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"Vai para a parte de traseira do ônibus", teria dito a motorista Hanna Cristina, 24 anos, segundo testemunhas, à filha, pouco antes de morrer com a queda do viaduto que matou duas pessoas e deixou outras 22 feridas na capital mineira, na tarde de quinta-feira (3). No enterro, que foi realizado nesta sexta-feira (4), o clima era de muita revolta entre familiares e amigos. Hanna Cristina foi sepultada às 17h30, sob aplausos, no cemitério Bosque da Esperança, próximo ao local do acidente.

O motorista do Fiat Uno que ficou preso sob a estrutura, Charlys Frederico Moreira do Nascimento, foi enterrado por volta das 17h40, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de BH, onde morava. Em ambos os funerais o clima era de revolta com as autoridades e a construtora Cowan, que, segundo familiares de Hanna, não haviam entrado em contato com a família até momentos antes do sepultamento. Hanna trabalhava como motorista há um ano. O ônibus pertencia à família.

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Durante o enterro, os familiares não quiserem falar com a imprensa. A filha de 5 anos da motorista, que estava no ônibus na hora do acidente e sofreu ferimentos leves, não quis ver o corpo da mãe sendo enterrado. Mais cedo, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, foi dispensado pela família da Hanna depois de avisar que iria ao funeral.

No enterro de Charlys, sepultado com a bandeira do grupo de cavalgada que participava, o clima também era de revolta. Em especial com a declaração inicial de Lacerda, de que "acidentes acontecem". Segundo familiares da vítima, um advogado já foi contratado para acionar as autoridades. A Cowan, também não entrou em contato com a família.

Responsável pela coordenação do comitê gestor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que inclui a obra do viaduto Guararapes, que desabou nesta quinta-feira (3) em Belo Horizonte, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse nesta sexta-feira (4), que a fiscalização da obra é de responsabilidade da Prefeitura, sob o comando de Márcio Lacerda. "Nós, aqui de Brasília, não temos condição de saber como foi o desenvolvimento da obra", afirmou a ministra.

Em entrevista ao Broadcast Político, Miriam disse que a responsabilidade do governo federal é garantir os recursos necessários para a execução da obra. "A elaboração do projeto de engenharia, a licitação, a contratação e a sua fiscalização são tarefas de quem está executando a obra, que no caso é a prefeitura", disse. A ministra ponderou, entretanto, que ainda é cedo para apontar qualquer responsável pela queda.

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O viaduto, que faz parte do projeto de implantação do BRT (Bus Rapid Transit) na avenida Pedro I, um dos acessos ao estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, está entre as obras planejadas para a Copa do Mundo, mas não ficou pronto a tempo. Além de deixar dois mortos, o colapso do viaduto resultou em 22 pessoas feridas - três continuam internadas.

Nos empreendimentos do PAC, a liberação de recursos é feita em etapas. Ao fim de cada uma delas, engenheiros da Caixa Econômica Federal visitam o canteiro de obras para verificar o andamento da obra e autorizar a próxima remessa de verba. Questionada sobre qual foi a última vistoria dos técnicos na obra, a ministra do Planejamento disse que pode buscar a informação, mas ressaltou que não é responsabilidade da Caixa fiscalizar a segurança no local, por exemplo. "A presença dos engenheiros da Caixa se refere a certificar que aquilo que está na nota de medição foi realizado. Não é uma fiscalização de obra", disse.

Sobre o impacto negativo que o acidente poderia causar à imagem do País, Míriam afirmou que o importante no momento é atender os feridos e apoiar os familiares dos mortos. "A presidente entrou em contato com o prefeito, ofereceu ajuda tanto para as famílias quando para a desobstrução da avenida. Essa é a questão a se preocupar hoje, e não fazer algum tipo de avaliação sobre o que isso representa para a Copa do Mundo", afirmou. A ministra informou que está esperando que a prefeitura de Belo Horizonte acione o governo federal para que o apoio seja disponibilizado. "Assim que tiver essa solicitação, será atendido imediatamente", completou.

