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O teste de malária feito no paciente brasileiro com suspeita de Ebola deu positivo, segundo apurou o jornal O Estado de S.Paulo. As medidas de isolamento serão mantidas até a conclusão do exame de Ebola, cujo resultado deve sair na tarde desta quinta-feira (12). Há uma possibilidade teórica, ainda que remota, de um paciente ser infectado simultaneamente por Ebola e malária, daí a necessidade de as precauções serem mantidas.

Oriundo da Guiné, o paciente está com quadro de saúde estável e sem apresentar febre desde que chegou ao Rio, no início da madrugada desta quinta-feira. Segundo o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rodrigo Stabeli, o homem, que não teve o nome revelado, apresentou um pequeno quadro de diarreia pela manhã, que pode ter sido causada por nervosismo.

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Internado no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, na sede da Fiocruz, em Manguinhos, na zona norte do Rio, ele está colaborando com todos os exames e protocolos. Segundo Stabeli, o paciente chegou sem apetite, mas conseguiu almoçar no início desta tarde. Ele está recebendo soro por ter chegado ao Rio muito desidratado. O paciente toma medicamentos para malária.

"Um paciente com Ebola apresenta muita febre e o seu quadro vai piorando como um paciente que está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O paciente está estável, mas ainda não dá para tirar uma conclusão", explicou Stabeli. "São necessários dois exames negativos, um em 24 horas e outro após 48 horas."

O Ministério da Saúde deve anunciar o resultado do primeiro exame por volta das 20 horas desta quinta-feira, mas o paciente só será liberado após os resultados dos dois testes darem negativo.

A investigação do caso começou nesta quarta-feira (11), em Belo Horizonte. O paciente, de 46 anos e vindo da Guiné, na África, procurou a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Pampulha na noite de terça-feira com febre alta, dor muscular e dor de cabeça.

Ele chegou ao Brasil em 6 de novembro. Depois de isolado, o paciente foi transferido para o Rio, onde passou por exames para identificar a presença do vírus da doença. A Fiocruz ressaltou que ele não circulou pelas áreas de maior risco de contaminação de Ebola em seu continente.

O Corpo de Bombeiros controlou na madrugada desta quarta-feira (14) incêndio na Serra do Curral, em Belo Horizonte, considerada cartão postal da cidade, ao sul da capital. As chamas chegaram perto de casas nos bairros Mangabeiras e Comiteco, na região centro-sul. Um helicóptero dos bombeiros sobrevoou a área atingida na manhã desta quarta e, segundo a corporação, não há mais sinais do fogo.

O incêndio começou a ser combatido por volta das 20h30 desta terça-feira (13) e foi controlado à 1h30. Ao todo, ainda conforme os bombeiros, foram destruídos cerca de 20 mil metros quadrados de área da Serra do Curral, o equivalente a aproximadamente dois campos de futebol com suas dimensões máximas de 120 metros de comprimento por 90 de largura.

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Não houve feridos, mas a população da região se assustou com a proximidade das chamas. Segundo o advogado Fabiano Antonacci, morador do Sion, outro bairro que fica próximo ao local do incêndio, a ocorrência de fogo é comum na região. Parte da Serra do Curral fica do outro lado da rua em que fica o prédio onde o advogado mora com a mulher e dois filhos. "Uma vez tive dificuldade de entrar na garagem por causa das chamas", conta.

Não há confirmação sobre as causas do incêndio. Há dias não chove em Belo Horizonte. Em nota, o Corpo de Bombeiros afirmou que o combate às chamas começou às 20h41 desta terça-feira e que foram registradas 17 chamadas para combate a incêndios florestais na região metropolitana de Belo Horizonte.

Sobre suposta demora para o início do controle do fogo, a corporação afirmou que as chamas na Serra do Curral não podem ser apagadas com o uso de caminhões de grande porte por causa do terreno acidentado.

O Grito dos Excluídos na capital mineira teve a adesão de cerca de metade das pessoas esperadas. Conforme um dos organizadores do grupo, Jair Gomes, a previsão inicial era de 700 a 800 pessoas e compareceram entre 400 e 500 pessoas. Já os cálculos da Polícia Militar somam 150 pessoas. "Acredito que a baixa adesão seja pelo Sete de Setembro ter caído em feriado prolongado", comentou Gomes.

A concentração se deu na Praça Raul Soares, no centro da capital mineira, e por volta das 11 horas o grupo saiu em direção à prefeitura, na avenida Afonso Pena, local no qual há pouco houve o Desfile da Independência, com a presença do governador do Estado, Fernando Pimentel (PT). O ato ainda segue pelas ruas do Centro e deve terminar por volta das 13 hs, com ato com os acampados na frente da prefeitura por moradia.

