumento do número de quartos também poderia justificar as expectativas contrárias entre ABIH e o Governo do Estado. Enquanto a associação aponta a redução da taxa de ocupação, o governo espera um aumento no número de visitantes neste Carnaval. A Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco espera receber mais de 1,5 milhão de visitantes. O estado recebeu um 1,5 milhão de visitantes em 2015 e 1,3 milhão em 2014.

De acordo com o Artur Maroja, os turistas devem ficar atentos às ofertas, que estão muito mais significativas por conta do impacto da economia. “A tarifa está ótima para o cliente porque está igual ou menor do que o ano passado”, explica o presidente da ABIH-PE. 

Comparando os dois maiores carnavais do Nordeste, Salvador-BA segue com ocupação semelhante de leitos de hotéis. De acordo com o Ministério do Turismo, Salvador deverá atingir uma taxa de 85%. Os números são vistos com otimismo e a ABIH da Bahia acredita que o câmbio favorável para estrangeiros e a requalificação da orla e de algumas zonas turísticas da cidade tenha participação no resultado.

O estado de Pernambuco tem sido um dos destinos mais procurados para o réveillon 2016. Prova disso foi a grande procura por hospedagem nos locais mais agitados para a festa. 

De acordo com Eduardo Cavalcanti, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Pernambuco (ABIH), a lotação dos hotéis de Boa Viagem, no Recife, chegou a 90%, sendo alguns já com ocupação completa. Outros destinos bastante procurados foram Porto de Galinhas, Litoral do estado, cujos hotéis estão com 95% de ocupação e Gravatá, no Agreste, alcançou os 80%. Esses números correspondem ao pacote de final de ano, que consiste na chegada no dia 30 de dezembro e saída em 2 de janeiro. 

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Segundo o presidente, esses números foram além do esperado. "Extrapolou a expectativa. Nós esperávamos que o número seria de 75% a 80%, mas não o que foi alcançado este ano". No entanto, ele explica que a recessão resultou num movimento diferenciado no turismo e conta que com a alta do dólar, as pessoas não estão viajando para fora porque sai mais caro, mas para quem vem de fora acaba sendo uma boa oportunidade. 

Cavalcanti ainda acrescenta que, em relação a hospedagens “a retração aconteceu no turismo corporativo”, não afetando os passeios de lazer. 

A Copa do Mundo já se despediu de Pernambuco após o jogo entre Grécia e Costa Rica no domingo (29). Enquanto o cotidiano dos pernambucanos vai se normalizando, alguns comércios aproveitam para fazer o balanço das mudanças trazidas pelo evento. No setor hoteleiro, o cancelamento da FIFA de reservas para a competição trouxe mudanças drásticas no resultado esperado. A FIFA anulou a reserva de 40% das vagas no Recife e em Porto de Galinhas, e 100% no interior.

Apesar do corte, a média de ocupação no Recife foi de 82%, um número considerado acima das expectativas. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) acreditava que apenas 70% das vagas disponíveis seriam ocupadas. Foram consideradas decepcionantes as ocupações em Porto de Galinhas (60%) e no interior (30%).

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De acordo com Eduardo Cavalcanti, a expectativa da ABIH estava baixa por muitos além do corte de reservas. “Pouco antes da Copa do Mundo, Recife ganhou 1.533 novos leitos, aumentando o número de vagas disponíveis. Outra dificuldade foi a presença do navio MSC Divina, que trouxe 3,5 mil turistas mexicanos que não usaram nossos hotéis nem nossa gastronomia”, destaca.

A estratégia usada pelos hotéis recifenses para compensar o corte da FIFA também ajudou nos números positivos. As redes hoteleiras foram atrás de empresas de turismo que funcionam no sul e sudeste do país, para trazer turistas para a capital pernambucana. Ainda havia projetos para construção de mais quatro hotéis, que teriam forte apelo turístico, mas burocracias impediram a construção dos mesmos.

No interior, a maioria dos hotéis trabalha com mercado local, com turistas nordestinos. Cavalcanti imagina que este é um dos fatores responsáveis pelos resultados negativos. Ele acredita que este perfil de turista vinha em ônibus, assistia aos jogos e voltavam no mesmo dia sem se estabelecer em algum hotel.

Para a região do Agreste em específico, a decepção foi ainda maior, pois, meses antes do evento, a ABIH contava com a reserva de 80% dos leitos. Uma estratégia de marketing do local era a velocidade para a Arena Pernambuco. Segundo Eduardo Cavalcanti, a viagem de Gravatá para o estádio dura 42 minutos, sendo a rede hoteleira com o acesso mais rápido – mais até do que Boa Viagem. O único destaque verificado pela ABIH foi a presença de 104 alemães em hotel do agreste.

Não há dados concretos da desocupação após o último jogo da Copa do Mundo na Arena Pernambuco, mas Cavalcanti acredita que a média vai se manter por mais um tempo. “Ainda tem jogo em Fortaleza, por exemplo, e os turistas têm que pegar um avião para lá e voltar no mesmo dia pois não há vagas”, comenta. “Além disso, começa hoje a Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), substituindo os torcedores por empresários do turismo corporativo”, conclui.

Copa do Mundo, Olimpíadas e outros eventos internacionais de grande porte impulsionam a rede hoteleira no país. De acordo com o levantamento “Investimentos no Brasil: Hotéis e Resorts”, feito pela consultora BSH International, o Brasil terá no mínimo 422 novos empreendimentos de hospedagem, até 2016. 