A Construtora Cowan, responsável pela obra do viaduto que estava em construção há seis meses e que caiu nesta quinta-feira (3), na região da Pampulha de Belo Horizonte, informou, por meio de comunicado divulgado na tarde desta sexta-feira (4), que contratou uma perícia para avaliar as causas do acidente.  Os resultados, segundo a construtora, devem sair em 30 dias.

A companhia ainda esclareceu que o viaduto será totalmente destruído para liberação das pistas e que a obra atendeu a "todos os procedimentos e materiais utilizados passaram pelos testes obrigatórios e atendendo as normas vigentes, sem apresentarem qualquer problema". "A empresa mantém uma equipe composta por psicólogos, médicos e assistentes sociais à disposição das vítimas e familiares", finaliza a nota.

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Polícia

Na manhã desta sexta, a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais informou que abriu um inquérito policial para apurar o desabamento do viaduto, que deixou duas pessoas mortas. O inquérito corre na 3ª Delegacia Regional de Venda Nova. "A primeira providência adotada pelo delegado regional Hugo e Silva, ainda ontem, no dia do ocorrido, foi acionar a perícia técnica da Polícia Civil e colher informações de pessoas que estavam no local", diz a nota da Polícia, que ainda informa que a perícia de engenharia legal do Instituto de Criminalística continua na elaboração de um laudo pericial, que também deve ser concluído no prazo de 30 dias.

O secretário de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta, anunciou, nesta sexta-feira (4) que a secretaria vai criar um serviço de acompanhamento psicossocial para vítimas e parentes de vítimas do desabamento do viaduto, ocorrido nesta quinta-feira (3).

A grande preocupação é evitar o alarmismo entre a população e turistas, já que a capital mineira recebe uma das semifinais da Copa do Mundo, na próxima terça-feira, 08, e a avenida onde o viaduto desabou era uma das principais vias de acesso ao Mineirão.

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A queda do viaduto deixou dois mortos e 22 pessoas feridas. Duas vítimas continuam internadas em hospitais da capital mineira - uma no Pronto Socorro Risoleta Neves e outra no João XXIII. Na tarde de ontem, os feridos foram levados para três hospitais, entre eles uma menina de 5 anos, filha da motorista Hanna Cristina, de 26 anos, que morreu na tragédia.

A mulher dirigia o ônibus suplementar da linha suplementar S70, que foi atingido pela estrutura de concreto. A criança deu entrada na unidade de saúde com um hematoma do lado esquerdo da cabeça, cefaleia e perda de consciência. Depois de passar por um exame de raio X, ela permaneceu em observação na ala de pediatria. A garota recebeu alta, nesta sexta-feira, por volta das 9h.

Um dia depois da queda de parte do Viaduto Guararapes que matou duas pessoas, a prefeitura de Belo Horizonte anunciou a formação de um grupo técnico independente, formado por engenheiros indicados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas) e por empresas referências do setor. Os nomes dos integrantes do grupo não foram revelados, mas segundo o secretário de Obras do município, José Lauro Nogueira, o trabalho já começou.

Além de levantar as causas do acidente, o grupo também vai ampliar a fiscalização em outros dois viadutos que integram o complexo de obras de mobilidade urbana. Outro elevado que está sendo construído na avenida Dom Pedro I já foi interditado pela prefeitura. Funcionários da obra que não querem se identificar alegam que os suportes de sustentação não são suficientes para aguentar o peso da construção.

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Apesar das denúncias dos funcionários, a prefeitura descarta qualquer risco de queda no viaduto. Além disso, afirma que "a empresa responsável pela obra continua trabalhando para corrigir um deslocamento lateral ocorrido na estrutura da obra". Até que isso seja feito, o trânsito no local continuará interditado.

CPI.

O vereador Iran Barbosa (PMDB) vai pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o acidente. Ele tem nas mãos um laudo que aponta falhas na construção da Estação São Gabriel, já em uso pelo público. O documento de quase 60 páginas aponta irregularidades graves na execução da obra, como colunas de sustentação curtas amparadas por menos parafusos do que o indicado, parafusos e porcas frouxos e folgas expressivas nas flanges, que são peças que vedam a conexão das estruturas. A prefeitura descarta risco de acidente no local.