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O Grito dos Excluídos em BH, conforme o organizador, tem como diretrizes a defesa da juventude, contra a redução da maioridade penal e da lei da terceirização, a favor da reforma política e contra a política econômica atual e o tema deste ano é contra uma mídia "tendenciosa, parcial, que protege algumas pessoas." Há bandeiras da CUT, MST e movimento dos Atingidos por Barragens. Os deputados federais Jô Morais (PCdoB), Nilmário Miranda (PT) e o estadual Rogério Correia (PT) fazem parte do ato. "O Grito é independente e aberto. E procuramos não dar tom político", disse Gomes.

Patriotas

O grupo do movimento Patriotas que estava na Praça Sete, também no centro, desde antes de o desfile começar, ainda permanece no local, juntamente com o grupo Mulheres da Inconfidência, que ajuda a recolher assinaturas de apoio às Dez Medidas Contra a Corrupção propostas pelo Ministério Público Federal. Eles também vendem camisetas e adesivos do boneco gigante, o Pixuleco, representando o ex-presidente Lula com roupa de presidiário.

A capital mineira virou sede de congressos e encontros de movimentos sociais com atuação nacional. Depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participar de atos no norte do Estado na quinta-feira passada, 28, e em Belo Horizonte na sexta-feira, 29, em congresso da CUT-MG, na manhã desta sexta-feira, 4, será realizado o Encontro Nacional e Popular pela Constituinte e, no sábado, a "Conferência Nacional Popular: em defesa da democracia e por uma nova política econômica, com o lançamento da Frente Brasil Popular".

No encontro desta sexta pela manhã, um dos coordenadores da campanha por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, Frederico Santana, afirmou à reportagem que a ideia é reunir cerca de mil ativistas e fazer um balanço do debate sobre a reforma política, já que faz um ano da realização do plebiscito popular que votou a favor da reforma por meio da constituinte exclusiva.

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"Com esse Congresso do jeito que está, dificilmente conseguiremos aprovar uma reforma política democrática", ressaltou. Segundo ele, a ideia é que, diante disso, os movimentos sigam organizados para que os pleitos da população sejam contemplados nos debates sobre a reforma política no parlamento nacional.

O grupo defende, entre outras questões, o fim do financiamento privado de campanhas e regulamentação de mecanismos de participação popular. Já no sábado, será realizada a "Conferência Nacional Popular: em defesa da democracia e por uma nova política econômica", que reunirá movimentos populares, sindicais, pastorais, LGBT, de juventude, negros e negras, mulheres. Na ocasião também será lançada a Frente Brasil Popular que, entre as suas diretrizes, que defender uma nova política econômica. Em Minas Gerais, a Frente Mineira foi lançada no dia 7 de agosto, com a presença do teólogo Leonardo Boff.

Segundo a presidente da CUT-MG, Beatriz Cerqueira, a conferência discutirá a atual situação do País, com a separação de oito temas, como defesa dos direitos dos trabalhadores e dos direitos sociais, as reformas estruturais e populares (cujos ativistas do evento de sexta participarão), entre outros. "Temos construído uma plataforma que converge em vários pontos e temos que discuti-la com uma amplitude maior", declarou.

Sobre a defesa de uma nova política econômica, Beatriz lembrou que todas as ações do primeiro semestre tiveram a tônica de contra o ajuste fiscal que está sendo implementado pelo governo. "Todos concordam que do jeito que a economia está sendo conduzida não é a melhor forma de responder aos direitos do trabalhador e da população. Somos a favor de reformas estruturais (política, tributária), da taxação de grandes fortunas, e uma maior participação de investimentos no orçamento da União e Estados", declarou.

Questionada sobre a escolha de Belo Horizonte em sediar o evento, a presidente da CUT-MG disse que nos últimos cinco anos, o Estado tem conseguido uma melhor articulação e convergência entre os diversos movimentos sociais, sindicais, juventude e populares. "O que se assemelha à proposta da Frente nacional", ressaltou.

Sete de Setembro

No Dia da Independência do Brasil, a capital mineira também será palco de manifestações. O desfile ocorrerá a partir das 8 horas, na Avenida Afonso Pena, no Centro. O Grito dos Excluídos, organizado por religiosos e representantes de movimentos sociais, sindicais e de juventude, fará seu protesto com concentração a partir das 9h30, na Praça Raul Soares, no centro. Já os movimentos antigoverno Dilma Rousseff (PT), como o Patriotas e Brasil Livre, convocam militantes a se concentrarem às 9 horas, na Praça Sete, também no Centro de Belo Horizonte.

