Tópicos | autonomia de Suape

A retomada da autonomia do Complexo Portuário de Suape, hoje sob responsabilidade administrativa do Governo Federal, tem sido um dos assuntos pontuados durante a campanha dos candidatos a governador de Pernambuco, principalmente com o setor empresarial. Postulante ao cargo, o senador Armando Monteiro (PTB) afirmou que o Estado merece ter de volta a responsabilidade pelo empreendimento e pontuou estar disposto a articular politicamente para a recuperação. 

“Vamos precisar fazer uma articulação bem feita, mostrar que esta mudança não produziu resultado e que Pernambuco, por tudo que fez, pelo esforço e investimento que fez em Suape ao longo dos anos, merece esta autonomia”, argumentou, fazendo referência a edição da Lei dos Portos, em 2013, quando a União passou a responder administrativamente aos processos de licitações e arrendamentos de Suape. 

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“Defender a autonomia em que perspectiva? De que isso é um ativo estratégico do Estado, que a mudança do modelo não produziu resultados até agora, porque já se passou o tempo e o que aconteceu? Queremos restaurar a autonomia, isso não é o fim de si mesmo. Não é restaurar a autonomia apenas, é restaurar a autonomia para quê? Para que o Estado tenha a iniciativa, recupere a iniciativa, de modo a apressar a solução e o encaminhamento de temas que são fundamentais para o Estado não ficar na dependência de estruturas que estão fora do controle do Estado”, complementou, explicando. 

Armando disse também que a sua proposta para a retomada da autonomia vai além e atinge a requalificação da gestão do Porto de Suape e de outras empresas estatais, extinguindo a indicação política e replicando no âmbito estadual a Lei de Governança das Estatais, já em vigor nas empresas públicas federais. 

“Este é um desafio… É melhorar o padrão de governança das empresas estaduais. Isso vale para empresas e agências reguladoras, o compromisso de qualificar a gestão. Se queremos qualificar a autonomia passamos a ter mais responsabilidade com a gestão”, pontuou, criticando as últimas mudanças que ocorreram na presidência do complexo portuário. 

Erros e ausência

Em 2013, quem editou a Lei dos Portos foi a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) retirando a autonomia pernambucana do equipamento. Já em 2017, o presidente Michel Temer (MDB) prometeu que devolveria a responsabilidade ao Estado, mas por imbróglios políticos com o PSB desistiu de efetivar a mudança. Questionado se os dois teriam errado em retirar e não devolver, respectivamente, Armando minimizou. 

“Na vida a gente tem sempre que considerar os erros, seja de quem for. Não tenho compromisso com erro, Temos que buscar o que é melhor sempre. A experiência se revelou, no nosso caso, algo que não correspondeu. Vamos mudar, tem que mudar”, frisou. 

No tocante estadual, contudo, o senador não poupou críticas a atuação do governador Paulo Câmara (PSB). “Não se sente a presença de Pernambuco quando se tem na agenda legislativa temas de grande interesse para o Estado, a gente percebe uma ausência de Pernambuco. Isso existe e é real. O governante tem que estar presente sempre. Aí sim a gente sente uma lacuna”, alfinetou o candidato. 

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