O secretário de Obras da Prefeitura de Belo Horizonte, José Lauro Nogueira, disse, nesta sexta-feira, 4, que vai ampliar a vistoria em mais dois viadutos que fazem parte do complexo de obras de mobilidade urbana, orçado em R$ 154 milhões. Nogueira não quis falar em novo risco de desabamento, mas afirmou que, em fevereiro, os pilares de outro viaduto na mesma região apresentaram afundamento de 27 centímetros.

Na quinta-feira, 3, parte do Viaduto Guararapes, que faz parte do complexo, desabou, provocando a morte de duas pessoas e deixando outras 22 feridas. As obras do complexo estão sob suspeita de superfaturamento. Em 2012, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) detectou indícios de sobrepreço de R$ 6 milhões, e o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) deu início à investigação. Segundo o secretário de Obras, a responsabilidade pela tragédia é "solidária". "A responsabilidade é da prefeitura, da construtora e dos técnicos contratados para fazer a vistoria das obras", disse.

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Assim que o trabalho de perícia, que está sendo feito neste momento, estiver concluído, o local será liberado para que a Construtora Cowan, responsável pela obra, faça a demolição do viaduto e a retirada dos escombros, disse Nogueira. O trabalho será mecânico, sem explosões. "Nossa expectativa é a de que, em 24 horas, a pista esteja liberada para o trânsito", afirmou o secretário.

O presidente do Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia de Minas (Ibape), Frederico Correa, disse, nesta sexta-feira, 4, que uma das possíveis causas da queda de parte do Viaduto Guararapes, ocorrida na quinta-feira, 3, em Belo Horizonte, seria o afundamento do pilar principal após a retirada das escoras da obra.

O especialista participou das primeiras vistorias feitas pela entidade no local da tragédia. Segundo Correa, o plano de retirada das escoras é um item obrigatório no projeto da obra. Porém, o momento e como isso deve ocorrer dependem de algumas variáveis, como tempo de cura do concreto e a distribuição de cargas na edificação. "Quando a estrutura é retirada, o peso antes distribuído entre os pilares e as escoras é direcionado para o pilar principal. Nesse momento, acreditamos ter havido o afundamento", disse.

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Representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas), da Defesa Civil, das polícia Civil e Federal estão no local do desabamento. Após o fim dos trabalhos, a via será liberada para que a Construtora Cowan, responsável pela obra, faça a demolição do viaduto e a retirada dos escombros. Conforme a polícia, o laudo pericial deve ser concluído em 30 dias.

O corpo de Charlys Frederico Moreira do Nascimento, de 25 anos, motorista do Fiat Uno que foi atingido pelo desabamento de parte um viaduto em Belo Horizonte na tarde desta quinta-feira (3) foi retirado dos escombros pelo Corpo de Bombeiros por volta das 5h30 desta sexta-feira (4). Charlys estava sozinho no carro.

O acidente causou a morte de duas pessoas - além de Charlys, morreu a motorista de um ônibus - e deixou 22 feridos, segundo os bombeiros. Após a estrutura ruir por volta das 15h, a queda do viaduto atingiu quatro veículos: dois caminhões, um Fiat Uno e um coletivo, que teve a frente esmagada. A alça do Viaduto Guararapes caiu sobre a Avenida Pedro I, na altura do bairro São João Batista, na Pampulha.

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A via é uma das mais movimentadas da cidade e a construção do viaduto fazia parte do alargamento das pistas para adequação ao Move, nome dado pela prefeitura de Belo Horizonte ao sistema de Bus Rapid Transit (BRT). Inicialmente, a obra fazia parte dos projetos de mobilidade para a Copa do Mundo, mas não foi concluída a tempo. O desabamento parou completamente o trânsito na região da Pampulha, onde está localizado o Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, que, na próxima terça-feira, 08, receberá uma das semifinais do torneio.