Um paciente do Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, região norte de Belo Horizonte, foi assassinado a tiros na madrugada deste sábado (1º), dentro do quarto onde se recuperava de um ferimento a bala. A vítima foi identificada como Jackson Douglas Santos Ferreira, de 29 anos.

Segundo a Polícia Militar, quatro homens invadiram o hospital por volta das 2h, renderam o porteiro, os seguranças e se dirigiram ao quarto em que Ferreira estava internado, no quarto andar. Testemunhas disseram que os homens afirmaram na entrada que iriam "resolver uma rixa entre bandidos".

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Ferreira morreu com sete tiros na cabeça. Ainda segundo a PM, a vítima havia dado entrada no hospital no último dia 27 com ferimento de arma de fogo. Ele relatou ter sido alvejado quando saía de casa, também em Venda Nova, por homens que atiraram de dentro de um carro.

Até o momento ninguém foi preso. O hospital vai repassar à Polícia Civil, responsável pelas investigações, imagens gravadas por câmeras do hospital do momento da entrada do grupo na unidade de saúde.

O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, não vai comparecer à manifestação de hoje na Praça da Liberdade, na capital mineira. Segundo sua assessoria de imprensa, a decisão está em sintonia com os seus últimos discursos, de não comparecer para não caracterizar o ato a um partido, ao PSDB, ele quer que continue um ato espontâneo. Aécio ainda está em Belo Horizonte.

Apesar da ausência de Aécio, correligionários do senador compareceram, como o candidato derrotado ao governo do Estado Pimenta da Veiga e do presidente do diretório mineiro, Marcus Pestana.

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"Convoquei nessa semana os principais representantes dos partidos da oposição para dialogar com as lideranças dos protestos. Mas queremos ser extremamente cuidadosos para não emparelhar os movimentos como o PT fez", disse Pestana, a jornalistas.

Com um contingente bem menor do que no protesto do dia 15, a manifestação de hoje na capital mineira reúne 3 mil pessoas, com pico de 5 mil pessoas, conforme levantamento do meio-dia da polícia militar. O público é, em sua maioria, acima de 40 anos, idosos e crianças. Um grupo está descendo para a Praça da Estação e algumas pessoas já estão voltando para casa, diferente do dia 15, que o pico de pessoas foi de 24 mil e neste horário, a Praça da Liberdade estava cheia.

Há pouco, representante do Movimento Brasil Livre disse ao microfone na caixa de som: "cadê a oposição? Cadê o Aécio?" e foi seguido por vaias e apoios, predominantemente mais vaias. Pessoas que chegavam ao local mais cedo, quando questionadas se faria sentido a presença de Aécio hoje, a maioria foi contra.

Os manifestantes começavam a chegar, perto das 10 horas, na Praça da Liberdade, escolhida como ponto de concentração do protesto contra o governo Dilma Rousseff (PT) na capital mineira. Nesse horário, já havia no local caminhões de som, pessoas com camisas do Brasil, apitos, panelas, cartazes de "Fora Dilma" e até imagem dela com máscara de bandido.

Havia tendas vendendo camisetas e adereços e outras para pintar os rostos. No protesto anterior, no dia 15 de março, conforme a Polícia Militar, o pico de pessoas foi de 24 mil em Belo Horizonte. Os organizadores do movimento deste domingo - Movimento Brasil Livre, Vem pra Rua, Frente União Brasil, Basta Brasil e Vergonha - aguardavam 30 mil pessoas. Porém, na página de convocação do evento, até esta manhã, havia 11 mil confirmações.

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O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, está na capital mineira desde sexta-feira, mas ainda não decidiu se iria comparecer à manifestação. No outro protesto, o presidente do diretório estadual, Marcus Pestana, participou como "cidadão".

A reportagem encontrou uma tenda para coleta de assinaturas para o envio de um projeto de lei que, entre outros pedidos, quer o aumento da pena para os corruptos. A ação é do movimento Corrupção Nunca Mais, organizada pela Maçonaria. Conforme o representante do movimento, Robson da Silva Lopes, o projeto foi criado no último dia 23 em Barbacena e foi estendido para todo o País. Apesar de estar presente no movimento de hoje, o Corrupção Nunca Mais não é a favor da renúncia ou impeachment de Dilma e sim leis mais rígidas para os corruptores.

A presidenta Dilma defendeu nesta sexta-feira (6), em Belo Horizonte, os ajustes fiscais anunciados pelo governo recentemente. “Nós estamos diante da necessidade de promover o reequilibro fiscal para promover o crescimento da economia o mais rápido possível. Nos não fazemos reequilíbrio por fazer. Só fazemos para garantir emprego e renda”, disse.