Em Pernambuco, mais de 20 hotéis estão em processo de construção e devem estar prontos até o ano das Olimpíadas do Brasil. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) de Pernambuco, Eduardo Cavalcanti, atualmente Recife tem 8 mil 482 leitos hoteleiros (sem levar em consideração pousadas), e a construção dos novos empreendimentos vai ampliar esse número para mais de 13 mil leitos.

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“O mais importante nisso tudo é a modernização pela qual os hotéis estão passando, com reformas estruturais importantes. O legado é muito bom para o turismo”, admite Cavalcanti. Porém o grande aumento nos serviços de hospedagens traz como consequência um lado negativo: muita oferta para pouca procura. A ABIH vê como preocupante o crescimento desenfreado no número de hotéis, já que eventos como a copa do mundo são momentâneos.

 Na concepção do diretor-executivo da ABIH, Carlos Maurício Periquito, a rede hoteleira em Pernambuco está, de certa forma, superlotada e os investidores, mal informados. “Todos apressaram suas construções sem procurar saber qual era a realidade local. Não há um lugar centralizador com estas informações. E a copa são basicamente três semanas. Ao meu ver, o nosso carnaval hospeda muitos mais, congressos médicos de expressão trazem muito mais que a copa do mundo”, garante o executivo. 

Preços e empregos - Com a alta na quantidade de hotéis e flats disponíveis no mercado pernambucano, a previsão é a queda da tarifa média no preço da hospedagem no Estado, até 2016. Carlos Maurício deixa claro, contudo, que os valores variam de acordo com a procura. Já em relação aos empregos gerados pelas novas construções, são mais de 4 mil empregos diretos e outros 14 mil indiretos, totalizando mais de 18 mil profissionais atuantes neste período de boom hoteleiro.  

Com as festas juninas chegando, o número de reservas nos hotéis das cidades do Agreste e do Recife aumenta cada vez mais. Este ano, o interior do Estado oferece aos clientes um maior número de leitos, atraindo uma demanda de turistas para as cidades do Agreste ainda maior em relação ao ano de 2012.

Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira da Industria de Hotéis de Pernambuco (ABIH-PE), Carlos Maurício, a expectativa da taxa de ocupação na capital pernambucana é de aumento entre 60 e 70%. 

De acordo com Maurício, as festividades de São João no interior do Estado permanecem motivando os turistas a seguir para as cidades do Agreste e Sertão de Pernambuco. “Os municípios mais procurados são: Caruaru, Bezerros, Gravatá e Arcoverde. Nesses polos, a previsão  da taxa de ocupação pode ser de 90 a 95% e em alguns hotéis até 100%”, disse Maurício.

Um dos fatores do aumento na procura por hotéis no interior do Estado, segundo Maurício, é a maior oferta oferecida pelos estabelecimentos. “Tivemos um acréscimo de 20% no número de leitos. Consequentemente, vamos acomodar um maior número de turistas este ano”, afirma Maurício.

Os representantes dos meios de hospedagem se reúnem nesta segunda-feira (11) para discutir questões ligadas a grandes eventos. Na programação, a harmonização de tarifas e a implantação do Sistema Nacional de Registro de Hóspedes nas cidades-sedes da Copa com a formação de um banco de dados no Ministério do Turismo com registro online e automático. O objetivo é traçar o perfil e hábitos dos viajantes.

O evento, que já foi realizado em São Paulo, Rio de Janeiro Brasília, conta com a presença de integrantes do Ministério do Turismo em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional e ABIH-PE), a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) e a Associação Brasileira de Resorts (ABR).

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Na reunião serão apresentados programas e atividades do Ministério do Turismo, com interface na hotelaria brasileira. São eles: SBClass, Ficha Nacional de Registro de Hóspedes, acessibilidade e obras de infraestrutura turística. Haverá ainda a discussão para adesão de “Carta Compromisso” a ser assinada pelo Ministério do Turismo e entidades da hotelaria.

Os hotéis em Pernambuco começam a receber os turistas que decidiram passar o feriadão no Recife, no litoral e em Gravatá. De acordo com Eduardo Cavalcante, presidente da Associação Brasileira de Hotéis de Pernambuco (ABIH), nestes locais a ocupação deve chegar a 100%.

Até esta quarta-feira (10) a ocupação na rede hoteleira mostrava Porto de Galinhas, no Litoral Sul e Gravatá, no Agreste com 95% das vagas preenchidas e Recife com 75%. “Eu acredito que todo mundo vai chegar a 100%, pois o turista brasileiro não se programa e deixa pra última hora,” explicou o presidente.

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O litoral sul é composto por turistas vindos das regiões Sul e Sudeste do País, no Recife, onde predomina o turismo executivo, as visitas são além do Sul e Sudeste, de Natal (RN) e Maceió (AL). Já o interior do Estado, especialmente Gravatá, no agreste, o turismo vem 90% do Nordeste, segundo Cavalcante.

Para o secretário de turismo do Recife, Carlos Braga, a procura pela capital pernambucana se dá pelo trabalho de reposicionamento da cidade como destino turístico. “Em três anos, visitamos mais de 2500 agências no País e treinamos cerca de seis mil agentes de viagem mostrando o que o Recife tem de bom. Esta é uma cidade muito plural temos passeio de catamarã, o Instituto Ricardo Brennand, a Oficina Francisco Brennand, temos um Polo Médico importante, o recém-inaugurado Centro de Artesanato,” pontuou.

 

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