A maior parte das vítimas estava em um micro-ônibus da linha suplementar 70. O veículo era dirigido por Hanna Cristina dos Santos, de 25 anos, que morreu no local. A filha da motorista, de 5 anos, também estava no veículo e foi encaminhada ao Hospital Risoleta Tolentino Neves, na região de Venda Nova, sem risco de morrer. "Esse acidente foi muito chocante. A gente viu o viaduto caindo. Bati a cabeça e ficou muita gente ferida no chão lá", contou Enilson Luiz, de 36 anos, que estava no micro-ônibus e também precisou de atendimento médico.

A queda de um viaduto matando duas pessoas e ferindo outras 21, em Belo Horizonte, deixou a cúpula da Fifa preocupada, até por causa da repercussão para a imagem da Copa. A obra era parte dos projetos de mobilidade para o torneio mundial. Momentos depois do acidente, cartolas vieram procurar a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo no Copacabana Palace no Rio para saber de detalhes. A principal pergunta era se a obra tinha alguma relação com os projetos da Copa do Mundo.

Um dos mais preocupados era Sunil Gulati, presidente da Federação Americana de Futebol e membro do Comitê Executivo da Fifa. Além de querer saber o número de vítimas, o cartola procurava informações sobre a obra, sobre os atrasos e sobre o motivo do desabamento. "Isso é terrível", disse. Segundo o presidente da Federação Espanhola de Futebol, Angel Maria Villar, os jogos de hoje devem ter um minuto de silêncio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, chegou ao local onde desabou o viaduto na capital mineira nesta quinta-feira (3), e em uma rápida coletiva decretou luto de três dias na cidade e disse que é "normal" ter o trânsito liberado durante obras e que "acidentes acontecem". "Pode ser possível falha do projeto. (...) É normal ter o trânsito liberado em viadutos que estão em acabamento. Acidentes como esse acontecem. Momento é de aprender com o erro", disse.

O prefeito chegou ao local para acompanhar os resgates das vítimas na Avenida Pedro I, no Bairro São João Batista, região de Venda Nova. Ele confirmou duas mortes no acidente e afirmou que a obra estava sendo acompanhada pela prefeitura e por engenheiros responsáveis. "Mas a obra não estava sendo feita pela Prefeitura, foi feita por uma construtora renomada, que ganhou licitação. Mas houve falha, com certeza", falou, se referindo à Construtora Cowan.

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Numa primeira nota, a construtora lamentava o ocorrido e informava o envio de uma equipe técnica ao local para iniciar as investigações e definir as causas do acidente. Num novo comunicado, a empresa disse que as equipes foram direcionadas para a remoção da estrutura, "inclusive providenciando iluminação e demais suportes necessários à realização dos trabalhos, que devem se estender pelos próximos dias" e que já está sendo providenciado o escoramento do segundo viaduto.

A Construtora Cowan, responsável pela construção do viaduto que estava em construção e caiu na capital mineira, disse, em nota breve, que enviou ao local uma equipe técnica para iniciar as investigações. "A Cowan lamenta profundamente o ocorrido com o viaduto sobre a Avenida Pedro I. Neste momento, a prioridade é o apoio às vitimas e aos familiares", informa o comunicado.

Segundo informações no site da empresa, a Construtora Cowan foi criada em 1958, em Montes Claros, no Norte de Minas, e participou da construção de rodovias, ferrovias, obras de saneamento, construção de barragens, usinas hidrelétricas e até aeroportos. Em Minas Gerais, as obras destacadas na página na internet, além do BRT/Move da Avenida Pedro I e Antônio Carlos, também estão a da Linha Verde (que liga o centro de Belo Horizonte até o Aeroporto de Confins), duplicações da BR-040 (feitas pelo Dnit antes do leilão), e Gasoduto do Vale do Aço. Além disso, a construtora é responsável por algumas obras de ampliação do Aeroporto de Confins (pistas de pouso e decolagem) e do metrô do Rio de Janeiro.