Dilma discursou durante evento comemorativo dos 35 anos do PT. Ela atribuiu a necessidade desses ajustes a dois “choques”. Um deles, segundo ela, tem relação com a crise internacional que deixou o Japão e a Europa estagnados. O outro, a seca, com consequência na agricultura e na produção de energia elétrica.

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O evento e a participação da presidenta se dá em meio à troca de presidência da Petrobras, em virtude das denúncias de corrupção envolvendo funcionários da estatal. Na última terça-feira (3), os rumores sobre a saída de Graça Foster da presidência da estatal ganharam força. No dia seguinte, a notícia foi oficializada. No início da tarde desta sexta-feira, a empresa anunciou o nome de Aldemir Bendine para o lugar de Graça.

As investigações da Justiça continuam e novos fatos vão surgindo. Ontem, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco disse, em depoimento de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal (MPF), que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebeu propina em nome do partido em 90 contratos da Petrobras.

Em nota oficial, o partido reiterou que recebe apenas doações legais, que são declaradas à Justiça Eleitoral, e prometeu processar seus acusadores “pelas mentiras proferidas contra o PT”. Durante sua fala na festa do partido, Dilma enfatizou que seu governo combate a corrupção e apura as irregularidades. “O meu compromisso é chegar no final deste mandato e dizer que nunca antes na história do nosso país governos combateram tanto a corrupção e a impunidade”.

Um bimotor caiu sobre uma casa, neste sábado (29), no bairro Jardim Montanhês, região Noroeste de Belo Horizonte. O imóvel fica próximo ao aeroporto Carlos Prates, usado para formação de pilotos e aviação comercial e desportiva de pequeno porte. O piloto identificado como Carlos Almeida Cunha Filgueiras e seu aluno, Guilherme Campos Vieira, foram resgatados conscientes, com ferimentos leves e conduzidos ao Hospital de Pronto Socorro João XXIII.

Na hora do acidente, o imóvel estava vazio. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, com a queda houve uma explosão e o imóvel começou a pegar fogo, que foi logo combatido pelos brigadistas. O incêndio atingiu apenas o telhado do imóvel. O aeroporto Carlos Prates abriga diversas escolas de voo e possui hangares para aeronaves de pequeno porte usadas na aviação comercial e desportiva.

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Pela norma da Aeronáutica, voos para formação podem ser feitos sobre cidades a uma altura mínima de 300 metros, acima do obstáculo mais alto. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não soube informar o que teria provocado a queda. A empresa também não confirmou se o instrutor fazia parte de uma escola homologada com certificado de operação expedido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Lideranças do PSDB e integrantes da assessoria da campanha presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG) promoveram boca de urna na porta do local de votação do tucano na manhã deste domingo (26). Mais de uma dezena de pessoas, incluindo dirigentes do partido, entoaram em coro os jingles da campanha na frente de meia dúzia de policiais militares. Na porta da escola, um grupo de mulheres com adesivos do PSDB ainda diziam para todos que chegavam que o doleiro Alberto Yousseff teria morrido.

Entre os participantes do coro estavam Reinaldo Belli, presidente da juventude do PSDB mineiro, Nelly Rosa, assessora da campanha, e Gabriel Azevedo, que integrava a chamada Turma do Chapéu. Mesmo ao lado do grupo, policiais não só não atuaram para impedir a boca de urna como ainda conversaram com os dirigentes tucanos para organizar a chegada do candidato.

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"São manifestações individuais", alegou o tenente-coronel Helberth, evitando mais comentários sobre o fato. "Só estou trabalhando. Se os políticos fazem essa aglomeração, problema deles", declarou Nelly Rosa. Ao ser alertada de que havia sido filmada no ato, disse apenas que "grito Aécio onde ele estiver" e virou as costas encerrando a entrevista.

Próximo ao grupo, uma mulher que identificou-se apenas como Maria Consuelo distribuía adesivos do PSDB com o símbolo do Atlético-MG. Ao ser questionada sobre a prática de crime, alegou que havia recebido o material de um homem. Já um homem que se identificou como José Teixeira alegou que o rolo de adesivos do PSDB que portava era para "uso pessoal". A assessoria da campanha tucana disse que houve "manifestações espontâneas" e que "lamenta" o episódio.

Votação

O candidato votou no fim da manhã, na Escola Estadual Governador Milton Campos, conhecida como Estadual Central, cercado de dezenas de apoiadores e sob aplausos de eleitores. A votação do tucano foi marcada por muito tumulto e empurra-empurra. Na confusão, uma vidraça foi quebrada na sala onde Aécio vota, ferindo a mão de um repórter cinematográfico. Um grupo de pessoas ainda jogou ovos em outros eleitores, sem diferenciar apoiadores do tucano e da presidente Dilma Rousseff, em clara minoria no local, situado no bairro de Lourdes, um dos metros quadrados mais caros de Belo Horizonte.

