O presidente do Santa Cruz, Alírio Morais, enfim anunciou o planejamento de gestão do triênio 2015-2017. Nesta quarta-feira (12), ao lado da consultora Angela Lima, o mandatário coral revelou problemas internos de gestão em um clube que declarou como "clandestino". Além de mudanças na diretoria, plano ambicioso para aumentar o quadro social e projeção de cinco títulos, Alírio não acredita que o projeto seja audacioso, mas, sim, necessário.
Durante a entrevista coletiva, o presidente revelou as diversas áreas do clube que exibem conflito, principalmente a gestão de futebol e financeira. Esta segunda, de acordo com o próprio Alírio Morais já está sendo negociada e o Santa Cruz deve criar, inclusive, vários projetos sociais para as escolas do entorno do Arruda. Acompanhe as declarações abaixo separadas pelos tópicos citados pelo mandatário:
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- Arena Coral e centro de treinamento:
Nós teremos uma reunião com Antônio Luiz Neto para amadurecer essa estratégia da Arena Coral. Antônio Luiz Neto tem uma ideia do próprio Santa Cruz bancar essa reforma. E Joca disse que o projeto é a coisa mais linda do mundo. As arquibancadas e sociais se aproximam do campo e o fosso desaparece, e você tem mais 24 ou 25 mil cadeiras para ser comercializadas no estádio e acho que essa pode ser a fonte de custeio da obra.
Estaremos sentando com o arquiteto para discutir o projeto do centro de treinamento, que deve ter as obras iniciadas em breve. Ainda neste ano, teremos dois campos e alojamento construídos. Até porque isso deve levar cerca de três a quatro meses.
- Futebol:
O modelo do clube como um todo, eu mantive o que já vinha funcionando. Você tem Constantino e Jomar representando a presidência. E Ataíde e Jomar representando os atletas. Procuramos São Paulo, Cruzeiro para saber o que é um modelo ideal. Eu sou fã de carteirinha de uma diretoria profissional, que traça metas e se submete às cobranças. Mas, como esse processo está em construção, nós precisaremos ter um diretor de futebol remunerado e o gestão técnica. Você tem uma diretoria com quatro pessoas e algumas horas não sabe quem está fazendo o quê. Então tem que delimitar as funções.
- Profissionalização da gestão:
Na minha cabeça nós precisamos ter um diretor de futebol remunerado. Aqui existe uma diretoria que você tem quatro pessoas e às vezes não sabe quem está fazendo o quê. E torcida e imprensa cobrando os resultados. Então, você precisa ter um organograma e delimitar as funções.
O futebol você tem Constantino Junior e Jomar representando a presidência e Sandro e Ataíde (Macedo), que são gerentes técnicos representando os atletas. Mas buscamos vários clubes, São Paulo, Cruzeiro... Para encontrar o modelo ideal, saber se não tem muito gente ali. Eu sou fã de carteirinha de uma diretoria profissional, que a gente fixe metas e possa cobrar. Para saber das metas e reconhecer os acertos. Mas como esse processo está em construção, seria antecipar muito esse processo.
Não adianta o Santa Cruz forjar milagre, ganhar campeonatos e não ter um processo de gestão e planejamento efetivo criado. A receita, a gente não consegue tomar conta dela.
- Quadro de sócios:
Haverá ao final do Campeonato pernambucano uma campanha, fizemos um lançamento improvisado e aquém do que podemos. Porque precisaríamos lançar para o Pernambucano, mas teremos lançamento para a Série B.
- Títulos:
A gente percebe para 2015 o acesso à Série A como o nosso principal objetivo no futebol. Estamos procurando uma participação no Pernambucano que nos assegure a participação na Liga do Nordeste e na Copa do Brasil, então isso sugere, ao menos, um segundo ou terceiro lugar.
- Estruturação financeira:
A busca pelo equilíbrio financeiro é um dos nossos pilares da nossa gestão, para isso estamos criando um processo de gestão, com um novo organograma, que será administrado por novos profissionais, que já estamos buscando no mercado. Ser
Me informei com a opinião pública para a nossa gestão ter transparência. Nós conseguimos construir um projeto de resolução desse passivo, o tributário que estava orçado em 84 milhões. Agora, só temos 13 milhões. O trabalhista está orçado em aproximadamente 50 milhões. Desenvolvemos uma estratégia com a FPF e até o final de abril vamos encontrar um investidor para colocar os recursos.
Não adianta o Santa Cruz forjar milagre, ganhar campeonatos e não ter um processo de gestão e planejamento efetivo criado. A receita, a gente não consegue tomar conta dela.
- Projetos sociais:
Oficinas de arte, de esportes com prática de judô e esportes amadores. Esses projetos serão elaborados em convênio com a prefeitura de acordo com nosso tributo do IPTU, hoje orçado em R$ 20 milhões. Vamos dar um colorido novo às escolas daqui da região vamos levar piscinas aos locais, que não têm, área de lazer para crianças... E junto com outros projetos, vamos entrar na Lei de Incentivo ao Esporte.