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Segundo o Corpo de Bombeiros, o viaduto desabou sobre a Avenida Pedro I, na Pampulha, às 15h30. Dois caminhões, um carro e um micro-ônibus foram atingidos e o acidente matou uma pessoa e feriu 13. A Secretária de Saúde diz que são dois mortos e 19 feridos.

A avenida é uma das mais movimentadas da cidade. Inicialmente, a obra fazia parte dos projetos de mobilidade para a Copa do Mundo, mas não foi concluída a tempo. O desabamento parou completamente o trânsito na região da Pampulha, onde está localizado o Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, que, na próxima terça-feira, 08, sediará uma das semifinais da Copa do Mundo.

Pelo menos oito viaturas dos bombeiros, além de policiais militares e equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram mobilizadas para socorrer as vítimas do desabamento de um viaduto em construção em Belo Horizonte. A obra, na região da Pampulha, ruiu na tarde desta quinta-feira (3), deixando pelo menos uma pessoa morta e 10 feridas, segundo informações iniciais o Corpo de Bombeiros.

Até o meio da tarde, não havia um balanço oficial de vítimas da ocorrência. A estrutura do viaduto desabou inteira sobre a pista e um Fiat Uno teria sido completamente esmagado, informaram os bombeiros. O viaduto atingiu também um ônibus e dois caminhões, sendo que um deles estaria trabalhando na própria obra.

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No caso do ônibus, passageiros deram sorte porque apenas a frente do coletivo foi atingida. Mesmo assim, algumas pessoas que estavam no veículo ficaram feridas. O desabamento causou muita confusão no local. Moradores e pessoas que passavam pela via contaram que o estrondo foi enorme. "Parecia uma explosão. Foi um barulho muito grande e levantou muita poeira", contou o publicitário Márcio Araújo Lopes, de 32 anos, que trafegava pelo local.

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Os trabalhos na avenida - uma das mais movimentadas da capital mineira - fazem parte das obras do Move, nome dado ao BRT (Bus Rapid Transit) na cidade. O desabamento paralisou completamente o trânsito na região da Pampulha, onde está localizado o Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, que, na próxima terça-feira, dia 8, sediará uma das semifinais da Copa do Mundo.

Um viaduto que estava em construção na Avenida Pedro I, em Belo Horizonte, desabou na tarde desta quinta-feira (3). De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, pelo menos uma pessoa morreu e várias teriam ficaram feridas sob os escombros da estrutura, que atingiu diversos veículos, incluindo um ônibus.

Os trabalhos na avenida faziam parte das obra de mobilidade para a Copa do Mundo - mas não foram concluídos a tempo para o torneio mundial.

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Cerca de 200 integrantes do "Tarifa Zero", movimento que cobra a redução no preço das passagens do transporte público, interromperam o trânsito, no início da tarde desta terça-feira (17), na Savassi, região centro-Sul de Belo Horizonte e ponto de encontro de turistas que acompanham a Copa do Mundo.

Centenas de policiais, inclusive do Batalhão de Choque, cercaram os manifestantes e passaram a acompanhar as ações do grupo, mas sem confronto.

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O policiamento foi reforçado em toda a cidade. No total, 12 mil militares foram empenhados para fazer a segurança na capital durante o Mundial, mas o comando não confirmou o número de policiais deslocados para a Savassi. O certo é que em todos os quarteirões da região há presença de agentes, instruídos a "envelopar" os manifestantes.

A estratégia da PM é a de isolar os manifestantes, tal como ocorreu no último sábado, na Praça Sete, no centro. A ação da polícia recebeu críticas de alguns setores da sociedade civil organizada. "Vamos agir dentro do que manda a lei", assegurou o chefe de Comunicação da PM, tenente-coronel Alberto Luiz. A ação da PM na Savassi acontece no dia em que a Lei 21.324, que restringe o uso de máscaras ou qualquer peça que esconda a face de participantes de manifestações no Estado, foi sancionada pelo governador Alberto Pinto Coelho (PP). Ela será publicada no "Minas Gerais", Diário Oficial do Estado, na edição de quarta-feira (18), data em que entra em vigor.