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, votou às 10h24, num colégio da região central de Belo Horizonte. Acompanhado da esposa, Leticia, do senador eleito Antonio Anastasia e de outros correligionários, o presidenciável tucano distribuiu abraços, cumprimentou eleitores e posou para fotos.

Aécio dará entrevista coletiva em um hotel próximo ao colégio. Belo Horizonte amanheceu com chuva neste domingo (26) mas o tempo não tirou o ânimo dos simpatizantes do candidato e o aguardavam no colégio. Quando chegou, houve queima de fogos na região.

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O presidenciável tucano divulgou em seu grupo no WhatsApp nesta manhã uma mensagem de otimismo ao eleitorado, onde fala que a hora da mudança já chegou.

O ambientalista Apolo Heringer anunciou oficialmente nesta sexta-feira o seu apoio à candidatura de Eduardo Jorge (PV) à Presidência, após a visita do presidenciável à capital mineira. Enfatizou, porém, que não se filiará ao partido. "Eduardo Jorge me convenceu que é o melhor candidato que temos, não foge de temas, tem boas propostas. Fiquei bem impressionado. Mas não vou me filiar ao PV. Não gosto de partido", declarou.

Heringer chegou a se filiar ao PSB na tentativa de ser candidato da legenda ao governo de Minas Gerais. Um pouco antes da convenção estadual que definiria a posição do PSB no pleito deste ano - Júlio Delgado, deputado federal e presidente do PSB-MG também estava no páreo - Heringer renunciou à pré-candidatura. Seu nome foi substituído por Tarcísio Delgado, ex-peemedebista filiado ao PSB no ano passado.

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Questionado se ficou decepcionado com Marina Silva, que esteve em Belo Horizonte para defender a tese de candidatura própria do PSB em Minas, mas não defendeu enfaticamente o nome de Apolo, o ambientalista minimizou. "O preço da ilusão é a desilusão. Não teve ilusão com Marina e Rede. Apenas apostas de que a aliança teria forças para ser a terceira via, a alternativa ao PT e ao PSDB. Mas no fim essa aliança não emplacou uma candidatura diferente. Rede e PSB perderam essa oportunidade. E não falo só em Minas, mas em São Paulo também", declarou.

Após as recentes conversas com Eduardo Jorge, Apolo disse que o médico sanitarista "merece respeito". "Ele, sim, representa a terceira via. Só que o PV é um partido frágil, demorou a sair a sua candidatura. Mas o Brasil precisa de um movimento extrapartidário e extra período eleitoral para ter a sua transformação. Eu propus isso a ele", informou.

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), afirmou nesta terça-feira, 05, que as obras de recuperação do viaduto Batalha dos Guararapes, que caiu há mais de um mês sobre a avenida Pedro I, uma das mais movimentadas da capital mineira, podem demorar. "Técnicos dizem que é possível recuperar a obra e teoricamente é possível. Mas fazer um projeto de recuperação pode levar muito tempo, até seis meses, e a população não pode conviver com esse medo, com esse transtorno que existe, hoje, no local", disse ele durante evento de inauguração do comitê metropolitano da campanha do candidato ao governo do Estado pelo PSDB, Pimenta da Veiga.

Sobre a demolição da alça norte do viaduto, que está interditada, o prefeito aguarda a liberação da polícia técnica. "Nós estamos preparando a demolição do viaduto, mas isso só vai acontecer quando a polícia técnica liberar o local. Ainda não tem previsão, nós vamos falar com eles nessa semana para ver qual é a previsão deles para liberação da alça norte."

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Lacerda informou ainda que a BH Trans, empresa de transportes e trânsito de Belo Horizonte, estava analisando, na segunda-feira, 04, algumas alterações nos trajetos das linhas do BRT (Bus Rapid Transport) da avenida Pedro I para diminuir os desvios do local. "Mas ainda não tem uma decisão. A BH Trans vai me avisar hoje", disse.

A empresa Cowan, responsável pela construção do Viaduto Batalha dos Guararapes, em Belo Horizonte, afirmou ontem que o desabamento da obra aconteceu por causa de um erro no projeto executivo, que fez com que a estrutura tivesse só um décimo do aço necessário para suportar e distribuir o peso da estrutura sobre as estacas.

Segundo o calculista da empresa Enescil Engenharia, Catão Francisco Ribeiro, contratado pela Cowan para fornecer um parecer sobre o acidente, o problema foi em um bloco que sustentava um dos pilares. O bloco, que fica cerca de um metro sob o terreno, estava apoiado em dez estacas armadas a 20 metros de profundidade.

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O pilar sobrecarregava somente as duas estacas centrais. Cada uma delas tinha capacidade para suportar até 500 toneladas. Porém, as duas centrais passaram a sustentar 3 mil toneladas. Com isso, o bloco afundou na parte central e como não tinha base suficiente, se rompeu e afundou. "Foi um milagre a obra não ter caído antes", afirmou Ribeiro.

O projeto executivo foi feito pela Consol Engenheiros Construtores e aprovado pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap-BH). O órgão municipal afirmou que não se pronunciaria. Já representantes da Consol não foram localizados até a noite de ontem.

Segundo Ribeiro, a alça que ainda está de pé poderá cair a qualquer momento, uma vez que tem o mesmo erro. Diante disso, foi entregue ao prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), e ao secretário municipal de Obras e Infraestrutura, José Lauro Nogueira Terror, uma carta recomendando que a outra alça seja demolida com urgência. O tráfego de veículos e de pedestres também não será liberado até que o processo de demolição seja concluído.

A Cowan também informou que vai avaliar os demais dez viadutos que foram construídos por ela para verificar se há erros nos projetos. Apesar disso, o trânsito nesses locais não será interrompido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PT, Fernando Pimentel, escolheu outro ponto central da capital mineira no segundo dia de campanha: o Café Nice, na Praça Sete, ponto de encontro dos candidatos que fazem campanha em Belo Horizonte.

"Nesse início de campanha, privilegiamos o centro por dois motivos: primeiro porque tem Copa do Mundo, inclusive com jogo amanhã, e é natural que a gente esteja onde vai ser o grande evento nacional. E o segundo é que eu quero resgatar um pouco do que fizemos em Belo Horizonte na minha época de prefeito. Por isso fomos ontem ao Aglomerado da Serra, região Centro-Sul", disse a jornalistas, após tomar o tradicional café do estabelecimento, acompanhado de seu vice, Antonio Andrade (PMDB), militantes e deputados estaduais e federais, como Patrus Ananias, da coligação "Minas pra Você" (PT, PMDB, PROS, PCdoB e PRB).

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Ele informou que, após a Copa do Mundo retomará os trabalhos das "Caravanas da Participação", que na pré-campanha foram realizadas mais de 30 visitas pelo interior do Estado. Ele disse que a sua proposta de governo é de um modelo "extremamente participativo".

"Esse modelo já foi testado na em localidades prefeitura de Belo Horizonte quando eu fui prefeito e testado em localidades aonde o campo democrático popular governa ou governou", explicou. Para ele, esse modelo é o contrário do que o candidato ao governo pelo PSDB, Pimenta da Veiga, tem apresentado.

"É o contrário do que foi feito em Minas nos últimos 12 anos e é ao contrário do que apresentam as propostas do campo adversário: a proposta dele é um governo centralizado, governo de "gênios", querendo mandar num Estado que, eu gosto de repetir, não tem dono. O dono e Minas é o povo mineiro", ressaltou, informando que a apresentação mais detalhada do plano de governo será apresentada quando começar a campanha de televisão, pela maior visibilidade.

Ele ainda comentou que o centro de Belo Horizonte é um lugar "muito emocionante", já que trabalhou na região mais de 20 anos. Seu pai tinha uma loja, na Rua Paraná, e ele dava aula de economia, na UFMG, na rua Curitiba. "Isso aqui é um pouco o pedaço da minha história, gosto muito de voltar aqui e sempre fui recebido bem", falou.

Questionado se a campanha pode se tornar agressiva, uma vez que há recente debate entre ele e Pimenta sobre "quem é mais mineiro", esse comentou que não é uma agenda dele e sim uma preocupação do adversário. "Para quem está fora de Minas é sempre uma preocupação. Nós não temos esse problema, nós nunca saímos daqui. Minha agenda é discutir os temas relevantes para a população de Minas Gerais, como saúde e educação. Acho que esse diálogo através da imprensa não acrescenta em nada, não vou ficar respondendo uma agenda que é a dele não é a de Minas Gerais", enfatizou.

Sobre a queda do viaduto sobre a avenida Pedro I, na região da Pampulha, Pimentel apenas disse que "por enquanto estamos nos solidarizando com a dor das vítimas e das famílias". Nesta terça-feira, 8, o candidato não terá agenda pública prevista.

A Defesa Civil de Belo Horizonte recebeu neste domingo (6), da Polícia Civil de Minas Gerais, um ofício impedindo a demolição do viaduto Batalha dos Guararapes, na região da Pampulha, que desabou sobre a Avenida Pedro I na última quinta-feira (3). Conforme a assessoria de imprensa do órgão, está "tudo pronto" para iniciar a demolição quando ela for autorizada, inclusive com a liberação de duas vias para trânsito da população entre a capital e o aeroporto. A operação estava prevista para acontecer hoje, às 8h.