Com a lei, os manifestantes que estiverem com seus rostos cobertos terão que se identificar sempre que forem solicitados por policiais. Em caso de descumprimento, o infrator será encaminhado à identificação criminal e poderá pagar multas com valores que variam entre R$ 1.319 e R$ 26,3 mil, além de ser monitorado permanentemente em outros eventos semelhantes. Apesar do maior rigor, a Polícia Militar critica a falta de eficácia da lei. "Ela não proíbe o uso de máscara, só dá brecha para a abordagem", afirmou o tenente-coronel Alberto Luiz.

Manifestantes e policiais militares protagonizaram um princípio de confronto durante manifestação em Belo Horizonte. O protesto, que conta com cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), começou de forma pacífica no início da tarde, mas quando os manifestantes se aproximaram do relógio da Copa, na Praça da Liberdade, um grupo começou a atirar rojões em direção ao cerco policial montado em volta da estrutura. Os militares revidaram com bombas de efeito moral. Houve muita correria, mas até o meio da tarde não havia registro de prisões ou feridos.

Segundo o chefe do Comando de Policiamento Especializado (CPE) da PM, coronel Ricardo Machado, duas pessoas foram presas na região próxima à Praça Sete de Setembro, no Centro, onde houve a concentração. De acordo com o oficial, os suspeitos foram flagrados com socos ingleses e máscaras. Desde o fim da manhã, o esquema de segurança na região havia sido reforçado.

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O protesto foi organizado por meio de redes sociais da internet e conta com a participação de integrantes de diversas entidades sindicais e movimentos sociais, como o Comitê Popular dos Atingidos pela Copa (Copac) e Mulheres em Luta e Central Sindical Popular (CSP), entre outros. Durante todo o ato, os manifestantes exibiam faixas, cartazes e gritos contra a Copa, o governo e até pedindo a "readmissão dos metroviários em São Paulo" demitidos por causa da greve da categoria.

"Essa é uma coisa boa. Do jeito que foi feita (a organização da Copa), não foi uma coisa justa", avaliou o estudante norte-americano Anderson Mayes, de 22 anos, que está na capital mineira há 29 dias em razão de um intercâmbio na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e aderiu ao protesto.

Durante a concentração, manifestantes queimaram a bandeira do Brasil na Praça Sete, mas o clima no início era de festa, inclusive com um grupo batendo bola na praça e, depois, na avenida Afonso Pena, uma das principais da cidade, que teve o tráfego fechado nos dois sentidos.

Relator do processo criminal contra Eduardo Azeredo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso afirmou que ainda não decidiu se a ação continuará no STF ou se será transferida para a Justiça de 1ª Instância.

"Acabei de tomar conhecimento. Tem dez minutos. Vou fazer uma reflexão e tomar uma decisão. Eventualmente até decidir se vou levar a matéria em questão de ordem para o plenário", disse o ministro. "Até o relator pode decidir monocraticamente, mas é possível, depois de uma reflexão que eu ainda não tive tempo de fazer, que eu opte por levar ao plenário", afirmou.

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No Brasil, autoridades, como deputados, somente podem ser processadas perante o STF. Esse direito é conhecido como foro privilegiado. Mas, em tese, quando o congressista perde ou renuncia ao mandato, o processo deve ser remetido à 1ª Instância.

"Como regra geral, quando a pessoa deixa de ter esse tipo de foro, a competência deixa de ser do STF. Essa é a regra geral. No entanto, há precedentes em que o STF considera que a renúncia se deveu a uma manobra processual e tem deixado de declinar da competência para as instâncias inferiores. Não estou dizendo que esse seja o caso. Eu vou analisar", afirmou o ministro. Ele observou que os precedentes referiam-se a casos em que o processo estava em fase final, já pautado para julgamento.

Renúncia

Eduardo Azeredo (PSDB-MG) apresentou nesta quarta-feira, 19, sua carta de renúncia à Câmara dos Deputados. Em três páginas, o tucano, que é réu no processo do "Mensalão Mineiro", reclamou de ataques e pressões de adversários e disse que não aceitará que seu nome e o de seu partido sejam "enxovalhados".

"Minhas forças já se exaurem, com sério risco para a minha saúde e para a integridade de minha família. Não aceito que o meu nome continue sendo enxovalhado, que meus eleitores sejam vítimas, como eu, de mais decepções, e que sejam atingidos o meu amado Estado de Minas Gerais e o meu partido, o PSDB", afirma Azeredo.

Acusado de peculato e lavagem de dinheiro no esquema do mensalão mineiro, Eduardo Azeredo (PSDB-MG) vai renunciar ao mandato de deputado federal nesta quarta-feira (18). A estratégia é tentar atrasar o processo que tramita contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF). Com a renúncia, o tucano abre mão do foro privilegiado para que a ação seja remetida à primeira instância da Justiça mineira. Outro objetivo é não causar constrangimento à provável candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Azeredo, que nega envolvimento no caso, não vai a Brasília para abrir mão do mandato. A carta de renúncia será entregue por seu filho, Renato Azeredo, ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O teor do documento deve ser divulgado durante discurso em plenário do presidente do diretório mineiro do PSDB, deputado federal Marcus Pestana, previsto para esta quarta. Azeredo está em Belo Horizonte e alegou problemas de saúde para cancelar o pronunciamento que faria na semana passada.

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No início do mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregou ao STF suas alegações finais no processo e pediu condenação de 22 anos de prisão e multa de R$ 451 mil para Azeredo. Pela denúncia, o tucano participou de desvio de recursos de estatais mineiras em 1998 para financiar sua campanha pela reeleição para o governo de Minas em esquema que também ficou conhecido como valerioduto tucano, devido ao envolvimento no caso do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, já condenado a mais de 40 anos de prisão pelo Supremo por participação no mensalão federal.

Após Janot entregar suas alegações finais à Corte, correligionários de Azeredo se dividiram. Parte saiu em defesa do ex-governador. Pestana, por exemplo, chegou a comparar sua situação à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante do mensalão federal. Mas outra parte do tucanato já defendia sua renúncia por causa de possíveis constrangimentos que o caso poderia causar à candidatura presidencial de Aécio. A ação poderia ser julgada pelo STF - onde a condenação é considerada certa pelos próprios tucanos - próxima ao período eleitoral. Azeredo não atendeu o telefone na manhã desta sexta-feira.

A renúncia ao mandato era considerada como uma saída jurídica para Azeredo se livrar do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, a Corte terá de decidir se mantém o processo sob seus cuidados ou se o encaminha para a primeira instância, o que prolonga o caso e pode causar a prescrição de alguns crimes.

O PSDB decidiu adiar um ato com a presença do senador Aécio Neves (MG) que a sigla havia marcado para sexta-feira, 14, em Belo Horizonte, para oficializar o nome do ex-ministro Pimenta da Veiga como pré-candidato do partido ao governo de Minas. No mesmo dia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca na capital mineira para o lançamento da pré-candidatura ao governo pelo PT de Fernando Pimentel, que deixará essa semana o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A justificativa oficial da legenda é de que há "incompatibilidade" entre as agendas de Aécio, do governador de Minas, o também tucano Antonio Anastasia, e de outras lideranças nacionais do partido. O argumento, porém, foi o mesmo usado na semana passada para adiantar o evento, originalmente marcado para o domingo, dia 17, para a sexta-feira, e, agora, remarcado para o dia 20.

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Nesta segunda-feira, o nome de Pimenta da Veiga, que foi indicado por Aécio, já foi confirmado com a desistência do presidente do diretório mineiro do PSDB, deputado federal Marcus Pestana, de disputar com o correligionário a indicação da legenda.