"O TJ-MG mediante provocação do Ministério Público Estadual determinou que o local dos fatos permaneça inalterado e a conservação do cenário se estabeleça", informa o conteúdo da nota recebida pela Defesa Civil Municipal, segundo sua assessoria de imprensa.

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O ofício foi enviado pelo delegado regional da Polícia Civil, Hugo e Silva, que está à frente do inquérito policial destinado a apurar as circunstâncias que envolveram a queda do viaduto em construção. No acidente morreram duas pessoas e 22 ficaram feridas. Quando a demolição acontecer, não haverá explosões, ela será feita mecanicamente.

Na noite desse sábado (5), a construtora Cowan, responsável pela obra, havia informado que tinha recebido a autorização para a demolição do viaduto e que o mesmo iria ser feito das 8h às 22h. Procurada pela reportagem, a Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o assunto.

Os moradores dos condomínios Antares e Savana formaram neste sábado (5), uma comissão para acompanhar os trabalhos de perícia e de demolição do viaduto Guararapes. Os condomínios ficam ao lado da construção que desabou na última quinta-feira (3). A decisão foi tomada após uma reunião entre a advogada do condomínio Antares, Ana Cristina Campos Dumont, e representantes da Defesa Civil.

As autoridades e a representante dos moradores acordaram que tudo o que for feito será repassado à comissão. "Está sendo garantido a nós que vão quebrar o viaduto que caiu para que seja liberado o tráfego. Só que queremos garantia de que o condomínio não vai ser afetado e não vamos ter mais uma viga de ferro caída lá dentro. Tudo será registrado em atas que nós vamos assinar", afirmou a advogada. Para garantir o acordo, ela fará um termo de compromisso e pedirá que representantes da Defesa Civil e da Sudecap, que o prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda e que o governador de Minas Gerais Alberto Pinto Coelho assinem o documento.

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Nos dois condomínios há 12 blocos com 132 apartamentos. Os moradores temem que a estrutura dos prédios tenha sido abalada. "Temos algumas rachaduras no chão que apareceram depois que o viaduto desabou. No meu apartamento não houve nenhuma rachadura. Mas a olho nu, a gente não pode assegurar nada", contou o representante comercial Natanael Arley, de 37 anos, que mora com a esposa e um filho. Ele explicou que antes do início da obra, os moradores reclamaram do projeto. "Nós ficamos preocupados na época porque o viaduto era muito próximo do condomínio", contou.

Essa também era uma preocupação da pedagoga Adma Campos Saldanha, de 42 anos. "Nós achávamos que alguma coisa iria acontecer, só não sabíamos se seria antes ou depois de concluída a obra. A gente achou que depois da conclusão pudesse cair algum carro ou moto aqui dentro, porque a curvatura invadia bastante o terreno do nosso condomínio", afirmou a pedagoga. Ela relatou que os operários trabalhavam 24 horas. "Diziam que tinham prazo e que tinham que trabalhar a qualquer hora".

Outra moradora do condomínio Antares, Ermelinda da Silva Lobo, 63 anos, contou que chegou a informar aos funcionários da obra que algo estava estranho no viaduto. "Eu passei nele menos de 24 horas antes e comentei com o funcionário 'Eu não estou gostando disso, isso vai cair'. Ele me disse: 'que isso, dona, isso não vai cair, não", contou a aposentada. O alerta feito por ela foi às 16h30 de quarta-feira, véspera do desabamento. "Sabia que tinha algo errado porque enquanto eles mexiam a gente escutava trincar", complementou.

A seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ofereceu o apoio de profissionais da entidade para as famílias das vítimas do desabamento do Viaduto Guararapes, ocorrido na quinta-feira (3), em Belo Horizonte. Duas pessoas morreram e 22 ficaram feridas. A entidade também aguarda o resultado das investigações em torno do colapso da estrutura, incluindo o laudo da perícia feita pela Polícia Civil, para avaliar a possibilidade de organizar as famílias das vítimas para ingressar com uma ação judicial coletiva contra os responsáveis pelo caso.

Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, William Santos, a entidade está "à disposição" das famílias das vítimas para ingressar com ações para reparação de danos morais ou materiais. Entre os alvos das ações está o município, pois seria da responsabilidade da prefeitura de Belo Horizonte fiscalizar o andamento da obra, assim como do projeto que deu suporte aos trabalhos.

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O advogado ressaltou, porém, que a OAB-MG só deve se manifestar oficialmente a respeito do caso após a conclusão das investigações oficiais, quando já tiver sido divulgado o laudo da perícia feita pela Polícia Civil. "Essa questão terá que ser analisada pelo conselho da Ordem", observou Santos.