A presidente Dilma Rousseff e o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), trocaram uma série de elogios nesta sexta-feira, 17, durante cerimônia em Belo Horizonte para anúncio de investimentos em mobilidade urbana. Com a justificativa de que não pode "discriminar" ninguém, a presidente anunciou R$ 2,55 bilhões para obras em parceria com a prefeitura comandada por Marcio Lacerda (PSB), que rompeu com o PT nas eleições de 2012 para se aliar ao PSDB comandado pelo senador Aécio Neves (MG), e com o Executivo estadual. Anastasia é apadrinhado de Aécio, provável adversário de Dilma na corrida presidencial de outubro.

"O que nos une é o fato de que todos nós fomos eleitos pelo voto popular. E isso fundamenta nossa cooperação. Ajudar a todos que nos elegeram e também aos que não votaram em nós. Sou presidente de todos os brasileiros. Não posso fazer discriminação por partido político, time de futebol, religião", declarou Dilma, que ainda fez elogios ao governo de Anastasia e classificou de "excepcional" o termo "federalismo cooperativo" usado pelo tucano para classificar a forma de funcionamento do País.

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Os 'afagos' foram mútuos. Em seu discurso, o governador mineiro elogiou a petista por ser "republicana" e ressaltou que a cooperação entre os vários níveis de governo é necessária "para dar solução aos problemas do Brasil". "Exemplo concreto e prático que estamos vivendo nessa cerimônia. Para darmos desdobramentos às políticas públicas de competência das três esferas", disse.

Dos recursos anunciados pela presidente, R$ 2 bilhões serão destinados ao sistema metroviário da região metropolitana de Belo Horizonte, sendo R$ 1,9 bilhão para a construção de duas linhas do metrô da capital. As verbas, que fazem parte dos Programas de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana e Grandes Cidades, também serão destinadas à construção de corredores metropolitanos e obras viárias na capital, como pavimentação e drenagem. Do total de recursos, R$ 1,28 bilhão será do orçamento da União e R$ 1,27 bilhão será aplicado por meio de financiamento.

A presidente Dilma Rousseff ressaltou há pouco que metrô é uma obra cara e que não se faz sem parceria entre os governos federal e estaduais. Ela fez esta afirmação em discurso em Belo Horizonte nesta sexta-feira (17), onde anunciou investimentos de R$ 2,5 bilhões do PAC-2 - Mobilidade Urbana.

"Fico feliz com essas obras porque na minha época a gente andava muito a pé. Andando a pé a gente conhece mais das cidades e na minha época se chegava fácil aos lugares. Mas a cidade cresceu de forma extraordinária. Por isso, a necessidade de uma linha de metrô para complementar o que já existe", discursou a presidente.

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De acordo com Dilma, ao final dos investimentos, Belo Horizonte terá 44,5 quilômetros de metrô e mais de 30 estações. Ela disse ainda que em parceria com a Prefeitura da capital mineira serão construídos corredores de ônibus e ciclovias para interligar o centro da cidade aos bairros.

"Essa carteira de mobilidade chegará a R$ 6 bilhões e no global chegará a R$ 8 bilhões, incluindo Uberaba, Uberlândia e outros municípios", disse.

Dilma afirmou ainda que sua passagem pela capital mineira teve também como objetivo a inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento de uma obra esperada há décadas pelos mineiros, que é a pavimentação 51 quilômetros da BR-174. A rodovia receberá investimentos da ordem de R$ 103 milhões. "As obras na BR-174 são essenciais para escoar a produção agrícola", reforçou a presidente, que no discurso afirmou, equivocadamente, que o custo seria de R$ 103 bilhões. A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto confirmou posteriormente que o valor correto é o de R$ 103 milhões.

A presidente comentou que as BRs 040, 050 e 060 foram concedidas no ano passado com grande deságio nos pedágios e mencionou ainda que as rodovias foram ofertadas com um novo modelo, que muda o cenário das concessões no Brasil. Dilma falou sobre a destinação de R$ 1,3 bilhão para a requalificação do trecho existente do anel rodoviário em Belo Horizonte e disse que serão investidos R$ 3 bilhões nos quatro anos de governo em obras de manutenção de estradas federais em Minas Gerais.

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