Fiscalização

Nesta sexta-feira, o secretário de obras da Prefeitura de Belo Horizonte e presidente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Lauro Nogueira, afirmou que o viaduto não era uma obra da Copa do Mundo e, por isso, não havia pressa para a sua conclusão. Mas reconheceu descaso na fiscalização e enfatizou que o governo é responsável pela queda de uma das alças do elevado. "A prefeitura tem responsabilidade, assim como a construtora e os técnicos contratados para a fiscalização."

A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil informou que a demolição do viaduto dos Guarapés, que desabou na última quinta-feira, 03, na avenida Pedro I, na capital mineira, pode começar ainda neste sábado, 05. Porém, os peritos da Polícia Civil e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) ainda estão trabalhando no local, quase 48 horas depois da tragédia. Em função disso, o trânsito na área continua interrompido.

A expectativa do secretário municipal de Obras, José Lauro Terror, que concedeu entrevista na última sexta-feira, é a de que após ser iniciada, a demolição deve durar 24 horas. A alça que ficou de pé também será demolida. Todo o trabalho de demolição será feito de forma mecânica, sem o uso de qualquer tipo de explosivo. Serão usados apenas equipamentos como o rompedor hidráulico, trator com uma broca para perfurar rochas e concreto.

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Inconformados com a tragédia, cerca de 50 moradores da região também estiveram no local nesta manhã para protestar. Eles chegaram a fechar o trânsito na avenida João Samaha, na esquina com a rua Álvaro Camargos por volta das 10h e, às 11h30, eles dispersaram. Segundo a Polícia Militar (PM), os manifestantes chegaram a tentar quebrar um ônibus que tentou furar o bloqueio feito durante o protesto, no entanto ninguém foi preso.

O secretário de Obras da Prefeitura de Belo Horizonte (PMBH) e presidente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Lauro Nogueira, reconheceu que houve descaso na fiscalização da obra do viaduto que desabou nesta quinta-feira (3), em Belo Horizonte, e disse que a prefeitura é corresponsável pela queda de uma das alças do elevado. "A prefeitura tem responsabilidade, assim como a construtora e os técnicos contratos para a fiscalização", afirmou.

Enquanto funcionários que trabalhavam no local garantem que a obra seguia a toque de caixa, o secretário afirma que o viaduto não era uma obra da Copa do Mundo e, por isso mesmo, não havia pressa na sua entrega. As causas do desabamento do viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, que matou duas pessoas e deixou outras 22 feridas na capital mineira, só serão conhecidas em 30 dias, após um verdadeiro "conclave" de perícias.

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Além dos especialistas do Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia (Ibape) de Minas Gerais e do grupo técnico indicado pelo Conselho Regional de Engenharia (CREA), um terceiro laudo será produzido por peritos contratados pela Cowan, empresa que realizava a obra. As primeiras análises sinalizam que um afundamento de seis metros do pilar principal, após a retirada das escoras, pode ter causado o desabamento.

A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais informou que o inquérito policial destinado a apurar as circunstâncias que envolveram a queda do viaduto já está em andamento na 3ª Delegacia Regional de Venda Nova. Segundo a polícia, a primeira providência adotada foi acionar a perícia técnica e colher informações de pessoas que estavam no local. Foram realizados os trabalhos periciais, sem os quais os corpos não poderiam ser liberados para as providências de sepultamento.

A perícia de engenharia legal do Instituto de Criminalística prosseguiu com os procedimentos, visando a elaboração do laudo pericial, que deve ser concluído no prazo de 30 dias. Segundo o delegado que preside os autos, a coleta de provas técnicas é importante nesta fase inicial da investigação, assim como a formalização das declarações de envolvidos e depoimentos das testemunhas.

O Ministério Público mineiro também investiga, há dois anos, indícios de superfaturamento no projeto, orçado em R$ 154 milhões, detectados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Risco

O temor, agora, se direciona para outras obras em andamento. A demolição da alça do viaduto que permanece de pé, por exemplo, não está descartada e a Câmara Municipal de Belo Horizonte cancelou seu recesso, para "dar um retorno à sociedade mineira", como disse em nota. Evitar o alarmismo neste momento, três dias antes de Belo Horizonte receber uma das semifinais da Copa do Mundo, é a maior preocupação das autoridades.

Enquanto uma das vítimas do desabamento era velada, o secretário de saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta, afirmou que foi criado um serviço de acompanhamento psicossocial para vítimas da tragédia e parentes. Os familiares de Hanna Cristina dos Santos, motorista morta no acidente, disseram, porém que os responsáveis pela obra não manifestaram apoio à família.

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